II REIS – XIV – O JUSTO JUÍZO É INEVITÁVEL
Comentarios desactivados en II REIS – XIV – O JUSTO JUÍZO É INEVITÁVELabril 2, 2018 by Bortolato
Todos nós andamos nesta Terra, de um lado para o outro, muitas vezes sem perceber que tudo quanto fazemos é anotado e um dia será julgado. Não pelos juízes desta Terra, que, em que pese sua grande importância, muitos destes erram, mas também serão conduzidos ao Juízo da Suprema Corte do Céu.
Quantos perambulam neste mundo, fazendo tudo quanto lhes apraz, fechando os olhos para o fato que muitos não se querem nem lembrar: de que esta vida terrena terá fim, e, quando isto acontecer, a nossa alma, que ainda viverá após a morte do corpo material, terá que se apresentar perante o mais justo de todos os Juízes: o Senhor dos Céus e da Terra, o nosso Criador.
Muitos olham para a sua própria força, suas capacidades, suas possibilidades, entusiasmam-se, e se esquecem que um dia tudo isso passará, e esse dia chegará, impondo limite a tudo, até ao próprio respirar e ao pulsar do coração – e não há como evitar. Até hoje ninguém descobriu a fonte da juventude; a primavera da vida também um dia acabará.
Isto é algo que todos devem colocar em seus espíritos: que esta vida, que no seu dia natalício teve seu começo, também terá o seu fim, e o fim vem para todos, sem distinção. Ninguém ficou vivo nesta Terra para servir de semente. Um dia, todos partirão, quando esta etapa da vida se acabará.
Há quem sinta que a próxima etapa está garantidamente segura, em um lugar junto a Deus, e estes não devem temer o futuro, se sua fé, amor e esperanças estão em Jesus, Seu Filho.
Por outro lado, também há quem se desespere. Não se sentem preparados para partir. Alguns choram, outros entram em agonia, sentem-se tomados de pavor, pois não sabem o que lhes sobrevirá, mas pressentem um perigo muito grande se aproximando, pois semearam o mal durante sua existência, e estariam prestes a colher o fruto que lhe é próprio.
Eis aí o lance inevitável do futuro, à espera de cada um de nós. Quando será? Ninguém sabe. Alguns quiseram apressar a chegada desse dia, tentando o suicídio, mas nem todos o lograram alcançá-lo; se tiveram sorte, conseguiram apenas ficar à beira do vale da morte, no meio do caminho, e quando voltaram, arrependeram-se da sua precipitação.
O fato é que esse dia será marcado com o estigma da balança da justiça nas mãos do Justo Juiz.
Seria pessimismo encarar este fato? Depende de como nos relacionamos com o Justo Juiz em nossas existências.
Idolatrias, maldades, assassínios, opressões, roubos, malícias, corrupções, imoralidades são ingredientes que, acumulados, nos distanciam de Deus e geram uma massa de acusações e de sentenças condenatórias para quem se deixou envolver nesse tipo de coisas.
A condenação destes é justa? O que devemos levar em consideração é que, muito embora os maus caminhos sejam os mais freqüentados, o Caminho do Senhor já é pregado no mundo todo, proclamando a todos os povos que Ele é a rota de escape, de salvação e de redenção através de Seu Filho Jesus.
Quem conhece a ambos os lados da maior encruzilhada da vida tem condições de melhor avaliar e decidir qual deles é o melhor.
Desejamos que todos, sem exceção, saibam como melhor escolher, trilhando o Caminho da vida eterna, que Jesus, o Cristo, nos deixou franqueado.
Ocorre que muitos, mesmo conhecendo a Palavra de Deus, negaram-se a assumi-la como seu guia para essa jornada. Não atinaram para os fatos que a mesma adverte, e o próprio final de suas vidas o revelou.
Se considerarmos os fatos descritos no 9º capítulo do IIº Livro dos Reis, veremos o cumprimento de várias palavras proféticas sobre uma família em especial: a família do rei Acabe de Israel, que reinou durante os anos 874 a 853 A.C.
Esta família foi envenenada espiritualmente, enfeitiçada por uma mulher adoradora de Baal, que a marcou para um terrível destino – esta foi Jezabel.
O marido da rainha Jezabel já estava morto, pois que fora ferido em campo de batalha.
Acazias, o filho que sucedeu a Acabe também já estava morto, dois anos depois, em 852 a.C., pois morreu em decorrência da infelicidade de uma queda, e, para agravar o seu estado, estando acamado, em vez de buscar ao Senhor, foi atrás de Baal-Zebube, o deus das moscas, cultuado pelos filisteus em Ecrom. Não se levantou daquele leito de dor.
