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AMOR AO TRANSGRESSOR

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diciembre 16, 2013 by Bortolato

Você amaria a um jovem delinquente?

Uma certa jornalista, que fazia um programa de TV nos EUA, vivia defendendo os jovens marginais, com intenção de semear a comiseração desses mesmos, e assim ia ela conquistando o seu público, dia após dia.  Como se a criminalidade estivesse a lhe preparar uma surpresa desagradável, ela um dia foi abordada por uns daqueles a quem dizia amar, e acabou sendo esfaqueada por um deles.   Foi logo levada para um hospital, pois sua vida estava em perigo, correndo alto risco de morte, mas conseguiu sobreviver.

Perguntaram, então, àquela mulher, se ela continuava a amar àqueles jovens.

Sua resposta foi: – “Eu os odeio!”…

Assim são as pessoas.   Muitos que dizem ser comunistas, são comunistas até que chegam ao poder, e então passam a viver como verdadeiros marajás, à custa do dinheiro dos impostos e encargos sociais, o que significa dizer, à custa do trabalho e dos esforços do povo.    Muitas mulheres são ferrenhamente feministas, até que encontram o seu “príncipe encantado”, casam-se e daí então mudam de filosofia.   Muitos homens machistas arvoram a bandeira de serem “durões”, mas no fundo derretem-se todos por uma mulher dos seus sonhos.  Muitos dizem ser pessoas muito racionais, mas quando chega o momento de serem apanhados por uma paixão, seus raciocínios parecem caducar.

Voltando ao nosso assunto, muitos há que pregam um amor incondicional ao próximo, mas não suportam certas situações em que acham que “isto ou aquilo passou dos seus limites”.   Assim são as pessoas, em geral.   Muito coerentes, mas somente até certo ponto.   Contradição ou paradoxo?   Inconstância?   Falta de força moral?    Falta de um condicionamento psicológico mais rígido?

Bem, isso não vem ao caso.   O que nos impressiona, de fato e de verdade, contudo, é que temos de dar a mão à palmatória quando vemos alguns cristãos “à prova de fogo” sendo perseguidos, e ainda assim bendizem aos seus perseguidores.

Sem dúvida alguma, temos que citar o exemplo que Jesus nos deu.   Ele realmente é a inspiração para todos os que sofrem neste mundo, e desejam ver sua vida mudar.   Ele levou o prêmio da maior piedade e compaixão pelos transgressores deste mundo.   Pregado em uma cruz, após uma série enorme de maus tratos, ofensas, blasfêmias contra si e contra Deus, impropérios de uma enorme gama.   Um quadro triste, desesperador, podou a Sua vida que despontava como um grande conquistador de almas, de multidões de pessoas de todas as camadas sociais.   Veio a este mundo para abençoar primeiramente os de Seu povo, mas foram bem estes que O rejeitaram e exigiram a sua morte.

Ainda na cruz, compadeceu-se do ladrão que estava ao Seu lado, que lhe pediu um pouco da Sua misericórdia; malgrado sem mais esperanças nesta vida, rogou apenas por um lugar no Reino de Deus – ao que Ele respondeu: – “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso!”

Espere um pouco! Precisamos nos deter um pouco para vermos mais de perto e melhor esta situação!   O Reino de Deus admite a entrada de criminosos?   Jesus, às portas da morte, abriu a porta do céu para ali adentrar – com um criminoso a tiracolo?   Isso não parece fazer nenhum sentido!   Se isto é verdade, então quais são as verdadeiras regras desse jogo?  O que há de tão oculto nisto, que a grande maioria das pessoas não consegue enxergar?   Afinal, o que está por detrás desse paradoxo tão gritante?

Os discursos do Senhor Jesus, chamado de “O Cristo”, durante o Seu curto ministério, de resultados fabulosos, foram sempre muito enérgicos, principalmente ao ter que se defrontar com seu algozes.   E quem eram os seus inimigos?

JESUS E A POLÍTICA

Roma, ou seja, o poder político de maior expressão em Sua época.   César, Herodes, Pôncio Pilatos, os herodianos, os helenistas e outros que representavam poderes deste mundo.   Estes foram os que, afinal, executaram a pena de morte por crucifixão em Jesus de Nazaré.   E Ele, sendo o Senhor dos céus e da terra, Criador deste mundo, certa vez curou o servo de um centurião romano, e em outra feita aconselhou ao povo: – “Daí a César o que é de César!”

