II REIS – XV – QUANDO TRIUNFARÁ O BEM SOBRE O MAL?
Comentarios desactivados en II REIS – XV – QUANDO TRIUNFARÁ O BEM SOBRE O MAL?mayo 14, 2018 by Bortolato
Até quando, Senhor? Quando chegará o momento em que o bem triunfará sobre o mal? É a pergunta que fazem as pessoas quando estas julgam as coisas que acontecem na Terra, inconformadas com o status quo, pois parece que o mal anda prevalecendo…
Há um peso enorme sobre os moradores deste mundo, basta olhar ao derredor. Outra forma de perceber-se isto é assistindo aos telejornais, e ouvindo o que estes dizem. Perguntamos: eles falam de coisas boas ou más? Uma estatística feita por baixo irá revelar que 90% dos assuntos deste mundo comentados são más notícias: roubos, assaltos, assassinatos, golpes de estelionato, disputas ferrenhas de facções criminosas, gangs, máfias, estupros, depravações morais, quando não acerca de guerras e ameaças de guerras. Isso tudo deixa o povo assustado, ou, no mínimo, preocupado. Os infelizes que são atingidos pelas ondas de crimes e fatalidades só choram as suas perdas, das vidas de parentes, amigos e bens.
Esses fatos seriam, em parte, ações de violência, praticadas por homens despojados da posição de filhos de Deus. Os homens se afastaram dos caminhos do Senhor e as decorrências disto se tornaram lamentável e desgraçadamente funestas.
Ainda nem mencionamos furacões, tornados, tempestades destruidoras, vulcões, tsunamis, terremotos, deslizamentos de terra morros abaixo, como manifestações violentas da Natureza. São fenômenos que se desprendem repentinamente como desequilíbrios da ordem natural da Terra que Deus criou, deixando para trás imagens estarrecedoras, um rastro de destruição de seu caminho percorrido.
O fato é que muitos não querem admitir é que Deus, que é o Criador e o grande Sustentador do Universo, um Deus de amor, também tem uma faceta terrível. Foi Ele quem criou, por exemplo, o planeta Júpiter, onde se pode observar claramente marcas de grandes e fortíssimos furacões, que, se de tal monta fossem ativados em nosso mundo, não sobraria ninguém para contar como foi a história desse cataclismo. Apesar deste aspecto temível dos fenômenos da Natureza, estes são menos freqüentes do que os atos criminosos dos homens, os quais enchem os noticiários a ponto de provocar nojos e ânsias de vômitos.
Há, no entanto, quem ache que Deus é um tanto quanto interessante, pensando que poderiam colocá-Lo dentro de um tubo de ensaio. Ardilosa ingenuidade. Esses nunca chegarão ao conhecimento verdadeiro de Deus.
Outros há que achem que a imagem que Deus deixou nesta Terra é muito monótona. Outro ledo engano. Se observarmos bem, pesquisando-se os Seus atos na Bíblia, ficará evidente que tal ponto de vista está muito longe de compreender que, nas intervenções divinas no decorrer da História, com certa freqüência se nota o grande poder, sinais, maravilhas, coisas totalmente fora de rotina ou de alguma previsão humana. Recomendamos que os partidários da visão de um Deus monótono leiam a Bíblia com humildade, munidos de um espírito disposto a descobrir as realidades do mundo do Espírito, com certeza, e suas ideias mudarão.
Deus é excitante. Não é uma ideia, mas alguém real, que vive, sempre viveu, e acompanhou com o Seu olhar todos os acontecimentos que se deram na Terra. Ele inspira-nos o bem, o lado bom das coisas, tem longa paciência, mas ao mesmo tempo não tolera quando a humanidade, ou parte desta, se envolve em práticas hediondas e destrutivas – é quando Ele resolve intervir, a fim de que – digamos assim – o caldo não entorne, o leite se derrame, e, para desventura de todos, o pior venha a acontecer, quando tudo se acabe em um cataclismo que extermine a corrupção geral do gênero humano, como foi nos dias do Dilúvio.
