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ESTER – VI – PEÇA A QUEM PODE ATENDER

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mayo 25, 2020 by Bortolato

Ester capítulo 5

Há momentos decisivos na vida, dos quais não podemos fugir, e neles somos impelidos a agir, mesmo que a situação envolva riscos iminentes.

Quando temos que salvar uma pessoa, prestando-lhe socorro ou ajuda necessária, não devemos nos furtar a isso, ainda que tenhamos que fazer um esforço incomum, que não estejamos acostumados a fazê-lo. Isto também faríamos até mesmo por algum animal que tivesse caído em um poço ou uma vala, não é mesmo?

Este, na verdade, deveria ser o espírito de tantos quantos lideram um povo ou nação, espírito de sacrifício, com vistas ao bem geral de seus patrícios.

No ano 473 A.C., na cidade de Susã, na Pérsia, logo no primeiro mês do ano, um alvoroço estava perturbando a cidade. Um decreto que o rei Assuero permitiu que seu ministro Hamã o expedisse, marcando dia e mês para que fossem eliminados, mortos e saqueados os bens de todos os membros da raça judaica, desde o maior até o menor, veio ao conhecimento público.

Tudo isso porque Hamã era um inimigo feroz e mortal dos tais que estavam condenados a morrer no 13º dia do 12º mês, mês de Adar, e o rei nem estava dando contas da fera que ele mesmo havia elevado ao posto de seu primeiro ministro.

Sob uma argumentação mentirosa e que escondia o verdadeiro motivo, que era o ódio incontido aos judeus, Hamã queria, como nos dias de seus antepassados, matar e saquear, sem mais e nem menos, sem motivo justo, aqueles que considerava seus inimigos por força de tradições caducas.

Mardoqueu, apenas UM representante dos judeus, é quem foi marcado como um dos alvos principais desse ódio. Para este, Hamã preparou uma forca de cinquenta côvados (= 22,22 metros) de altura, mas este foi um tiro que saiu pela culatra, como veremos em nos seguintes comentários do Livro de Ester.

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Às vezes em nosso desejo altruísta de ajudar a alguém, colocamos nossas vidas em risco. Soube que certa vez foi feito um passeio turístico por uma praia do litoral do Estado de São Paulo, BR., por uma congregação composta de vários jovens. Os cidadãos paulistanos, quando se achegam às praias do mar, ficam muito entusiasmados, e desejam muito banhar-se naquelas águas salgadas.

Naquele dia, porém, a maré estava bravia, e mesmo assim eles decidiram entrar para apreciar melhor o vai-e-vem das ondas. Não demorou para que a corrente marítima sugasse dois jovens para o mar a dentro. Esses dois ficaram debatendo-se, na tentativa de voltarem à praia, mas não o estavam conseguindo, indo, porém, cada vez mais para dentro do mar. Eles estavam em vias de logo se afogarem.

Vendo isto desde a praia, um dos jovens de mais idade, que tinha bom fôlego e sabia bem nadar, foi ao encontro daqueles dois em dificuldades. Com o seu esforço, conseguiu livrar um deles, trazendo-o para a terra, e ainda foi de volta, no encalço do segundo, o qual ainda lutava em vão para vencer as correntes marítimas.

O desvelo daquele nadador pela vida do próximo foi notável e dramaticamente recompensado, pois que ele logrou alcançar o segundo jovem em perigo iminente, e o jovem ajudado, tendo recebido aquele socorro, conseguiu, a partir de certo ponto, livrar-se da embromação das ondas e da maré, e voltou são e salvo, seguro para o encontro de seus amigos que a tudo assistiam com aflição em seus corações.

Durante a trajetória do retorno à terra firme, porém, o heroico jovem salva-vidas foi vencido pelo cansaço e pela força da maré, e não logrou voltar novamente. Foi arrastado pelo repuxo das ondas no meio do caminho, e não conseguiu livrar-se. Morreu ali, como um soldado morre em uma batalha.

Aquele dia foi de alívio e alegria de salvamento para dois jovens, mas também de luto e tristeza para a família do herói morto, afogado nas águas do mar.

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Ficamos a pensar sobre as expectativas que se passavam pela mente desse herói que morreu nas ondas do mar, enquanto enfrentava as dificuldades que a maré se lhe apresentava. Coisa semelhante cogitava dentro do coração de uma rainha da Pérsia, a judia Ester, naquele fatídico ano.

Ela não sabia qual seria o resultado de seu ato de heroísmo em favor de sua nação judaica, e por isso a sua mente estava sendo assediada por pensamentos negativos, pois que decidira assumir uma postura perigosa para si mesma, mas mesmo assim ela foi em frente com o seu propósito.

