DEUS É AMOR
Comentarios desactivados en DEUS É AMORfebrero 8, 2020 by Bortolato
Deus é paz, é justiça, mostra-Se como a beleza de uma amizade aberta, franca, doadora sem interesses escusos, que nos dá o calor durante os dias para vivermos, tanto para justos como para injustos, e as noites para descansarmos, Ele é a própria vida, a mais abundante, a qual a todos concede liberalmente. Ele é Aquele que desperta a alegria e o mais profundo prazer dentro dos Seus.
Como dimensionarmos o tamanho de Deus? Isto não é possível a nós, e a ninguém mais senão Ele mesmo. E quanto aos Seus poderes? As demonstrações que Ele tem deixado nesta Terra ainda testemunham a Seu favor pelos séculos e séculos. Se alguém puder contar o número exato de estrelas que existem no céu, ou o número de grãos de areia das praias deste mundo, então poderá dizer que sabe responder a esta pergunta. Ele foi quem criou tudo isso pelo poder de Sua palavra, quando disse: – “Haja…” – e tudo veio a existir!
E quanto à Sua sabedoria? E Seu conhecimento de tudo? Nossas limitações não nos permitem alcançar confortavelmente a ideia de que Ele sabe de todas as coisas, tanto as do presente, como as do passado, e o mais espantoso de tudo, é que Ele conhece o nosso futuro como a palma da Sua mão.
Misteriosa é também a Sua presença, que se faz sentir muito intensamente em algumas ocasiões, mas preferindo não fazer-Se sentir na maioria das vezes. Como pode Ele estar em vários lugares ao mesmo tempo? É difícil compreendermos, mas esta é a realidade, e Ele não necessita dar satisfações a quem queira.
Poderíamos nós, meros mortais, pois, definirmos exatamente quem é Ele? Isso jamais, mas entretanto não podemos deixar de fazer uma ideia a Seu respeito, pois afinal todo ser pensante pode fazê-lo – nunca o será com extrema exatidão, mas poderemos ordenar pensamentos de forma a tentar nos aproximar da profundidade da Pessoa que Ele é.
Como disse alguém nos passado: a Trindade Divina é um conceito tão intrigante, mas aceitá-lo enche os nossos corações da Sua paz.
E por quê? Porque a Sua bondade, Sua compaixão, e desejo de abençoar as Suas criaturas são imensos, e nunca deixaram de ser promulgados, apesar de que as pessoas deste mundo vivem a contestá-los, mal entendendo as regras do jogo, e a posição que cada ser criado ocupa individualmente.
Chegamos ao ponto inevitável a que chegariam os teólogos honestos para com Deus. Vemos que Ele é um ser muito grande, Todo-Poderoso, Onisciente, Onipresente, mas qual seria o atributo que mais excelentemente preencheria a Sua essência de ser? O amor.
Como nos deixou escrito o apóstolo João, Deus é amor. Mas isso não é tudo, há mais coisas a considerarmos.
Apenas dizermos que Ele é cheio de amor parece ser pouco para começarmos a procurar compreendê-Lo. Falar que Ele contém amor em Seu coração nos deixa uma lacuna, um campo vazio, sem definição, que nos move a querermos saber mais sobre este binômio: Deus e amor.
Foi Ele que criou o amor? Sim e não. Sim, nas pessoas, nos animais, nas aves, nos cetáceos, isto é intuitivo. Basta vermos como esses seres, de modo geral, tratam os seus filhotes, constroem ninhos, casas, abrigos para acolhê-los, e os alimentam com persistência até que esses seus pequenos seres possam viver independentes.
Não podemos, no entanto, dizer que Ele criou o Seu próprio amor. Ele é o Criador, e portanto nunca precisou de ser criado ou de “autocriar-Se” – isto seria um non sense, além de ser algo impossível.
Ele é a fonte desse amor mais profundo que existe. Ele não criou o amor dentro de Si, mas Ele simplesmente o manifesta, porque isto faz parte de Seu ser. Ele é assim, e assim faz questão de ser conhecido por quem busca conhecê-Lo.
