Salmo 100

Certa vez ouvi um hino, cuja origem me é desconhecida, no qual o autor manifesta o desejo de que todas as nações abandonem a corrupção, e tenham paz uns com os outros.

Em uma de suas estrofes, ele diz:

“Se um dia as armas cederem às torgas, igrejas, templos e sinagogas… e padre, pastor e rabi, do ateu descrente ao zumbi, andarem em união, posso morrer, pois cumpri minha missão”.

É um desejo nobre, porém essa paz que ele idealizou deixou algumas coisas de lado, como se estas não fossem pertinentes para o caso. Penso que ele exprimiu sua ideia sem considerar as tortuosidades desse caminho, e concluiu algo sem desenvolver uma dialética cabível.

Há, pois, que considerar-se que para tanto há que haver um líder que consiga atrair a si todas essas religiões, crenças, mitos, partidos políticos, regimes de governo, ideologias, facções liberais e/ou radicais, raças, sistemas econômicos, ecológicos, etc, etc, etc.

Necessário se fará que esse tal líder use de métodos inéditos para conquistar esses povos, sejam estes bons ou maus.

Pois na Bíblia está profetizado que chegará um tempo em que um certo tipo de governante se levantará para unir nações, raças, tribos e crenças, prometendo trazer a prosperidade a todos, mas isto será uma mentira – como as de promessas de campanhas eleitorais que nunca se cumprem. Pode ser o caso em que esse governante consiga resolver problemas econômicos, mas isto nunca poderá traduzir-se por uma solução decente para os problemas dos corações e das almas.

Esse tal líder carismático é identificado como “o anticristo”, que comandará uma leva de dez nações, e com estas formará o tipo de governo que a Bíblia denomina de “a Besta”, que contará com o apoio do falso profeta pra iludir e enganar a todos os cidadãos deste mundo.(Apocalipse cap. 13)

Será um tempo inesquecível, recheado de injustiças, perseguições, autoritarismo, choro e ranger de dentes para muitos, principalmente para os que não aderirem aos comandos desse líder mundial truculento e desrespeitoso para com Deus – o Deus de Abraão, Isaque, Jacó, Pai do Senhor Jesus, o Cristo.

As constantes injustiças, desmandos, feitiços e perseguições, porém, não serão esquecidas pelo Deus Verdadeiro, que abreviará esse tempo de tribulação e “angústia de Jacó” ( Jeremias 30:7).

Após metade do tempo marcado em um acordo feito com judeus, esse anticristo quebrará suas promessas enganosas e isto trará muita dor para os pertencentes a esta raça e também para os cristãos.

Esse período de traumas e tristezas para o povo de Deus está demarcado biblicamente com uma duração de três tempos e meio.

Então ao final desse tempo, drástica, repentina e surpreendentemente, virá com grande alarido o verdadeiro Messias, ao qual os judeus rejeitaram. Todo olho O verá, chegando para instaurar Seu reinado milenar, quebrando com força e poder o reino do anticristo.

Então toda Terra verá a verdadeira solução para problemas sociais, econômicos e religiosos. Não da maneira que alguns queriam, mas virá consertando o que vinha sendo quebrado e restaurando a ordem, o direito, a justiça, a verdade e a verdadeira razão de se viver.

Será vindo então o tempo em que Deus se fará conhecido tal como Ele é, através do Seu Cristo, que reinará trazendo a paz verdadeira e duradoura, paz que os ímpios não conhecerão e nem dela desfrutarão.

Será tão maravilhoso que todas as nações verão a Sua glória, maior, muito maior do que foi a glória do reino salomônico.

Nações rebeldes, porém, que não quiserem participar com alegria desse reino, não serão perseguidas, bombardeadas e nem difamadas, mas aprenderão a ter respeito para com Deus e Seu Messias, de forma sutil mas bem definida, de forma que entenderão e serão concitadas a voltarem-se para o Rei dos Reis, o Senhor dos Senhores, Jesus, o Cristo.

Os que porém O aceitarem de bom grado terão muitas alegrias.

O Salmo 100 é um cântico profético no qual todos os povos são convidados a vir até a presença do Rei dos Reis com alegria. Sim, porque Jesus virá para vencer aos inimigos de Deus, pondo fim ao império tenebroso.

Os povos virão, sim, cantando, jubilosos por todo o percurso de seus caminhos até chegarem lá, fazendo culminar a sua alegria ao verem-se diante dAquele a quem é devida toda a glória, honra e louvor.

Assim, após um período de muitos e terríveis sofrimentos, o Messias virá como o poderoso conquistador das nações deste mundo. O povo que terá sofrido, certamente se regozijará entusiasticamente ao ver o seu Salvador chegar e lhes dar não somente o alívio, mas uma valiosa recompensa aos que Lhe foram fiéis. Isto vai ser como um estrondo!

