A PERENIDADE DAS OBRAS DE DEUS
Comentarios desactivados en A PERENIDADE DAS OBRAS DE DEUSjunio 7, 2014 by Bortolato
Disse um dia o pregador:
“Eu sei que tudo quanto Deus faz durará eternamente, nada se lhe deve acrescentar, nada se lhe deve tirar, e isso Deus faz para que haja temor diante dEle” (Prov. 3:14).
O autor do livro canônico de Eclesiastes é realmente um pensador sobre as coisas que acontecem na vida. Ele medita sobre muitas coisas, mas sua atenção se prende aos fatos da vida quotidiana que se revelam, no final, como vaidade de vaidade.
Tudo é vaidade, exceto uma coisa: o pregador (este é, afinal, o nome traduzido do hebraico: Quelleth) conclui sua preleção dizendo que:
“De tudo o que se tem ouvido, o fim é: Teme a Deus, e guarda os Seus mandamentos porque isso é o dever de todo homem.” (Provérbios 12:13)
Mas o que viu o pregador do livro de Eclesiastes? Neste versículo, vemos que seu foco se fixou sobre “tudo quanto Deus faz”.
Então, o que foi que o pregador viu, e por que ele preferiu observar as obras que Deus faz?
Antes de tudo, vemos que o que Deus faz é bom, ao mesmo tempo em que é eterno. Diferentemente daquilo que os homens fazem, pois o Senhor não fabrica bombas para explodirem em guerras; o Senhor não manufaturou os chicotes dos feitores; o Senhor não fez a mentira; o Senhor não fez os maus pensamentos; o Senhor não fez os maus governantes; o Senhor não criou as imoralidades; o Senhor não criou as corrupções; o Senhor jamais cometeu um ato sequer de infidelidade; Ele não nos criou para sermos maus; por isso devemos vencer o mal com o bem.
Ele criou o céu para habitação sua e dos justos, os lavados pelo sangue de Jesus. Ele criou a opção de Sua vontade ser feita em nós, para nosso gozo e alegria – e uma vez que a Sua vontade plena é feita em nossas vidas, já estaremos vivendo a Sua eternidade.
Sim, pois que Sua obra durará eternamente!
Porque Ele sabe o que faz.
Às vezes até permite que sejamos tentados, mas só a fim de que possamos vencer, e assim criarmos forças espirituais, físicas e morais para aprendermos a lutar, para então sermos bons soldados Seus.
No final, todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados para o Seu propósito.
Ele criou esta Terra para nela habitarem os justos (Salmos 37:29) eternamente. É bem verdade que um dia este céu se enrolará como um pergaminho, e as estrelas cairão como que em uma chuva de astros no firmamento (Mateus 24:29), pois sabemos que este mundo sofrerá um processo terrível de purificação do pecado, mas depois disso, esta Terra, que é o estrado dos pés do Senhor, há de recebê-lo como para Sua segunda morada.
Tudo o que vemos que perece, neste século, tem relação com o pecado e com o diabo, o pai da mentira. Deus não criou isso. Deus criou o mundo, e o universo com perfeição, e quis que aqui tivéssemos uma cópia fiel, em forma de matéria, daquilo que Ele fez no céu – mas o pecado transtornou nosso planeta, esta Terra, de tal modo que este se tornou bizarro, estranho, fétido e mal visto aos olhos dEle.
Ele criou o céu, que Sua morada, onde está o Seu trono que dura e durará eternamente.
Diria alguém: – mas e quanto à prática do mal, que não foi criação Sua? E os que se fizeram inimigos Seus, pretensos destruidores de Suas obras? Estes pensam que desfarão as obras que Deus faz. Na verdade, Satanás e seus anjos têm tanta inveja, ao ponto de corroer de doer seus cotovelos, ao verem a perfeição daquilo que Deus faz, e tentam destruir ao máximo, tudo quanto podem. Estes não destruirão as obras do Altíssimo?
Para tanto, Deus fez também o lago de fogo e enxofre, onde serão eternamente consumidos a Besta, o Falso Profeta, e todos os que O combatem e O desagradam.
Lembramos ainda que Jesus foi enviado a este mundo para desfazer as obras do diabo (Atos 10:38), transformando as coisas más em boas, Ele andou só fazendo o bem…
E a todos quantos creram nEle, receberam a bênção da vida eterna (I João 5:12) – vida para sempre!
O pecado não é obra de Deus, mas provém do diabo ( João 8:34), e não permanecerá eternamente, pois que todo o pecado e os que amam as suas práticas serão queimados para sempre no lago de fogo e enxofre (Apocalipse 22:15).
