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O LIVRO DE GÊNESIS – VII

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noviembre 12, 2013 by Bortolato

Tempestades oferecem musica para cantarmosGênesis capítulo 6º – A DECADÊNCIA GERAL DA RAÇA HUMANA

Esta página da história universal mostra-nos o quanto os homens podem desgostar a Deus.   Uma coisa é termos um ou outro filho que nos entristeçam com seus atos.  Outra coisa, bem diferente, é constatarmos que a esmagadora maioria decide por viver conforme padrões muito, muito distantes, desafiadoramente divergentes dos padrões aceitos pelo Pai.

Ensejaram alguns por interpretar os casamentos e uniões entre os «filhos de Deus e as filhas dos homens» (6:1-2), seriam uniões entre anjos e mulheres.  Descartamos esta hipótese, tendo em vista que Jesus nos declarou que,  na ressurreição, não se casam e nem se dão em casamento, porque todos serão como anjos (Marcos 12:24-25).Logo, os anjos, seres espirituais, não têm, em sua natureza, o condão de se multiplicar através da união carnal (Lucas 20:34-36).

Entendemos que a descendência de Sete e Enos (que, ao nascer, começou-se a invocar o nome do Senhor) iniciou uma raça à parte, pois que a princípio, não se misturava com a descendência de Caim, homens e mulheres que se destacaram pelo seu porte vigoroso, geneticamente fortes, de alta estatura, mas que não tinham o temor de Deus.

Gn. 6: «Ora, havia naquele tempo gigantes na terra; e também depois, quando os filhos de Deus possuíram as filhas do homens, as quais lhes deram filhos; estes foram valentes, varões de renome, na antiguidade.»

Com o passar do tempo, porém, os filhos de Deus, que eram todos aqueles que temiam ao Senhor, da genealogia de Sete, foram cedendo ao desejo de possuir mulheres formosas, da linhagem de Caim, e o resultado foi desastroso no que tange à vida espiritual que permeava pelas cidades.   Podemos depreender do versículo acima que havia uma cultura da violência.  Como homens se notabilizam por sua valentia?  Por feitos extraordinários de sobressaírem-se em lutas, em confrontos violentos.   Tal e qual Golias e os seus irmãos filisteus, gigantes que se notabilizaram em guerras, matando homens que também eram valentes.  Isto nos leva a crer que havia um espírito de competição e ambição por ser o mais forte e habilidoso nas lutas de vida e morte.   Não se tratava de querer-se exibir apenas como um grande vitorioso, mas em desejar-se o mal ao próximo, e, depois de mata-lo, exibir o seu cadáver publicamente, como se fora um troféu de um grande feito.  E quando algum gigante se tornava famoso, logo um outro se levantava para mata-lo e roubar-lhe a fama de violento.  Isto acaba se tornando em um ciclo sem fim e cada vez maior de cobiças, mortes atrozes, ódios, amarguras, maldições que não se acabavam, impondo um reinado de medo, vinganças e desgraças por todo lado.   Além disso, o culto ao sexo sem compromisso que aqueles seres fortíssimo mantinham. Muitos atos de vandalismo, barbáries, falta de amor, e desafetos.   Isso tudo estava muitíssimo longe dos planos e propósitos do Deus de amor para com Suas criaturas.  O diabo parecia reinar absoluto nesta Terra, fazendo o homem adquirir mais e mais as suas características terríveis e nojentas.   A maldição proferida sobre a serpente não parou o inimigo de Deus de atuar, pois que então, este se aproveitou da semente do pecado já estar plantada nos corações dos homens, e muito trabalhou para esta se multiplicar.

Gn.6:6 – «Arrependeu-se Deus de ter feito o homem sobre a face da Terra, e pesou-lhe em seu coração.»  A cada crime hediondo cometido, o coração de Deus ficava mais ferido, muito magoado, e, sem dúvida alguma, profundamente entristecido, e decepcionado.

