VII – I CRÔNICAS – OCASIÕES PARA LOUVARMOS A DEUS
Comentarios desactivados en VII – I CRÔNICAS – OCASIÕES PARA LOUVARMOS A DEUSenero 25, 2019 by Bortolato
São muitíssimas, abundantes, sem conta, basta prestar bastante atenção. Por que motivos? Estes são mais numerosos ainda.
Os que dizem que não pediram para nascer neste mundo já estão perdendo a chance de louvar ao Senhor só pelo fato de se lhes haver outorgado um dos dons mais preciosos que poderemos receber: a vida.
Enquanto há vida, há esperança, e por que não louvarmos ao Doador da vida e da esperança?
Proponho a fazermos uma viagem pelo texto bíblico de I Crônicas, capítulo 16. Vamos observar o que vemos ali. Vamos deixar nossas mentes abrirem a cortina do passado, para assistirmos um espetáculo que julgamos, por baixo, mais que maravilhoso.
Vamos ver um povo que era outrora escravo, que vivia debaixo do chicote dos feitores. Um belo dia ele sai do Egito, da terra que lhes trouxe muitas memórias tristes e aflitivas, e seguiu para um caminho estranho – por um deserto – mas cheio das mais lindas e auspiciosas revelações de Deus, o Único e Verdadeiro Deus, as quais passaram a servir-lhes de recordações que os inspiraram a crer, crer na realização daquilo que lhes parecia ser impossível.
Passaram por uma peregrinação de quarenta anos naquele deserto, no qual a água, este mineral tão comum em vários lugares, mas ali tão escasso, os desafiava a crer e receber ou a descrer e morrer naquela sequidão constante.
O seu alimento não vinha de hortas, de árvores frutíferas, ou da carne dos seus animais, mas caía literalmente do céu.
Nesse período, conheceram a voz de Deus que lhes falou audivelmente junto ao monte Sinai, e lhes forneceu uma Lei para guiar suas ações em todos os setores da vida.
Atacados por inimigos amalequitas em Refidim, ali mesmo onde a água lhes saía da rocha, sem nenhuma vocação ou treinamento para a guerra, lutaram e venceram-nos, contando com o apoio imprescindível de Moisés, Aarão e Hur, que sustentaram as mãos do profeta, estendidas para abençoar aos seus pelo poder de Deus. Assim eles puderam entender que as mãos santas atraíam o socorro de Yaweh sobre o seu povo, não permitindo que eles fossem eliminados por outros povos que os odiavam até sem motivo relevante.
Foram guiados pelo Anjo do Senhor, um tipo de Cristo, pelo caminho que tiveram que seguir. Após quarenta anos naquele constante treinamento espiritual, lograram atravessar o rio Jordão pelo leito maravilhosamente seco, em um sinal franco e evidente de que o Senhor os estava acompanhando e deles cuidando com muito carinho.
Daí, foram à luta pela conquista da terra que Deus havia dado aos seus antepassados, então tomada por povos cananitas.
Quando já de posse daquela Terra Prometida, sofreram muitos ataques de inimigos vindos de várias nações vizinhas: Mesopotâmia, Midiã, Amaleque, Amon, Moabe, Filisteus e outros, os quais chegaram a lhes impor dura escravidão, isto por várias vezes, como consequência de natural que ocorria por se haverem esquecido e distanciado do Deus que os amou e tanto lhes favoreceu.
Entretanto, quando o Senhor Yaweh era novamente lembrado e buscado por Seu povo, o coração divino se enternecia, e providenciava enviar alguém que tivesse boa comunhão com Ele, com a finalidade de livrá-los.
Era tiro e queda: oprimidos, buscavam a Deus, Ele os ouvia e os livrava, sem nunca lhes haver faltado, nem uma só vez.
Este esquema que podemos qualificar de círculo vicioso do pecado: opressão, clamores e restauração, foi a forma dolorosa que mais lhes serviu de “método didático” para voltarem-se sempre ao Senhor, e não se desviarem mais de Seus caminhos, mas…
Eles então, rejeitando a maneira como Deus agia para com eles, um certo dia foram ao profeta Samuel para intercederem para que lhes fosse dado um rei para defender o Seu povo. Eles não queriam mais estar à espera de um libertador aparecer em momentos cruciantes. Não deveria ser aquele o momento, não era a hora apropriada para isto, mas o Senhor permitiu que assim o fizessem, e assim foi, e então Ele mesmo preparou um rei segundo o Seu coração.
Na ocasião o Tabernáculo erguido por Moisés no deserto estava em Gibeá (II Crônicas 1:3-4), e a Arca da Aliança, aquela caixa de joias espirituais, preciosíssima aos olhos de Deus, localizava-se em Baalá (Quiriate Jearim), na casa de Abinadabe.
Quando chegou a vez de Davi assumir o trono de Israel, assim que este se viu livre de vários inimigos que o rodeavam, quis então trazer aquela formosa e prodigiosa Arca do Concerto para Jerusalém, e assim tomou as providências para o acontecimento.
