SALMOS – CXV – DESTAQUE PARA O MAIS GLORIOSO
Comentarios desactivados en SALMOS – CXV – DESTAQUE PARA O MAIS GLORIOSOabril 16, 2023 by Bortolato
Salmo 115
Há maneiras e maneiras de reagirmos diante dos resultados que obtemos com a aplicação de esforços com vistas a realizar nossos planos. Uns exultam, pulam de alegria, sentem-se com vontade de voar, e comemoram enfaticamente. Outros coçam as cabeças, põem a mão nas testas, lamentam, sentam-se onde podem, e choram.
Dizem alguns: – “Cheguei, vi e venci”, em contraste com outros que se desmontam e amargam suas derrotas.
De onde procedem essas vitórias e essas derrotas? Qual é o segredo que eleva a uns e rebaixa a outros? É importante sabermos, pois disto depende o sucesso de nossos empreendimentos.
O fato é que o homem não tem controle absoluto sobre todas as coisas que pensa que tem nas suas mãos. É uma estultícia colocarmos nossa confiança na nossa grande capacidade de resolvermos problemas, ou nos recursos de que dispomos para vencermos as nossas guerras.
Hoje podemos ter uma vida muito bem sucedida, e em um amanhã, não. A vida é cheia de altos e baixos, e homem algum tem o condão de controlar essa instabilidade material.
Por outro lado, quem hoje vem de uma trajetória humilde e pobre de recursos, pode bem ser coroado de êxito em um futuro iminente.
Há um mistério que envolve o binômio que existe entre a liberdade do homem e a soberania de Deus.
O autor do livro de Provérbios toca neste assunto, quando escreveu:
“O coração do homem pode fazer planos, mas a resposta certa dos lábios vem do Senhor”. (Prov.16:1)
Muitos pensam que podem fazer tudo quanto desejam, e sentem-se senhores de suas próprias vidas e de muitas circunstâncias que abrangem a vida de outras pessoas, devido à liberdade de que usaram e da felicidade que alcançaram através das experiências vividas até então.
Dependendo da altura em que chegaram, os bem sucedidos podem passar a agir como se deuses fossem.
Daí advêm os erros que cometem. Conflitos, contravenções e crimes acontecem, tudo através da liberdade de que lograram desfrutar por algum tempo. Esta sensação é enganosa e perigosa. Tudo pode desmoronar dentro de pouco tempo. Na verdade, ninguém está plenamente seguro, neste mundo, principalmente se lançar mão de subterfúgios escusos e reprováveis.
Podemos tomar, como exemplos clássicos, alguns futebolistas que puderam ver suas carreiras subir como foguetes, mas que, de certo ponto em diante, sofreram uma queda, às vezes vagarosa e constante, às vezes vertiginosa. São inúmeros os casos desta espécie.
O mesmo ocorre com artistas e cantores famosos. Admirados por um certo tempo, mas depois começam a cessar suas carreiras, decrescer sua popularidade, coisas que se acabam, levando-os não raro a uma depressão.
O mesmo ocorre com figuras públicas de políticos, juízes, administradores de empresas, vendedores seniors, médicos de renome, arquitetos, e aqui adentramos a uma lista sem fim.
Raros são os casos que conservam até o fim os excepcionais resultados obtidos durante a sua vida.
Conclui-se, pois, que não é sensato raciocinarmos e planejarmos, levando em conta apenas os raros casos de exceções à regra geral. Se são poucos os bem sucedidos, ninguém deve esperar que o seu caso será um daqueles poucos que alcançarão o pódio dos campeões.
Tiago, irmão na carne do Senhor Jesus, nos adverte quanto aos falíveis projetos humanos:
“Atendei agora, vós que dizeis: Hoje ou amanhã, iremos para a cidade tal, e lá passaremos um ano, e negociaremos, e teremos lucros. Vós não sabeis o que sucederá amanhã; que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante e logo se dissipa. Em vez disso, devíeis dizer: Se o Senhor quiser, não só viveremos, como também faremos isto ou aquilo. Agora, entretanto, vos jactais das vossas arrogantes pretensões. Toda jactância semelhante a essa é maligna…”(Tiago 4:13-16)
Mas os nossos espíritos não foram feitos para nos conformarmos com desditas. O mais desgraçado homem deste mundo ainda tem no fundo de seu coração o desejo de poder erguer a cabeça e dar a volta por cima. Poderia? Sim, sem dúvida, pois esta possibilidade existe para todos que podem respirar. E como será isto?
