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ESDRAS – IV – O PRÊMIO DA PERSISTÊNCIA NA FÉ

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enero 27, 2020 by Bortolato

Esdras capítulos 5 e 6

Quem não pelejou um dia para se ver livre de intrigas da oposição? Já se perguntou por quê?

Por que aquelas coisas indesejáveis me vieram a surpreender em meu caminho? Por que eu?

Ah, se não fossem certos detalhes terem acontecido em minha vida…

Ah, se pelo menos um pequeno detalhe não me tivesse surgido…

E por aí a fora vêm os lamentos e mais lamentos. Deixando-se evoluir esse tipo de negativismo, as pessoas geralmente começam a lançar a culpa sobre as mãos de Deus… sobre Deus mesmo, que de longa data fora menosprezado, e então afastou-Se dos pecadores impenitentes… e agora estes querem atribuir-Lhe a culpa sobre toda essa situação. Talvez por ser mais fácil eximir-se da culpa, lançando-a sobre outrem, e salve-se quem puder…

Para sermos práticos, vamos diretamente ao problema criado, e então à pergunta: Como poderia ser diferente? Haveria ainda esta possibilidade? Em outras palavras, será que ainda poderemos reverter esse processo clínico?

Cada caso é um caso, e para cada cabeça, uma sentença, mas haveria ainda um ponto a ser explorado nesta conjuntura: a perseverança! Esta qualidade pessoal é aquela que encontra atalhos, vielas e picadas onde tudo o mais fez desaparecer a esperança, e vinga onde muitos fracassaram.

Foi o caso que aconteceu com os judeus que, entre os anos 536 a 520 a.C., tinham voltado do cativeiro babilônico para reconstruírem o Templo em Jerusalém. Eles foram acossados pelos samaritanos (mistura genética do povo israelita com outros povos), que queriam passar-lhes uma mistura de religiões estranhas, e, como não o lograssem, passaram a agir como os verdadeiros inimigos de Israel que eram e assim o fizeram.

Os judeus foram muito pressionados por opositores com a finalidade de fazê-los desanimarem-se ao ponto de pararem com a edificação da Casa de Deus.

Com tanta gente ao redor torcendo para que não desse certo esse objetivo para o qual o próprio rei Ciro II os havia enviado à terra de Judá, os judeus, com certeza aborrecidos, voltaram-se para construírem suas próprias casas, como que para ganharem tempo e, enquanto isso, deixando de lado a construção do Templo do Senhor Yaweh. E isso perdurou por alguns anos a fio, até que houve uma intervenção do Céu no caso.

O profeta Ageu retrata muito bem aquilo que estava acontecendo. Os judeus deixaram de edificar a Casa do Senhor e passaram a usar o seu tempo para fazerem as suas casas, e aprimorarem no seu conforto e acabamento. Nada contra quererem morar bem em seus lares, mas acontece que com isto, inverteram a ordem espiritual de suas vidas. Quando a Casas do Senhor não são colocadas como prioridade, também as bênçãos de Deus deixam de ser derramadas na medida devida.

A Casa do Senhor é o lugar onde os fieis se encontram para louvá-Lo, adorá-Lo, esquecerem de suas lutas e problemas, receberem as orações que confortam, consolam e aliviam sofrimentos. Quando isso não acontece, tudo começa a perder o equilíbrio, e apontar para baixo.

No ano 520 A.C. Ageu recebeu a palavra do Senhor, e não a reprimiu. Esta foi endereçada ao líder do povo, Zorobabel, a fim de que este, juntamente com o seu povo, pudesse fazer uma reflexão a respeito dos acontecimentos que os estavam acometendo.

A Casa de Deus ainda não estava em ponto de poder ser utilizada para os fins a que esta deveria estar, em pleno funcionamento, sem quaisquer obstáculos, e consequentemente, estava vazia, e deserta. As obras haviam sido paralisadas.

