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I REIS – IX – DEDICAÇÃO

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enero 26, 2017 by Bortolato

A quem?  Esta é a questão mais fundamental.    A quem dedicamos o que temos, tudo o que fazemos, em suma, por qual motivação de toda uma vida, que nos envolve de tal forma que só nos daremos por satisfeitos quando o nosso grande alvo for atingido.    Mas que alvo é esse?

Precisamos ter bastante sinceridade para conosco mesmos se queremos obter a resposta acertada, porque enganoso é o coração humano, pois que consegue esconder muito bem os pensamentos e propósitos mais profundos, confundindo aos mais sábios psicólogos.

O fato é que muitas conquistas desta vida, que dantes eram as mais valorizadas, de repente se mostram, sem motivo justificável, como vazias e sem sentido.

Um homem pode desejar muito ser um rei, ou, em outras palavras, ter em suas mãos o cetro do governo com poder de dominar sobre muitas coisas e pessoas.    Quando observamos as campanhas eleitorais de um país democrático, parece que uma guerra psicológica entra em ação, e os candidatos jogam todas as cartadas que detêm consigo, e dão tudo em uma reta final, para serem os primeiros.

A pergunta que mais nos incomoda quando vemos isso acontecendo é:  para quê?   O que, no fundo, eles estão pretendendo, afinal?    O que eles realmente estão ambicionando?   O que estão querendo de fato e de verdade?    Se perguntarmos a um deles, raramente obteremos uma resposta plenamente sincera.    A euforia dos vencedores parece embaçar o brilho da verdade, e tudo fica como que embriagado pelo que já foi falado em campanha – mas depois de algum tempo, quando circunstâncias não ventiladas aparecem na história do seu povo, as coisas começam a mostrar qual, de fato, foi o real motivo dos corações…  ocorrem então muitos desenganos. E assim, muitos parecem começar bem, mas com o tempo acabam terminando mal.

Em I Reis, capítulo 8º, lemos sobre uma cerimônia de consagração de um Templo.   Não se tratava de um templo qualquer.    Não era um lugar destinado à adoração de um deus como os muitos que se propõem por aí.    Tratava-se de um Templo para o Senhor do céu e da Terra, o Criador que planejou e construiu todo o Universo, e, logicamente, todo nosso planeta.   O Deus que se propõe como único e verdadeiro, pois que os restantes não são deuses, mas apenas outras criaturas que Ele criou, e que se corromperam, oferecendo-Lhe uma concorrência desleal, e para os homens, uma proposta enganosa de opção alternativa, com muitas propagandas mentirosas.

Era, pois, chegada a oportunidade em que se deu a dedicação de um Templo para Yaweh, o Deus que Se revelou a Abraão, Isaque, Jacó, e aos seus descendentes.

Muitos são os que se apossam de governos nesta Terra sem nem sequer mencionar que o poder pertence a Deus.    O fracasso que lhes sobrevêm depois, procuram acobertar ao máximo, e da melhor maneira possível – atribuindo a culpa a opositores, a circunstâncias que regem outros países, a condições climáticas, a São Pedro, e até a Deus.

Alguns poucos convidam bispos, ou pastores ou evangelistas para deixarem, em seus discursos de posse de governo, uma marca de reverência e submissão ao único Deus Verdadeiro.   Coisa que não denota, apesar das aparências, que verdadeiramente reconhecem que o poder político vem das mãos de Quem detém o maior dos poderes, mas diríamos que é uma tênue abertura para agradarem a Deus.

Feliz é a nação cujo Deus é o Senhor.  Feliz é o povo que O tem junto a si, como o seu Deus.

Salomão levou sete anos para construir um Templo para Yaweh, o Deus que tirou o seu povo do meio da escravidão egípcia, e o constituiu como nação diante dos olhos incrédulos do mundo todo da sua época, através de muitos milagres, sinais, e maravilhas jamais vistas por nenhum outro povo da Terra.

A intenção em fazer um lugar muito bem arrumado, para que o Senhor viesse a ali morar, foi muito boa.   A ideia partiu inicialmente de Davi, seu pai, e Salomão a abraçou e levou a peito até consumar toda a obra.   A arte final do projeto arquitetônico desse Templo ficou deslumbrantemente linda, como uma joia preciosa que foi muito admirada por todas as nações que dela ouviram falar, por muitos e muitos anos.

A cerimônia de posse da coroação do reino de Israel oferecida a Salomão ficou até mesmo apagada, quase que totalmente esquecida, diante do que aconteceu quando houve a dedicação do Templo do Senhor em Jerusalém.   Este foi, sim, um acontecimento e tanto.