Devido a um enorme desvio do Caminho do Senhor causado em toda nação de Israel, a descendência real de Acabe seria, fatidicamente, exterminada sem deixar um só do sexo masculino.
O irmão de Acazias, Jorão, sucedeu-o no trono, mas embora tenha aparentado uma volta para o Senhor Yaweh, continuou deixando a idolatria e as feitiçarias de Jezabel se espalharem pelo reino.
Quando o profeta Elias queixou-se em Horebe, perante o Senhor, de que ele estava sentenciado de morte pela rainha Jezabel, o Senhor confortou-o com uma promessa, a de que Eliseu seria profeta em seu lugar; Hazael subiria ao trono da Síria; e Jeú, filho de Nisi, ao trono de Israel. Estes três nomes haveriam de sacudir e liquidar com aquela onda de adoração a Baal, e com a casa de Acabe.
Elias cuidou pessoalmente de ungir a Eliseu, mas deixou o encargo de ungir a Hazael para este seu discípulo. Quanto à unção de Jeú, esta foi passada para um discípulo de Eliseu, que aceitou essa incumbência e a cumpriu fielmente.
Foi pouco depois de 841 A.C., em Ramote de Gileade, no mesmo lugar da batalha que trouxe o fim à vida do rei Acabe. Jorão, seu filho, estava outra vez lá, no mesmo local, guerreando então contra o rei Hazael, da Síria, e recebeu alguns ferimentos que o obrigaram a retirar-se para Jezreel, a fim de tratar-se e ser curado.
As forças israelitas ainda não haviam sido retiradas de Ramote-Gileade. Lá estavam os capitães do alto comando dos exércitos de Israel, aguardando o desfecho daquela situação, esperando pelo desenrolar dos acontecimentos.
A impiedade de Jezabel era já de todos conhecida, de modo que pairava entre os adoradores de Yaweh e até dentre os próprios militares um sentimento de indignação. Eles sentiam que as coisas não iam bem, e que a causadora da crise era aquela mulher. As profecias de Elias e de Eliseu o atestavam claramente.
Como, porém, protestar? Militares são treinados a prestar serviços fieis a seu rei, e por tabela, também à rainha. São, também, condicionados sistematicamente a trazerem vitórias que sosseguem os corações do povo todo. Contudo, aquela campanha malfadada em Ramote de Gileade já não se mostrava apenas como uma frustração, mas desenhava um revés muito desmotivador, pois os dias estavam dando vantagens para o rei da Síria. O próprio rei de Israel estava ferido, doente, em Jezreel, onde mantinha um dos seus palácios reais.
Não por acaso, Acazias, filho de Jeorão, neto de Josafá, sobrinho de Jorão, era o novel rei de Judá, o reino do sul. Ele recebera a coroa com 22 anos de idade, e estava junto com Jorão, de Israel, como companheiro solidário naquela guerra de Ramote-Gileade. Tendo sido ferido Jorão, Acazias também saiu do local do front para ir ver como seu parente, rei de Israel, estava passando.
Foi nesse momento que o jovem profeta, enviado de Eliseu, foi até o local de concentração das tropas israelitas para ali se encontrar com a pessoa a quem teria de ungir como rei de Israel. Lá estavam vários capitães de milhares, que aguardavam sentados por notícias provenientes de Jezreel – novas ordens, novas estratégias, e, pela vinda do rei Jorão.
Aquele jovem profeta adentra à sala do alto comando que certamente ficava à entrada da cidade, e diz ter um recado de Yaweh para Jeú. O capitão geral então lhe concede um aparte, mas que fosse dentro de uma casa; e para lá ambos se dirigem a sós.
Jeú era capitão de alta patente. Em outras palavras, um dos generais mais conceituados de Jorão, e naquele colóquio em particular com o jovem profeta, ele recebeu a unção de rei – não apenas para apossar-se da coroa, mas com a explícita missão de exterminar com a dinastia de Acabe, combater o baalismo e executar uma violenta morte à rainha Jezabel.
Foi um ato de coragem do jovem. Se Jorão ou algum seu fiel aliado soubesse para que fim ele veio até ali, certamente seria impedido, barrado, preso e morto. A impiedade da casa de Acabe era bem notória quanto a isto, basta ver-se o que foi feito com Micaías, que profetizou a morte daquele rei ( I Reis 22:19-27).