Quanto à longanimidade de Deus, muitos não a sabem interpretar, achando que Ele se omite, ou, precipitadamente concluem que Ele não existe ou está totalmente alienado do que se passa neste mundo.
O fato é que muitos levam a vida como se jamais houvessem de prestar contas de seus atos em um Juízo Final. Andam de um lado para o outro, daqui para acolá como se eles próprios fossem os juízes do resto do mundo, e mal sabem que serão julgados com extremo rigor no final de suas vidas.
Matam crianças praticando abortos, ou em ações militares criminosas, ou ofertando essas pequenas vidas em rituais macabros que desconsideram em absoluto que estão desafiando a Justiça de Deus.
Foi o que o povo de Israel fez quando admitiu que o rei Acabe se casasse com Jezabel, uma filha de rei, fanática adoradora de Baal, o deus dos sidônios.
Esta senhora rainha morreu em cerca de 841 A.C., durante uma ação rápida e eficaz, conspiratória, executada por Jeú contra a dinastia de Acabe.
Quando Acabe foi morto em Israel, a idolatria não foi automaticamente abolida. Devido às constantes ações de Jezabel, a adoração a Baal continuou com seus ritos recheados de covardes infanticídios, apesar de todas as manifestações que o Senhor Yaweh havia operado através do ministério de Elias, seguido das do profeta Eliseu.
Até quando? É isto o que muitas pessoas de bom siso perguntavam a si mesmos, bem como os poderosos justos desta Terra.
Foi aí, dentro deste contexto histórico, que então lemos o capítulo 10º do livro de II Reis.
Quantas criancinhas morreram em cultos de adoração a Baal? Não se tem a conta, foram inúmeras. Foram infanticídios em série que se pretendiam justificar com esfarrapados pretextos supostamente religiosos. Seja como for, era uma abominação, coisa nojenta, intragável aos olhos de Deus e de todos que usam de bom senso. Só o adotarem uma religião idólatra já é uma afronta contra o Único e grande Deus de toda a Terra. Matarem as criancinhas, a quem Ele deu o fôlego da vida, então, é provocar a Sua ira e o Seu juízo.
Lembramos de Herodes, o que ordenou a matança das criancinhas de Belém, e do Faraó que proclamou a ordem para a morte das crianças recém nascidas do povo de Israel no Egito. Quantas foram as que morreram em cultos a Baal? A balança da justiça divina, muito embora tenha sido julgada como demorada, quando agiu, o fez no momento que lhe pareceu correto, senão vejamos:
“Josefo escreveu que a doença final de Herodes – às vezes chamada como «Mal de Herodes»- era insuportável. A partir das suas descrições, alguns peritos médicos propõem que Herodes tinha doença renal crônica complicada por gangrena de Fournier. Os estudiosos modernos concordam que ele sofreu durante toda a sua vida de depressão e paranoia. Sintomas similares estiveram presente na morte de seu neto Agripa I, em 44 DC., sobre quem se relata acerca de vermes visíveis e putrefação.” (Relato apresentado pela Wikipedia)
O Egito , por sua vez, em cerca de 1491 AC., perdeu animais, trabalhadores do campo, os frutos pendentes de suas plantações, e o que sobrou os gafanhotos deram conta de consumir totalmente. Depois disso, o Faraó ainda perdeu o seu filho primogênito, juntamente com os primogênitos egípcios, sem contar que ainda perdeu o seu poderoso exército nas águas do mar Vermelho.
Isso tudo foi o resultado da maldade – não da parte de Deus , que já não suportava mais ouvir os clamores aflitos dos hebreus, que os alçavam dia e noite, com lágrimas, em meio a seus tormentos – mas sim, foi o resultado da maldade desse déspotas impiedosos.