Nada como ter como participante de uma cerimônia, o próprio Deus deste Universo.   Foi um momento de transbordar da Sua santa presença no meio do povo.   Todos que ali puderam comparecer o viram.

Sabia-se que o Senhor se manifestava presente junto à Arca da Aliança, e daí, esta teria que ser transportada desde aquela Tenda que Davi ordenara que fosse construída em Sião, na cidadela em que o mesmo reinava, para o novo local de adoração, no monte Moriá.

Anciãos e todos os líderes das tribos de Israel, e mais os chefes de famílias do povo foram reunidos ali, junto ao novo Templo que chamava a atenção, mais que tudo, na cidade de Jerusalém.

Quando todos os anciãos haviam acabado de chegar, no meio daquela multidão se abria um caminho por onde se podiam ver os sacerdotes que traziam aquele objeto tão sagrado: a Arca!   Ela vinha coberta com as cortinas e as peles de animais que vedavam-na de ser vista pelo povo no seu potente brilho dourado.   Mas lá vinham eles, subindo o aclive do monte Moriá, acompanhados de outros sacerdotes que traziam os demais utensílios sagrados que se localizavam dentro da Tenda.

A cada passo dos sacerdotes, sacrifícios de animais considerados puros e aptos eram oferecidos à frente do caminho, e estes eram tantos que nem puderam ser contados.   Perdeu-se a conta.   O rei Salomão ia à frente, juntamente com alguns do povo, providenciando para se ofertarem tais sacrifícios de muitas ovelhas e bois.  Foram centenas e centenas destes.

Então chegou a hora em que os sacerdotes puderam adentrar ao novo Templo.   Eles percorreram com a Arca até o Lugar Santíssimo, e a colocaram ali, debaixo das asas dos dois querubins revestidos em ouro, sobre aquele assoalho todo recapeado em ouro, bem como as paredes daquele aposento.

Tudo estava sendo feito de acordo com as leis da Torah.   Uma pequena dúvida preocupava o coração dos fieis de Yaweh:  será que Ele estaria Se agradando e aceitando tudo aquilo?   O Senhor é Deus que não deixa escapar nenhum detalhe, e que conhece profundamente cada coração humano que vive nesta Terra.   Se por causa de um homem como Acã, Yaweh deixou de apoiar Seu povo durante o primeiro ataque à cidade de Ai…   “tomara que tudo esteja a contento” – eis o que alguns pensavam.

O andamento do cerimonial parecia estar indo bem, mas nenhuma manifestação da vontade divina se fez presente, até que…  enquanto os levitas cantavam canções dizendo que o Senhor é bom, e que o Seu amor dura para sempre, ocorre algo inesperado.

Os sacerdotes mal acabaram de sair do Santuário, e uma nuvem encheu o Templo todo.   Os sacerdotes sentiram a presença de Deus de tal forma ali, que suas pernas fraquejaram, e eles foram ao chão.   Ali tombados, tentavam novamente erguer os seus corpos, mas não conseguiam ficar em pé.   Algo muito estranho estava acontecendo, e, com toda certeza, algo relacionado com a Pessoa principal, o homenageado do povo, o mais desejado, o mais ilustre, o mais nobre, e o mais poderoso.   Era a nuvem de glória que pousava sobre a Tenda da Congregação, quando esta se localizava no deserto.   Foi uma experiência marcante, mesmo.    Todos viram que algo de notável e miraculoso estava acontecendo, e que era a presença do Senhor Yaweh, que os privilegiava com a Sua manifestação.

Este foi um motivo de maior louvor ainda.

Foi quando a palavra saiu da boca de Salomão, que começou a discursar, louvando ao Deus de Israel, que o levantara, depois de 487 anos em que houve a saída do Egito.   Muitas águas rolaram desde então, de forma que lhe fora permitido edificar uma Casa para o Deus que tanto bem lhes havia feito em toda a história de Israel.

Veio, então, ao rei Salomão, a inspiração para proferir, naquele momento, uma oração ao seu Deus.   Uma longa oração, cheia de sabedoria, para ofertar a Yaweh uma Casa ricamente adornada, e pedir-Lhe a Sua graça, o Seu perdão, a Sua misericórdia, o Seu braço protetor, e o Seu socorro bem presente nos dias de angústia.