Jesus não tinha senso político?   Fazia coisas que não lhe atinavam, e por isso fazia uma política “da boa vizinhança” com os poderes deste mundo?   Não isso não foi assim.   Ele certa vez recebeu um “recado” de Herodes, quando vieram dizer-lhe que aquele rei queria matá-lo.   Jesus não hesitou em devolver o recado com a resposta:  – “Ide dizer a essa raposa… Eu expulso demônios e efetuo curas hoje e amanhã, e… no terceiro dia terminarei meu trabalho” (Lucas 13:32).

Pilatos, estando face a face com Ele, dirige-Lhe a pergunta:  – “De onde vens?”  Jesus não lhe deu resposta.  Pilatos insiste:  – “Você se nega a falar comigo?  Não sabes que tenho autoridade para te soltar e para te crucificar?”   Jesus respondeu, então: – “ Nenhuma autoridade terias contra mim, se de cima não te fosse dada.  Por isso, aquele que me entregou a ti maior pecado tem” (João 19:9-11).

O fato é que Ele, o Senhor Jesus, não tinha vindo àquele mundo de então para ser o Messias, o rei que profeticamente virá para governar este mundo.   Ele, o Senhor conhecedor de toda a Palavra de Deus, conhecia muito bem cada profecia a Seu respeito.   Ele sabia que um dia haveria de reinar sobre esta terra, mas não era aquela a hora.   Seu ministério, naquele momento estratégico, foi principalmente o de um Servo Sofredor, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Na cruz, perdoou aos Seus inimigos, dizendo explicitamente: – “Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem!”

Ele perdoou e amou a Maria Madalena, porque desta mulher expulsou sete demônios.  Um endemoninhado é um cativo do reino das trevas, o ponto principal de antagonismo contra o Reino de Deus.

Ele perdoou aos discípulos que  O abandonaram para morrer sozinho na cruz, e aqueles mesmos acabaram tornando-se seus maiores representantes sobre a face da terra.

Ele perdoou a todos os seus inimigos humanos, muito embora muitos destes nem percebam a extensão daquele perdão concedido nos seus últimos momentos de vida terrena.

Ele nos perdoa de todos os nossos pecados que O feriram, não tem sentimentos de vingança, nem de ressentimentos, e nenhuma amargura por isso, e em vez disso, guarda em Seu coração um profundo amor por mim e por Você – e por isso, Ele espera de braços abertos que nos acheguemos com arrependimento.

JESUS E AS RELIGIÕES

Um outro segmento de pessoas que se constituíram em Seus inimigos era a casta de religiosos.

Por incrível que pareça, estes, que mais conheciam as Escrituras Sagradas, foram aqueles que receberam as palavras mais duras, e os confrontos mais ásperos com Jesus.   Não porque eram conhecedores das Escrituras, mas sim, porque não usaram do bom senso ao aplicarem seus conhecimentos.

Jesus, perto do final de seu ministério terreno, procedeu um discurso muito eloquente contra os fariseus e escribas da Lei.  Sete “ais” desferiu contra aqueles que eram a parte mais populosa, 70% do Sinédrio.   Naquele sermão duríssimo, proferiu:

“Serpentes, raças de víboras!  Como escapareis da condenação do inferno? (Mateus 23:33)  Portanto vos envio profetas, sábios e escribas.   A uns, matareis e crucificareis, e outros açoitareis nas vossas sinagogas e os perseguireis de cidade em cidade (Mat. 23:34)  Assim, recairá sobre vós todo o sangue justo derramado sobre a terra, desde o sangue do justo Abel, até o sangue de Zacarias, filho de Baraquias, a quem matastes entre o Santuário e o Altar” (23:25).

Não foram estes, porém, os únicos a serem censurados!  Os doutores da Lei também (Lucas 11:46).

Os saduceus, que eram o segundo partido religioso mais influente no Sinédrio, também se lhe opuseram gravemente.   Com o argumento de que não seria logicamente aceitável o fato da ressurreição (Mateus 22:23-33), quiseram colocar Jesus em uma situação aparentemente difícil, pretendendo apanhá-Lo em contradição, mas nada conseguiram.   Aliás, esses saduceus eram os que formavam o partido dos sacerdotes no Sinédrio.   Sabemos que foram os principais dos sacerdotes que fizeram pressão para que Pilatos executasse a Jesus.   Antes de ser tido por réu de morte, foi Caifás quem Lhe determinou que fosse entregue ao poder de Roma, pois era Roma quem decidia sobre questões que envolviam pena capital.

Jesus não era contra todos os religiosos de sua época.  Nicodemos era um dos principais dos judeus, e foi conversar com Jesus numa noite, a fim de se ver instruído acerca do Reino de Deus, e foi prontamente atendido.

Ele, o Senhor, entretanto, é radicalmente contra toda e qualquer atitude que desvia os homens do Seu bom caminho – principalmente aquelas em que se arrogam ser “donos” ou “detentores da verdade”, e se prevalecem disso para praticarem muitas coisas contrárias à vontade de Deus.