O que lemos, pois, em II Reis, capítulo 10, parece até um outro fato a repetir a mesma lição da História. É narrado que Jeú foi um rei de Israel genocida, que matou a todos os componentes da família de Acabe. Não vemos isso apenas como um golpe militar que se insurgiu implacavelmente contra os antecessores no reino de Israel, bem como aos seus descendentes e até colaterais; em que pese toda a violência aplicada pela tomada do poder, esta ao menos fez com que estancassem as violências contra as crianças que seriam terrivelmente ofertadas em sacrifício ao deus Baal.
Assim foi que Deus agiu. Se Baal era terrível, o Senhor Yaweh o foi muito mais, mas de forma milimetricamente dosada, bem dirigida, sempre deixando claro que Ele, Deus misericordioso e amoroso, não deixou por menos as acintosas, funestas e assassinas ações de Baal à Sua Lei. Ele afinal não tolerava nem um pouco aquilo, e não tinha conversa. Assim Ele é.
O Senhor julgou! E ponto. Julgou e condenou aos adoradores de Baal, quando levantou e capacitou Jeú para eliminar violentamente a casa de uma família real que agia criminosamente, a qual se corrompeu mais do que seus antecessores nos palácios do reino de Israel.
Jeú, enfim, foi o braço executor da ira de Deus. Mostrou que do Senhor Deus não se zomba. Aquilo que o homem semear, isso o tal também colherá. Quem mata pela espada, pela espada também morrerá. Estas palavras explicam o porquê do extermínio sangrento da casa de Acabe, que a seguir passamos a descrever.
A adoração a Baal tinha pilares de sustentação. Referimo-nos a pessoas que estavam engajadas e compromissadas com a seita. Os filhos de Acabe, seus parentes e amigos chegados faziam o papel de sustentadores políticos dessa causa perniciosa, e estes foram logo atacados por Jeú. Não era de se espantar, mas Acabe teve, entre filhos e netos, setenta descendentes, os quais moravam em Samaria, e estes já haviam formado em suas têmperas a heresia que estava ainda corrompendo e abalando Israel. O povo passivamente deixava-se levar por estes, os quais seriam os futuros dominadores políticos do povo, e dentre os tais estava o possível futuro rei que haveria de suceder a Jorão, que acabara de ser morto por Jeú.
Jeú, percebendo a situação, e sabendo que talvez alguém tivesse interesse e quisesse que um filho de Jorão ou de Acabe tomasse as rédeas daquela nação, e se assentasse sobre o trono de Samaria, oferecendo resistência â conspiração, tomou as providências que julgou cabíveis. Ele era um homem de decisões rápidas e enérgicas.
Ele tratou de escrever uma carta aos líderes da cidade de Samaria, a capital do reino, às autoridades e às pessoas que tomavam conta dos filhos de Acabe. Dizendo que eles deveriam, naquele momento, escolher o mais capacitado dentre os herdeiros e colocassem-no no trono de seu pai, e que o mesmo estivesse pronto para lutar a fim de defendê-lo. Isto foi um desafio, e ao mesmo tempo uma declaração de guerra.
Os homens de Samaria ficaram assustados. Apavorados. Avaliaram as suas forças. Eles tinham carros de guerra, cavalos, armas e cidades que os poderiam tentar ajudá-los, mas não ousaram lançar mão desses expedientes. Jorão era morto, e não houve sequer tempo para sequer pensarem em validar uma herança consanguínea ao poder do trono, qualquer que fosse, capaz de suportar a fúria com que Jeú os atacaria.
Jorão e Acazias não resistiram à eficiente ação de Jeú, em uma única investida deste contra aqueles. A rapidez fulminante com que houve tudo isso foi impressionante. A liderança da cidade pensou muito bem nisso e resolveram responder-lhe que todos eles se submeteriam a Jeú, e não iriam colocar a ninguém como rei no lugar de Jorão.
Jeú então, ao receber esta notícia, não titubeou em pedir a cabeça dos setenta descendentes de Acabe.
