O MILAGRE DA RESSURREIÇÃO
Comentarios desactivados en O MILAGRE DA RESSURREIÇÃOmarzo 29, 2013 by Bortolato
“Porque primeiramente vos entreguei o (ensinamento) que também recebi: que Cristo morreu por nossos pecados, como está escrito nas Escrituras, e que foi sepultado, e que ressuscitou ao terceiro dia, conforme está escrito nas Escrituras, e que foi visto por Cefas (Pedro), e depois pelos doze. Depois, foi visto por Tiago, depois por todos os apóstolos. Por último, depois de todos, me apareceu a mim, como a um abortivo(alguém que nasceu espiritualmente de um modo não comum)” (I Coríntios 15:3 a 8)
PRELIMINARMENTE
Queremos falar sobre ressurreição dentro do conceito que encontramos na Bíblia, o único que reconhecemos como firmado na Palavra de Deus, nas Escrituras que o apóstolo Paulo mencionou.
Antes de tudo, esclarecemos que ressurreição não tem nada a ver com reencarnação. O texto de Hebreus 9:27 nos deixa claro: morremos somente uma vez, e depois da morte, vem o juízo – julgamento de Deus que determinará e consolidará o nosso destino eterno. Não há, portanto, reencarnação, mas haverá ressurreição.
Note-se bem: A RESSURREIÇÃO É UNIVERSAL! É uma promessa de Deus a todos os homens – uma promessa, em parte, já cumprida em Jesus, e em parte ficamos à sua espera.
A morte precede à ressurreição! É um fato generalizado, digamos, universal – está traçada a todas as criaturas, tanto as do reino animal, como à raça humana.
Quando vamos a funerais, não raro presenciamos pessoas chorando, que não conseguem ser consoladas. Por que isso¿ Por que tem que ser assim¿ Isso acontece porque valorizamos a vida. É uma herança inata. Não queremos nem mesmo ouvir falar sobre a morte. Ela, porém, é tão certa a todos viventes nesta terra, que os nossos corações deveriam aquietar-se e deixar a onda passar, o trauma amenizar-se calmamente – mas é difícil aceitar-se de pronto a morte de um ente querido, pois nessas ocasiões os mortos despedem-se da vida e das pessoas que deixaram aqui, por um tempo indefinido, que não sabemos até quando.
Vamos tratar deste pormenor, mostrando o porquê desse sentimento de perda difícil de ser consolado. Porque Deus não nos criou para que um dia morrêssemos. Ele nos deu vida, e essa vida é totalmente incompatível com a morte. Em esta vida, vemo-nos andando, correndo atrás de alvos, metas, temos propósitos em nossos corações, e queremos muito alcançá-los. Temos esperanças de algum dia vê-los realizados. Quando chegamos a alcançar alguns, sempre nos restam outros à nossa frente. Sonhamos com coisas que queremos ver com nossos olhos carnais. Quem é jovem, almeja encontrar seu par, e viver uma vida a dois muito feliz. Querem muitos ter filhos, e quando chegam a tê-los, querem vê-los criados, auto suficientes, felizes, etc. Depois disso realizado, queremos ver nossos netos, e assim vão os sonhos se multiplicando nesta terra.
Temos amor, este sentimento que guardamos em nossos corações. Nós todos amamos algumas pessoas e desejaríamos que estas vivam, e vivam eternamente bem, para que possam receber algo de nossa parte, uma expressão de nosso amor por elas.
Os nossos corações se sentem feridos, ou tristes, até despedaçados quando vemos nossos entes queridos, nossos pais, irmãos, filhos, ou mesmo alguns amigos sendo levados para além do rio da morte.
Indagamo-nos por que Deus permite que essas pessoas morram… Por quê¿
Queremos saber por que temos de conviver com essa tal de morte. É um fato, mas é um fato muito cruel. Separação de pessoas amadas, pessoas que jamais quereríamos vê-las jazendo dentro de um caixão funerário, e muito menos dentro de uma cova, numa gaveta, para ali deixar o tempo passar indefinidamente… Muitos choram, pois seus sentimentos se veem feridos, pois parece que parte de seus seres foi cortada, como se corta um braço ou uma perna de seus corpos… parte de si mesmos foi como que arrancada sem misericórdia…
Temos de chegar a uma conclusão inevitável. Se não foi para a morte que Deus nos criou, mas sim, para a vida, tem de haver um fator de interferência, um fator que interrompe os planos iniciais de Deus para nossas vidas. Este fator, na verdade, é também um princípio, o princípio do mal, que se chama PECADO.