Não é em nome da, ou das religiões que muitas guerras aconteceram?

Não é em nome de religião que muitos atos de terrorismo acontecem neste mundo?

Não é por causa de religiões que pessoas são declaradas como “infiéis”  ou “imundas”, ou “malditas”, marginalizadas são perseguidas, separadas de suas famílias, forçadas a precederem atos que não assumiriam proceder senão sob forte pressão?

Certamente que a religião nem sempre foi a principal causa desses desencontros; houve, já em certos casos, outros fatores que corroboraram com tudo isso, tais como: econômico, o sexual, o habitacional, e alguns outros.

O fato é que o homem sempre reage diante de circunstâncias várias.  Parece que há uma certa manipulação, tentando modelar o comportamento humano, exercido por forças que imaginam-se ocultas.

Diríamos então: se até os religiosos deste mundo erram, por que então somos tão duros com os que são criminosos?   Por causa da extensão ou gravidade de cada ato de contravenção cometido?

Formularemos outra pergunta:   Se os que são religiosos, os políticos, os “mestres” do povo, os professores, os expoentes intelectuais, em suma, a nata dos que deveriam ter um comportamento padrão para dar à sociedade um bom exemplo, e estes são os que muito erram, como se poderia exigir que o povo restante fosse bom, e não errasse também?

Os dois principais mandamentos são: “Amarás o Senhor teu Deus, de todo o teu coração, de todas as tuas forças (alma), e de todo o teu entendimento”.  E o segundo, semelhante a este, é:   “Amarás o teu próximo como a ti mesmo” (Êxodo 6:5).

Sabendo pois que somos muitas vezes como que induzidos ao erro, após cada contato com pessoas no mundo exterior, o que nos resta?

Deus certamente está disposto a salvar o que puder ser aproveitado desta geração perversa e corrupta de coração.   Quem estará disposto a fazer a vontade de Deus, perdoando e amando aos pecadores deste mundo?

Não podemos deixar-nos enganar; não temos condições de amar aos transgressores, porque estes são os maiores causadores de sofrimento humano aqui.   Temos um certo senso de justiça.  Queremos que as coisas caminhem direito, e não toleramos algum tipo de pecados no homem.

Jesus, entretanto, que veio para dar a Sua vida por nós, e deixou apenas doze apóstolos neste mundo para que fossem por toda a parte e pregassem as boas novas – e um daqueles ainda foi o que O traiu.   Apesar de tudo, eles foram e, por mais falhos que fossem, humanamente falando-se, eles conseguiram levar a cabo o seu mandado, no final com maestria e louvor.

O fato é que Jesus ressurreto os ajudou em tudo.   Eles puderam amar aos que os perseguiram, e, não raro, deram suas vidas em sacrifício pela causa do evangelho.  Eles puderam amar ao próximo como a si mesmos, colocando sempre a Deus como primazia, em primeiro lugar, e dedicaram-se ao máximo para que outros pudessem se abençoados pelo evangelho que os salvou.

E o que dizer do ladrão da cruz, que depois de dar um bom testemunho acerca de Jesus, ficou sendo chamado de “o bom ladrão”?

Na verdade, Jesus nunca quis apoiar coisas erradas, e muito menos vidas erradas.   Aconteceu que Jesus queria aquela alma para Si, e a conquistou, no último momento de sua existência, como Verbo encarnado.

Políticos e religiosos, em geral, rejeitaram-no, mas se observarmos bem, Ele obteve mais sucesso trabalhando com o povo mais humilde: pescadores!  Destes, escolheu quatro para serem seus apóstolos, mas não era esta a regra geral, pois teve também como discípulos, coletores de impostos (Mateus e Zaqueu), um zelote (Judas), e uma multidão de enfermos, problemáticos, gente necessitada, carente das bênçãos divinas.

De todos os exemplos, porém, o mais clássico é o da mulher pecadora, que lavou os pés de Jesus com suas lágrimas, na casa de Simão, o fariseu (Lucas 7:37).   Ela era uma mulher que levava má fama.   Simão, o fariseu, logo a estigmatizou, em seus pensamentos.  Talvez hoje em dia mesmo, ele a teria marcado com o título de “pecadora”, ou “suja”, ou “imunda” em uma placa para pendurar-lhe ao pescoço.   Que aquela mulher tivesse sido pecadora, não se discute.  O que nos faz discordar de Simão é que ele queria que Jesus, com profeta que era, a impedisse de tocar-lhe, mesmo que por detrás, e repudiasse a pecadora.