Deus tem prazer em ser o baluarte do Amor, e não esconde isto. Ele faz questão de doar-Se a Si mesmo, doando amor a quem O queira. Isto é muito cativante e atrativo para os nossos corações.
Este fato nos remete a uma outra questão: será que Deus, na Sua eternidade do passado, viveu só, absolutamente, e, durante algum tempo, ainda que em um pequeno lapso, solitário? Impossível é que Ele tenha tido alguma crise de solidão ou tédio, pois Ele sabe muito bem como manter-Se equilibrado, e nunca “na fossa”. Se este Seu isolamento pudesse de fato acontecer, poderia ter acontecido sem problemas para Ele, mas ao aceitar esta hipótese arrojada, o nosso parco entendimento então comete um erro essencial sobre a Sua Pessoa. Ele é Amor, e o amor nunca teve início e nem terá fim. Ele nunca viveu nalguma época em que deixasse de doar-Se. Ele é o maior empreendedor do Universo, e de todos os tempos, e nunca precisou de tempo para pensar se criaria ou não os seres de Sua Criação.
Aliando os Seus dois atributos: amor e eternidade, nos de paramos com um grande mistério, que nos aparece como uma cortina de névoa, convidando a nos aventurarmos abri-la. Ao tentarmos adentrar ao véu desse mistério, nos deparamos com o seguinte fato: Uma vez que Ele é amor, logo, nunca houve tempo algum em que Ele deixasse de expressá-lo. A quem? Sempre houve alguém que foi alvo de Seu amor, sempre estendeu essa expressão a alguma de Suas criaturas.
Quê? Então chegamos à conclusão de que Ele nunca deixou de criar? Sim, porque Ele nunca deixou de amar. Vc acredita que o Universo é só aquilo que os astrônomos conseguiram captar com suas super lentes de aumento, e visto a partir do que os foguetes e cápsulas espaciais, os quais puderam capturar algumas imagens? E o que não puderam visualizar? Aquilo que eles conseguiram descobrir são apenas fotos de uma pequenina partícula da Criação do Senhor Criador. Grande Artista, projetista, desenhista, e construtor que Ele é.
Por uma questão de ordem prática, vamos deixar um pouco de lado essa questão que toca à Astronomia. Se lermos bem o primeiro capítulo do livro de Gênesis, poderemos notar uma expressão que se faz constante, logo após um período (em hebraico: YOM= um período indefinido de tempo, podendo ser um dia) da criação: da luz, dos astros, da flora e da fauna, o escritor sacro; Ele sempre expressou-Se assim: “E viu Deus que era bom!”
E quando Ele criou o homem, Ele disse: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31).
É notório que Deus criou os animais, e os olhou com amor, amando essa parte de Sua Criação. E, ainda desejando ir mais além, Ele criou também o homem, e ficou muito satisfeito, achou que tudo quanto fez era bom.
Já vamos à seguinte pergunta: E antes disso, o que existia, ou melhor, o que foi que Deus criara? Bem, o Liivro de Gênesis não trata deste assunto, mas a Bíblia nos deixa algumas pistas nos livros de Salmos, Evangelho de João, Colossenses e Apocalipse, como veremos adiante.
O fato é que o Deus de Amor nunca deixou de amar, e portanto, nunca deixou de criar, a fim de dedicar amor às Suas criaturas.
Apressamo-nos um pouco, e diremos que o número de anjos no Céu é crescente e tendente ao infinito. O apóstolo João, em Apocalipse 5:11, na simplicidade e limitação humana para compreender a real dimensão dos números, diz apenas que ele viu e ouviu a voz de MUITOS anjos ao redor do Trono de Deus: milhões de milhões e milhares de milhares… Foi o quanto ele pôde compreender até onde a sua visão pôde alcançar, mas com toda certeza havia bem mais do que ele calculou, pois esta é uma estatística humanamente impraticável.