Como é que Deus pode arrepender-se?   Ele não sabe de tudo, e não tem poder para mudar situações, a fim de que estas não venham a lhe aborrecer?  Na realidade, Ele não Se arrependeu no sentido de que achou que cometeu uma besteira, e resolveu desfazer tudo o que havia feito. Temos que considerar que há problemas de comunicação e linguagem a serem tratados, aqui.

Em Números 23:19, Deus revela a Balaão que Ele não é homem para que minta, e nem filho do homem para que se arrependa.

Tanto o escritor como o tradutor do texto bíblico são homens, e muitas vezes estes têm de recorrer a recursos literários aproximados, por pobreza de vocabulário, para exprimirem os fatos e atitudes emanados do profundo de uma alma.   Estes quiseram comunicar algo tal e qual aconteceria em uma família desta Terra .  O termo «arrependeu» trata-se de uma antropopatia, (do grego: antropos=homem, e pathos=sofrimento, paixão), atitude meramente humana, aplicada a Deus.  A ideia dos termos hebraicos foi descrita pelas palavras:

  1. nacham, que é traduzida por «arrependeu-se», ao pé da letra significa «sofrer pesar, lamentar-se».
  2. astab, traduzida por «pesou-lhe», significa «estar magoado».

Recentemente, um amigo e colega de ministério começou a sentir fortes dores no peito, e suspeitou-se de um ataque de angina.   Foram feitos os exames médicos, e nada foi constatado.   Os doutores profissionais da área concluíram por um diagnóstico: síndrome do coração partido!   É até comum nos anais da medicina.  É quando a pessoa sofre uma perda irreparável, uma desilusão, uma decepção com uma pessoa amiga ou familiar.  É o que ocorre quando de um golpe muito forte de contrariedade que assola a alma da pessoa.  Ela sofre muito, tanto, que acaba tendo os mesmos sintomas de um ataque de angina.   Mas isso é fraqueza humana.   Deus não teria uma alma tão vulnerável assim, pois, caso contrário, morreria de amargura.

O fato é que Ele resolveu deixar de cuidar, prover recursos propícios para a existência da vida, deixou de desprender Seus cuidados paternos para a raça humana que criara.   Ele se arrependeu, sim, no sentido de mudar de atitude com relação aos homens.   Ele não mais seria seu protetor, e não mais toleraria o escárnio que era lançado sobre os Seus e até sobre a Sua própria pessoa.

«Cento e vinte anos» (6:3) teria sido o tempo em que Noé levou construindo a sua arca, e o tempo em que pregou ao povo acerca do que estava prestes a ser precipitado sobre o planeta, um longo período de oportunidade para os corações se arrependerem de seus pecados, e voltarem-se para Deus (I Pedro 3:18-21).   Notamos, também, que depois do dilúvio, a vida dos homens tornou-se bem mais curta, mal chegando aos cem anos.  Isto provavelmente aconteceu porque as condições climáticas alteraram-se, e passaram a ser diferentes das anteriores. Nas anteriores, o coração das pessoas não batia tão aceleradamente como hoje.

Apesar da longa paciência de Deus e de Noé, tudo parecia ser uma tarefa inglória.   Os conterrâneos de Noé, com certeza não conseguiram entender e nem aceitar o grande projeto divino que se lhes apresentou com a construção da arca, tão cegos estavam espiritualmente.   Pareciam entorpecidos por alguma droga, embebedados pelos prazeres e pelas conquistas violentas.

Uma arca de cerca de 138 (cento e trinta e oito) metros de comprimento, 23 (vinte e três) metros de largura,  com capacidade de uns 65.000 (sessenta e cinco mil) metros cúbicos, três conveses, divididos em compartimentos com uma carreira de janelas ao redor na parte superior!  Para a época, foi um megaprojeto.

Noé vivia numa região de vários rios ao seu derredor.  Para quem vivia em uma ribanceira, a construção de barcos era algo muito comum, mas aquela arca realmente demandou muito material, que teria que ser buscado em bosques com árvores próprias para a construção naval, e isto significa que Noé teve de contratar muitas pessoas para tão grande obra.

Assim como não se pode esconder uma cidade no alto de um monte, aquilo se tornou publicamente muito notado e comentado.