O que Simão não sabia é que, embora uma pecadora, aquela mulher alcançou uma graça de Jesus, porque ela tinha consciência de suas ofensas contra Deus, e não se achegava ao Senhor como alguém “que não precisasse muito, apenas uma pequena devedora”.   Jesus se lhe apresentava como um contraste, ao seus pecados, um desafio enorme, um abismo grande a ser superado.

Aquela mulher não se encolheu, e nem se deixou intimidar com a presença de outras pessoas.  Foi logo tratando de ungir os pés do Senhor Jesus, beijá-los e enxugá-los com seus cabelos.  Plenamente convicta de sua indignidade, mas com o coração contrito e quebrantado diante de seu Salvador.

Este é o ponto.  Esta é a questão que faz diferença entre pecadores e pecadores.

“Por isso te digo que os seus muitos pecados lhe são perdoados, pois muito amou.   Mas aquele a quem pouco é perdoado, pouco ama” (Lucas 7:47).

Digo, pois, que quem ama a Jesus, ama a Deus, e sabe que pecados tem cometido e escravizado sua alma.

Logo quererá entrar na presença de Jesus, aonde Ele estiver, quererá lançar-se aos seus pés, pedir que lhe perdoe, e que o aceite para andar em Sua presença – sem mais pecado, e sem mais medo do juízo.

É aqui onde se encontra o ponto-chave.

Jesus liberta, cura, salva, abençoa a todo o que crê que Ele assim o faz, todo aquele que está pronto a abdicar de si mesmo para poder andar com Ele.

O problema é que alguns desejam, sim, andar com Ele, mas não abrem mão de algum ou alguns de seu “pecados de estimação.”

Andar com Jesus é como um casamento.  Tem que haver boa vontade de ambas as partes, mas tem também que haver uma concordância, um pacto, uma aliança eterna de interesses.   Com todo casamento exige renúncia de ambas as partes para que ambos os nubentes possam encontrar o caminho da felicidade, assim também é andar com Jesus.

Jesus já renunciou à Sua realeza, à sua forma divina, aos seus privilégios divinos, para assumir a forma humana, nascendo como um pobre desta terra, em uma manjedoura, submetendo-se às autoridades, despojado de tudo, e até morrendo como se fosse um malfeitor, mas sendo íntegro e justo em todo o tempo.   Tudo a fim de aproximar-se de nós.

Resta a nós, todos, homens, mulheres, bons e maus, grandes e pequenos, da nossa parte, decidirmos também humildemente cumprir a Sua santa vontade.

O fato é que a justiça de Deus se fez presente em Cristo, e isso nos coloca, a nós todos, numa encruzilhada, para tomarmos a decisão que julgarmos a melhor.

Não se enganem, porém, porque o melhor de Deus nem sempre será o que julgamos ser o melhor.   Não raro, são caminhos diferentes, e a maioria das vezes, as pessoas escolhem o que lhes parece ser mais atrativo, vantajoso, olhando só para esta vida terrena.

Ninguém se deixe iludir com caminhos aparentemente lindos, floridos, em seu início.  Temos que olhar mesmo é para o seu fim, pois há caminho que ao homem parece direito, mas ao fim, são caminhos da morte – e são vários, muitos caminhos que se nos mostram assim.

Qual é o caminho que V. escolheu, ou escolherá?

Seja qual for a sua escolha, lembre-se bem que, enquanto há vida, ainda há a possibilidade de mudança para melhor, dentro da vontade de Deus.   V. escolheu mal?   Disse Jesus: – “Arrependei-vos, porque a vós é chegado o Reino de Deus”.   Mude já de atitude!   E dê graças a Deus se V. puder fazer isso em tempo , pois muitos deixaram essa decisão para depois, e não tiveram todo o  tempo que achavam que teriam, e partiram desta vida sem ter mudado de rumo.

À mulher adúltera, Jesus perdoou.  Ao ladrão da cruz, também.   A muitos criminosos, também, porque se arrependeram e mudaram de vida.   Louvado seja Deus, porque existe perdão para todo e qualquer tipo de pecador, e não há medida de restrição quanto a isto.   Tanto os matadores de aluguel, os terroristas, os mafiosos, os adúlteros, bem como aqueles que acham que não são assim tão pecadores, mas não deixam de sê-lo de alguma outra forma.

Quanto a V., que lê este artigo, não será diferente.   Ele também o (a) perdoará!!!

Venha, não se demore, pois Jesus o(a) espera agora !

Venha, Jesus lhe espera de braços abertos.   Tome as decisões guiadas pelos Espírito Santo e apresente-se a Ele, mas não O deixe ficar nesta posição de aguardo por muito tempo, mas aproveite a boa vontade do Pai.


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