O pecado afasta as pessoas dos padrões da vida mais plena, feliz e abundante – e este tipo de vida, na sua plenitude, só encontramos junto a Deus. O pecado, por sua natureza corruptora, poluída e má, nos afasta da Presença de Deus. O profeta Isaías assim o diz.(59:1-2)
Não faremos uma consideração exaustiva do termo PECADO, pois este não é o foco do momento, mas diremos que o pecado é um terrível vício, que amarra e prende as pessoas, e depois as arrasta por caminhos de trevas – por abismos tenebrosos. E sua pior das repercussões é a condenação eterna – a separação de Deus, que começa nesta vida, e depois da morte se potencializa num para sempre muito desconfortável…
O pecado também é um fato que se tornou universal, pois alcançou a todos nós, seres humanos, prendendo-nos, uma vez que se apega principalmente à nossa carne, mas estende também suas raízes para dentro de nossas almas. Disse o apóstolo Paulo sobre isto:
“Todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Romanos 3:23)
E Paulo ainda complementa:
“… o salário do pecado é a morte, mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus” (Romanos 6:23)
Atenção! Ops! Estávamos falando de morte, mas de repente Paulo inseriu uma nota muito promissora: falou em vida eterna em Jesus!
JESUS E A MORTE E RESSURREIÇÃO
Falamos biblicamente em Ressurreição. Conceito pouco visto no Antigo Testamento, mas muito frequente no Novo.
Pretendemos ser um pouco mais precisos, e exatos, sem sermos prolixos.
Primeiramente, vamos ver o que aconteceu quando houve as Primícias da Ressurreição. Estas se deram há pouco menos de dois mil anos atrás. Aconteceu com Jesus. Como foi¿ Vamos diretamente ao texto. Leiamos:
Evangelho de João, 19:39-40.
Evangelho de João, 20:1-10.
Atos dos Apóstolos, 1:9-11 e Lucas 24:50-53.
I Coríntios 15:6 diz-nos que mais de quinhentos irmãos viram-nO certa vez.
O seu túmulo ainda vazio nos afirma isto, também.
Hoje, o testemunho de muitas pessoas nos dizem que Ele está vivo. O evangelista Billy Graham diz que já caminhou de mãos dadas com Ele. Incontáveis são as pessoas que dizem tê-lo visto, e ouvido a Sua voz, e até dialogado com Ele. Céticos querem contestar, mas não podem calar quem já experimentou o contato com Ele. Milhares e milhões atestam sem vacilar que foram curadas por Ele, ainda que não O tenham visto na ocasião da cura.
O fato é que só tem vida eterna quem já venceu a morte. Somente estes é que podem apontar para o “caminho das pedras” aos que vierem a morrer depois de si. E Jesus incontestavelmente já venceu a morte. Ele já foi visto por muitos, no mundo todo.
Atentemos para o detalhe que o apóstolo João nos conta, no seu evangelho (20:10) que escreveu. Ele entrou na tumba vazia no domingo da Ressurreição, e VIU E CREU!!! O que foi que João viu¿ Um monte de panos desorganizados, atirados num canto¿ Não! Ele viu os lençóis, sim, feitos de pano para envolver o corpo de mortos, ali no local onde foi colocado o corpo de Jesus, num espaço cavado na rocha – e o lenço, pedaço de pano destinado a envolver a sua cabeça, enrolado num lugar à parte. Vale frisar, assim eram enrolados os corpos dos mortos de então. Assim foi enrolado Lázaro (João 11:43-44), em seu corpo por lençóis, e em sua cabeça por um lenço.
O lenço enrolado num lugar à parte, como está escrito por João, era o que envolvia a cabeça do corpo de Jesus. Estava à parte porque era um lenço que fora colocado envolvendo só a cabeça do Senhor.
Os lençóis, que eram untados com os quase cem arráteis de mirra e aloés (equivalentes a cerca de trinta e cinco a quarenta e cinco quilos daquelas especiarias), estavam ali, vazios, mas não cheios de ar. Quando Jesus saiu de dentro deles, os panos que O enrolavam cederam ao peso daqueles tantos quilos adicionados ao corpo e às ataduras.
Maravilhosa e providencialmente, o lenço enrolado era o que envolvia a cabeça do Senhor Jesus, e constituiu-se também em um sinal. Quando um senhor sentado à sua mesa de ceia, de repente se retirava por um pouco de tempo, para logo ali voltar para tornar a cear, deixava um sinal aos servos presentes: o lenço enrolado à parte, pois, significava que ele logo voltaria.
Na verdade, Jesus já voltou da morte, mas com um corpo diferente, transformado! Não mais num corpo mortal. Hoje, Ele fala, anda, movimenta-se, tem vida, tem seus alvos, tem propósitos e luta por estes. Ele está vivo como nunca, e vivo para todo o sempre! Pode ser apalpado, tocado (Lucas 24:38 a 40). Pode comer peixe e pão (Lc. 24:41 a 43), passa através das paredes, e aparece aonde queira ir. Ora está no céu, ora aparece na Terra, ora aqui conosco, ora está na Presença do Trono do Pai Eterno.
O mais importante disso tudo é que Ele está vivo, e a Sua vida nos dá uma esperança: a de sermos também nós ressurretos um dia, para sermos tal como Ele é! Creiam, seremos ressuscitados à semelhança da ressurreição de Jesus!