Aos olhos daquele povo, eles se viam certos, dizendo uns aos outros que não havia ainda chegado o tempo da edificação da Casa de Deus. Olhavam para os inimigos ao redor, para as suas ameaças, para as dificuldades que vinham enfrentando desde o seu retorno do cativeiro, enfrentando todo aquele cenário de destruição em que estavam as suas cidades, viam que o Templo de Salomão era bem mais vistoso do que o que eles poderiam fazer naquele momento e viam milhares de dificuldades para prosseguirem para o alvo principal de uma nação santa: a Casa de Deus, que deveria ser-lhes o ponto central de suas comunidades, um estigma que retratava a santidade do Senhor, motivo para sua fervente adoração.

Impulsionado pelas palavras de Deus, Zorobabel, juntamente com o sumo sacerdote Josué, e outros servos de Deus, recomeçaram a trabalhar com ardor a fim de terminarem a reconstrução do Templo. Reconheceram seu erro de estratégia, e corrigiram-no, e o povo os acompanhou dentro do mesmo espírito.

Ao reiniciarem as obras de lançamento de pedras fundamentais e reedificação do Templo, logo vieram os olhares dos inimigos, e logo, quais verdadeiros pombos-correios, foram informar as autoridades locais.

Os mexericos chegaram aos ouvidos do governador responsável pelo território que vinha desde o rio Eufrates para o sul e chegava até as terras de Judá, um homem chamado Tatenai.

Ao ouvir aquelas palavras maldosas contra os judeus, ele foi depressa, com sua comitiva, até Jerusalém para inquirir quem foi que autorizou tal reedificação, tanto do Templo como dos muros. Tomaram nota dos nomes dos que estavam trabalhando nessa obra, com a finalidade até de incriminar possíveis revoltosos. Eles pareciam procurar uma rebelião, mesmo onde não havia tal espírito, ao ponto de estigmatizar e incriminar até aos inocentes.

Contudo, ao ouvirem as palavras dos judeus, souberam que, apesar dos judeus haverem sido pecadores obstinados no passado, eles estavam ali debaixo não somente de uma permissão, mas também de uma ordem dada pelo rei Ciro, da Pérsia, que reinou sobre o território dantes sujeitos ao poder da Babilônia, de 539 a 530 A.C.

Na época era Dario I quem estava no trono do império persa (que reinou desde 522 a 486 A.C.), tendo sucedido a Cambises (530-522 AC.) e Gaumata (522 A.C.).

Tendo ficado ciente das alegações dos judeus, Tatenai, como um governador consciente de sua submissão ao trono persa, ainda teve o bom senso de não paralisar as obras antes de saber da veracidade do que lhe havia sido dito. Providência da misericórdia divina. Escreveu, pois, uma carta ao rei Dario, descrevendo toda a situação encontrada, até cogitando dúvidas sobre as afirmações dos judeus de que teria de fato havido um decreto da parte do rei Ciro, no qual teria havido não somente uma autorização , como também uma ordem para que fossem entregues de volta os utensílios que do antigo Templo foram tomados como despojo pelos babilônios, e ainda que se lhes dessem recursos para a reconstrução.

Tatenai sugeriu, em sua missiva, que se dessem buscas nos arquivos reais da Babilônia, a fim de se apurar a verdade sobre o caso. O resultado foi aquele esperado. Muito embora as buscas tivessem-se estendido a todos os recantos mais importantes do reino, em Acmeta, no palácio que se localizava na província da Média, acharam um rolo onde o decreto de Ciro estava ali, escrito na íntegra.

Tatenai então recebeu ordens de Dario que, além de permitir a reconstrução do Templo, que ninguém a impedisse. Além disso, que se lhes fornecessem carneiros, , bezerros, e cordeiros, vinho, trigo e azeite, para os sacerdotes poderem oferecer os sacrifícios estipulados pela Torah. Se alguém quisesse oferecer obstáculos à edificação da Casa de Yaweh, seria arrancado um madeiro de sua casa, que lhe serviria de forca, e a sua casa se tornaria em monturo.

Assim foi prosseguindo a construção, até que no mês de Adar, do ano 516 A.C., tudo já estava pronto. No mês seguinte, que seria o de Abibe (ou: Nissan), com muita alegria os judeus puderam comemorar como se devia a sua primeira Páscoa após o retorno do cativeiro. Celebraram a festa dos pães asmos por sete dias, com muita gratidão a Deus, pela Sua bondosa mão de poder ter sido estendida a eles, dando-lhes graça perante os reis persas.

