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I SAMUEL – III – QUANDO MANDATÁRIOS NÃO VÃO BEM

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octubre 22, 2015 by Bortolato

Isto parece até ser um tema político da atualidade, mas não é.   Crises de governos, de lideranças mal comprometidas e revoluções são assuntos que a história muitas vezes registrou.   Procuram-se mandatários justos, honestos, capazes, e incorruptíveis, e quando se pensa que os encontramos, surpresas desagradáveis sobem à tona, e verifica-se que o eleitorado comprou gato por lebre, bijuterias baratas em vez de joias preciosas.   A corrupção sempre deixou suas marcas de sujeira, inconveniências e nojo, restando apenas um sentimento de vazio que resulta em um anelo por reformas que lavem e levem embora tudo aquilo que nos decepcionou e entristeceu.

Quando se trata então das coisas de Deus e de Seu reino, tudo pode resumir-se em uma queda de braço entre a luz e as trevas.   O contraste é grande, mas a luta persiste. Quando homens se desviam dos propósitos mais puros, estando a serviço de Deus, uma forte luz vermelha deveria piscar com constância para indicar que podem estar lutando contra Deus, e não ao Seu favor.   Esta luz vermelha pode ser comparada às palavras proféticas que tencionam chamar a atenção para tais problemas.   E se os mandatários não estão indo bem no serviço que deveriam prestar ao Senhor, e não ouvem aos profetas, é porque alguém no reino do espírito os está dominando, e este alguém é quem quer ser como Deus, tendo o controle dos homens em suas mãos.

Será que Deus aceitaria um mandatário Seu fazer coisas que Ele não ordenou, mas antes entregara-se a práticas contrárias às definições de Sua Palavra, quebrando as boas expectativas da Lei?

A resposta que encontramos em I Samuel , capítulo 2º é um solene “NÃO”!   Terminantemente NÃO!

O que deveria Deus fazer para tratar com desmandos?   Pois são estes casos que distorcem as coisas divinas, fazendo a fé genuína ser depreciada, e trazendo descrédito às Palavras do Senhor.

Dois sacerdotes, filhos de Eli, precederam de forma mui indigna, durante alguns anos que rodearam aproximadamente antes e depois de 1.105 A.C., época em que teria nascido Samuel.   Isso portanto teria sido contemporâneo aos dias de Sansão e Obede, filho de Boaz e Rute. Não foi sem motivo que o povo daquela época, aqui e ali, desprezava a Lei do Senhor.   Não foram os Juízes levantados por Seu querer, Israel viveria sempre nas trevas da idolatria e do sincretismo religioso, misturando-se com os povos que muito desagradavam a Deus com suas práticas nojentas e detestáveis.   E agora, então, os próprios sacerdotes estavam dando a todos um terrível mau exemplo.

Quando se fala de sacerdotes corruptos, homens que traíram a Aliança com Deus, logo nos vêm à memória nomes como os de Nadabe e Abiú, em certa ocasião, ou mesmo o de Aarão no episódio do bezerro de ouro.   Como se sabe, os filhos de Aarão foram queimados vivos na presença de Deus, mas Aarão foi poupado, com a ajuda da intercessão de Moisés.   Isto nos leva a considerar casos como os de Caim e o de Judas Iscariotes – Caim foi poupado vivo pela misericórdia do Senhor, mas Judas foi deixado entregue aos seus próprios tormentos e se suicidou.   Nunca se sabe qual o veredicto a ser dado pelo Tribunal do Reino do Céu, mas quando acontece o julgamento sobre esta matéria, é o caso de temer e tremer.

Que dádiva celeste preciosa é ser escolhido como representante do Deus Vivo!   É como deter em mãos uma procuração do Reino do Céu aqui nesta Terra.   Tais procuradores, contudo, têm que apresentar um santo zelo no desempenho de suas funções ministeriais, pois suas figuras são de proa, na obra do Senhor.   Assim como goleiros dos times de futebol, esses goalkeepers precisam guardar as metas contra os adversários, e portanto têm que estar firmes, atentos, em forma e sempre bem dispostos a cumprir as ordens do Trono de Deus e a Sua Lei.   Sua posição exige que se desdobrem ao máximo para serem canais limpos, por onde deva passar a graça do Senhor.   São figuras públicas que podem ser imitadas por seus erros, tanto quanto por seus acertos.   Jamais deveriam errar, mas…

Isto não significa que teriam obrigatoriamente que ser perfeitos, pois caso contrário não existiria um só ser humano que preenchesse esta condição.   Por outro lado, precisam lutar contra o pecado, contra os costumes adotados por este mundo, e até mesmo contra a sua própria carne.

Em Levítico 4:1-12, a propósito, verifica-se o que os sacerdotes levíticos tinham que fazer quando fossem achados em algum pecado contra os mandamentos do Senhor.   O sacrifício de um animal não poderia logicamente apagar os seus erros, mas quando feito com arrependimento e coração contrito perante o Senhor, este era o caminho a ser trilhado para a regeneração do homem de Deus e de seu minsitério.