Este tema é realmente intrigante, mas, ao mesmo tempo, apaixonante. Parece e é muito misterioso, insondável, mas isto não significa que não possamos nos aventurar a estudá-lo a fundo.
Vamos à questão seguinte: se os anjos são em número sempre crescente, incontável, e tendente ao infinito, isto parece sugerir que tais seres sempre foram criados, não? A resposta a esta pergunta fica na pendência de sabermos se houve ou não algum outro tipo de criatura, que não os anjos, a quem Deus criara antes destes. Esta pendência não está ao nosso alcance sabermos, se houve ou não algum outro tipo de ser, material ou espiritual, ou constituído de qualquer outro tipo de estrutura, mas o que podemos saber com certeza é que bem antes da criação dos anjos já existia alguém, a quem o Pai chamou de Filho. Quem é Este? Jesus, o Cristo.
É muito importante sabermos quem é Jesus, que neste cenário da Criação, desponta como alguém que lança luz a esse mistério da eterna Criação de Deus.
O apóstolo Paulo em Colossenses 1:15 a 18 ousou intitular a Cristo como o “Primogênito de toda a Criação”, revelando que em Jesus foram criadas todas as coisas – tanto nos céus como sobre toda a Terra, visíveis e invisíveis… e mais ainda: que tudo foi criado por meio dEle e para Ele.
Aí vemos um detalhe que nos chama a atenção: Cristo é o Primogênito de toda a Criação. Esta palavra grega, prototokos não necessariamente significa “o primeiro gerado”, pois pode denotar apenas “o Único anterior à Criação” – logo, Jesus é afirmado ser fora da Criação; isto então fica claro, pois que Jesus é o autor da Criação, e o Criador não poderia criar-Se a Si mesmo, isto é, chamar-se à existência para criar a si mesmo. Isto seria um erro lógico, como se Adão pudesse ter sido o seu próprio Criador, sem que Deus o tivesse feito.
Para elucidarmos melhor este enfoque, vamos ao Evangelho de João, capítulo primeiro, verso 18, onde Cristo é chamado de “o Deus Unigênito”. A palavra grega aqui é monogenes, que é sinônimo da palavra “amado”, ou também “único filho”, sem querer dizer “gerado”, pois que Deus jamais foi gerado, sendo Ele mesmo o único Criador.
Que Cristo é o Criador, isto é ponto pacífico entre Paulo e João (conforme temos visto em Col. 1.16 e João 1:10), e Paulo ainda reforça: “Ele é antes de todas as coisas. Nele tudo subsiste(Col.1:17) e Hebreus 1:2 o confirma.
O mistério se aprofunda então quando o autor de Hebreus faz uma rápida comparação entre Cristo e os anjos, revelando a divindade do Filho de Deus. Mas a questão se complica quando o escritor sacro escreve:
Pois a qual dos anjos disse jamais:
-
“Tu és meu Filho, eu hoje te gerei” (Hebreus 1:5).
Temos, contudo, que considerar que Jesus foi gerado uma vez no ventre de Maria, mesmo sendo Ele pré-existente à Sua vinda a este mundo, nascendo como um ser humano comum. E de outra feita, o Filho de Deus foi novamente gerado quando da Sua ressurreição dos mortos – o que não compromete em absoluto o fato de Ele ser anterior ao Seu primeiro advento a este mundo.
A problemática agora se move para uma conclusão um pouco escondida aos olhos de muitos.
Uma vez que Deus é eterno, e que Ele é amor, e portanto nunca deixou de amar e estender Seu amor a Suas criaturas, e Cristo, sendo o Seu “Filho Único” é amado, somado ao fato que Ele é o Criador do Céu e da Terra e tudo o mais, então torna-se obrigatória a conclusão de que Jesus sempre coexistiu junto ao Pai.
Jesus se referia ao Pai como “Aquele que Me enviou”, mas Ele sempre foi procedente do Pai, assim como o Espírito Santo é procedente de Jesus (João 16:13 a 15).