Procedida foi, enfim, a unção de Jeú. Imediatamente a este ato, o jovem profeta deixa uma palavra profética, e logo após sai dali correndo, em uma louca disparada, a fim de que ninguém o parasse para perguntar a que ele veio, ou quaisquer outra coisa.
Pois eram tempos difíceis. O jovem não queria dar oportunidade a que alguém o interpelasse e nem o detivesse. Ele seguiu a palavra que Eliseu lhe dissera para fazer, bem como a maneira como teria que evadir-se dali.
Os demais capitães do Estado Maior que viram aquela fuga do jovem, daquela forma tresloucada, logo foram avistar-se com Jeú. Algum daqueles capitães julgou o profeta como se o tal fora um louco, e assim fazendo, inquiriu a Jeú o que o tal queria.
Jeú, porém, não se sentiu à vontade para dizer o que foi que se passou dentro daquela casa; apenas limitou-se a uma resposta lacônica e evasiva, dando a entender que de fato aquele jovem não passava de um louco, dissimulando a importância daquele momento.
O azeite na cabeça de Jeú, porém, ainda estava descendo pelos seus ombros, molhando o seu peito, e fazendo o seu rosto brilhar. Ao verem-no, os demais oficiais puderam perceber que aquilo não era uma loucura, mas sim, algo muito sério para a nação. Uma unção dada por meio de um profeta era o que, no passado, derrubou reis, e levantou outros no lugar.
Estando diante de um provável fato de suma importância para a nação, os oficiais quiseram saber o que afinal significava aquilo. Não crendo na hipótese de ter havido algo corriqueiro, apertaram a Jeú com suas perguntas, e este lhes contou toda a verdade sobre o ocorrido.
Foi como o fogo em um estopim. Foi o que lhes bastou para entenderem o propósito de Yaweh. Parecia, de repente, que todos estavam esperando por aquilo. A histórica unção profética do rei Davi, e os insucessos de Jorão com o conseqüente declínio de seu reinado, pediam pela unção de um novo rei, que fosse isento das culpas de Acabe e Jezabel. Não tiveram dúvidas: era a hora e a vez de Jeú.
Ao sentirem isto, não deixaram escapar a oportunidade: logo o reconheceram, e em gesto de submissão e honra ao novo rei, tomaram cada um o seu manto, e os colocaram debaixo de um trono que improvisaram ali, no alto de uma escada, ponto mais alto da cidade, e tocaram trombetas.
O povo, ao ouvir aquele som estridente que sempre lhes anunciava coisas importantes, logo acometeu até ali para verem o que se passava, e então anunciaram: Jeú era o novo rei!
Esta reação tão pronta dos seus colegas militares, causou alvoroço no meio do povo. Aquilo, no final das contas, era um motim, e Jeú sabia que teria que agir rapidamente, antes que Jorão o soubesse por outros veículos, ou tudo aquilo desmoronaria sobre a sua própria cabeça.
Ele não queria que ninguém fosse relatar o acontecido a Jorão – ele mesmo decidiu fazê-lo pessoalmente, acompanhado de uma tropa.
E lá se foram para Jezreel, cidade da tribo de Issacar (Josué 19:18). Era ali onde reis de Israel tinham um de seus palácios e uma corte, muito embora Samaria fosse a capital metropolitana do Reino Norte. Foi também ali que, perto dos muros da cidade, ocorrera o apedrejamento de Nabote e sua família (I Reis 21:23), sangue que clamava de sobre a terra, testemunha de um ato de injusta cobiça, difamação, calúnia e morte de inocentes. O Senhor não Se esquecera disso. A Sua Palavra contra a casa de Acabe ainda estava de pé, apenas em suspenso, aguardando a hora de fazê-lo cumprir-se (I Reis 21:21-24).
Imbuído da responsabilidade, mas impelido pela força do Senhor, e dentro do espírito de conspiração contra Jorão, Jeú corria em seu carro de guerra, rumo a Jezreel. Sua expectativa era a de fazer cumprir a profecia. Ele estava disposto e prestes a matar Jorão, apossar-se do trono e iniciar uma epopéia de caça às bruxas. Sua força e impetuosidade eram notórias por muitos de Israel, e assim ele dirigia, afoito, aos seus cavalos à sua frente.
Um atalaia, do alto da torre de Jezreel o viu ao longe e deu o aviso: lá vinha uma tropa que cavalgava bem rápido, levantando muita poeira…
Aquilo foi motivo de preocupação para Jorão. Quem seria? Pareciam vir da direção de Ramote-Gileade, e ele torcia para que não fossem os sírios de Hazael, outra vez!
