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A POLÍTICA DE JESUS

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octubre 27, 2014 by Bortolato

INTRODUÇÃO:

Quando vemos os povos sofrendo nas mãos de políticos sem ética, e sem respeito para com os bons, ficamos a pensar até quando isso deverá ser desse modo.   Com frequência ouvimos falar de governantes que se deixaram envolver em escândalos financeiros, desvios de verbas, concussões, corrupções passivas e ativas, julgamentos tendenciosos de processos, ora para punir a alguns, ora para beneficiarem a seus correligionários.

Os discursos desses vultos eminentes, não raro são vazios de conteúdo, tencionando muitas vezes a encobrir as falhas de suas atuações, quando de posse do poder.   Aos seus opositores, tentam diminuir, ou mesmo anular o valor destes, e assim balançam os pesos no jogo do poder, num país onde ainda é possível haver manifestações de protesto.

Num país onde o poder é concentrado na figura de um monarca ou de um ditador, porém, as coisas se complicam mais ainda, pois não há previsão pacífica de alternância dos poderes, e toda e qualquer tentativa de promover-se tal demanda é qualificada de “motim”, ou “revolução”, ou “rebelião”.

De um modo ou de outro, essas alternâncias entre um poder e outro sempre acontecem quando o povo percebe que não vai bem o curso político do seu Estado.

Nos grandes impérios do passado, o mundo constatou isso. O profeta Daniel, em sua visão recebida de Deus por cerca de 555 A.C., viu como o Senhor lhe mostrava o perfil desses impérios:

  1. O Império Babilônico foi representado por um leão com asas de águia. Este reinado, embora muito poderoso, caiu nas mãos de Ciro, o persa, em c. 538 A.C. após uma surpreendente manobra militar.
  2. O Império Medo-Persa, que derrubou ao babilônico, foi representado por um urso esfomeado, devorador de carne. Este mesmo foi fulminantemente derrotado por Alexandre, o Grande em cerca de 332 AC.
  3. O Império Grego, representado por um leopardo de quatro cabeças, que prevaleceu sobre o medo-persa, sucumbiu ao ataque dos romanos, que tomaram Atenas em 86 A.C.
  4. O Império Romano, representado na visão de Daniel por um animal fortíssimo, terrível, que pisoteava o que lhe vinha à frente, sofreu várias invasões de bárbaros: dos visigodos em 410 DC., que saquearam Roma; dos hunos, chefiados por Átila, o qual morreu em 453 DC. Em 494 DC. Clóvis logrou livrar os francos do poder de Roma. Mais tarde, os vândalos estabeleceram seu império no norte da África. Em 800 DC. Carlos Magno foi coroado o primeiro imperador do Sacro Império Romano, o qual tentou reconstruir o Império Romano, expandindo novamente suas fronteiras, mas os vikings da Noruega e Dinamarca lhe tomaram a Gran Bretânia e Irlanda oriental, e o ducado da Normandia, no norte da França.   Os magiares lhe tomaram terras através do território germânico, chegando ao coração da França, e os ataques sarracenos do Mediterrâneo minaram-lhe muito de seu território a oeste.

Este é o caminho por onde passa a saga desmedida pelo poder: elevações e quedas.   Guerras, matanças, muito sangue, para ao final haver a perda do território conquistado.

  • já pensou por que Deus mostrou esses reinos representando-os como animais selvagens? Não resta dúvida que suas atuações no cenário mundial foram sempre carregadas de selvageria, e de toques animalescos. A vontade de Deus não era esta.

Para revelar o fim desses impérios desumanos, Daniel recebeu uma outra visão, mostrando esses mesmos reinados representados por uma enorme estátua de ouro, prata, bronze, ferro e barro, estátua esta que foi derribada por uma rocha que, cortada sem auxílio de mãos, esmiuçou o ouro, a prata, o cobre, o ferro e o barro, e o vento os levou, de modo a não restar nada mais desses poderes políticos, mas a rocha que os destruiu cresceu, tornou-se uma montanha que tomou conta de toda a terra.

A rocha cortada é Cristo. Ele teve sua vida cortada no ápice de sua força, mas ressuscitou.  Ele reinará sobre esta Terra em um governo que nunca mais terá fim, mas isso ainda não aconteceu totalmente, apenas começou o processo de crescimento da montanha, a qual não parou de crescer, e não parará até tomar toda a Terra.

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O MARCO DO SEU NASCIMENTO

Ao nascer em Belém da Judeia sob a égide do Império Romano, a primeira vinda de Jesus a este mundo alvoroçou os magos do oriente, os pastores do campo, e depois também ao rei Herodes, que ficou furioso, e por conta de sua inclemência monstruosa, mandou matar a todas as crianças daquela cidade. Foi o medo de perder o poder, porque ele entendeu que um novo rei nascera para tomar-lhe a coroa.  Jesus foi perseguido pelos reis deste mundo, desde o seu nascimento.