Qual será a porta, a qual um humilde e pobre homem poderá bater, através da qual se lhe abrirá um caminho de luz, que o levaria aos píncaros da glória? Ele teria que ser guiado por alguém que o guiasse, alguém que sabe onde está essa porta, porque conhece bem a mesma, tanto quanto o caminho que a mesma abre ao solicitante.
Então vem a pergunta: Aonde reside essa glória? Quem a detém de forma segura e inabalável? Em outras palavras, quem é que poderia deter em suas mãos a plenitude do sucesso em todos os sentidos? Haveria alguém que ultrapassa e excede a todos os dados estatísticos, constituindo-se no paradigma perfeito, louvável, impecável, e deslumbrante?
Alguém assim com certeza teria condições de estender a mão e levantar o mais humilde ser humano e elevá-lo às alturas.
O salmista nos responde através do Salmo 115, que começa assim:
“Não a nós, Senhor, não a nós, mas ao Teu nome dá glória, por amor da Tua benignidade e da Tua verdade.” (Salmo 115:1)
O Senhor Yaweh havia dado a Seu povo de Israel naquela época uma grande vitória, e os israelitas ansiavam por servir de testemunhas desse portento para outros povos.
Acontecia, porém, que os povos pagãos também tinham os seus deuses, aos quais atribuíam todos os seus sucessos, de modo que para aqueles, aos seus ídolos pertencia o poder maior, a divindade máxima que havia na Terra – mas os fatos provaram que não era assim, do jeito que pensavam.
O Deus de Israel despontou entre os povos do mundo de uma forma muito poderosa, mostrando uma glória que ninguém era capaz de imaginar, nem mesmo os israelitas. Os Seus atos de poder foram manifestos a fim de patentear o Seu primado, Seu valor, Sua força, Sua soberania, Seus atributos até então desconhecidos, enfim, um cartão de visitas deveras sui generis, que encantou os privilegiados que puderam receber a Sua visitação, e se constituírem em testemunhas Suas..
Os povos vizinhos ficaram pasmados ao presenciarem alguns dos atos de Yaweh, a quem atribuíam uma divindade totalmente atípica, muito forte, acima das parcas expectativas humanas, sem igual, jamais vista antes, e ninguém sabia descrever o Seu rosto, pois não Se mostrou como era, e não aceita terminantemente que alguém queira fazer uma imagem Sua com finalidade de adoração.
Podia ser um pouco incompreensível para os gentios, mas Yaweh tem Seus motivos para que não se faça imagem alguma que possa transferir dEle para um objeto material a Sua glória e adoração.
O salmista mostra alguns motivos para que Deus Se faça invisível aos olhos físicos neste mundo, pois os ídolos têm as seguintes qualidades que reputamos como incoerentes: são construídos por mãos de homens. Logo, não poderiam ser de mais valor do que o mortal que lhes deu forma, e sua estrutura é feita de materiais que se desgastam com o tempo. Artesãos pintam-nos de forma que pareçam ter boca, olhos, ouvidos, nariz, mãos e pés, mas na realidade…
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Não têm boca, por isto não falam, mas Yaweh fala com o Seu povo, guiando-o e orientando.
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Não têm olhos, por isto não conseguem ver tudo quanto se passa conosco, mas o Verdadeiro Deus é onisciente, e nada passa despercebido ao Seu olhar.
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Não têm ouvidos. Podem pessoas clamarem o quanto queiram a esses ídolos, mas os mesmos não têm aparelho auditivo, enquanto os ouvidos do Senhor estão atentos às nossas sinceras orações (Salmo 34:15).
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Não têm nariz. Não podem cheirar, mas o Deus Verdadeiro recebe nossas orações como um cheiro suave, e responde-nos a Seu tempo.