Os comentários entre o povo eram frequentes, tais como o são os «furos de reportagem» nos jornais atuais.   Não raro, terminavam em riso, zombaria e palhaçadas.   A chamada «loucura de Noé» era, naquele tempo, a piada do dia.   às vezes, a presunção daquele povo, que se julgava prepotente, trazia confrontos com palavras soberbas e jocosas, atiradas como um vômito contra a face de Noé e de sua família, mas estes permaneceram firmes, confiantes nas palavras de Deus, porque conheciam ao Deus de Noé.

O Senhor Deus oferece sempre o privilégio de falar audivelmente com aqueles cujos corações se propõem a busca-Lo continuamente, fazendo renúncias, optando pela justiça, amando ao próximo, sem esquecer-se de que a Ele devemos dar a primazia em todas a nossas escolhas – com o louvor que Lhe é legitimamente devido.

Os contemporâneos de Noé, porém, se afastaram  tanto do Senhor, que nem perceberam que estavam longe demais para poderem ouvir a doce voz do Deus de Noé.  Amplamente distantes de Deus, rejeitaram sistemática e enfaticamente a mensagem do profeta e patriarca.

Terminada a manufatura da madeira, e colocação destas ao seu corpo, dando forma à arca, esta foi betumada por dentro e por fora.

Ninguém pode duvidar do poder e sabedoria de Deus, de falar aos animais!  Não fosse assim, estes tampouco sobreviveriam ao que estava por vir, e não mais estariam neste mundo, nenhum deles.   Maravilhando os olhos de quem os pudesse observar, começaram a surgir à presença de Noé, uns após outros, casais de animais e de aves de toda espécie.   Atônito, Noé percebeu a olhos vistos, os animais selvagens, inclusive feras, que se aproximavam mansamente, como se fossem domésticos (6:20), achegando-se aos pares, entrando na arca, e aninhando-se em suas câmaras, celas e pequenos espaços que Deus projetou para cada um!  Glorificamos a Deus pelo seu cuidado, até para com os animais, que também são obras da Sua Criação!

Parecia que todos aqueles representantes de várias raças de animais e aves estavam amedrontados diante da ordem divina dada também a eles, e assim como alguns deles se amansam diante de tempestades, estes estavam entendendo a Palavra profética que Deus lhes dirigira.   Estes estavam pressentindo um cataclismo, foram sensibilizados e capacitados por Deus a isto, assim como muitos deles ainda hoje fogem quando um vulcão está prestes a explodir.   Estavam buscando um refúgio, e foram-se aconchegando, e encontrando o seu lugar dentro daquela arca que lhes oferecia a proteção esperada.   Quando Deus ordena, os ferozes tornam-se dóceis, e deste modo Ele manifestou Sua mão forte e autoridade supremas.

Noé recebeu uma promessa, e participou de um pacto com Deus.   Passados os 120 (cento e vinte) anos de pregação infrutífera no mundo, mas frutífera para sua família, chegou a hora da decisão.  Foi dada a ordem, e Noé entrou na arca, e o Senhor a fechou por fora.  Cessaram as oportunidades!  Terminou o período de misericórdia para o mundo.  Os justos foram poupados, e os ímpios tiveram de sofrer as consequências da sua dureza de coração.

Abriram-se as fontes da Terra (os animais estavam sentindo que algo estava errado com o solo, e o clima), e do céu começou uma intensa chuva, coisa que o mundo ainda não tinha visto.   Alguns se lembraram das palavras de Noé, e correram até a arca, desejosos de ali entrar, talvez desejando fazer dali um tipo de albergue, uma vez que suas casas estavam sendo destruídas e mergulhadas pelas torrentes.   Algo mais terrível que uma tsunami estava lhes sobrevindo.   Outros nem tiveram tempo para pensar, pois logo foram arrastados pelas águas para se encontrarem com a morte.

