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SALMOS – XC – A ESTUPENDA AMPULHETA DE DEUS

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agosto 28, 2022 by Bortolato

Salmo 90

A vida é repleta de mudanças. Somos seres levados a sofrer mutações de diversos tipos, em diversas áreas da vida.

Quando vemos jovens, crianças e adultos desenvolverem e usarem de seus conhecimentos e percepções, fica demonstrado que o tempo nos traz transformações, para todos nós, seres humanos.

Nossas mentes estão sujeitas a mudar os conceitos assumidos, mesmo aqueles que dávamos por definitivos. Podemos executar saltos enormes de uma extremidade a outra, e voltarmos ao lugar de onde saímos. O tempo em que isso pode ocorrer não está restrito a limites, exceto pelo túmulo.

Na maioria dos casos as estatísticas acusam mudanças de opinião e de posicionamentos que envolvem as vidas das pessoas, levando-as a mudarem, em busca de novos ambientes, novas atividades, novas amizades, e, consciente ou inconscientemente, mudamos os nossos destinos – às vezes para melhor, ou, mesmo não querendo, para pior. Não se assuste, isto é assim desde que nascemos; precisamos ter calma para avaliarmos cada problema e cada situação, e termos a nobreza de reconhecermos nossos erros e buscarmos uma rota de endireitamento.

Uma é a visão que uma criança tem, e outra quando esta mesma atinge a idade da adolescência, da juventude, da maturação, e da vida adulta.

Durante todo o tempo em que durarem as nossas vidas aqui nesta Terra, aprendemos muitas coisas, ao ponto de criarmos uma cultura própria, individual, a qual procuramos difundir a outrem, a fim de adicionarmos valores e coisas que julgamos ser de boa utilidade para todos. Há também os que buscam essas utilidades somente para si.

Na verdade temos pouco tempo para realizarmos tudo quanto gostaríamos de fazer, de modo que a vida sempre nos mostrará limites em tudo e que, no limite final, esta terá um fim, um dia.

Quem vive sem se planejar para encarar esta verdade, poderá ser surpreendido, porque esta vida passa mui rapidamente.

Um time de futebol ou basquete sabe que é totalmente imprudente fazer economia de esforços e de estratégias durante a maior parte de uma partida, porque quem procura correr atrás de prejuízos apenas no final do tempo, sofre grande probabilidade de perder o match.

Quantos serão os dias que nos restam nesta vida? Enquanto escrevemos este texto, ou o lemos, os segundos que vivíamos como presentes, já foram lançados no passado. São apenas segundos, mas quantos destes já estão no passado? Multiplique-os pelos 60 minutos, e estes pelas 24 horas de um dia; depois tome o produto desta multiplicação, e multiplique pelos 365 dias de um ano, e finalmente, multiplique este resultado pelo número de anos que contamos hoje.

Ficou espantado com o total obtido?

Depois, pense: quantos segundos, minutos, horas, dias e anos ainda tenho à frente? Em outras palavras, quanto tempo ainda me resta para viver? Isto é mais importante do que contarmos os anos que já se passaram.

Quantas seriam as mudanças que sofreu um homem que viveu longos dias?

Vamos tomar um exemplo de alguém que teve uma longa vida.

Um homem que viveu nada menos que 120 anos, certamente nos deixou um legado de sabedoria que adquiriu durante todo o tempo que pôde viver. Vamos examinar um casos desses?

O caso que tomamos em pauta é bem antigo. Ele nos escreveu uma poesia, na qual expressou o resumo daquilo que ele aprendeu no passar do tempo.

Quando ainda era um bebê recém-nascido, correu grave perigo, mas foi salvo de morrer afogado ns águas de um grande rio, e acabar se tornando o almoço de grandes peixes ou de crocodilos.

Encontrado por uma mulher da alta nobreza, esta o amou e adotou-o como seu filho.

Foi educado para ser um militar de alto escalão, a fim de poder ser útil para aquela nação em que fora inserido como um filho de nobres.

Tornou-se um general famoso, ao derrotar uma grave ameaça representada por uma nação vizinha que se levantara contra a nação em que ele estava vivendo.

Por fim, veio a saber um dia que ele pertencia a uma raça que estava sendo muito maltratada, como escrava. Ciente disso, um dia intentou defender um homem que pertencia também às suas origens, o qual estava sendo duramente castigado por um opressor, e acabou por fazer justiça com as próprias mãos.

Este fato provocou uma reação muito forte da parte das autoridades daquele país, de sorte que teve que fugir dali para um lugar incerto e não sabido, pois que estavam buscando matá-lo.

Assim ele passou de herói nacional a um criminoso procurado pela justiça.

Sua vida depois disso virou completamente. Rebaixou severamente o seu padrão. Passou de general de um exército muito poderoso, de um país próspero como poucos em sua época, para servir de modesto pastor do rebanho de um homem que vivia em lugar semiárido, do qual veio a tornar-se o seu genro.

