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SALMOS – X – OLHE PARA O CÉU

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noviembre 8, 2020 by Bortolato

Salmo capítulo 8

Quem sou eu, e quem é Vc… são reflexões que nos levam das profundezas ao infinito. Kafka sonhou um dia que ele tinha o corpo de uma barata, e acordou perturbado aquela visão tão horrível, que o fez ficar muito pessimista. Se o seu sonho algum dia viesse a tornar-se de alguma forma real, tanto ele como o ser humano em geral seriam seres muito, muito abjetos.

Não necessitamos pensar assim. Se de alguma forma a visão que alguém tem de si mesmo chega a lhe causar nojo, remetemos o leitor ao Salmo 8, um obra literária bíblica, de autoria do rei Davi.

Antes de ser rei, Davi foi músico, cantor e compositor. Ele escreveu algumas peças literárias que serviram para serem pautadas em partituras que lhe deram a forma de canções… canções que ele fez para Alguém que o inspirava com bastante frequência – o Deus a quem ele veio a conhecer, e que o deixou maravilhado, embevecido, extasiado e arrebatado em seu espírito.

Davi inicia este Salmo volvendo seus olhos para onde mesmo? Para baixo? Para sua frente? Para as pessoas ao seu redor, ou ao seu lado? Não! Para nenhum desses lados.

Davi dirige-se ao Autor da sua inspiração: o Senhor Deus, a quem chamava de Yaweh, e desprende palavras de amor em reconhecimento por algo que o fazia sentir-se um ser privilegiado, não importando tanto com a sua pequenez ou insignificância diante de tamanha grandeza.

Conforme Davi lhe endereçava suas palavras, chama-O com muito carinho, reverência e doce amor: Yaweh!… sua voz chega a assumir um tom muito doce e com essa invocação, a alma do salmista já se elevava porque Deus está no Seu trono altíssimo, e quem a Ele chama, completamente aberto, pronunciando suavemente o Seu nome, pode sentir que um amor muito grande invade o seu coração à medida em que o seu espírito se abre para o Grande Deus, e se sente subindo até a presença da Pessoa mais importante, mais santa e totalmente diferenciado de todo o restante das criaturas do mundo e deste Universo Sideral.

Conforme o salmista sentia que a sua alma ia subindo, o seu coração ia sendo cada vez mais preenchido com tamanha felicidade que ele se sentia todo transformado, uma pessoa diferente da que era comumente, e ele de repente se viu todo envolvido em algum lugar fora desta Terra. Parecia estar viajando nas nuvens…

Ele amou esta experiência, desejou continuar a desfrutá-la, e, para tanto, intentou pronunciar o nome, mas desta vez mencionou um outro termo: Adonai, e desta feita com outra entonação de voz, e ia ele entoando nota após nota, espontaneamente, de tal forma que já não poderia deixar de começar a cantar, sem nada premeditar, uma canção feita especialmente para o seu Deus.

As notas musicais que ele soltou e foi aos poucos soltando conforme ia desenvolvendo essa canção, uma obra de repentista, o fez lembrar de uma melodia que Davi já conhecia, a qual tinha um título: “Os lagares”.

Davi sentia que o Senhor merecia uma nova canção, mas o enlevo daquele momento só o fazia obedecer àquelas notas musicais que já conhecia, e assim ele prosseguiu cantando… uma canção ao Senhor, em louvor ao Seu nome tão único e especial.

Ele queria enaltecer o nome de Yaweh, o Criador, e o seu espírito foi buscar nos céus motivos para esse doce louvor.

Nos céus viu Davi que a majestade de Yaweh se expunha com muita graça e tremendo poder criador, mas antes de fazer aquele passeio celeste, ele lembrou-se de seres que nesta Terra são muito abençoados nos louvores ao Altíssimo: as criancinhas! Os pequeninos, criaturinhas tão frágeis, mas ao mesmo tempo tão confiantes, espontâneas, sinceras, gratas e revestidas de uma simplicidade sem par, que quando abrem as suas bocas para louvarem a Deus, suas poucas palavras de amor enlouquecem aos inimigos do Senhor, o quais são apanhados em uma inegável vergonha e flagrados em sua insensatez, porque não podem desfazer o efeito daquilo que foi muito propriamente dedicado a Deus, e não ao pretenso usurpador.