CONSIDERAÇÕES SOBRE O DILÚVIO:

Uma catástrofe da monta do dilúvio é de se manifestar em muito pontos da Terra.  Não se sabe se o dilúvio foi universal, ou apenas para a parte de mundo que estava povoado, mas em várias partes do globo terrestre se percebe que houve, um dia,  uma terrível enchente, de dimensões extraordinárias, tal como não se viu depois disso.

NOTA ARQUEOLÓGICA:

Várias escavações arqueológicas comprovaram que entre porções de vestígios de civilização humana se localizaram, constatando-se uma camada de limo, um extrato de lama e areia que separou duas culturas – uma delas se despontou de sobre a camada de limo, e outra veio abaixo desta;  cerâmica pintada, esqueletos, sinetes, carimbos, potes, panelas e vasilhas, com a aparência de que a população tinha abandonado apressadamente suas casas, deixando seus pertences.  Casas foram completamente cobertas pela lama e areia, dando um enorme trabalho para equipes de arqueólogos. Estes sítios arqueológicos são encontrados em Kish, na orla oriental da cidade de Babilônia (conforme trabalho do Dr. Stephen Langdon em 1928 e 1929, que encontrou dentre os resíduos um carro de quatro rodas de madeira com pregos de cobre, com os esqueletos dos animais que os puxavam entre os varais).

Em Fara (Shurrupak), tida como residência de Noé, fica um sitio arqueológico descoberto pelo Dr. Eric Schmidt em 1931, que revelou os mesmos indícios: duas populações acima da camada de limo, e outra civilização abaixo da mesma.

Também em Nínive, em 1932 e 1933, M.E.L. Mallowan constatou traços de civilização acima e abaixo de uma camada de 2,6 (dois metros e sessenta centímetros) de espessura, de um depósito de lama viscosa e areia de rio, a 23 (vinte e três) metros de profundidade do topo de um solo virgem.  Havia nítida diferença entre a cerâmica sob o depósito de lama, e aquela que se lhe sobrepunha.

Mencionamos também as escavações de Sir Charles Leonard Wooley (1880-1960), arqueólogo que também afirma que encontrou as provas do dilúvio nas proximidades das cidades de Ur e Kish, seguindo a mesma linha de escavações e pesquisas que seus compatriotas anteriores a ele.

Para alguns estudiosos, isto somente não seria indício de evidências do Dilúvio, mas somem-se a estas pesquisas os relatos que várias culturas detiveram sobre o fato, tais como a grega, indu, chinesa, inglesa, polinésia, mexicana, peruana, americana, entre outras.  Há variações nos relatos dessas histórias, mas são coerentes em seus pontos principais, que apontam que Deus se voltou contra a terra para destruí-la, e uma família apenas se salvou, a qual repovoou a Terra após o cataclismo.

Além disso, há relatos de que vários aviadores russos, pouco antes da revolução bolchevista, declararam ter visto o casco de um enorme navio nas geleiras eternas do Monte Ararate, mas, logo após, houve a tomada do poder pelos comunistas ateus, que ignoraram tais relatórios, deixando abafar a notícia.   O monte Ararate, então, se situaria a 322 (trezentos e vinte e dois) quilômetros ao norte de Nínive, tendo 5.610 (cinco mil, seiscentos e dez) metros de altura.  Ao seu sopé, está a cidade de Naxuana, ou Nakhitchevan, onde se alega estar situado o túmulo de Noé.  A propósito, esse nome significa: «aqui fixou-se Noé».

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O Dilúvio teve um derramar de chuvas por 40 (quarenta) dias e 40 noites ininterruptamente, e cobriu toda a extensão de terra visível durante de 5(cinco) meses, e então Deus mandou um vento para fazer evaporar a água acumulada, e por 7 (sete meses a nau vagou pelo oceano infindo, até que pousou sobre o monte Ararate.

Após tal acontecimento, o temor de Deus caiu sobre Noé e seus filhos.  Estes saem então da arca, pois que o Senhor mesmo lhes avisara de que cessou aquela extensão das águas.

Deus os visita após um sacrifício de animais limpos, e promete que não mais destruiria a humanidade através de um outro dilúvio.


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