GÊNESIS – XVIII
Comentarios desactivados en GÊNESIS – XVIIIdiciembre 1, 2013 by Bortolato
DEUS TRANSFORMA A INFELICIDADE EM BÊNÇÃOS:
Gênesis capítulo 39 – Como reagir diante de uma traição.
Aos ser vendido para uma caravana ismaelita em Dotã, José passa, como escravo, pelas mãos dos midianitas, mercadores que tinham íntimas ligações com aqueles, e chega ao Egito.
A intenção de seus irmãos era que ele fosse aproveitado como um trabalhador braçal em construções civis – função que tinha pouco valor humano, não raro era maltratada com pouca comida, era muito extenuante e desgastante trabalho. Com tal atividade exercida ao longo de vários anos, a vida de uma pessoa assim explorada duraria muito pouco. Este foi o intento dos de seu próprio sangue, por ciúmes e por inveja.
Por providência divina, José é comprado por um egípcio eunuco, capitão da guarda.
José até então nascera em Harã aos 75 (setenta e cinco) anos após a morte de Abraão, 30 (trinta) anos antes da morte de Isaque. Seu pai o teve quando contava uns 90 (noventa) anos, cerca de oito anos antes de voltar a Canaã. Vendido ao Egito com 17(dezessete) anos, passou seus próximos 13 (treze) anos na casa de Potifar e na prisão. Aos 30 (trinta) anos tornou-se governador do Egito.
A bênção de Deus estava sobre ele, e tudo o que fazia era bem sucedido. Ele conseguiu tirar proveito das circunstâncias as mais adversas, para torná-las abrandadas, e do maior azedume extraía algo doce ao paladar.
Seu senhor Potifar logo notou que tinha em suas mãos algo de precioso, como uma joia, e decidiu elevá-lo à posição de mordomo-mor, um administrador de sua casa. Tanto Deus abençoou a Potifar, que este já se dava ao luxo de nem mais procurar saber como ia a sua administração.
Sendo José um jovem de boa aparência, bem apanhado, então, depois de certo tempo, passou a ser alvo da cobiça da mulher de Potifar. Esta porfiou por várias vezes a fim de ter relações íntimas com José.
Estando na condição de escravo, ele já havia conquistado a simpatia de Potifar. A sua condição de tamanha confiança, e seu portar digno, deixava uma forte impressão de ser um varão íntegro e direito. Houve então a falsa denúncia daquela mulher, como que lançando-lhe lama em seu nome, sem que este tivesse merecido tal desonra.
Aquela denúncia deixou uma mancha imerecida sobe o seu currículo. Uma acusação de tentativa de violência sexual contra a que era a mulher do chefe da guarda parecia ser um non sense, um pesadelo. Não faltaria autoridade para Potifar infringir-lhe uma pena de morte, até com as próprias mãos. Vemos, porém, que aquele senhor egípcio vacilou em despejar toda a sua aparente “ira” contra José, decerto por já conhecer, pelo menos em parte, quem era aquela que o acusava. Notamos que José não foi para a masmorra, isto é, para o pior das prisões do Egito, mas foi para a casa do cárcere, onde ficavam os presos do rei!!!
Com certeza Potifar não acreditou muito, ou talvez nem um pouco, na “história” que ouviu de sua mulher, e ao ouvir a José, percebeu a mesma sinceridade e honestidade de sempre. Para dar algum crédito à sua companheira, porém, lá se foi José, e desta vez para a prisão!
Em dado momento, dúvidas pairaram sobre a sua cabeça. Ao que tudo indicava, os seus sonhos estavam-se desfazendo, e, no lugar destes, teve de encarar o infortúnio, a má sorte e a desgraça. Foi vendido como escravo, sem eira e nem beira, e tentava refazer-se do trauma e do choque provocado pela ira de seus irmãos; ali no lugar onde fora colocado, exercia um trabalho sério e abençoado por Deus. Pensava, talvez, em algum dia poder conquistar a sua própria liberdade, e quando as coisas estavam rumando para bem de seus interesses… veio aquele outro balde de água fria nos seus planos… fora reduzido outra vez a nada, e agora nada mais era senão um presidiário, condenado por tempo indefinido. Quem, no seu lugar, entenderia o que estava acontecendo, e não teria que lutar e muito para não cair em depressão e tristeza indomável?
A fé que foi dada a Abraão, porém, depositava em seu Deus uma confiança que não lhe deixara sem esperanças. Os planos de Deus para os seus filhos são inimagináveis. O Senhor não o queria como eterno escravo do Capitão da Guarda do Faraó, e usou de uma circunstância inacreditável para cumprir o Seu querer para com a vida de Seu servo. Deixou-o na prisão por um certo tempo, para poder revelar-lhe coisas profundas que envolviam o futuro do Egito e de todas as nações vizinhas.