O fato é que um dia, realmente, os reinos deste mundo passarão para o domínio do Messias, o Ungido de Deus.   Jesus pregou várias vezes sobre a vinda do Reino de Deus nesta Terra.  As parábolas dos trabalhadores da vinha e sua recompensa igualitária e a parábola dos maus lavradores (Lucas 20:9-ss.) deixam bem claro isto.

– Ao começar seu ministério, Ele aliciou doze discípulos, aos quais depois os chamou de apóstolos.   Estes lhe indagaram certo dia que recompensa teriam por ter deixado tudo para segui-Lo.   Jesus lhes respondeu que por ocasião da regeneração de todas as coisas, quando o Filho do Homem se assentar em Seu trono glorioso, os doze (menos um: Judas Iscariotes; e mais um) também se assentarão em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel (Mateus 19:28).

O fato é inegável: Jesus sempre carregou, em sua vida carnal, a carga política do Reino de Deus, que um dia virá para ficar eternamente nesta Terra, extirpando o mal e substituindo-o pelo Seu doce toque de amor e de poder.

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PERANTE UM REPRESENTANTE DO PODER DE ROMA:

O diálogo entre Jesus e Pilatos sobre o poder político que cada um detinha nas mãos foi muito profundo e interessante.

Pilatos lhe perguntou inicialmente:

– “És tu o Rei dos Judeus?”

Jesus responde:

-“Vem de ti mesmo esta pergunta, ou to disseram outros a meu respeito?” O que Jesus deixou subjacente a esta resposta na forma de outra pergunta é a questão se Pilatos acreditava no que lhe disseram a Seu respeito.

E mais disse Jesus: –

  1. “O meu reino não é deste mundo … agora o meu reino não é daqui”
  2. “Tu dizes que sou rei… Eu para isso nasci, e para isto vim a este mundo, a fim de dar testemunho da verdade”.

Pilatos O interrompe com outra pergunta: –

– “O que é a verdade?” – e, como reagiria um sofista, foge logo da possível resposta, pois dá as costas a Jesus para ir ter com os judeus.

A verdade que Jesus teria para lhe falar é que existe um só Deus, o Rei do Universo, e um só Senhor sobre todo o cosmo – mas existe um príncipe neste mundo que, mentindo, se diz ser deus e rei, dando a aparência de ser o grande dominador.

Como foi que Satanás conseguiu convencer um terço dos anjos do céu para segui-lo? Mentindo, forjando aparências de tudo quanto pôde mostrar, para parecer ser aquele que é digno de toda honra, poder e glória, ambicionando assentar-se no Trono Divino. (Isaías 14:13-14).  Sua metodologia de trabalho, seu modus operandi, porém, é muito diferente da maneira de Deus trabalhar e agir.

É assim que esse anjo caído faz neste mundo, enganando e mostrando seus métodos sujos e venenosos como os verdadeiros veículos para se governar e exercer o poder: mentindo, iludindo, disfarçando-se, travestindo-se e querendo parecer igual a Deus.

Infelizmente, os poderosos deste mundo, salvo raríssimas exceções, seguem essa mesma metodologia viciada, eivada de erros que procuram ocultar e ressaltar apenas suas supostas grandes obras e grandes feitos.

A ambição de ser o mais importante, mais do que realmente se é, foi a causa da queda do príncipe das trevas, e com o objetivo de alcançar esse seu alvo impossível, usou de todos os meios possíveis e impossíveis, lícitos e ilícitos.    Por ocasião da tentação no deserto, esta foi a mais ousada das ofertas feitas a um homem neste mundo:  “Tudo isso (todos os reinos e a glória deste mundo) Te darei, se prostrado, me adorares” (Mateus 4:8-9).   Como poderia ele dar a Jesus aquilo que a Jesus sempre pertenceu?  Astúcia maligna, querendo cavar uma oportunidade para impor o seu nome acima do que lhe foi permitido – uma negociata, uma proposta indecente mesclada com a mentira.   Jesus lhe deu a resposta devida: – “Vai-te, Satanás, porque está escrito:  Ao Senhor teu Deus adorarás e só a ele servirás.”

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POLÍTICA DO SERVO HUMILDE

Quando quiseram fazer de Jesus um rei, um messias violento, sanguinário, que arrancaria o poder de Roma com a força da espada (isso foi logo após a multiplicação dos cinco pães e dois peixinhos), o povo procurou-O ansiosamente, mas Ele não aceitou aquela formação de um exército rebelde sob Sua liderança. Disse-lhes para não trabalharem pela comida que perece, que estraga, mas pela que permanece para a vida eterna, e acrescentou: – “Eu sou o Pão vivo que desceu do céu”. (João 6:51)

Jesus, com todo o direito, poderia ser aclamado Rei, mas não era aquele o momento, e nem aquela a maneira de fazê-Lo. Satanás inspira os governos deste mundo a usar de suas técnicas de impor-se perante o povo, mas Jesus impediu que isto acontecesse com Ele mesmo e com os Seus discípulos.    Os métodos de gestão do Pai são especiais, profundos, e inteligentes, para alcançar, antes de tudo, o coração de Seus servos, os súditos de Seu reino.