Na certeza de que o Deus Todo-Poderoso estava ali marcando Sua presença, Salomão começa, preliminarmente, uma preleção breve, bendizendo o nome do Senhor.   Este é um ponto muito importante dentro de uma liturgia, desenvolvida tanto da forma individual como coletiva:  Bendizendo, louvando, e adorando.  Depois, dá um rápido histórico do planejamento da construção daquele Templo, desde a época de Davi.

Chegou então a hora mais feliz, mais nobre, mais linda e delicada, como o produzir pétalas de rosas, como o colher pérolas do profundo de uma lagoa.  Era o momento de falar com Deus, abrindo totalmente o coração e expondo tudo o que se passava dentro de si.   Salomão, sobe em cima de uma plataforma de bronze, um estrado quadrado com dois metros e vinte de cada lado, e um metro e trinta de altura, que foi colocado no pátio, diante do altar dos holocaustos, ajoelha-se e estende suas mãos para os céus, na presença de todo o Israel, continuando a louvar Àquele que era o Ser mais importante daquele grande ajuntamento.  Após o pronunciar de palavras de louvor, adoração e confissão de pecados, então vem a liberdade para peticionar, e ele lança-Lhe várias súplicas:

1º – Que Yaweh olhasse de dia e de noite para aquele Templo, lugar escolhido para nele ser adorado.

2º – Que o Senhor castigasse aos culpados e absolvesse aos inocentes que procurassem por justiça diante daquele Templo.

3º – Que Ele, Deus, perdoasse ao povo que, porventura fosse derrotado diante dos inimigos, mas se voltasse para aquele Templo, e, assim fazendo, que fosse escutada a voz de louvor e de petição por anistia.

4º – Quando o céu cerrar as chuvas devido aos pecados do povo, e este, arrependido, se voltar para o Templo, louvando-O e orando pedindo o retorno das águas pluviais, que o Senhor se apiede e o ouça.

5º – Quando houver fome na terra devido a pragas devoradoras das colheitas, ou a ventos muito quentes, ou por ataque de inimigos, ou doenças entre o povo,  e este, voltado para o Santo Lugar, orar a Deus, que seja ouvido.

6º – Quando um estrangeiro que tiver ouvido falar da majestade, da benignidade e do poder de Yaweh, e vier, virar o seu rosto e orar pedindo algo que lhe seja de vital importância, que seja escutado.  Este pedido denota que Deus é Deus para todos os povos, e não propriedade exclusiva de Israel.   Ele está aberto para isso e quer ouvir as orações de todos, mesmo que Lhe sejam feitas de qualquer parte deste globo.

7º – Quando ao Seu povo for ordenado a ir à guerra contra seus inimigos, e orar voltado para esse lugar sagrado, que seja ouvido e lhe seja dada a vitória.

8º – Mas se o Seu povo houver pecado – e, como não há ninguém que não peque, for derrotado, e levado prisioneiro a alguma terra inimiga, e se arrepender, e orar sinceramente a Deus, virado na direção de Jerusalém, na direção do Templo, que seja perdoado; possam eles ser ouvidos e tornarem a ser vitoriosos.

9º – Que todas as orações feitas naquele lugar fossem ouvidas, e que o Senhor habite naquela Casa, como em um lugar de descanso, junto à Arca da Aliança, a qual representava o Seu poder, com os sacerdotes sempre agindo de forma acertada, que o povo possa alegrar-se ali, e que o rei escolhido por Ele não seja rejeitado.

Uma oração como esta, com palavras justas, tão bem colocadas, inspiradas pelo Espírito Santo, na certeza de estar sendo feita perante o único Deus Verdadeiro, Deus de promessas feitas a Abraão, Isaque, Jacó e a Davi, seus servos, por si só já traz o conforto de saber que o Senhor, ali presente, ouviu cada petição.   Só isso já nos traz muita paz e segurança.

Que o Senhor ouça também o prezado leitor, nas suas orações, mas lembremos bem: melhor do que ter a paz oriunda da certeza de ser ouvido, é saber que Ele mora bem juntinho a nós.   Melhor do que orar a Ele, isto, sim, é ser contemplado com a Sua presença, sentir o Seu amor, e a Sua graça eterna.    E esta graça é muito bem representada pela Pessoa de Jesus, o Messias – e que a resposta às suas orações sejam o produto de uma profunda comunhão de convivência com Ele, assim como os frutos de uma árvore são o produto natural que se desenvolvem e são dados numa estação própria.

Cultivemos uma vida intimamente ligada com este amado Senhor e Salvador e nossas orações hão de ser como joias preciosas que se desprendem de nossas almas e chegam ao Trono de Deus como um aroma suave e agradável a Ele – e a resposta, Ele a dará no devido tempo.


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