Uma das menções de Jesus que mais nos fala de Sua eternidade é a de João 8:24, 28, conf. 6:57. É quando Jesus arroga a Si o nome dado a Moisés – EU SOU. Sim, pois este nome EU SOU tem um significado implícito de eternidade. Foi o nome com que Deus apresentou-se a Moisés, em um momento intimamente particular, pela primeira vez na História deste mundo.
Nomes de pessoas muitas vezes são significativos. Basta vermos os nomes que Jacó deu aos seus doze filhos, cada um deles recebendo um “carimbo” que retratava circunstâncias nas respectivas datas dos nascimentos – suas duas esposas que o digam!
No caso de Deus,o nome por Ele fornecido desde a sarça ardente no Monte Sinai não poderia ser sem um significado todo especial, porque Deus é Deus. Ele é verdade, e Seu nome o denota.
A palavra Deus aponta para o ser superior, espiritual, invisível na maior parte das vezes em que Ele atua. Elohim, em hebraico era o nome usado para referir-se a Ele antes daquele dia de Moisés encontrá-Lo no Monte Sinai, mas o nome Elohim possui uma ambiguidade que Ele nunca aceitou e nem aceitará, pois que tal título era também concomitantemente usado para referir-se a outros deuses.
Quando o Deus único e verdadeiro quis apresentar-Se a Moisés, e depois também aos filhos de Israel, Ele mostrou uma faceta maravilhosa, embutida no termo EU SOU.
O Senhor disse a Moisés:
-
“EU SOU o que SOU” (Êxodo 3:14)
A palavra traduzida como “EU SOU” no hebraico é o verbete EYEH, conjugado na primeira pessoa do singular do Imperfeito do verbo HAYAH, que literalmente significa “tornar-se”. É bem a propósito que Ele tenha usado esse tempo verbal, o qual é indefinido, expressando assim os seguintes sentidos: “EU ERA”, “EU ESTOU SENDO”, ou “EU SEREI”.
Temos de considerar que uma língua como a hebraica tem suas limitações para uma completa expressão daquilo que Deus quis expressar. Temos que dar este desconto para o vernáculo hebraico, e levar em conta que a natureza de Deus é mais significativa do que uma mera linguagem humana pode traduzir.
O que, pois, Ele quis dizer com este Seu nome? É no mínimo intuitivo: que Ele é Aquele que era, que é, e que será para todo o sempre. Aquele que vive eternamente, como sempre viveu, vive e nunca deixará de existir. Na verdade, o único Deus que pode requerer para Si tal predicado.
Não são assim os anjos, por mais antigos que estes sejam, como é o caso do Arcanjo Miguel, que se apresentou a Daniel (Dan. 10:13, 21 e Judas 9), pois a própria palavra já diz que arcanjos são anjos especiais, de alta posiçao diante de Deus, termo que vem do grego archangelos, palavra composta por aglutinação de archon (=chefe), adicionada de angelos (=anjo, mensageiro) – donde se entende que são anjos de alta patente no Reino de Deus, que também são muito antigos em Sua presença. Por mais antigo que seja Miguel, ele não é anterior a Jesus, o Cristo.
Agora, mediante estes elementos aqui expostos, podemos ter uma ideia mais aproximada da Pessoa de Cristo.
Esses anjos e arcanjos estão submissos a Cristo, não somente por questão de hierarquia, mas também por ser-lhes Jesus anterior, primeiro no tempo, antes de todos eles, conforme nos diz João 1:2, 3, que nos atesta que Jesus é, além disso, o seu Criador.
Isto parece um tanto bombástico para quem ainda não acordou para o fato de que Jesus é muito, muitíssimo mais destacado, diferenciado, e exaltado do que todos os anjos e arcanjos, sendo de uma especialíssima condição, segredada em mistério por séculos e séculos.
Dirão alguns: – quando então Cristo passou a existir? Uma resposta com o devido rigor dirá que Ele não “passou a existir”, porque sempre existiu. Ele aplicou a Si mesmo o título de “EU SOU” por várias vezes, na mesma forma verbal com que o Pai referiu-Se a Si no Monte Sinai. Foi quase apedrejado por isso, porque esse termo realmente é divino e não cabe absolutamente a qualquer outro ser senão somente a Deus (João 8:58-59), e os judeus não O compreenderam.