Quem é fiel no pouco, logo se mostra também fiel no muito, e isto era algo constante na vida de José. Logo, pela sua postura correta, passava para funções de maior responsabilidade. Ali no cárcere conquistou a confiança do carcereiro-mor, e os presos foram sendo passados para os seus cuidados.
Foi ele um dia à cela dos presos onde estavam o copeiro chefe e o padeiro-chefe do rei, e os encontra confusos e impressionados com os seus sonhos, e José os interpreta fielmente, segundo as revelações que Deus lhe dera na oportunidade. Havia uma linguagem simbólica naqueles sonhos, e José a entendeu perfeitamente, e disse que “…são de Deus as interpretações…”. Os três sarmentos e os três cestos denotavam o tempo, ambos simbolizavam três dias, mas as figuras que se desenhavam em cada cena daqueles sonhos significavam coisas extremamente opostas, que iriam acontecer com cada um daqueles homens naquele cárcere. Para um deles, eram três dias para uma restauração, e para outro, três dias para a morte.
José viu ali a chance de se ver livre da prisão. Fez conhecida a sua história a ambos, e pediu a compaixão do copeiro, para interceder por ele perante o Faraó, fazendo-lhe conhecer as tramas por trás de sua prisão, e sua inocência.
Os nossos pensamentos são muito limitados, muito aquém da visão de Deus. José queria apenas ser liberto da prisão, quando o Senhor já estava preparando-lhe algo muito especial, muito mais do que Lee imaginava. Se ele tivesse simplesmente sido libertado da prisão, teria que voltar à condição de escravo, pois que tinha sido comprado por dinheiro por Potifar, e não haveria mais condições de voltar a trabalhar ali naquele casa, depois do ocorrido. Deus é Deus de surpresas e Libertador por excelência. Se alguém é servo de Deus, não poderá sentir-se escravo de homens. Conforme dito por Jesus, “conhecereis a verdade e a verdade vos libertará. Se, pois o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres” (João 8:31-36).
O que José disse, interpretando os dois sonhos de seus companheiros de prisão, ocorreu na íntegra. Em três dias, o copeiro foi reerguido à sua posição e o padeiro foi executado.
O copeiro-mor, porém, esqueceu-se de José na prisão. Aquela “luz no final do túnel” parecia ter-se apagado. Os servos de Deus devem sempre prestar atenção, não tanto aos fatos, mas à fidelidade do Senhor, porque Ele não se esquece de nós. Quando tudo parece ter morrido, ressecado, murchado, sem mais forças e sem motivos para a alegria, isto não significa que Ele, Deus, está dormindo. O Senhor tem suas maneiras de trabalhar, e Ele muitas vezes trabalha em silêncio – esta é a Sua forma predileta de fazer as coisas, e isso não nos deve deixar desanimar, e nem desapontar. Dois anos se passaram, e tudo em silêncio, da mesma maneira de alguns outros anos, e… nenhuma manifestação de Deus, do copeiro, ou do rei do Egito. Nada, aparentemente, que trouxesse alguma nova esperança para um hebreu reduzido a presidiário, quando muito a um auxiliar de carcereiro. Pensa-se que Deus estaria tão distante que não atentaria para muitas das injustiças desta terra, mas Ele sabe de tudo, e tudo está anotado nos Seus livros, inclusive no Livro da Vida.
Uma prisão traz ao encarcerado muitos momentos para pensar sobre a vida, sobre seus atos, sobre Deus, o mundo em que vivemos, quais foram os erros que estes teriam cometido em seu transcurso, o que poderia ter sido feito e o que se poderá fazer dali em diante. Tais pessoas convivem de perto com homens ou mulheres que terão de arcar com o peso de culpas , ou de algumas providências não tomadas à guisa de precaução. As lamentações são muito comuns, pois o clima é de muita insatisfação. A liberdade passa a ser um bem muito precioso, o qual não sabiam que era tão importante. O sol, a lua, as estrelas, as árvores, as flores, os pássaros passam a ter um poder de atração como nunca antes na vida. As pessoas ali recebem a oportunidade de tornarem-se mais sensíveis. Alguns tornam-se mais sensíveis para a vida espiritual e para Deus. Ficam carentes de atenção, desejam muito serem ouvidas. Às vezes sentem raiva de pessoas que contribuíram para chegarem àquele lugar, e às vezes , sentem raiva até de si mesmos. É uma escola, onde se aprendem algumas coisas boas, e muitas coisas más… Em alguns casos, existem presos que pagam inocentemente por algo que não fizeram, e esta era a situação de José.