Por quarenta anos viveu sem ouvir as músicas do palácio, sem poder mais comer daquelas iguarias que muito provara no passado, sem também ouvir muitas vozes daquele mundo onde vivera. Em vez de muitas vozes, passou a ouvir ventos e os balidos emitidos pelo rebanho que cuidava.

Isso foi assim por 40 anos. Esse foi o tempo que levou para apagar da memória aquelas imagens, aquelas comidas sofisticadas, palavras e sons que vivenciara antes. Também foi nesse ínterim que se apagaram os sonhos nutridos em sua juventude.

Seu coração passou por uma mudança diametral. Antes era um homem que pensava poder fazer muitas coisas notáveis, usando de suas habilidades, influência política e poderes, para passar a entender que ele não era mais nada, nada daquilo que planejara…

Quando chegou à conclusão que nada era, então uma admirável surpresa lhe alcançou: encontrou-se com Deus, em um lugar deserto, onde não encontraria com pessoa alguma… mas Deus o esperava lá.

Outra vez sua vida sofreu uma grande transformação. Ele passou a conscientizar-se de que quando já não era mais nada, sem perceber, tornara-se em material amoldável nas mãos de Deus – e a partir daí, o seu nada foi transformado em um tudo impressionante. Ele mal podia acreditar, mas não tinha como descrer.

Como uma porção de barro nas mãos do Oleiro, ele foi adquirindo a forma ideal para ser usado em prol da libertação de seu povo. Afinal, todos somos feitos do pó, e ao pó haveremos de tornar (Gênesis 3:19 e Eclesiastes 12:7). Que o nosso pó seja útil e amoldável nas mãos de Deus.

Mais ainda sucedeu-se na vida do homem cuja biografia analisamos: – ele foi o veículo usado para Deus mostrar ao mundo que Deus é Deus, o Todo-Poderoso, muito maior do que a soma de todos os deuses que os homens indevidamente adotaram para si.

Moisés! Este era o seu nome. Tirado das águas, grande militar, adotado por família nobre do Egito, criminoso procurado vivo ou morto, sob acusação de traição digna de morte, depois tornado em zero à esquerda, e por fim um homem feito profeta de Yaweh, o Deus acima de todos os deuses, o Senhor dos Senhores, o Todo-Poderoso. Que trajetória, e que currículo!

Será que algum de nós suportaria tantas mudanças, sem perder o juízo? Mas Moisés não perdeu a cabeça, porque ele passou a ter um grande e inabalável referencial: o Eterno Deus Vivo, que lhe deu um padrão sólido e uma direção inequívoca a ser seguida.

Quando Moisés pôde ver o seu povo liberto da escravidão, já estava com oitenta anos de idade, mas ainda viveu mais quarenta para ser o tutor de um povo rebelde, de mentalidade tacanha, que não sabia desfazer-se de seu currículo de escravos, e nem chegaram a assimilar a ideia de que passaram de escravos para serem o povo escolhido por Deus, para serem propriedade divina, e receptáculos das mais puras e verdadeiras revelações, as quais o mundo ainda nem de longe imaginava que estavam sendo outorgadas a eles, os hebreus.

Moisés ainda viu, nos seus últimos quarenta anos de vida, toda uma geração passar, e pôde ajudar os seus a crerem piamente no Deus seu Salvador, terem fé nEle, obedecerem aos comandos divinos, para serem felizes e bem sucedidos nesta vida aqui.

Então, perto do fim de sua vida ele escreveu a obra poética do Salmo 90, que começa assim:

Senhor, Tu tens sido o nosso Refúgio de geração em geração…”

Ele recebeu a revelação de que o Senhor é Eterno, e os homens nascem, crescem, e depois de um tempo, morrem.

Isto pode parecer o óbvio, mas ele pôde observar que as pessoas, enquanto vivem, não pensam em sua hora de deixar este mundo e terão que se encontrar com Aquele que lhes doou o tempo de vida.

Tu reduzes o homem ao pó…” e faz com que todos voltem a ser pó. (verso 3)

Comparando-se a existência do Deus Eterno com a nossa, somos como uma erva que brota de manhã, e à tarde, seca-se e morre (verso 6), enquanto a eternidade divina continua firme e inabalável, minuto após minuto, segundo por segundo, século após século, milênios sem fim…

Vivemos diante dEle como que apenas um só dia, enquanto a existência do Eterno nos faz perder de vista os Seus múltiplos milhares de anos (verso 4). A ampulheta de Deus não mede somente minutos, mas também milênios, como se estes durassem apenas o período de um dia.

Quando vemos que a morte acaba com a vida de todos nós, um a um, sentimos que somos uma raça de gente que, devido aos nossos pecados, temos que arcar com as consequências de nos termos havido assim, um povo pecador por natureza – e os olhos de Deus veem isso com clareza insondável.

Moisés viveu 120 anos, mas o suficiente para ter notado que a grande maioria das pessoas duram bem menos do que isso. Ele pôde testemunhar a passagem para a vida além-túmulo de milhares de pessoas. Com raríssimas exceções, ele viu todos os seus parentes e amigos queridos passarem, uns após outros…

Em suma, tudo passa tão rapidamente que sentimos que a vida voa como em um jato supersônico e logo acaba o nosso voo.