Isto parece uma loucura, afirmar possuir tal atributo, mas para Jesus não é! Um louco que queira proferir tais palavras não faria os milagres que Jesus fez para comprovar o seu poder, nem proferiria sermões proféticos que se cumpririam na íntegra, revelando até a forma com que Ele mesmo morreria, e depois de morto, ainda ressuscitaria, aparecendo a muitas pessoas, conversando com estas por vários dias, e até comendo peixe na brasa depois de ressurreto, com seus discípulos à beira mar. Além, disso, foi visto ser assunto ao Céu por quase quinhentas pessoas (Atos 1:9; I Coríntios 15:6). A qual dos profetas poderíamos comparar Jesus? Ele é superior também a Moisés e aos sumos sacerdotes do Velho Testamento (conforme Hebreus capítulos 3 e 4).
Um iminentemente louco não faria coisas tão grandiosas ao ponto de lograr ganhar o mundo depois de morrer, e tendo exercido um curto ministério, de apenas três anos. Ele foi o único que dividiu a História Universal em dois tempos: antes dEle e depois.
Logo, Cristo sempre amou a Sua Criação, e a cada criatura individualmente. Todo o poder Lhe foi dado no Céu e na Terra (Mateus 28:18), e Ele também é Juiz do Universo.
Cristo sempre nos amou. Ele sempre, desde antes da fundação do mundo (I Pedro 1:19, 20) já nos conhecia, e hoje também continua a nos amar, e muito.
Por isso mesmo é que o Pai, e Ele, juntamente com o Espírito Santo, planejaram a Sua vinda para lograr derramar o Seu sangue em nosso favor – em meu e em favor do leitor que agora lê estas palavras.
Não sei se o nobre leitor um dia chegou a pensar: – quem sou eu, que embora tendo nascido no nível de pecador, e tendo consumado o pecado em minha vida, teria recebido o favor todo especial de ser substituído por um REI…, que morreu em uma cruz em meu lugar? E isto Jesus fez mesmo antes que eu nascesse???
E ainda: quem sou eu, para que pudesse receber tal favor, através do qual o próprio Deus teria nascido em carne, só para me salvar da perdição da morte eterna?
Como poderia eu merecer tamanha bênção de Deus? Mas não poderia ser jamais através de minhas virtudes espirituais. Como é que Ele chegou a tanto? Este amor é até um tanto incompreensível para nós, os mortais.
Para ilustrar e melhor elucidar este ponto, passo a contar uma experiência que tive quando de certa feita participei de um culto com casais que desejavam ter um encontro com Cristo e renovarem suas alianças matrimoniais.
Em certo momento, foram lançadas muitas pétalas de rosas sobre nossas cabeças, ao ponto destas pontilharem, forrando o chão do recinto com aquele tom vermelho que é próprio da flor. Isto às vezes acontece por ocasião de alguns casamentos.
Cansado que estava, e não encontrando um lugar mais apropriado para me sentar, sentei-me naquele chão, sobre aquelas lindas pétalas vermelhas.
Minha esposa, muito espirituosa e carinhosa, tomou nas mãos uma porção daquelas pétalas e me surpreendeu, lançando-as sobre a minha cabeça. Foi um momento alegre, descontraído e de muito amor, que tocou em meu coração, de modo a lembrar-me que fiquei muito feliz.
Ao ver que pétalas de rosas eram atiradas sobre minha cabeça, fazendo a alegria de quem pôde ver aquela cena, uma pequenina filha de um casal amigo, que tinha naquele tempo seus três a quatro anos de idade, quis participar da brincadeira, e ela também começou a lançar pétalas sobre mim, para maior alegria ainda daquele momento. Lançava uma porção de pétalas, e ria-se, repetindo aquilo por várias vezes.