Nossos corpos poderão até repousar numa sepultura, mas ainda que demore, ainda que nos restem somente os nossos ossos, ou mesmo somente o pó que restou deles, Ele prometeu, e assim o fará! João, no seu evangelho, cap. 14: 1-3, nos diz:
‘Não se turbe o vosso coração, credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas; se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito. Vou preparar-vos lugar.”
É isto! A ressurreição de Cristo é nosso legado que Ele nos deixou! É o atestado vivo de que um dia nós, seus discípulos, os que nEle creem, e os nossos corpos, ainda que mortos, serão transformados, e seremos semelhantes a Ele. V. crê nisto¿
A RESSURREIÇÃO DOS CRENTES:
I Coríntios, cap. 15: 35 a 38 nos diz assim, acerca de enterrarmos nossos mortos, tal como se enterram sementes no plantio:
“Mas alguém dirá: Como ressuscitarão os mortos¿ Em que corpo virão¿ Insensato! O que tu semeias não é vivificado se primeiro não morrer. E, quando semeais, não semeais o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo,ou doutra qualquer semente – mas Deus dá-lhe o corpo como quer, e a cada semente o seu próprio corpo.”
E I Coríntios 15:42 a 44:
“Assim também a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção. Semeia-se em desonra, ressuscitará em glória. Semeia-se em fraqueza, ressuscitará em vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual. Se há corpo animal, há também corpo espiritual.” ( I Cor. 15:42 a 44).
E quando isso se dará¿
“Num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta, porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão incorruptíveis e nós seremos transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da incorruptibilidade e o que é mortal se revestir da imortalidade. E quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, então cumprir-se-á a palavra que está escrita: Tragada foi a morte na vitória. Onde está, ó morte, o teu aguilhão¿ Onde está, ó inferno, a tua vitória¿ Ora, o aguilhão da morte é o pecado, e a força do pecado é a lei. Mas graças a Deus que nos dá a vitória por nosso Senhor Jesus Cristo.” (I Corintios 15:52 a 57)
AS QUATRO RESSURREIÇÕES
A Bíblia nos indica que haverá nada menos que 4 (quatro) etapas de ressurreições.
A primeira delas é a ressurreição de Jesus, o Senhor. Esta já aconteceu, como já o temos narrado.
A segunda também já aconteceu. Mateus nos escreve (27:51-53), dando-nos um relato sobre isso. Muitos corpos dos santos que já haviam morrido, foram ressuscitados. E, saindo dos sepulcros, depois da ressurreição de Jesus entraram na cidade santa, Jerusalém, e apareceram a muitos.
Estas duas etapas foram as Primícias dos que dormem, acerca dos quais o apóstolo Paulo falou. Já aconteceram no passado – mas temos outras para virem no futuro. Essas primícias são a colheita dos primeiros frutos do campo, os quais eram tomados e entregues ao Senhor Deus, no Templo, no tempo marcado, isto é, cinquenta dias antes da Festa de Pentecostes (Levítico 25:9-15). Assim, Jesus e os que com Ele ressuscitaram naquela ocasião, foram as primícias dos que dormem.
I Tessalonicenses 4:13 a 18 é um texto que profetiza mais uma ressurreição, a qual precederá ao arrebatamento da igreja de Cristo. Os que forem arrebatados e se encontrarem com os mortos ressurretos ao encontro do Senhor nos ares já estará com Ele antes do final da Grande Tribulação. Naquele final da Grande Tribulação, os decapitados por amor a Cristo, por causa do Seu testemunho e da Palavra de Deus, estes também ressuscitarão para estar na Terra e reinar com Cristo por mil anos. Estes serão participantes da chamada de “Primeira Ressurreição”. Bem aventurados! (Apocalipse 20:6)
Apocalipse 20:4-6 nos fala também da ressurreição, no final da Grande Tribulação. Essa Grande Tribulação será um período de sete anos, dividido em duas etapas de 3 anos e meio cada, que marcará a entrada no Juízos Finais de Deus nesta terra.
Estes serão participantes da primeira Ressurreição. Bem aventurados! Mas haverá também a Segunda Ressurreição.
Até agora vimos: as Primícias (Jesus e os que O acompanharam, faz quase 2000 anos). E a Primeira Ressurreição, em duas etapas . Eis que agora ainda resta a segunda ressurreição (Apoc. 20: 11-15). Quem participará dela¿ Todos os mortos que não participaram da primeira ressurreição, nas suas duas etapas que vimos.
“E vi um grande Trono Branco, e O que estava assentado sobre ele, de cuja presença fugiu a terra e o céu, e não se achou lugar para eles. “E vi os mortos, grandes pequenos, que estava diante de Deus, e abriram-se os Livros; e abriu-se outro livro, que é o da Vida. E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo suas obras. E deu o mar os mortos que nele havia; e a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras.
E a morte e o inferno deram os mortos que neles havia; e foram julgados cada um segundo as suas obras. E a morte e o inferno foram lançados no lago de fogo e enxofre. Esta é a Segunda Morte. E aquele que não foi achado escrito no livro da Vida, foi lançado no Lago de fogo”.(Apocalipse 20:11 a 15)
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