Tendo em vista um panorama tão reduzido para nossas vidas, convém termos corações sábios, a fim de que nossos dias sejam mais suaves.

Se nossas vidas duram tão pouco, o que nos resta fazer?

O salmista ora a Deus, pedindo compaixão. Compaixão pelos dias maus que já enfrentamos e pedindo-Lhe que os nossos dias futuros sejam compensados com mais alegrias (verso 15).

No verso 14, numa pérola de revelação, Moisés pede para que sejamos alimentados com o benigno AMOR DE DEUS, até ficarmos saciados da fome mais real e profunda que temos dentro de nossas almas: a fome de sermos amados por Ele, o Deus Eterno, contemplados com o Seu perdão e agregados ao grandioso rol dos que poderão usufruir da GRAÇA do Senhor (verso 17) – isto eternamente! Maravilha das maravilhas! Louvado seja Deus! Pode V. orar assim?

Se a mensagem deste Salmo ainda não foi captada e assimilada, então faça o seguinte: olhe para trás e veja o tempo que já se passou.

Vc cometeu erros e acertos nesse tempo, não foi?

Quanto aos erros cometidos, Vc não gostaria de poder voltar atrás e ter condições de fazer tudo de forma diferente?

Pois é, é assim que todos aprendemos: enfocando cada cena que visualiza os nossos erros, e nos diz que precisamos mudar de atitudes, nossos gestos, nossas reações diante de circunstâncias, eliminar fraquezas e armazenar virtudes.

Quanto tempo já foi perdido, correndo atrás daquilo que é vazio, no qual nem imaginávamos que estávamos tomando como certo aquilo que ninguém pode ter como garantido… ilusões que valorizávamos altamente, mas que se desfizeram como castelos de areia construídos à beira mar. Basta um vento mais forte, ou uma onda mais avançada, e…

Agora veja: quanto tempo ainda lhe resta? Bastante? Pouco? Muito? Insuficiente par rever todos os valores que antes considerava como importantes?

Existe, sim, uma vida após a morte, que é eterna, mas como devemos nos preparar para esse dia? Tudo depende do que fizemos, como nos houvemos aqui nesta vida que não passa de um simples estágio probatório.

Um coração sábio perceberá que precisa decidir fazer aquilo que é, de fato e de verdade, o mais importante, o que é imprescindível, o quanto mais cedo, inadiavelmente, aqui e agora, porque disso depende o que virá depois.

Apliquemos nossos corações à sabedoria. Precisamos viver sabiamente.

Ah, isso tudo lhe parece um mistério insondável?

Olhemos para Jesus, o Cristo. Alguém poderia provar o contrário daquilo que Ele ensinou? Pois Ele provou ser a verdade através de muitos atos incontestáveis da ação do poder de Deus.

Alguém mais poderia dizer que produziu milagres incontáveis, reuniu multidões ao Seu redor, curou enfermidades incuráveis, deu alegrias a um povo sofrido e oprimido, nunca cometeu um só pecado, e deixou um legado que Seus discípulos seguiram fielmente, e assim nasceu a congregação dos Seus seguidores, que hoje monta a casa dos milhões em todo este mundo.

Ele, Jesus, foi o grande e decisivo vencedor sobre a morte. Ele morreu, mas ressuscitou, e hoje é vivo, mais do que nunca. Apesar de haver desenvolvido um ministério terreno de apenas três anos, o que Ele fez logrou dividir a História Universal em duas partes: antes e depois dEle.

Ele disse um dia:

  • Eu dou-lhes a vida eterna…” (João 10:28)

  • Eu vim para que tenham vida e a tenham em abundância…” (João 10:10)

Acontece que só terá essa abundante vida eterna aquele que crer nEle, que Ele é o Filho de Deus, que veio a este mundo para transformar nossas vidas.

Ele disse ainda aos candidatos a obterem essa vida mais abundante:

Quanto tempo ainda lhe resta? Pois existe este caminho que promete ser longo por natureza, que precisa ser tomado o quanto antes – antes que o fim nos surpreenda, mas para quem tem Jesus em sua vida, dentro de seu coração, o fim não será o fim, antes será apenas o início de uma nova fase, uma nova e longa etapa, cheia de bem-aventuranças à nossa espera.

Vamos procurar por Jesus. Ele não está tão longe que não possa vê-lo. Quem O busca de todo o coração logo O achará, e verá que tudo quanto Ele prometeu é de verdade.

Encontremos esta Verdade; ela é mui preciosa; demais para ser desprezada.

Tenha um excelente dia eterno, e viva-o começando desde agora – com Jesus, pois só Ele poderia prometer algo assim tão fantástico e cumpri-lo.

Parabéns! Vc. é um eterno felizardo, fazendo assim. Tenha uma excelente vida eterna. Vamos nos encontrar lá!

Um abraço.


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