Sem ser chamada pelo rei, ela se vestiu de suas vestes reais e foi ao encontro do seu monarca, Assuero, aliás um homem que, tempos atrás havia sido alvo de uma trama, um atentado contra a sua vida, e por isso, como medida de segurança, ordenou que qualquer pessoa que chegasse até o pátio que ficava defronte à entrada da sua sala do trono, e que não tivesse sido chamada, deveria ser executada sumariamente e no mesmo ato. Isto foi determinado a fim de prevenir-se contra outra conspiração, e manter a sua segurança. Um complô já havia acontecido, descoberto, e desfeito, mas havia a possibilidade de haver outros, correndo em paralelo. Tanto isso é verdade, que anos mais tarde, em 465 A.C. Assuero foi morto à traição em sua cama, enquanto dormia.

Ester então chega ao pátio, e fica parada ali, bem defronte da sala do trono, e, para sua alegria e alívio, o rei estava assentado, onde era esperado que estivesse. Ai dela se ele ali não estivesse! Mas Assuero lá estava, e quando a viu, suas boas lembranças que tivera com aquela que havia conquistado o seu coração o levaram a sentir firmeza e segurança, pois que Ester nunca lhe havia dado motivos para que dela se desconfiasse de algo que a desabonasse.

Ele então estende o seu cetro de ouro e ela, em sinal de aceitação àquela visita inesperada. Os guardas, que estavam tensos, olhando para Ester e para o rei, então puderam atentar para o gesto de aquiescência e eles, também aliviados, desligaram o “alarme” do seu sistema de segurança, retirando suas lanças do caminho, e fizeram mesura à rainha, obedecendo a um protocolo militar de saudação à autoridade dela, em um bem vindo sinal de paz. Ufa! Graças a Deus, Ester passou incólume por este ponto crítico.

Esta, porém, foi somente a primeira parte da operação de salvamento que estava empenhada em realizar. Até então lhe fora dado um sinal verde de aceitação, que parecia lhe acenar para que ela pudesse embarcar em um outro ponto crítico, no qual ela planejava encontrar outro gesto de dramática salvação.

Pois havia muito mais gente necessitando de um “bote de salva-vidas” para escaparem da morte em meio àquele agitado momento; e era por este motivo que Ester estava precisamente ali, dentro do “olho do furacão”.

Há muitas pessoas que clamam muito a Deus por causa dos seus problemas, mas pouco se incomodam com outros que estão no mesmo barco. Não foi este o espírito que havia em Ester, o que demonstrou bastante equilíbrio, maturidade espiritual e altruísmo, a um mundo tão cheio de egoísmo e apego a uma visão muito curta e estreita da vida.

A cultura da corte persa era recheada de muitos banquetes, onde se revelavam planos e intenções dos corações dos anfitriões. Assuero mesmo, quando quis fazer guerra contra a Grécia, usou desse recurso, no qual ele pôde conversar e convencer os seus súditos a irem à luta para executar um ambicioso plano de invasão e domínio das terras europeias.

Assim, Ester, ao ser interpelada pelo rei quanto ao motivo daquela visita surpresa, ela usou da mesma tática: convidou-o para um banquete – e atente-se para o detalhe: acompanhado tão somente do inimigo dos judeus, Hamã, para aquele mesmo dia. Logo, então, ela foi atendida.

Durante o banquete de Ester, ela deixou um certo suspense no ar, dando a entender que teria um pedido em pendência a ser feito. Assuero lhe dizia que tudo quanto ela quisesse lhe seria dado, até metade do seu reino.

Continuando a usar da mesma tática, Ester considerou que ainda era cedo demais para revelar o que de fato estava querendo, pois que o rei, requerido como era, deveria estar com vários outros problemas para serem resolvidos, e foi interrompido pelo aparecimento da sua rainha. Desta forma, ele ainda não se havia ligado ao fato de que Ester estava com interesse em algo muito importante . Esse primeiro baquete tinha sido muito inesperado, possivelmente atropelando outros assuntos do reino, quebrando a rotina do palácio.

Ele, o rei, precisava deixar um pouco de lado as questões do seu reinado e despertar para o cativante convite de sua rainha, que em meio àquela fausta refeição, então lhe faz, a ele e a Hamã, um outro convite para um segundo banquete. Era já ocasião para deixar o rei não somente curioso, mas até intrigado com o suspense que ela estava mantendo até ali.

Assuero, ao receber o convite de Ester para aquele segundo banquete, começou então a pensar que o problema dela poderia ser alguma coisa não apenas importante, mas realmente séria… digna de uma petição de alto valor – material ou espiritual? – ele logo viria a sabê-lo.