Quando a mãe de Tiago e João pediu a Jesus para que aqueles seus dois filhos se assentassem à direita e à esquerda de Seu Trono, no Seu Reino que está por vir, o Senhor a repreendeu, dizendo que ao Pai está facultado colocar ou não quaisquer pessoas em tão grande destaque.   Foi uma exortação à submissão e à humildade.

O evangelista Lucas em seu capítulo 9º, verso 46 conta que então levantou-se entre eles uma discussão sobe qual deles seria o maior.

Jesus lhes diz, então, que “aquele que se humilhar como uma criança, esse é o maior no reino dos céus”. (Mateus 18:4)

E também, conforme Marcos 9:35, “se alguém quiser ser o primeiro, que seja o último e servo de todos.   Lucas 9:48 – “aquele que dentre vós for o menor de todos, esse é que é grande”.

Jesus aplicou essa regra a Si mesmo, sujeitando-Se à cruz.   Quando foi preso no jardim do Getsêmani, Ele disse que poderia pedir ao Pai, e Ele lhe enviaria mais de doze legiões de anjos.  Jesus declinou dessa prerrogativa.   Havia necessidade de que Ele Se entregasse aos homens sem resistência, porque a cruz, além de estar no centro do coração de Deus, era a grande oportunidade dEle mostrar que, por amor a nós, Ele, o Filho do Deus Altíssimo, agiria como se tivesse sido o maior dos pecadores, recebendo a maior das humilhações em seu próprio corpo.

Esta regra Jesus aplicou a Si mesmo, porque a cruz, símbolo de maldição aplicada aos piores pecadores, foi o veículo que Deus usou para mostrar ao mundo quem é digno de ser o maior no Reino dos céus.   Ele , o Filho de Deus, aplicou a Si mesmo essa regra, e os princípios por onde devem trilhar os cidadãos do Reino dos céus:

“Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus” (Mateus 5:2)

“Bem-aventurados os mansos, pois eles herdarão a Terra” (Mat. 5:5)

“Bem-aventurados os perseguidos por causa da justiça, pois deles é o Reino dos céus” (5:10)

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ENQUANTO JESUS NÃO VOLTA:

Como temos visto, o Reino de Deus nesta Terra ainda não se manifestou plenamente, e enquanto assim o aguardamos, o reino das trevas vive lutando para se impor cada vez mais, de forma truculenta, violenta, infringindo sofrimentos, dores, lágrimas de tristeza, e castigos sem fim.

Deus está permitindo que essa luta entre trevas e luz continue renhida, disputadíssima, porque assim os homens têm a oportunidade de serem provados e, em meio à peleja, os corações de cada um são revelados e no calor dos combates é que se revelam os verdadeiros heróis, soldados dignos de receber dEle a aprovação.   Jesus disse também que:

“ Mas se Eu expulso os demônios pelo dedo de Deus, certamente a vós é chegado o Reino de Deus.” (Lucas 11:20)

O que mais nos importa?   Não seja o nosso poder, a nossa autoridade, mas o fato de que não há endemoninhados, nem cegos, nem coxos, ou leprosos, não há ninguém enfermo dentro do Reino de Deus – e nós estamos desde já participando desta bênção, e muitos o podem também participar desde agora!

“Os reis dos povos dominam sobre eles e os que exercem autoridade são chamados benfeitores, mas vós não sois assim; pelo contrário, o maior entre vós seja como o menor e aquele que dirige seja como o que serve. Pois qual é maior: quem está à mesa ou o que serve?   Porventura não é quem está à mesa?    Pois no meio de vós, Eu sou como quem serve.”(Lucas 22:24-27)

Façamos sempre a oração que Jesus nos ensinou a fazer:

“Pai nosso, que estás no céu, santificado seja o Teu nome, VENHA O TEU REINO, seja feita a Tua vontade assim na Terra, assim no céu…”

Não nos deixemos abater ou desanimar.   Ele prometeu, e Ele não falhará.   Ele virá em breve.   Os que perseverarem fiéis terão uma grande recompensa, quando da vinda do Filho do Homem.   Que a política de Jesus seja sempre presente em nossos corações, e em breve Ele virá para reinar sobre toda esta Terra, trazendo coroas, diademas, pedras brancas e vestes brancas, com muita alegria para dar aos servos, os súditos de Seu Reino.


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