Enviados três mensageiros, um após outro, cada um por sua vez, a fim de saber de que se tratava, estes eram apenas somados à tropa que continuava firme, em uma cadência furiosa, e sem detença.
Então, tendo a tropa chegado mais próxima a Jezreel, o atalaia associou aquele modo todo louco de cavalgar com Jeú, filho de Ninsi, e então relatou isto ao rei.
Ao sabê-lo, o rei Jorão tem uma vaga noção de que está entre os seus, mas queria saber o que estaria havendo. Talvez alguma emergência, em algum lugar. Alguma desordem, ou um recado de alguma cidade pedindo socorro. Um outro ataque de Hazael? Quem o saberia? Ele sentiu que precisaria estar junto de “seu” exército para tomar decisões rápidas.
Jorão pensa melhor, e decide ir ao encontro da tropa, ele mesmo. Urgências são urgências, afinal. Tudo poderia estar sendo sinalizado daquela forma, com indicadores de que era algo grave acontecendo, e não havia tempo a perder-se.
Porém, a curiosidade mata…
Ao se aproximar de Jeú, que era um de seus generais, Jorão faz a pergunta:
– “Há paz? Shalom?”
A resposta de Jeú não se fez por esperar, e logo expõe a que ele veio: ele diz que não havia possibilidade de paz, porque a mãe de Jorão, Jezabel, continuava a incentivar o povo à idolatria e à feitiçaria em Israel… subentendeu-se que a ira de Deus permanecia sobre a nação, e por este motivo.
Foi o encontro fatal, próximo ao campo externo a Jezreel, onde havia sido assassinado Nabote, fria e injustamente. Jorão tentou fugir, dando meia volta, mas o arco de Jeú se entesou e uma flecha atravessou o tórax de Jorão de um lado ao outro, e este cai do seu carro, e é lançado naquele mesmo campo sobre o qual fora profetizada a morte de Acabe ( I Reis 21:21-24).
O rei Acazias de Judá, que com cumplicidade o seguia de perto, também foi alvo daquela ação-relâmpago de Jeú. Acazias foi perseguido e ferido, pois que ele também era descendente de Acabe, e ainda mal e mal conseguiu fugir para Megido, onde veio a falecer.
Jeú então chega a Jezreel. Entra na cidade pelo seu portão. Como general de Jorão que era, não encontrou resistência para adentrar na área urbana. Os portões se lhe abriram, pois quem seria o insensato que ousaria enfrentá-lo? O rei Jorão jazia morto no campo, de modo que Israel não tinha mais o filho de Acabe para assumir a liderança de Jezreel. E Jeú acabara de ser o executor, o carrasco de dois reis… sua autoridade foi totalmente reconhecida pela guarda da cidade.
E foi Jeú pelas ruas a dentro, com seu galope que denotava autoridade superior à do rei que tinha acabado de eliminar com muita eficiência e rapidez, e chega à entrada dos jardins do palácio real. Ninguém o detém. Sua passagem lhe foi franqueada sem sequer uma oposição.
O momento era de temor e tremor. Os olhos do povo, e mesmo dos servos de Jorão, estavam assistindo àquela cena, imobilizados. Todos estavam temendo ao novo rei de Israel, mas Jezabel ainda achava que detinha algum trunfo em suas mãos. Ela pintou os seus olhos, enfeitou sua cabeça com adornos reais, dirigiu-se à janela, e lançou o seu desafio.
Ela chama a Jeú pelo nome de um falecido rei de Israel que era comandante de metade dos carros de guerra, o qual chegou a matar o então rei Elá, mas não pôde reinar senão somente sete dias, quando foi morto queimado, dentro de seu castelo em Tirza. O nome do infeliz usurpador do trono de Elá era Zinri.
Jezabel quis afrontar a Jeú, insinuando que, assim como Zinri não logrou êxito em seus planos conspiratórios, mas foi morto em poucos dias de forma atroz, assim seria com o matador de Jorão, mas…
Jeú não se deixou intimidar. Ele imediatamente pergunta celeremente quem? quem seria por ele? Isto, olhando firmemente para aquela janela. Dois ou três eunucos da guarda da própria rainha devolveram seu olhar de forma supostamente positiva.