Asafe, dentre os levitas, passaram a ministrar diante da Arca do Senhor. Zadoque, que fora designado como o segundo neste privilégio, ministrava ainda em Gibeá, para que continuassem os sacrifícios naquela localidade, onde Salomão, mais tarde pôde desfrutar da bênção de ouvir a voz de Deus em sonhos, depois de oferecer-lhe sacrifícios naquele mesmo altar de bronze que Moisés tinha feito para este fim (II Crônicas 1:2-3).
Depois de uma primeira tentativa de trazer a Arca, frustrada por um imprevisto em meio caminho, foram tomadas providências para que o episódio anterior não se repetisse, e aquela Arca tão querida foi levada de forma a chegar no seu destino a contento.
Gente de todas as tribos de Israel acompanharam aquele cortejo que mais se assemelhava a uma festa de um importante e belíssimo casamento. Na verdade, era uma festa de alegria porque a Presença de Deus, que Se manifestava invariavelmente de sobre a tampa daquele baú que lhes proporcionava um ponto de contato com o Altíssimo, e por isso também chamada de propiciatório, estava chegando à capital do povo de Israel.
Davi alegrou-se muito ao ponto de, vestido de uma túnica de linho, a estilo dos levitas, pulava e dançava perante os olhos de todo o público que de perto o pôde ver – ao ponto de, tendo chegado dentro da cidade, foi visto por Mical, sua mulher, que o desprezou por haver-se humilhado juntamente com a multidão, em meio àquela alegria, fazendo-se como apenas um adorador dentre tantos adoradores que se mesclavam no meio daquele tremendo cortejo espiritual. Claro! Não era para menos! A Pessoa mais importante naquela movimentação toda estava, sim, invisivel, mas bem presente ali – o Senhor Yaweh!
Aquela alegria contagiou a muitos, e os levitas, tanto quando o rei Davi, muito contribuíram para aquele momento de felicidade geral.
Imagine-se os sacerdotes Benaia e Jaaziel, que acompanhavam tudo bem de perto, continuamente tocando suas trombetas, retinindo e dando aquele toque de realce em meio ao desempenho dos músicos, elevando o clima de adoração ao grande Deus que os perdoou os seus pecados e os sarou! (Salmo 103:1,2) Todos os corações que anelavam pela bênção da Presença do Senhor junto a si ficaram exultantes. Pular e dançar de júbilo era apenas uma pequena manifestação daquilo que se passava dentro de seus corações, a ponta do iceberg.
Aquilo era muito mais que um cortejo nupcial, onde órgãos entoam a marcha característica da entrada de uma noiva para dentro de uma igreja, a casa onde Deus colocou o Seu nome.
Os sons musicais do caminho para Jerusalém naquele dia não eram em nada solenes, e muito menos melancólicos. Nada contra uma liturgia, mas aquele momento não era para isso, pois que a empolgação tomara conta dos que executavam os instrumentos e isto se refletiu sobre os fieis. Como deter-se uma explosão de alegria? Como deter-se um choro de emoção quando vemos o melhor de Deus acontecendo debaixo de nossos próprios olhos, e isto depois de tantas lutas, tempestades e aflições?
Como evitar-se que haja movimentação fora de controle quando o Espírito de Deus age quebrando paradigmas, rotinas e barreiras? Só precisamos de que haja corações sábios para o entenderem e abertos para suportarem tamanha bênção.
Prevendo Davi que muita era a gente que encheria as ruas de Jerusalém, providenciou pães, bolos, carne e passas de tal forma generosa, a fim de que todos fossem bem servidos, e ninguém passasse fome. Depois, discursou ao povo, abençoando-o, despediu-o e todos puderam voltar para as suas casas.
Houve quem entoou um solene “-Oooohh! Que pena que terminou!”
Foi uma verdadeira peregrinação, aquela gente indo para os seus lares, todos juntos, devagar, com os corações felizes, passando pelas estradas e veredas, comentando entre si como Deus os havia sido tão bom.
O episódio foi tão vibrante, cheio de excitação e recheado de esperanças, que Davi gostou daquilo, ao ponto de passar a encarregar Asafe para dirigir os hinos ao Senhor perante a congregação.
Dentre os salmos cantados, Davi e Asafe escolheram o Salmo 115:1-5, emendado com o de número 96:1-13, e adicionados com o desfecho dos versículos 1, 47, e 48 do Salmo 106.
Asafe passou a ministrar continuamente diante do local onde fora colocada a Arca do Senhor. Foram instituídos turnos dos músicos e cantores. O que se faz em um dia de alegria? Festeja-se, e os hinos de louvor ao Senhor têm que ser cantados sempre, em todas as cerimônias, cultos e celebrações. Assim haverá de ser quando acontecerem as bodas do Cordeiro, eternamente, como se fossem uma única festa.