Foi terrível, mas os samaritanos obedeceram àquela ordem. Jamais desejariam fazê-lo, mas sentiram que era a única saída que lhes pouparia a vida. Era uma difícil escolha, mas tiveram que tomá-la. Ou eram só os filhos de Acabe, ou toda a população de Samaria, inclusive os do palácio real, eis as opções. Com nojo o fizeram, mas fizeram. Mataram a todos aqueles jovens, e tais e quais caçadores de cabeças, embalaram-nas e as enviaram através de mensageiros a Jezreel.
Foram colocadas as cabeças dos filhos de Acabe à entrada da cidade. Todos que passavam por ali ficaram chocados com o que viram. Quem saía tranquilamente daquela porta, recebia um choque. Mas aquilo era uma mensagem, como uma carta escrita com o sangue de uma família. O Senhor Yaweh detestou o que Acabe e os seus fizeram, ao ponto de conduzir os fatos e as pessoas até empilharem aquelas cabeças à porta de Jezreel. Que cena foi aquela! Parecia o desfecho de um filme de terror. Sim, Yaweh é terrível, se é isso o que os teólogos, filósofos e religiosos desejavam descobrir. A Era da Graça do Senhor Jesus Cristo não deixa isto ficar muito claro, mas quem quiser ir mais a fundo nesta questão, leia o livro de Apocalipse, e verá o que a justiça de Deus, que julgam por tardia, é capaz de fazer.
Outros pilares da adoração a Baal eram os parentes de Acabe em segundo, terceiro ou quarto grau que estavam em Jezreel. Estes também foram mortos, bem como os seus nobres, conselheiros , amigos íntimos e sacerdotes daquela heresia idólatra. Jeú não titubeava. Sua mão era muito rápida para matar, e sua espada não se cansava.
Então, quando Jeú estava saindo de Jezreel, indo para Samaria, a fim de tomar posse também daquela cidade, “por acaso” encontrou parentes de Acazias, o rei de Judá que acabara de ser morto em sua ação fulminante, os quais estavam vindo para visitar a família do rei Jorão, e da rainha-mãe. Interpelados pela tropa de Jeú, que os surpreendeu no caminho, assim se identificaram. Era o que Jeú queria saber. Ao que tudo indicava, aqueles homens ainda não sabiam da revolução que tinha sido iniciada ali em Jezreel, pois senão não estariam fazendo aquele caminho, e revelando quem eram eles.
Ora, a rainha-mãe de quem os pretensos nobres visitantes falaram seria a já então recém falecida Jezabel, que aliás era até então a sogra do rei morto Jorão – ou referiam-se possivelmente a Atalia, uma das netas de Onri, o pai de Acabe? Afinal, acerca de quem eles falaram? Bem, para Jeú, isso pouco importava, pois de qualquer modo aqueles eram parentes do homem acerca do qual o Senhor ordenou que fossem todos exterminados.
Não demorou nada. A ordem foi dada de imediato, e aqueles quarenta e dois foram apanhados, e levados até o poço de Bete-Equede, e ali foram depositados os seus cadáveres. Nenhum deles escapou. A mão de Jeú era muito fatal, para esses casos.
Havia, porém, outros pilares da adoração a Baal em Samaria. Aquela capital do reino de Israel estava infestada desses tais. Não somente sacerdotes, mas muitos fanáticos religiosos se estabeleceram ali, onde haviam encontrado todo o respaldo de Jezabel para desenvolverem os seus cultos que via de regra terminavam em sacrifícios humanos e bacanais.
Em chegando a Samaria, Jeú encetou um plano para apanhar a todos aqueles que insistiam em adorar a Baal. Um plano ousado e muito astuto.
Debaixo do olhar de um amigo chamado Jonadabe, filho de Recabe, a quem Jeú convidou para observar o seu zelo pela causa de Yaweh, teve início uma operação de inteligência e perspicácia. Ele chega em Samaria fingindo muito bem ser um fervoroso adorador de Baal. Ele faz um alarde, propagando coisas enganosamente, dentre as quais promete aos tais idólatras desenvolver e disseminar muito mais os cultos a Baal, mais até do que fizeram Acabe e Jezabel.