Deus permitiu que José passasse mais tempo ali naquele lugar a fim de que este pudesse amadurecer bastante, pudesse ver um lado dramático da vida, que os jovens não conhecem, quando criados somente em casa de seus pais, debaixo da proteção paterna. De tal forma José amadureceu, que pôde, aos seus trinta anos, tornar-se um pai para a nação egípcia, para os de sua casa, e para muitos que depois vieram a procurar por suas provisões.
Gênesis capítulo 41 – SONHOS QUE SE TORNAM EM REALIDADE
Os homens podem esquecer-se de nós, mas Deus, não! O copeiro-mor do rei esqueceu-se, mas o Senhor fez saber ao Faraó o que estava para acontecer naquela parte do mundo – acontecimentos importantes como gordas safras durante sete anos, e terrível seca noutros sete que se seguiriam…
Os dois sonhos traziam em seu escopo a mesma mensagem: a abundância seguida da fome em toda a região, que compreendia, no mínimo, o Egito, Canaã e todas as terras adjacentes. As secas no Egito não eram comuns, mas sempre foram uma ameaça a todos os povos, que a temiam e ainda hoje a temem.
Faraó, um monarca que se preocupava com a vida do povo, com a economia de seu país, com o equilíbrio nas finanças públicas, dormia muitas vezes pensando se o pior não pudesse acontecer, e quais as medidas a serem tomadas. Em seus sonhos, percebeu que algo de auspicioso ser devorado por um estado de calamidade. Aquilo parecia mais uma ameaça ao seu reino, do que uma promissora época de fartura – mas ele não sabia o exato significado, e isso o preocupava muito. Vacas comportando-se como se foram leões famintos, o que seria isso? Observár como mero espectador a sete vacas magras comerem as carnes de sete vacas gordas é um espetáculo dantesco, um quadro nada agradável de se ver, parecendo um filme de terror.
A repetição do enredo desse filme terrível, com o sonho das sete espigas magras devorando as sete gordas, já lhe comunicava, ainda que inconscientemente, que jazia nos dois sonhos algo de muito alarmante, mas não sabia o que viria a ser isso.
O próprio rei do Egito havia recebido de Deus esses dois comunicados semelhantes, usando de linguagens diferentes, e o seu espírito se inquietava, porque percebia algo tremendamente grave, mas o seu intelecto não alcançava o significado daquelas mensagens divinas. Era perturbador ao nível do espírito, o que afetava de todo a sua mente. Ele precisava saber o que era, e o que poderia ser feito para se contornar as situações envolvidas. Sua mente não parava de pensar: o que isto quer dizer? E o que fazer? Como simplesmente descartar tais sonhos, sem cometer-se um suicídio mental? Haveria alguma esperança em meio às catástrofes? Não, não era possível suportar aquele peso sobre sua alma. Consultados todos os sábios e magos do Egito, não havia um só sequer que lhe pudesse decifrar aquelas duas mensagens, pois que os sonhos lhe foram dados por Deus, e não eram coisas do homem, e nem dos poderes das potestades espirituais do ar. Somente Deus, o Deus de Abraão é Quem tinha a chave daquela interpretação…
Ao que tudo indica, o Faraó precisava de alguém em seu reino que cuidasse com desvelo e disciplina de toda a sua casa, e ainda, naquela altura de sua vida, não o havia achado (Gênesis 45:8). A negativa dos sábios e magos o deixou sentindo-se ainda mais desamparado naquele momento crítico. Ele estava como que a subir pelas paredes, tão inconformado que ficou.
Sempre houve no mundo uma certa especulação ao redor de sonhos. Claro que nem todo sonho vem como uma revelação de Deus para nossas almas, mas quando nossas mentes se distanciam das coisas celestes, e angustiam-se por estarem longe daquelas que poderiam nos aproximar de dias felizes, existe este recurso que o Todo Poderoso usa para nos falar, avisar, advertir, revelando-Se ao espírito de Suas criaturas.
José já havia experimentado alguns desses sonhos. Teve o discernimento de selecionar a estes, e colocá-los bem à vista, destacados em algum lugar especial, dentro de sua memória. Deus já havia dado a ele, também, a capacidade de interpretar tais atividades oníricas, como um dom específico para isto, e ele bem sabia que aquilo era algo que a Deus pertence; porque ninguém poderia levianamente se posicionar como “vidente” diante de coisas tão importantes, que têm de ser consideradas, a fim de se evitar caminhos errôneos a serem tomados, e futuros desastres iminentes.
Por escolha da providência divina, aqueles sonhos do rei só poderiam ser da exclusiva interpretação de José, e de ninguém mais. Deus tomou as devidas medidas para que os seus propósitos fossem cumpridos, no seu tempo, para com os egípcios, os povos vizinhos, a família de Jacó, e para isso quis usar a vida de José. Os adivinhos do Egito tomaram conhecimento do enigma, mas nada se lhes atinava – tudo lhes parecia obscuro, e sem um sentido compreensível. Os sábios deste mundo nada sabem, ou quase nada, sobre sonhos, e mormente quando os sonhos vêm de Deus.