O salmista se antecipa, projetando o seu coração para esse grandioso dia, e como se não bastasse o livramento que virá para o povo de Deus, ele cita outros motivos para exultar alegremente perante o Senhor:

“Ele nos fez, e nós somos dEle; somos o Seu povo, e Seu rebanho”. (verso 3)

Isto já é o bastante para louvarmos intensamente a Deus. Precisaria haver mais motivos? Mas o fato é que existem, sim, e são muitos.

Justiça, amor, sabedoria, conhecimento de causas, juízo perfeito, libertação do reino do mal, isso tudo faz com que o povo de Deus seja o povo mais feliz que já viveu sobre a face da Terra.

O povo judeu, que viveu dias de aperto e angústia, ficava mui feliz quando o Senhor lhe enviava um libertador. Então quando for recompensado, pelo Grande Rei dos Reis assentado no trono que governará sobre toda a Terra, sua exultação será transbordante.

Se os judeus fiéis viviam dias de muita expectativa de poderem trazer suas ofertas para Yaweh, ao ponto de sentirem seus corações bater mais forte ao avistarem os muros de Jerusalém, e então festejavam com cânticos, danças, muita música, muitos louvores, batiam palmas, pulavam, todo o seu ser vibrava fortemente debaixo da unção do Espírito de Deus, que sobre eles pousava, como não o será quando puderem ver o Rei Jesus governando soberano sobre o mundo todo?

Carros, trens, navios, barcos, aviões, carroças e até semoventes virão de todas a partes da Terra, trazendo corações fervendo de um espírito pleno de verdadeira adoração. As expectativas serão enormes.

Falamos sobre isto com estes detalhes de que podemos dispor, mas na verdade será inimaginável. Será indescritível até para os que gozarem deste privilégio in loco, naquele momento.

Por isto é que o salmista escreveu este Salmo 100, para que possamos ter uma ideia aproximada do acontecimento.

Multidões virão cantando e louvando a Deus pelos seus caminhos, transformando os ambientes por onde passarem, munidos de uma fé inabalável de que já estariam recebendo muitas bênçãos do Céu ao se anteciparem na sua comemoração.

Note bem: o convite à adoração ao Deus Verdadeiro é feito a todas as terras (verso 1).

Este é um elemento importante que é apresentado nesta profecia que se cumprirá no tempo do fim: o convite é estendido a todos os povos para entrarem pelas portas da Cidade do Senhor, e… também pelas portas (notar o termo no plural) do pátio do Templo – o que não era permitido aos estrangeiros nos tempos do salmista.

Ele escreveu:

“Entrai por Suas portas com ações de graças, e nos Seus átrios com hinos de louvor!” (verso 4)

Esta palavra nos leva a entendermos que TODOS os fiéis, de TODAS as nações, raças, tribos, línguas e costumes poderão entrar pelas portas do… Templo do Senhor! … e por fim verem o Messias!

Vê-Lo ressurreto, poderoso, glorioso, altamente venerável, sorrindo para aqueles a quem Ele comprou com o Seu maravilhoso sangue, e salvou das garras do inferno.

Sim, pecadores a quem ninguém antes daria um centavo por suas vidas perdidas, corrompidas pelo pecado, estarão ali, com seus corações transbordantes de gratidão por terem sido alvos de um amor tão grande que os buscou e salvou, e por isso terão grande motivação para celebrarem com seus corações em festa! Que enorme alegria!

“Porque o Senhor é bom e a Sua misericórdia dura para sempre, e a Sua verdade de geração em geração!” (verso 5)

Então os que outrora eram criminosos, imundos, abomináveis, condenáveis a um castigo eterno, em vez disto, tendo sofrido uma mudança em seu ser, ao serem tomados como que em uma onda de um tsunami, tornados totalmente diferentes do que antes eram, verão o Rei estendendo suas mãos a abençoá-los, quando passarem à frente do Seu Trono.

É muita glória, e isto será apenas uma pequena amostra do como será o Reino do Messias nesta Terra, que ainda será um prenúncio do Reino do Céu baixado até nós, pecadores lavados, perfumados, purificados e transformados pelo poder redentor do sangue do Cordeiro de Deus.

Este convite hoje ainda não é totalmente claro, sobre como tudo há de ser no nosso futuro, mas já é estendido para todos os que crerem em Jesus como nosso Salvador e Senhor!

Jesus hoje estende a Sua mão ferida pelos cravos da cruz, e convida-nos com um “vinde” para trilharmos os Seus caminhos.

Quando chegar aquele esperado e bendito dia, os que O aceitarem para serem Seus ouvirão a Sua voz a dizer:

‘Vinde, benditos de Meu Pai; possuí por herança o Reino que vos está preparado desde a fundação do mundo” (Mateus 25:34)

Vamos pois a Jesus, sem titubear, e andemos com Ele até o fim. A recompensa é linda, linda, lindíssima, maravilhosa.

Ouçamo-Lo a dizer-nos em palavra profética, a nosso respeito:

Vinde, benditos…

Vinde benditos…

Vinde benditos…