No caso de Hofni e Fineias, os dois filhos de Eli, porém, estes pareciam ignorar deliberadamente todo o caminho de purificação perante o Senhor Yaweh.   O seu modo de agir parecia estar voltado apenas a servirem a si mesmos, em detrimento do que a Lei do Senhor pudesse prescrever.   Eram gulosos, hedonistas, e trabalhavam no serviço de Deus sem atentarem aos detalhes importantes que Deus esperava que observassem.   (1) Comiam carnes com sua gordura, quando toda gordura devia ser queimada no altar, em oferta a o Senhor (Levítico 3:17); (2) Exigiam que o povo lhes desse para comer carnes cruas; (3) também tomavam à força para si quaisquer partes das ofertas sacrificadas, quando a Lei determinava que as ofertas pacíficas (shelamin) e as ofertas de ações de graça (tovdah), bem como as ofertas volitivas (neder) teriam de ser destinadas somente em parte aos sacerdotes – apenas o peito, em caso de ofertas movidas, e somente a perna dianteira direita, no caso de ofertas alçadas.  O mesmo também se devia fazer no tocante a ofertas voluntárias (nedebah).   Esses dispositivos da Lei visavam a estimular o autocontrole e a temperança em respeito à vontade divina, e temor à Sua santidade, mas aqueles filhos de Eli estavam de modo truculento tripudiando sobre as palavras de Yaweh registradas nos primeiros capítulos do livro de Levítico.   Ao que tudo indica, o seu deus era o seu ventre.

Não bastassem essas atitudes egoístas e desrespeitosas para com os ofertantes, e acintosas para com o Senhor, esses dois filhos de Eli ainda cometiam atos de libertinagem com algumas mulheres que tinham seus corações abertos para servirem ao Senhor junto à porta da Tenda da Congregação (I Samuel 2:22).

Repreendidos por seu pai, continuavam nas mesmas práticas, como que cegados pelos desejos da sua carne, mas Eli não os punia e nem os impedia de exercerem o sacerdócio naquelas condições, até que palavras proféticas da parte do Senhor os atingiu em cheio.

A congregação de Israel, que vivia dias difíceis, sofrendo uma crescente pressão da parte dos filisteus, povo que ameaçava avançar sobre suas terras e tomar-lhes o régio poder de sobre estas, ficava escandalizada.   “Aquilo” não era maneira de um procurador de Deus levar o ministério sacerdotal.   Alguns notavam aquela impiedade, e riam-se, zombando.   Outros balançavam as cabeças, não aceitando tamanha afronta e desrespeito para com as coisas de Deus, e assim andavam as coisas em Israel.

Flávio Josefo afirma que além de tudo isso, Hofni e Fineias blasfemavam contra Deus.   Quando um homem desrespeita a Deus, está fazendo-se a si mesmo de deus, e eis aí uma grave situação, mormente quando se dá o caso em que o Senhor se irrita.   A Sua glória Ele não a dá a outrem.   Nenhum homem é Deus, e essas coisas não passam sem haver um tratamento de medidas drásticas.   Este foi o erro de Satanás, e esta situação pode levar certo tempo até que a intervenção divina se apresse e se precipite sobre as cabeças do transgressores.   Certamente que o tempo chegará e… horrenda coisa é cair nas mãos do Deus Vivo!

O fato é que Deus tem já inimigos de sobra, tanto neste mundo como no invisível, mas estes são aqueles que assumiram a posição de antagonistas e engrossam decididos as fileiras do inimigo.   São conhecidos como tais, e, em sua maioria, já sabem acerca dos juízos que lhes estão preparados, mas apesar disso são obstinados , e simulam não se importarem com isso.   São revoltosos irreconciliáveis e lutam tenazmente contra Deus, enquanto ainda não lhes chega o tempo em que serão julgados e sentenciados, pois que condenados já o são.

O que pesava, porém, sobre casos como Hofni e Fineias é que o modo de vida que levavam, trazendo prejuízos à obra do Senhor neste mundo, pois eram ministros de Deus agindo como se fossem inimigos do Altíssimo.   Sua ministração tornou-se execrável diante de Deus e dos homens.   Poluíram as águas que deveriam manter sempre limpas e o povo de Deus as bebeu, e foi prejudicado com isso.

Esse tipo de comportamento impede que o povo do Senhor receba a pureza das águas purificadoras, descrita no livro de Ezequiel, capítulo 47. Não era de se espantar se o povo também passasse a desprezar as ofertas de sacrifício.

Por fim, um homem de Deus profetizou que Hofni e Fineias morreriam no mesmo dia.   A lição que restou da história de Nadabe e Abiú teve que ser outra vez ministrada a outros dois descendentes de Aarão.

Servir a Deus, sim, é um privilégio, mas que cada um faça-o da melhor maneira possível – cheio do Espírito Santo, de temor e de tremor. Que cada um saiba fazê-lo com muito amor a Ele, acima de tudo, e da maneira que a Ele apraza.

Que a Palavra de Deus profetizada seja o norte e o termômetro de nossa relação com Ele, e que os nossos ouvidos estejam sempre prontos a captar a Sua mensagem, assimilá-la e colocá-la em prática.   Erros sejam corrigidos, pecados sejam abandonados e nossa sintonia fina com Ele seja a razão da nossa força.


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