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Não têm mãos. Não podem sequer dar uma aperto de mãos a algures, enquanto Yaweh com Seus dedos fez o Universo, e o Seu braço nos trouxe salvação (Isaías 53:1 e 46:1-7).
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Não têm pés. Precisam ser carregados para poderem ser movidos. O Verdadeiro Deus nos carrega e caminha conosco (Isaías 41:10, 13).
E mais: à medida em que caminhamos com o Senhor Yaweh, vamos sendo transformados à Sua semelhança; os idólatras também vão sendo assemelhados com as obras de suas mãos, com o passar do tempo. Daí a questão fica muito clara: queremos ser semelhantes ao Altíssimo Deus, ou a simples estátuas?
O contraste que Yaweh causou neste mundo, revelando-Se de forma muito diferente de todos os chamados de deuses, fez com que houvesse até pessoas idólatras que se despertaram para querer saber mais sobre o Deus de Israel, conhecê-Lo, e passar a segui-Lo, quando então a idolatria é abandonada, como se abandonam trapos em um descarte de lixo.
Assim foi com Raabe, a prostituta de Jericó (Josué cap 2 º); os gibeonitas (Josué cap. 9º); Rute, a moabita; Itaí, o geteu (um filisteu, conf. II Samuel 15:19-22); a rainha de Sabá (I Reis, 10); o general sírio Naamã (II Reis, 5); os cidadãos de Nínive (conf. Livro de Jonas); o Centurião de Cafarnaum (Lucas 7:1-10); Cornélio, o Centurião da corte italiana (Atos, 10); e do ministério apostólico de Paulo em diante, os milhares de cristãos que se converteram da idolatria para a fé no Senhor Jesus, de modo que hoje existem mais fiéis a Deus no mundo gentílico, do que propriamente dentre os judeus.
O salmista termina este Salmo 115 concitando-nos, como povo de Deus, a louvá-Lo, usando a expressão mundialmente conhecida: – “Aleluia!” (= Louvai a Yaweh)
Toda glória seja com justiça dada a Deus, Yaweh, Deus acima de todos os deuses, Único, Verdadeiro, Legítimo digno de todo o nosso louvor.
Todos hoje são convidados a participar da multidão que cresce dia a dia neste mundo, engrossando as fileiras dos adoradores do Senhor, seja qual for a sua nação, raça, origem, local, costumes ou convicções outras.
Esta é a porta da esperança, aberta a todos quantos desejam ser enriquecidos na fé, e no Espírito: esta é a sorte grande que está à espera de todo aquele que nEle crer, através da obra feita por Jesus, o Cristo, o Filho amado de Deus.
Sim, porque Deus enviou o Seu Filho a este mundo para que todo aquele que nEle crer, não pereça, mas tenha vida eterna.
Este é o caminho: Jesus. Jesus é também a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Jesus.(João 14:6).
Todos nós andávamos desgarrados, como ovelhas perdidas, cada um pelo seu próprio caminho, mas Deus, na Sua bondade e misericórdia para conosco, fez com que os nossos pecados fossem transferidos para Jesus, Seu Filho, que morreu em uma cruz, a fim de que o castigo que nos proporciona a paz caísse sobre Ele. (Isaías cap. 53)
Este gesto de incomparável amor nos mostra que Deus não se contenta com a condenação de pecadores, e Ele tem um cuidado todo especial para com os que desejam aproximar-se dEle. A morte de Seu próprio Filho revela a provisão que Ele preparou há muito tempo, para que não tivéssemos nossas almas lançadas na eterna destruição.
Jesus disse: –”Vinde a Mim, todos vós, que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei; tomai sobre vós o Meu jugo, e aprendei de Mim, que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas; porque o Meu jugo é suave, e o Meu fardo é leve”. (Mat. 11:28-30)
Temos muito a louvar a Deus por esta providência maravilhosa. Através dela somos salvos, remidos, e nos tornamos participantes das bênçãos e da glória celestes para todo o sempre. Aleluia!
Toda a glória seja tributada ao Seu glorioso nome! Louvado seja Deus!
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: Esperança, insegurança. subterfúgios, Jesus, Planos, propósitos, resposta certa
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