Por este motivo disse Jesus:

  • Deixai vir a mim os pequeninos, e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus. Em verdade vos digo que qualquer que não receber o reino de Deus como menino, de maneira alguma entrará nele.” (Marcos 10:14,15)

Os inimigos de Deus têm prazer em envidar esforços com vistas a conspurcar as obras que Ele faz, mas, por menores ou depreciadas que sejam as pessoas, estas detêm em seus corações o condão de louvarem ao Senhor, mesmo nem sabendo o porquê de assim procederem. Tudo traz motivos para louvarmos a Deus, até quando nada nos parece ser propício a isto.

O reino das trevas tem métodos violentos, cheios de ódio, desprazer, plenos de humilhação ao próximo, com vistas a promover-se, pisando sobre as cabeças daqueles a quem julgam poderem tripudiar, a fim de ostentarem um temporário e fugidio poder, como dentro de uma bolha, fato que o tempo provará que na realidade não possuem aquilo que simulam ter, porque se de fato o possuíssem, não desprezariam as pessoas menos favorecidas, e não necessitariam desse artifício para se sentirem superiores. Quem é bom já o é desde o princípio, e não usa de artimanhas falsas para impressionar a outros, tanto quanto a si mesmos.

Os pequeninos de Deus não poupam palavras de perfeito louvor, bastando apenas que lhes seja apresentado o Autor do amor, o Deus de bondade, e eles O amarão em uma interação recíproca maravilhosa, tão naturalmente como uma árvore produz bons frutos.

Continuando na presença de Deus, Davi então dirige sua memória para um passeio pelo espaço sideral. Ele capta as imagens gravadas ali, e vê a lua e as estrelas que pontilham o firmamento de forma tão exuberante, cintilante, anunciando a gloriosa grandeza das mãos dAquele que todas essas coisas fez.

Ele se sente muito, muito pequeno e percebe que a bondade divina criou o homem, colocou-o sobre a face da Terra e, apesar de sua relativa pequenez, Deus lhe concedeu a glória e a honra de dominar sobre animais domésticos, gado e animais selvagens, aves, peixes, todos os seres que compõem a fauna terrestre.

Esse contraste produzido entre a pequenez que temos diante de Deus e o domínio que o homem tem na Terra é um paradoxo. Nem parece caber dentro do nosso entendimento. Se olharmos apenas para um lado desses fatores, seremos iludidos por uma visão unilateral.

Se olharmos somente para o poder humano e seu sucesso terreno, poderemos cair no erro de acharmos que somos super-homens, tal como Nietszche via.

Se olharmos apenas para a grandeza de Deus, exposta na Sua criação, sentiremos que somos apenas uma ínfima parte deste imenso Universo, como se fôssemos um pequeno grão de areia da praia, apenas um ser aí dentre os bilhões, um nada diante do todo.

O salmista, porém, não ignorou esses dois lados da moeda, e viu que por mais exaltado que ele fosse, mesmo sendo rei em Israel, ele tinha que glorificar muito a Deus, que o criara, e que o fizera poderoso na terra, porque o Senhor, além de extremamente grandioso, é o Pai amoroso, que lhe deu o privilégio de poder ser feito Seu emissário, um embaixador neste mundo, e o que é mais importante, ser um dos Seus escolhidos que recebem a dádiva de poderem entrar em Sua Presença, abrir totalmente os seus corações e serem Seus adoradores.

Por estes motivos, dentre outros, Davi assim escreveu:

  • Ó Senhor, Senhor nosso, quão magnífico é o Teu nome em toda a Terra” (Salmo 8:9)

Vc poderia dizer que quando orou a Deus, não sentiu tal privilégio, desse tipo como Davi sentira, mas não olhe para esta maravilhosa experiência do salmista, e sim, para o Senhor dele, pois cada um de nós terá a sua vez de vivenciar como é sublime adentrarmos à Presença gloriosa, e cada dia será um acontecimento diferente do anterior, assim como as nuvens do céu divergem de forma umas as outras – mas sempre será uma bênção a sua oração, a sua tentativa de aproximar-se de Quem pode mudar a sua vida para bem melhor.

Façamos nossas também as palavras do salmista, quando este dedica um louvor tão lindo a Deus. Seremos sempre recompensados com a maior bênção de que poderemos desfrutar, tanto nesta como na vida do porvir: a maravilha de podermos contemplá-Lo bem junto a nós, eternamente.

Quer ter esta dádiva perpetuamente? Jesus disse que qualquer coisa que pedirmos ao Pai em Seu nome, crendo, nós o receberíamos.

Peçamos a Ele, em nome de Jesus, e aguarde confiantemente. Ele nos responderá pessoalmente.


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