Salmo 95

Qual delas é a melhor? Diante do apresentado, o que seria melhor a fazer?

Vc já se viu nesta situação alguma vez? Sentiu-se pressionado a tomar uma decisão sem ter certeza de que estaria fazendo o melhor a ser feito?

Essas circunstâncias aparecem assim, quando nos achamos menos preparados para uma tomada de um rumo. Esta vida nos leva a várias encruzilhadas que nos dispõem apenas dois caminhos. Teríamos que tomar um deles, e ficamos pensando seriamente, ponderando sobre o que fazer.

Pensamos, pensamos da melhor forma que podemos, dentro do limite de tempo que nos resta para tal, e dúvidas nos sobrevêm de várias fontes, como que querendo nos assaltar. Parece que às vezes não conseguimos reunir um cabedal de conhecimento que pudesse nos fornecer os elementos necessários para nossa maior clareza e segurança.

Há muitas vozes nestes mundo que chegam a confundir os viajores. O pior é que são portadoras de notícias conflitantes. Quem lhes der ouvidos, ficará confuso, e o nosso dilema persiste: de um lado surgem prós e contras, e de outro vemos essa mesma vacilação. Seria aquela ou esta a opção que teria maior peso?

Certa vez um navio que rumava para a América estava navegando em uma noite de muitos ventos fortes. Aquilo fazia com que a nave balançasse de um lado para o outro, causando sensações incômodas aos navegantes.

Se o comandante decidisse ficar à deriva, com toda certeza as altas ondas, em algum momento, poderia levá-lo a pique.

O momento exigia atenção e uma tomada de decisão que de qualquer forma também envolveria riscos, mas… era ou ficar à deriva, ou rumar em frente a todo vapor, dirigindo a proa em direção das ondas, no meio daquela noite turbulenta.

Seguir assim posicionado de frente para as ondas, rapidez e pouca visibilidade poderiam levar o navio a colidir com icebergs. Isso nos leva a lembrar-nos do caso do Titanic, o que também não é nada agradável nem de pensar na possibilidade.

O que você faria?

O capitão então decidiu: ficar à deriva os deixaria por muito mais riscos, pois por mais que a sorte lhes premiasse, eles ficariam por mais tempo dentro da área afetada pela turbulência. Era preciso sair o quanto antes daquela área.

Ele foi em frente, a todo vapor, o mais rapidamente quanto possível.

Ele tomou a decisão certa, e salvaram-se todas as vidas que estavam ali, que embarcaram com ele.

Agora imagine-se dentro daquele navio, como um dos passageiros naquela noite. Como você ficaria?

• Decisão 1 – preocupado com a situação, ficaria no convés, olhando para cada onda do mar que se erguia à frente, passando assim uma noite de terror? Haja coração, gente!

• Decisão 2 – iria para a sua cabine, para dormir.

O que você faria?

A fim de tomarmos a decisão número 2 e conseguirmos dormir, seria preciso ter um coração bem seguro, com firmeza, e deixarmos toda preocupação de lado. Alguém poderia taxar esta atitude como irracional?

Vamos analisar bem esta situação.

Ficar de vigília no convés, recebendo constantes espirros de água no corpo, resolveria alguma coisa no tocante ao problema? Conseguiria evitar alguma coisa?

Penso que devido a este fator aliado à impossibilidade de ação, em nada resolveria para melhorar aquele quadro, e o que quer que acontecesse, nada mudaria.

E de outro lado, quem foi recolher-se para dormir na sua cabine, conseguiu?

Tudo depende de como se encaram os problemas da vida. Quando percebemos que não há dada que se possa fazer senão esperar pelo curso dos acontecimentos, é preciso ter certeza de que, seja como for, teremos um futuro esperançoso à nossa frente.

Um ateu ou um materialista, certamente que não conseguiria dormir. Cada balanço do navio lhe causaria tensões, sustos e arrepios.

Se porém cremos que temos nossas vidas nas mãos de Deus, tudo muda de figura.

Lendo o Salmo 95, encontramos um salmista jubiloso. Ele não se prende aos cuidados que normalmente fazem os navegantes ficarem tão preocupados.

Ele até faz um convite: – “vinde, cantemos ao Senhor com júbilo; celebremos o Rochedo da nossa salvação… vitoriemo-Lo com Salmos.” (verso 1)

A propósito, quanto àquelas circunstâncias do navio que mencionamos, diz o Salmo:

“Dele é o mar, pois Ele o fez; obra das Suas mãos, os continentes” (verso 5)

Logo, Deus tem todo o poder para sustentar as vidas daqueles que navegam pelas águas e assim sendo, os que nEle creem podem dormir suas noites com tranquilidade, mesmo nas tempestades.

Ouçamos a voz de Deus, pois Ele fala aos nossos espíritos. Prestemos atenção ao que Ele tem a nos dizer.

O Salmista ainda nos adverte para não assumirmos posições que contrariam o coração de Deus.

“Hoje, se ouvirdes a Sua voz, não endureçais os corações como em Meribá, como no dia de Massá, no deserto…” (versos 7 e 8, citando Êxodo 17:1-7)

No original hebraico, Meribá significa “contenda, provocação”. Não sejamos daqueles que contendem com Deus, pois isso seria demonstrar desconfiança, e nossa vida com Ele tem que ser pautada por uma relação de mútua confiança.

Daí, venha o que vier, se temos o Senhor por nosso escudo e defensor, só temos que escolher o caminho da fé. Não desconfiemos dEle. Ele nunca nos trairá.

Podemos não entender o seu caminho, que por vezes teremos de passar também por vales escuros, mas nunca nos esqueçamos que Ele nos ama e tem um plano maravilhoso a desvendar aos nossos olhos a qualquer momento. Apossarmos desta verdade é lançar âncoras da paz em nossos corações.

No hebraico Massá quer dizer “teste” ou “tentação”. O Senhor fala que “vossos pais me tentaram, pondo -Me à prova, não obstante terem visto as minhas obras”. (verso 9)

Disse Jesus a Satanás , no deserto:

“Não tentarás ao Senhor teu Deus”. (Mateus 4:7)

“Tentar”, aqui, significa pressionar, no sentido de levar alguém a tomar uma atitude, seja por força ou por persuasão, o que levaria um timbre de maneira acintosa nessa pressão interna. Isto poderia chamar-se de manipulação. Deus não se deixa manipular. Isso O desgosta (verso 19).

O seu mar está agitado? Antes de tudo, confie nEle. Ele pode livrar e depois de toda uma vida de bênçãos, tem reservado um lugar na Sua santa morada para os que crerem, suportarem as tentações e vencerem.

Seja você um vencedor.

“… em todas estas coisas somos mais que vencedores por Aquele que nos amou.” (Romanos 8:37)

Vencedores por causa de Cristo, vencedores por meio de Cristo, e vencedores em Cristo.

Não seja um perdedor. Nas sendas desta vida, os momentos de maior fraqueza são aqueles que Deus mais usa para cumprir a Sua Palavra, e interferir em nosso favor. Esperança, fé e amor são as bandeiras preferidas do Senhor.

Olhemos para as bandeiras dEle. Ele é muito atento para os que seguem-nO nas instâncias mais diversas, seja durante as lutas, seja na coleta dos louros da vitória.

Seja um vencedor por Aquele que nos amou.

Um prêmio, um troféu nos aguarda no final da peleja. Vale a pena.