Os serviçais de Baal ficaram exultantes ao ouvir isso. Eles haviam perdido Acabe, e havia pouco quando Jeú matara a Jezabel e sua parentela que estava em Jezreel, o que lhes havia sido um choque, um tremendo balde de água fria em seus ânimos. E surge agora Jeú, então prometendo compensar aquelas perdas! Aquilo lhes pareceu muito excitante, entusiasmador, até demais para ser verdade – mas parecia-lhes a oportunidade da hora, que eles não deveriam jamais deixar de aproveitar. Era pegar ou largar – e eles decidiram todos pegá-la, e não deixar escapar.
Astutamente Jeú convoca todos os servos de Baal para um grande sacrifício, sob pretexto de poder transmitir-lhes os seus planos de expansão da religião em Israel. O argumento usado era de que ele, Jeú, nada queria fazer, dentro deste escopo, sem o parecer dos sacerdotes e seus profetas.
A convocação, porém, foi acompanhada de um tom de ultimato ameaçador. Que comparecessem todos, sem exceção, pois que faltasse não viveria. Esse tom truculento já lhes era conhecido da parte de Acabe e Jezabel, de modo que não levaram isso a mal – pelo contrário, acharam aquilo muito bom para a retomada do impulso daquela religião idólatra.
A mensagem de Jeú foi enviada a todo o Israel, buscando a todos os adeptos de Baal, a fim de que todos se fizessem presentes na ocasião oportuna do tão alviçareiro encontro.
Chegado o dia, a casa de Baal ficou completamente tomada de gente. Um vozerio de conversas animadas e sobrepostas, que entrecortavam umas às outras enchiam aquele templo. Quase não se dava para ouvir alguém falando de perto. A expectativa era grande em todos aqueles presentes que haviam sido convocados. Esperavam que aquele seria um grande festival para marcar época na história de Israel, de um Israel idólatra devoto de Baal…
Jeú pensa em mais um detalhe: que se tirassem dos guarda-roupas as vestes consagradas, apropriadas para TODOS os adoradores presentes. Feito isto, aquele auditório destacou o ar de maneira monocromática. Os adoradores de Baal estavam deste modo, fáceis de serem identificados.
Jeú e Jonadabe, como medida de precaução, vão à casa do deus tírio e procura ter certeza de que nenhum servo de Yaweh não estivesse ali por algum acaso. Ao fazer esta certificação, Jeú deu um toque de confidência, deixando a entender que ele apenas estava querendo que aquele culto não sofresse profanação. Isso deu a todos ali um forte sentimento de segurança, que decerto propiciaria o ambiente para um culto com profundas experiências religiosas, ou com revelações auspiciosas secretas, as quais somente os baalistas se achariam dignos de recebê-las.
Chegada a hora, os sacerdotes de Baal então iniciaram as ofertas de sacrifícios.
Enquanto se davam aquelas cenas horripilantes, de sacrifícios humanos dentro daquele templo, sob os gritos de entusiasmo e exultação dos participantes, do lado de fora Jeú havia reunido oitenta soldados escolhidos por ele, por serem exímios manejadores de espadas e lanças, para lhes passar as últimas instruções. A ordem era matá-los a todos aqueles adeptos de Baal.
Ninguém dos tais adoradores de Baal deveria escapar com vida. Jeú conhecia a força, a rapidez e a eficiência que aqueles oitenta tinham em suas mãos. Eram todos homens valentes, destemidos, hábeis guerreiros, que não vacilavam, verdadeiras máquinas mortíferas.
E isto não foi só. Jeú deu-lhes um grande motivo para não titubearem: se algum daqueles condenados à morte escapasse daquela matança, a vida do soldado vacilante seria executada no lugar de quem porventura lograsse fugir ileso. Esse motivo nem precisaria ser-lhes dado, pois aquele grupo de oitenta sabia bem que em uma guerra a ordem é matar ou morrer – e eles eram já acostumados a expor suas vidas em batalhas. Eles sabiam o que deveria ser feito, e o fizeram com presteza e sem falhar.