Vamos nos ater à maneira gentil com que o rei recebeu a sua rainha:

-”Qual é a tua petição? E se te dará. Que desejas? Cumprir-se-á , ainda que seja metade do reino” (5:6 e 7:2)

Veja-se bem esta promessa, de tão grande extensão, tão comprometedora, e tão aquiescente, antes mesmo de ser revelado o desejo da rainha.

Muitos pensam que Deus deixou o mundo à sua triste sorte. Isso de fato pode ter um pouco de verdade, mas dentro de uma visão muito parcial, limitada, e diminuta de importância diante do fato de que antes de tomar esta atitude, o mundo é que abandonou ao Senhor.

Como? Há uma outra face da verdade, sim que vem sendo omitida, que leva um peso de muito mais importância – Deus, na sua maneira longânima de suportar o mal por certos limitados períodos, note-se: durante estes, Ele sempre mantém controle de tudo ao Seu poder, à Sua plena vontade, e aos Seus santos propósitos.

A grande verdade é aquela mesma que Jesus deixou para a Sua Igreja:

  • Pedi, e dar-se-vos-á; buscai, e achareis; batei e abrir-se-vos-á…”(Mateus 7:7-12)

É a partir daí que muitas coisas podem mudar, rompendo com o costumeiro curso dos acontecimentos neste mundo.

Assuero era um grande rei nesta Terra, mas Jesus é o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores, tanto no Céu como na Terra, com todos os Seus direitos.

Há quem peça a Deus muitas coisas, mas em geral se pedem coisas que hão de perecer um dia. Terras, casas, posses, posições dentro do poder terreno, tudo isso perecerá. Céus e Terra passarão, mas assim disse Jesus, a Minha palavra não passará!…

Para o Rei dos Céus e da Terra, pedir coisas que ficarão e serão destruídas pelo fogo (II Pedro 3:10-12), estes não deixam de afinal serem pedidos envolvendo uma curta duração, frutos de uma curta visão do peticionário. Quem lograr recebê-los também terão curto tempo de usufruto.

Por isso, Jesus nos incita a pedirmos o Seu Espírito Santo, que é eterno, e é uma bênção que transcende a esta vida, avançando para a vida eterna. (Lucas 11:13)

Pensemos e meditemos bem na promessa de Assuero para Ester: “até metade do (seu) reino se lhe dará”. Ele não estava blefando, fingindo prodigalidade e nem sendo um falso, um exagerado na sua força de expressão, pois que ele dava a entender que ela era considerada como sua corregente, apesar de todas as medidas de segurança que envolviam o momento. Logicamente tudo tem um limite, mas qual o limite de um genuíno amor de esposo para com a sua esposa? Ele amava a Ester de um modo tal que não se conformaria em deixar de satisfazê-la, ainda que isso lhe custasse legar-lhe autoridade sobre metade de um reino que se estendia desde a Índia até a Etiópia, compreendendo a Pérsia, a Média, a Síria, o Líbano, as terras de Israel, o Egito e a Líbia. Que coração aberto, esse do rei Assuero, não?

Pois bem maior é o coração e a extensão do Rei do Reino de Jesus: Céus e Terra!

Se assim um rei ímpio tanto amou a sua rainha, como não ama Jesus à Sua Igreja? Pois que deu-se a Si mesmo por ela, deixando o Seu reino de glória para vir a este mundo e ser levado à morte mais humilhante de sua época, cravado em uma cruz…

O amor de Jesus é algo singular, maravilhoso e fenomenal. Ninguém pode contestá-lo.

Veja-se, porém, que o Seu amor, que foi expressado de forma tão dramática, pagando com a Sua própria vida pela libertação de Sua amada noiva, a Igreja, que só o aproveitarão aqueles que nEle crerem e aceitarem ser transformados pelo Seu poder de fazer-nos novamente à Sua plena imagem, à imagem de Cristo e semelhança ao Filho de Deus.

Vc quer ser assim aceito diante do Senhor do Céu e Terra? Hoje ainda temos esta possibilidade, que está franqueada a todos quantos creem e se entregam ao Rei dos Reis. O desejo de Sua Noiva é alguma coisa que Ele sempre considera…

Ou você tem um pedido a fazer a Deus, para experimentar do amor que Ele demonstrou até aqui?

Nada nos é vedado pedir, quando pedimos. Tudo é dado ao que crê, mas… sejamos sábios, e peçamos a Ele as bênçãos que não perecerão, e as teremos pela vida eterna a dentro.

Seja um feliz peticionário, e receba das mais ricas, profundas e abençoadas bênçãos que já estão preparadas para aqueles que nEle creem e O seguem neste mundo, avançando para a vida eterna.


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