Os profetas Ageu e Zacarias, com sua preciosa ajuda, movidos por Deus, incentivaram grandemente aos judeus nesse período. Ainda debaixo de perseguição, suas palavras sempre foram uma força para que a obra de Deus não fosse relegada a um segundo plano, e assim eles venceram a toda oposição.

Várias cartas foram escritas aos imperadores persas sucessivamente, tentando barrar o objetivo dos judeus em sua própria terra, mas ao final todas, ao serem apreciadas, não mereciam o crédito que os inimigos de Israel queriam que lhes fosse dado.

Sabe por que muitos esmorecem e sucumbem no meio do caminho? Porque não perseveraram suficientemente. Falta-lhes a fé no sucesso, na vitória. Olham muito para os obstáculos, valorizando-os e subestimando as possibilidades que Deus nos faculta a procurarmos.

Todo dia primeiro de cada ano, em São Paulo, Brasil, atualmente acontece a famosa Corrida de São Silvestre. São muitos mesmo os que participam da largada, mas pouquíssimos os que a levam até a fita da chegada. É até interessante notar: poucos são os que caem, ou se acidentam de forma a não poderem mais continuar, mas a maioria dos concorrentes desistem por sua livre vontade, e param no meio do caminho. Voltam-se para suas rotinas de cada dia, como se nada do que fizessem pudesse mudar alguma coisa.

A nossa vida aqui não é diferente: parece ser uma pista de atletismo onde muitos correm, e também são muitos os que desistem, pois que já contavam com o insucesso antes mesmo de começarem a correr, e isto significa que somente aqueles poucos que perseveram até o fim, apenas estes são os que poderão ganhar algum prêmio.

A lição que fica é que não devemos nos impressionar com os números da concorrência. Sua grande maioria ficará para trás, e não chegará ao fim almejado. Se muitos são os que concorrem, isto tem que nos mover a nos prepararmos bem tempo antes de enfrentarmos a prova.

Ainda estamos em tempo de preparação. Persevere até o fim, na senda que Deus lhe preparou, e quando chegar a hora, receberá os louros da vitória..

Disse Jesus: “ Eu sou o Caminho, a Verdade e a Vida… ninguém vem ao Pai senão por mim.”(João 14:6)

Vamos correr ao Seu lado, Ele hoje está nos convidando. Haverá muita alegria no fim desta nossa jornada, se nos apressarmos para estar ao Seu lado sempre, até o fim.

Tudo depende da decisão de cada um de nós. Que a nossa decisão seja eternamente perseverante, e a eternidade com Cristo então estará a nossa espera.

Comece hoje mesmo a preparar-se. Comece pelo começo. Todos que estão nesse caminho, um dia tiveram de iniciar como um aprendiz. Não poderemos ser ases nessa carreira, se não tivermos a humildade de assumirmos que somos iniciantes. A maneira mais apropriada para iniciarmos, será orando a Deus, em nome do Senhor Jesus Cristo, confessando-Lhe os pecados cometidos, pedindo-Lhe a Sua misericórdia e o Seu perdão. Vc ficará surpreso ao ver o quanto Ele é maravilhoso.

Não pense, porém, que tudo correrá às mil maravilhas, um mar de rosas em seu caminho. Muitos não lhe entenderão, procurarão desanimá-lo e até zombarão de Vc, mas não se deixe abater por isso, pois quem tem o alvo de seguir a Cristo, de fato terá que enfrentar muitas barreiras. Diríamos que essa prova é de “X” metros indefinidos, com barreiras até o fim, e somente os perseverantes poderão cruzar a linha da chegada.

Não olhe para as estatísticas, pois larga é a porta e o caminho que conduz à perdição, e são muitos os que entram por ela. Não seja como a multidão dos que desanimam.

Seja Vc um dos vencedores. Jesus lhe espera com a coroa da vida em suas mãos .

Vamos a Ele.


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