Alguns detalhes valem a pena serem frisados.
1 – Músicos entoaram alegres melodias.
2 – O povo cantava canções entusiasticamente.
3 – Alguns dançavam na presença de Deus.
4 – O barulho produzido chamou a atenção de outros povos, que de longe puderam ouvi-lo.
5 – Outros chamados de deuses ficaram muito diminuídos diante da grandeza e do poder exaltados do Senhor. Ninguém, no Céu ou na Terra pode ser igualado a Ele…
6 – Os céus, com todas as suas estrelas, e a Terra foram intimados a tremerem perante o grande EU SOU. (I Cr. 16:25-26).
7 – As árvores, os bosques, os mares, os campos também são chamados a se alegrarem com o Senhor dos Exércitos (vs.33).
8 – Que todos bendigam ao Senhor, de eternidade a eternidade (Salmo 16:36), que reina sobre a Terra (I Cron. 16:31).
E isto não reune toda a devoção que é devida a Deus, senão vejamos:
a) Sete vezes ao dia o salmista louvava a Deus (Salmo 119:164) por causa da justiça da Lei do Senhor. E que diremos nós diante da maravilhosa graça de Jesus?
b) Três vezes ao dia Daniel se ajoelhava diante de sua janela, mesmo estando em Babilônia, uma terra eivada de idolatrias, com o seu rosto voltado para a banda de Jerusalém, terra que Deus escolhera para habitar ali com o Seu povo. Aonde quer que estejamos, ainda que rodeados de inimigos, Ele estará ali nos contemplando.
Quais os motivos? Se alguém pensa que não tem motivos para isto, não é nem preciso vasculhar bibliotecas para os encontrarmos. Senão vejamos:
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V. Acordou hoje e abriu os seus olhos e viu a luz do dia iluminar as cores ao seu redor? Então louve a Deus, porque foi Ele quem lhe deu a visão.
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Agora respire fundo. O que está enchendo seus pulmões? O ar, desta atmosfera que Deus criou, que não se acha em outros planetas que giram pelo Universo – e Ele a fez para V.
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Hoje V. pôde mover os seus pés para fora do seu leito, firmá-los sobre o chão e começou a caminhar? Louve a Deus que lhe deu forças e vigor para poder andar com suas próprias pernas.
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V. pôde matar a fome antes de ir à luta? Se o fez bem ou mal, louve a Deus, o Grande Provedor de todas as necessidades deste mundo.
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V. bebeu água, ou suco, ou um líquido hidratante para mater a sua sede? Louve a Deus, que a criou para V. fazer exatamente isto, mas lembre-se também de dessedentar a sede de ter o Senhor em seu coração.
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V. abriu a boca para falar? Louve a Deus, que lhe deu a voz, mas fale aquilo que é bom, que edifica, que consola, que ajuda àqueles que Ele criou, e exalte a Ele, que dá cordas vocais e língua para tanto, e que Ele lhe dê a sabedoria para bem fazê-lo.
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Se V. tem voz para emitir sons, experimente cantar uma canção, dirigindo-a como um tributo de louvor ao Senhor, que lhe facultou a isto.
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V. pôde vestir suas roupas hoje? Louve ao Senhor, e vista-se da melhor maneira possível para apresentar-se humildemente a Ele, que Se veste com o resplendor do Sol.
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V. sente que tem um espírito dentro de si? Louve a Deus, e peça-Lhe que o preencha do Seu Santo Espírito.
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V. gosta de pessoas que lhe inspiram amor? Louve a Ele, pois que Deus é amor, mais do que qualquer pessoa.
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V. pôde ler a Bíblia hoje? Louve a Deus, porque Ele ordenou que ela fosse escrita para que V. tomasse conhecimento de Quem Ele é, pois que Ele a endereçou a V. como um amantíssimo Pai envia um cartas de amor aos Seus amados, ansiando por conquistar os seus corações.
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V. já ouviu falar de Jesus, o Cristo? Louve a Deus, pois Ele, Jesus, é a maior expressão do amor do Senhor por sua vida.
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V. não consegue, nem assim, louvá-Lo porque está contrariado ou desinteressado de tudo isso? Louve a Deus mesmo assim, e as trevas se dissiparão.
Fomos criados por Deus para podermos desfrutar desse convívio de amor, no qual Ele, que nos tem dado tudo, é o Único que reune todos os méritos para receber a nossa contrapartida em forma dos mais elevados louvores.
Aproveite esta chance! Não a deixe escapar de suas mãos. Faça isto hoje e sempre, todos os seus dias. E os dias irão mudar para muito melhor! Só o contato que se pode ter e desfrutar diante da presença augusta, gloriosa e altamente recompensadora do Deus Verdadeiro já será o suficiente para nos fazer sentir na nossa pele que anela por sentir o efeito osmótico do fluir das águas vivas do Espírito Santo.
E que Deus o (a) abençoe.
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