Não poderia dar em outra coisa. Foi um extermínio total. Todos os de Baal que ali estavam,foram mortos; e depois de tudo isso feito, ainda tiraram de dentro daquela casa as colunas para as queimarem. Removeram também os corpos dos mortos para fora, conferindo sua proeza, e derribaram a casa ao chão.
A coluna totem de Baal foi retirada e seccionada para servir de vasos sanitários – e o lugar passou a servir de banheiro público – uma maneira de desprestigiá-lo, fazendo com que cheirasse a fezes e urina nas narinas de quem dele se aproximasse. Realmente, por esta os de Baal não esperavam – literalmente defecaram em Baal, e nem mesmo o próprio deus Baal poderia esperar.
Depois deste acontecido, foi praticamente eliminada a religião de cultos ao deus Baal em Israel, e foi vingado o sangue inocente que os profetas do Senhor Yaweh derramaram por causa do seu testemunho em confronto aos idólatras.
Tal performance de Jeú pode ser rotulada de xenofobia? Ou de oportunista estratégia politiqueira? De qualquer maneira, foi com isto que Deus salvou a vida de muitos, principalmente crianças, que haveriam de ser sacrificados sem dó e nem piedade no altar de Baal. E mais: os profetas de Yaweh já não seriam mais perseguidos pelos adeptos daquela sanguinária religião concorrente. A adoração ao Senhor estava salva e liberada.
A ação de Jeú foi aprovada por Deus? Sem dúvida! Ele foi o braço executor da ira do Senhor Yaweh. Baal estava tão arraigado naquela nação, que seria preciso um braço forte, cheio de autoridade e até violento para colocar as coisas em ordem. Tanto foi assim, que o Senhor lhe prometeu que sua descendência seria confirmada no trono de Israel até a quarta geração – apesar de a idolatria do bezerro de ouro em Betel e em Dã haver continuado com a sua anuência, mas esta é outra matéria que também foi julgada no Supremo Tribunal Celeste, a Seu tempo e à Sua maneira.
Hemos de compreender que Deus é soberano, e assim foi que Ele escolheu Jeú para cumprir a Sua vontade, em detrimento da vontade dos familiares de Acabe e dos seguidores de Baal. A Ele pertencem a vida e a morte. Ele concede a vida, e a toma no tempo que Lhe é aprazível. Ninguém escapa ao Seu juízo, e este é exercido na Terra e nos Céus. A nós cabe examinar, avaliar essas coisas, refletir um bocado e tomar as melhores decisões – e que estas nos façam ser aprovados diante de Deus.
Quer se queira, quer não: Todo joelho se dobrará e toda língua confessará que Jesus Cristo é o Senhor. Mas que façamos isto com alegria em nossos corações, em espírito de humildade e em vera adoração a Ele, que detém nossas vidas em Suas mãos, pois dEle procede toda a nossa recompensa (Filipenses 2:9-11).
A falta de bom senso em Jeú, porém, permitiu que ele continuasse a aceitar a idolatria dos bezerros de ouro, mas esta também foi julgada sob a forma da espada de Hazael, rei sírio, que tomou-lhe de suas mãos toda a região transjordaniana: os territórios de Gade, Ruben e Manassés ficaram subservientes a Damasco – aliás, toda a terra de Gileade e de Basã.
Como todos os reis de Israel Norte, Jeú adotou os bezerros de ouro, os quais foram instituídos como forma de inibir e controlar a fidelidade dos adoradores de Yaweh, a fim de que estes não fossem estimulados a irem com muito fervor a Jerusalém, afeiçoassem-se demais com o Templo, o qual os faria lembrarem-se da Lei de Moisés, e essa afeição se transferisse para o trono de Judá. O temor dos reis israelitas era de que se todos os de Israel assim fizessem, eles acabariam por desfazer a divisão, e consequentemente o reino Norte voltaria a ser apenas uma parte de um reino único, o que faria com que Jeú perdesse o seu status de rei, e talvez também a própria vida – mas todos esses reis do reino Norte não quiseram ouvir o que Deus teria a dizer a respeito disso, e todos eles falharam de maneira grosseira com o Senhor, que tantas bênçãos já lhes havia dispensado com o propósito de conquistar os seus corações.