Quando em 11 de setembro de 2001 caíram as duas torres gêmeas em Nova Iorque, perguntaram: por que Deus abandonou ao povo americano nessa hora? A filha de Billy Graham, Anne Graham, ao ser interpelada no Early Show, sobre esta questão, pôde bem responder com toda propriedade. Sua resposta foi um longo discurso, mas vamos tentar resumi-lo. Ela disse que primeiro, proibiram as orações serem feitas nas escolas; depois, decidiram tirar a leitura da Bíblia das escolas; depois, proibiram aos pais de baterem em seus filhos, mesmo a título de disciplina; então os diretores de nossas escolas disseram que não iriam mais disciplinar a alunos com mau comportamento; depois, acharam natural que houvesse abortos, e que o sexo fosse liberado para nossos filhos – que não os proibissem, mas que lhes déssemos camisinhas.
Permitiram que a pornografia fosse amplamente divulgada através de revistas, fotos, filmes e pela internet. Acharam que isso seria sadio.
Agora nós estamos nos perguntando por que nossos filhos não têm consciência, e por que não sabem distinguir entre o bem e o mal, o certo e o errado, por que não lhes incomoda matar pessoas estranhas ou seus próprios colegas de classe ou a si próprios…
Provavelmente, se nós analisarmos tudo isto seriamente, iremos facilmente compreender que nós colhemos exatamente aquilo que semeamos!
Por muitos anos nós temos dito para DEUS não interferir em nossas escolhas, sair do nosso governo e sair de nossas vidas. Sendo um cavalheiro como DEUS é eu creio que Ele calmamente nos deixou.
A propósito, dizemos que tudo quanto Deus faz durará eternamente, pois tudo quanto vemos de errado, de injustiça, de vergonhoso, de vil, de nojento, profetizamos que será aniquilado desta terra um dia, e esse dia está próximo.
…NADA SE LHE DEVE ACRESCENTAR!
Poderíamos nós fazer algo mais perfeito do que aquilo que Deus faz?
Quando pensamos que poderemos fazê-lo, logo mais, lá na frente, perceberemos o nosso engano.
Observem a mariposa imperial, quando ela sai do casulo. Um orifício muito pequeno é a sua porta de saída dali. Isso faz com que ela tenha um nascimento um tanto difícil, sacrificado, e um pouco demorado. Ela se contorce toda para sair a muito custo, de seu casulo.
Alguém já tentou ajudá-la nesse processo e com uma ponta de tesoura abriu, em um talho, aquela estreitíssima abertura, com a intenção de complementar aquilo que lhe pareceu que Deus fez imperfeito, ou inadequado.
Aquela determinada mariposa saiu então, com muito mais facilidade, ajudada por aquele talho feito, mas depois de vir à luz, não conseguiu estender suas asas tão bonitas, de forma a alçar o seu voo, o que passaria a ser doravante a sua vida.
Ela tentou, fez forças para conseguir bater suas asas, mas não o logrou. Parece que aquele estreito orifício tinha a função de massagear e irrigar as veias de suas asas ou de levar alguma substância vital até suas extremidades.
Aquela mariposa real, pois, não voou e morreu ali, pouco tempo depois de haver nascido. Quiseram “ajudá-la”, pensando que Deus lhe havia dado sofrimentos inúteis.
Quando pensamos que estamos fazendo melhor do que aquilo que o Senhor faz, estamos errando, e sendo presunçosos. Precisamos pensar melhor, avaliar melhor as situações e considerar que a sabedoria divina é maior que a nossa.
Para aqui deixarmos mais um exemplo da vida real, mencionamos alguns assim chamados de “profetas”, que apareceram nos século Depois de Cristo, dizendo que vieram completar a obra que Jesus deixou inacabada, porque Ele, ao ver desses “profetas”, morrera antes do tempo, assassinado bruscamente, de forma que Seu ministério ficou interrompido. Ledo engano. Com isso, tornaram-se hereges. O Reverendo Moon, bem como um tal de Abdruschin são dois desses. Como meros pecadores mortais, queriam fazer melhor do que Aquele que morreu e ressuscitou ao terceiro dia? Jesus bradou da cruz: – “Está consumado!” Não há como se completar o que já foi completo há muito tempo!
… NADA SE LHE DEVE TIRAR!
Disse Jesus um dia que se alguém O quisesse seguir, deveria tomar cada dia a sua cruz e segui-Lo.
Cada um de nós tem uma cruz a ser carregada até a morte, muito embora algumas dificuldades possam cessar antes disso.
É certo que muitos acham-na pesada demais, e existe até uma estória bastante ilustrativa, que nos conta que algumas pessoas serraram um pedaço de sua cruz, para que esta se tornasse mais leve. As pessoas, ao chegarem no dia de partirem desta terra, têm que atravessar um abismo, onde cada um que levou sua cruz, deita-a por cima deste, e então caminham por cima, como que por sobre uma ponte, até chegar ao outro lado.