Muitos casais gostam também de forrar o chão do quarto de núpcias com pétalas de flores, dando um clima de alegre honra e descontração para aquele momento tão especial para suas vidas, marcando especialmente o recinto do seu leito nupcial. E o chão fica todo pontilhado do vermelho das flores. É apenas um detalhe emblemático do amor que une aquelas duas vidas.
Pois Cristo também pontilhou o chão de Jerusalém com o Seu precioso sangue, ao ser açoitado pelos soldados romanos, ao receber aquela coroa de espinhos sobre a Sua cabeça, e foi derramando aquele Seu sangue, tingindo de vermelho partes de todo aquele caminho da Via Dolorosa, até chegar no monte Calvário, e lá os cravos da cruz também fizeram jorrar mais do Seu precioso sangue, que caiu até o chão, tingindo aquele madeiro e pontilhando ainda mais aquele chão que presenciou a Sua morte.
Alguém quer mais prova do amor de Deus? Pois Ele fez isto em nosso lugar, para expiar as nossas culpas de pecados e transgressões contra o Deus Vivo, contra o Justo Juiz do Universo. Cada gota do Seu sangue clamava de sobre a terra: “Eu fiz isto por Vc. Siga-me”.
Imagine-se agora naquela ocasião, presenciando aquele rastro de gotas de sangue, do sangue mais puro e poderoso para nos lavar e purificar de todo pecado e de todas as coisas que nos separam da Presença e das bênçãos de Deus. Como em um casamento, Ele forrou o chão com gotas de Seu sangue, para nos atrair a Si, para que O amássemos, aceitássemos o Seu sacrifício, e nos convertêssemos a Ele sem mais barreiras ou reservas – para entrar em uma indissolúvel Aliança de sangue conosco.
Sabe, uma gota do sangue de Jesus seria o suficiente para lavar completamente as almas deste mundo pecador, mas Ele deixou espalhar as suas pétalas de Seu sangue, gota por gota, forrando aquele chão, atraindo-nos a Si, ensejando alcançar os nossos corações.
Sente-se horrorizado com a cena, porque não suporta ver sangue? Talvez porque o sangue não tem o perfume das rosas? Mas se V pudesse estar ali, ainda que oportunamente ali tivesse aparecido, mesmo como se fosse um paraquedista que desceu do céu, teria sentido um perfume muito especial, aquele que Maria, irmã de Lázaro, em Betânia, derramou em Seus pés, poucos dias antes – e assim, o cenário do amor de Deus foi montado e assim foi que se mostrou a quem ali o pôde ver.
Sentiu o suave odor? É o realce do amor de Deus dizendo: “Eu fiz isso por Você, porque te amo!
O Meu sangue, naquele dia pôde ser visto desde a Fortaleza Antonia, onde fui chicoteado até não poder mais resistir em pé, até aquele Monte Calvário. Aquelas gotas pontilharam o chão, marcando-o com o Meu desejo de ver-te com o coração quebrantado, sem mais resistências ou restrições, pronto a deixar-se converter de uma vida vazia para uma vida cheia da Minha plenitude, alegre, leve, limpa de pecados, pura e pronta para ser mais um filho do Deus Vivo, um futuro cidadão do Reino do Céu. Eu não ficaria satisfeito se não o pudesse fazê-lo para o seu proveito eterno”.
Está pronto para isso tudo? Então vamos lá ter com Ele. A caminhada é longa, cheia de pedregulhos, mas quando olharmos para trás, veremos as marcas do sangue de Jesus tingindo a via Dolorosa, e a Sua presença sempre nos trará um perfume delicioso, como nenhum outro, para nos dar a certeza de que estamos fazendo a coisa certa.
Experimente, e V nunca mais desejará dispensar o doce Companheiro de viagem rumo à Cidade Celestial.
Abraços. Esperamos por V. lá.
Category BÍBLIA, Evangelho, Meditações | Tags: anjos, astros, atributos divinos, Espírito Santo, filho, Jesus, Moisés, pai, poder, profetas
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