A perturbação de espírito do Faraó tornou-se um fato conhecido de toda a corte. Quando o copeiro-mor notou o semblante preocupado, e possivelmente até desolado do rei, então o plano de Deus recebeu um sensível impulso, e começou a correr livremente.
O copeiro fala ao rei dos sonhos interpretados de modo rigorosamente correto por José, quando este estava na prisão. Repentinamente, então, como que uma centelha é acesa, nos corações do rei e do copeiro-mor. Viu-se então uma possibilidade ainda não explorada, um caminho novo que se abriu, de um lado que nunca se pensasse que poderia surgir. Como aquele fogo um vez foi aceso, este se espalhou até a casa do cárcere.
José se achava barbudo, coisa normal de um costume hebreu, mas os egípcios tinham tais coisas como sinal de um ser abjeto, descuidado, o que faria inapropriado comparecer assim perante o Faraó. Deram-lhe também novas vestes, pois as da prisão não eram adequadas para aquela audiência que haveria a seguir.
O Faraó, ao vê-lo, contou-lhe seus sonhos enigmáticos, que tanto o incomodavam. José lhe responde que os sonhos podem ser interpretados, sim, se o seu Deus, que é o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, lhes der o significado… e Deus lhes deu!
As sete vacas seriam sete anos – primeiramente os de fartura, e depois os de fome. As sete espigas, da mesma maneira. A duplicação da mensagem é porque Deus tinha pressa em realizá-lo.
Daí veio então a questão: o que fazer diante desses fatos expostos e prestes a se manifestarem? Haveria alguma solução?
A sugestão de José, de armazenar a quinta parte das colheitas dos sete primeiros anos, depois da interpretação tão pronta, imediata, maravilhou ao rei e a todos os demais que o ouviram. Aqueles foram momentos decisivos para o futuro de todo o mundo daquela época. O Egito iria poder passar pelos anos de fome, e vencê-los! Os egípcios já possuíam celeiros enormes de pedra, que lhes serviam para armazenar alimentos, principalmente grãos. Os anos que José passou na casa de Potifar lhe serviram para lhe formar uma visão de economia e adminstração de colheitas. Um quinto da produção era uma porção razoável para os egípcios, que teriam de contar com algumas poucas perdas, decorrentes da força natural do tempo.
O Faraó não teve dúvidas: José era o homem mais capacitado para administrar as safras da agricultura (parte importantíssima dos reinos da época) de seu país.
De um minuto para outro, José tinha, então, a maior autoridade sobre o Egito, abaixo do Faraó. Recebeu em suas mãos o anel (que era usado para selar leis e decretos reais), vestes reais, e um colar de ouro no pescoço. O rei ainda lhe deu o seu segundo carro, uma vez que o seu primeiro era de seu uso pessoal – e isto era para que quando José tivesse de passar pelo meio do povo, este o reconhecesse como o grande primeiro ministro do Egito, e lhe prestassem a devida mesura.
NOTA ARQUEOLÓGICA:
Há uma descoberta que o arqueólogo Brugsch descreve em seu livro “O Egito sob os Faraós”. Num túmulo cavado na rocha, da família de um governador da cidade de El-Kab, ao sul de Tebas, existe uma inscrição em que o mesmo, chamado de Baba, diz ter feito em sua cidade o mesmo que José fizera no Egito, reunindo trigo e recolhendo-o durante as safras generosas; e quando chegaram os anos de fome, distribuiu-o pelo povo. Este Baba viveu numa região onde o domínio da 16ª Dinastia faraônica não o alcançava, mas entende-se que este imitou a José, na sua gestão, ao sul do Egito.
José então pôde formar a sua família. Casou-se com Asenate, filha de um sacerdote da cidade de Om. A vida de José teve de conviver próximo à idolatria do povo egípcio, pois aquele era o seu lugar, dado por Deus, onde ele pôde manter-se fiel somente ao Senhor, dando exemplo digno a todos os seus. A sua recusa diante da mulher de Potifar foi-lhe mais um ponto positivo perante aquele povo que passou a admirá-lo e respeitá-lo, tanto quanto ao próprio Faraó. Quando ele passava pelo povo, este se ajoelhava (41:43).
O Faraó que foi contemporâneo de José, ao que tudo indica, fazia parte da Dinastia dos reis hicsos, os quais não eram egípcios. Depois da morte de José, esta Dinastia veio a perder o seu poder, o que explicaria o fato de os Faraós da escravidão dos hebreus no Egito não tomarem conhecimento de um dia terem tido a José como seu Primeiro Ministro de Estado (Êxodo 1:8).
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