Jeú então dá a ordem: – “Lançai-a daí abaixo”. Não houve discussão e nem hesitação. Foi desse jeito que o fizeram . Jezabel cai ao chão em uma queda livre, de forma que o seu sangue se espirra nas paredes e nos cavalos. Jeú completa a sua execução, atropelando-a com seu carro e seus cavalos. Era o fim de uma sagaz rainha idólatra, soberba e criminosa.
Ora, aquele jardim do palácio onde caiu Jezabel para encontrar-se com a morte, antigamente era exatamente o lote de terra onde Nabote mantinha a sua vinha, e assim cumpriu-se a palavra profética a seu respeito…
Jeú chegou ali com fome, e era hora em que seria servida uma refeição. Ele aproveitou o ensejo para sentar-se à mesa, relaxar um pouco, comer e beber. Sinceramente, ele foi dotado de uma frieza muito incomum, depois de tudo o que fizera. Quem teria apetite, depois de derramar todo aquele sangue daquela forma?
Quando terminou de fazer a sua refeição, ele lembrou-se de que Jezabel era filha de rei, e que isto requeria um sepultamento, mas ao dar ordens para que isto fosse feito, houve uma surpresa que encantou a todos. Algo estranho ocorreu.
Quando chegaram até o lugar onde deveria estar jazendo o corpo da ex-rainha, encontraram apenas algumas pequenas partes do mesmo: a caveira, os pés e as palmas das mãos. Isto foi de uma aparência terrível. O que teria acontecido? Certamente que não aconteceu um passe de mágica. Os cascos dos cavalos realmente tinham ferido bastante o corpo de Jezabel, mas não o haviam dilacerado. Como então aquilo parecia uma misteriosa cena de um filme de terror?
Os cães da cidade também pareciam estar com muita fome, sentiram o cheiro de carne fresca, e, como se fossem os restos de um animal abatido, com muita avidez deram conta de saciarem-se, cumprindo assim cabalmente a profecia predita por Elias em I Reis 21:23.
Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus Vivo. (Hebreus 10:31)
Esta passagem não foi inserida no texto bíblico para difundir medo ou terror, e sim, para deixar-nos conscientizados quanto ao poder que tem o Senhor, e que os Seus adversários, que se ufanam de manter um posicionamento revoltoso contra Ele, deveriam refletir sobre isto, e saber que um dia chegará a hora da verdade, e os Seus inimigos o verão, o sentirão e muito se lamentarão.
Não para o medo, e nem para o terror, mas para entendermos de maneira real que é muito bom e essencialmente proveitoso, o temor do Senhor – mas não o temor pelo temor. Antes de tudo adorá-Lo, sabendo o quanto Ele é grande, poderoso, amoroso, mas também muito justo, diante de Sua presença os culpados não são inocentes, e não adianta nada tentar negar. Em chegada a hora, todos terão de comparecer diante do Justo Juiz, e escusas não terão espaço.
Que não venhamos diante dEle com desculpas, ou tentando lançar justificativas; Ele já sabe de tudo. Nossas justiças, ademais, são como trapos de imundícia (Isaías 64:6). Tenhamos a humildade de reconhecer que pecamos, que pertencemos a uma raça decaída, e que cada um seja digno de receber da Sua misericórdia, clamando para que o sangue de Jesus, o Filho de Deus, nos justifique e nos purifique.
Quem é fiel, ama, adora e presta todo o louvor que é devido a Deus já está se antecipando ao terror, ao medo da vara da justiça, e tem à sua frente o Grande Advogado que tem poder para defendê-lo com o Seu próprio sangue vertido na cruz. Não precisa se atemorizar, porque o sangue de Jesus nos purifica de todo pecado. Desta forma o temor do Senhor abre o caminho para uma segurança jamais igualada e se transforma em alegria pelo perdão, gratidão e amor. Não há mais, então, lugar para o terror.
Se o salário do pecado é a morte, damos graças a Deus pelo dom gratuito que foi facultado aos que crêem em Jesus: a vida eterna, abundante, e transbordante. Isto não é maravilhoso?
Graças a Deus que as Suas misericórdias são a causa de não sermos consumidos; as Suas misericórdias não têm fim. (Lamentações 3: 22) E Ele é o mesmo ontem, hoje e o será para sempre.
Ele diz: vinde (a mim)… ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão alvos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a lã. (Isaías 1:18)
Esta é a saída. A única. Todos os demais valores desta vida se tornam desprezíveis como o refugo, diante deste grande repto do Senhor. É a nossa salvação. Quem quiser, poderá assumi-la, abandonando os pecados, e será eternamente bem-aventurado.
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