Mas quem cortou um pedaço de sua cruz, viu então que para atravessar o abismo, fazendo de sua cruz uma ponte, viu que esta ficou curta demais. O pedaço cortado lhes fez falta na mesma dimensão que a referida cruz foi serrada.
Nada se deve tirar das obras que Deus faz…
Na oração do Pai nosso, dizemos: “faça-se a Tua vontade na Terra, como é no céu” – onde tudo é glorioso, perfeito, cheio de luz, rico, saudável, alegre, feliz, eternamente. Esta Terra era para ser, antes que houvesse o pecado, uma cópia de parte daquilo que existe no céu. Lá existem rios, casas, árvores, vides, frutos, muito brilho, muitas joias preciosas, muito ouro transparente revestindo o chão; mas tudo é diferente do apagado, do opaco que aqui vemos, e sabemos que o que Ele faz durará eternamente…
…E ISTO DEUS FAZ PARA QUE HAJA TEMOR DELE!
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Temer a Deus tem sido mal entendido por muita gente.
Alguns já O pintaram num quadro em que vemos um velhinho rabugento, que tem um chicote na mão, sempre pronto a açoitar a quem Lhe surgisse pela frente. Isso não retrata a verdade. Não é assim.
O fato é que muitos já sentiram que quando pesa a Sua mão, os homens padecem. Como já vimos através da fala de Anne Graham, devemos temer mais é quando Ele retira a Sua mão de sobre nós, pois isto é sinal de Sua ausência. Isto, sim, é que é perigoso!
O que alguns não puderam compreender ainda é que Ele, antes de tudo, é amor. Criou-nos com amor. Com amor fez o homem à Sua imagem e semelhança – e por amor deu-lhe o Jardim do Éden para ali trabalhar na terra, atribuindo-lhe uma função com responsabilidades.
O que seria deste mundo se ninguém quisesse assumir responsabilidades? Não haveria governos, líderes, juízes, não haveria polícia, nem médicos, nem professores, nem pastores, bispos ou apóstolos. Tudo seria uma anarquia, cada qual fazendo o que bem lhe parecesse. O livro de Juízes, capítulo 21:25 é prova de que o “reto aos seus olhos”, que o homem presume, não é nem um pouco aproximado do que é reto aos olhos de Deus.
Pois bem, a cada atribuição dada, há uma expectativa de desempenho em retorno. Isso acontece na vida profissional, nos lares, nas escolas e até nos períodos de lazer.
O que seria da sociedade se não houvesse uma pessoa sequer para cobrar resultados?
E ninguém melhor ou maior que Deus para impor Sua presença, e mostrar-SE o grande Chefe, que nos dá a vida, a capacidade, o trabalho e nos avalia segundo os Seus critérios.
Sucede, porém, que muitos homens e mulheres não O temem, e por consequência, fazem aquilo que julgam ser o melhor para si mesmos, aos seus próprios olhos.
Após o ingresso do pecado em nossa raça, ficamos sabendo de muitos crimes, desde a morte de Abel, até hoje, como sinal do destemor que há nos corações. Quantos desses aconteceram até o dia de hoje? Tantos que nem podemos enumerar. Tantos, que, se o pudéssemos, enquanto mencionamos a tal cifra, esta já caducou, pois está sendo constantemente superada.
Por isso mesmo, o autor de Eclesiastes diz:
“Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e recreie-se o teu coração nos dias da tua juventude, anda pelos caminhos que satisfazem o teu coração e agradam aos teus olhos; sabe, porém, que de todas estas coisas, Deus te trará a juízo” (Ecles. 11:9).
Em suma, quando fazemos a plena vontade de Deus, as obras que agradam ao coração do Pai celeste, estamos nos posicionando entre aqueles que passarão toda a eternidade recebendo o privilégio de usufruir da santa Presença do Senhor dos céus e da Terra.
Por outro lado, se fazemos a nossa vontade, dos nossos corações, sabemos que nossos corações são enganosos e perversos, mais que todas as coisas, não estaremos cooperando com as obras de Deus – e só aquilo que Ele faz durará para todo o sempre!
Que estejamos discernindo os pensamentos e propósitos de nossos corações, deixando que Jesus nos dirija, e aja em nós. Assim, estaremos participando das obras que Deus faz, e compartilhando com Ele por toda a eternidade. Mas atenção: temos somente esta vida breve e de tempo incerto para fazermos isto. Façamos isto hoje e sempre, e sejamos felizes para todo o sempre!
Category Meditações, Revista | Tags: decisão, eternidade, o que Deus não faz, Obras de Deus
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