O mais importante deste capítulo 10º de II Reis é a lição que fica sobre a força da justiça divina. Ninguém a menospreze, pois que esta virá para julgar a todos os moradores da Terra.
A justiça de Deus foi muito paciente com os reis de Israel Norte, e até mesmo com a casa de Acabe, dando anos de vida e a coroa a este, sem omitir exortações regadas de muitas oportunidades para o arrependimento, mas em vez disso, perseguiram e maltrataram os Seus profetas, até mesmo com o propósito de desarraigarem a adoração a Yaweh da Terra de Israel. O seu extermínio foi inevitável. Jeú foi apenas um instrumento do Santo Juízo, uma pequena amostra, um trailler do que se espera no Juízo Final desta Terra.
Cabe a nós na atual conjuntura da história observarmos bem esta faceta da justiça de Deus, que rege todo o Universo com Suas mãos, para melhor refletirmos e concluirmos aquilo que é de bom alvitre para cada um.
O temor do Senhor é o princípio da sabedoria. Se alguém julga ser sábio, que abra mão de seus conceitos para colocá-los sob o olhar aguçado da Palavra de Deus. Ninguém é melhor do que Acabe e Jezabel. Todos nós teremos que nos despedir desta vida um dia, e não haverá escapatória: todos compareceremos ante a presença do Senhor, diante do tremendo toque de Suas mãos, ao qual os Céus e a Terra fogem.
O melhor de tudo é que se aprendermos bem com esta lição, e nos deixarmos enlevar pela doçura do amor de Deus, nem sequer pensaremos em nos deter com deuses falsos, pois esta segunda opção ficará fora de cogitação, assim como preferiremos comer gostosamente de um excelente manjar, feito com esmeradas mãos de um chef de cozinha, a termos que engolir goela abaixo a comida oferecida a presos em cadeias…
Quem sabe valorizar o amor de Deus, não atentará para as imitações baratas. Quem já entrou no Santo Lugar, e sentiu a Sua presença, não se contentará em viver longe dEle. Quem já experimentou o Seu grande amor não se deixará encantar por vaidades.
Disse Jesus:
“Em verdade, em verdade vos digo: Quem não entra no aprisco das ovelhas pela porta, mas sobe por outra parte, este é ladrão e assaltante.
Mas o que entra pela porta é o pastor das ovelhas .
O porteiro abre-lhe a porta. As ovelhas ouvem a sua voz, ele as chama pelo nome e as conduz para fora.
Depois de conduzir para fora todas as ovelhas que lhe pertencem, vai adiante delas e elas o seguem, pois conhecem a sua voz.
Mas jamais seguirão a um estranho; pelo contrário, fugirão dele, pois não conhecem a voz dos estranhos.” (João 10:1-5)
“Então Jesus voltou a falar-lhes: Em verdade, em verdade vos digo: Eu sou a porta das ovelhas”.(v.7)
“Eu sou a porta. Se alguém entrar por mim será salvo. Entrará, e sairá e achará pastagens. O ladrão vem somente para roubar, matar e destruir. Eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância.” (v. 9 a 10)
Eis a melhor das opções. É também um convite, como Ele faz constantemente, com a promessa de um lindo porvir:
“Vinde a mim…”
Atendamos ao seu maravilhoso convite
Category 2º LIVRO DOS REIS, BÍBLIA, LIVROS HISTÓRICOS DO AT | Tags: Acabe, genocídio, ira de Deus, Jeú, Jezabel, Jezreel, Juízo Final, Juízos, Samaria
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