SALMOS – LXI – ROCHA, REFÚGIO, TORRE E ASAS DE DEUS
Comentarios desactivados en SALMOS – LXI – ROCHA, REFÚGIO, TORRE E ASAS DE DEUSenero 3, 2022 by Bortolato
Salmo 61
Quer ter a segurança inabalável da rocha, ter um alto refúgio, como em uma torre forte, e poder andar debaixo da proteção das asas de Deus? Não acha que isto possa ser plenamente possível? Ah, as incertezas e riscos deste mundo realmente não nos trazem muita tranquilidade, mas alegre-se, pois estas palavras não são utopia, quando as buscamos da Pessoa certa. Não através de professores da rede de aprendizado escolar, nem dos seus pares universitários. Às vezes nem mesmo os nossos mais achegados amigos, pais, parentes, líderes políticos ou religiosos as podem transmitir de modo a nos trazer paz – mas há Alguém muito especial que lhe pode oferecê-las de modo completo.
Rocha, refúgio, torre forte e asas são figuras de linguagem que nos são apresentadas no texto do Salmo 61, que Davi escreveu. Se lermos com atenção este Salmo, veremos que o próprio rei Davi as buscava com muito ardor – e também como ele pôde acrescentar essas virtudes dentro de seu coração.
Este Salmo é todo uma oração a Deus, na qual o salmista reconhece a necessidade de encontrar-se com Aquele que tem toda defesa contra ataques de inimigos.
Circunstâncias diversas chegaram para abater o coração do homem de Deus. Estas também nos cercam constantemente nesta vida cheia de momentos de altos e baixos.
Davi reinou sobre Jerusalém por 33 anos, e em dado momento, buscou a Arca da Aliança, aquele baú sagrado que firme, mas caladamente embutia a mensagem de que a presença divina estava ali, junto a si, dentro daquele Tabernáculo, anunciando ao povo que Deus habitava naquele espaço, fazendo assim Sua morada junto a homens nesta Terra.
O Tabernáculo da Aliança estava ali, instalado dentro das muralhas de Jerusalém. Esta cidade foi a “anfitriã” da presença de Deus por algum tempo, na época do Antigo Testamento. Cercada de muralhas, parecia defender a Casa de Deus, e a Sua Arca, que foi, naquela ocasião uma Tenda toda especial.
Davi, porém, não via nas muralhas uma fonte plenamente confiável de segurança contra invasões. Aqueles muros apenas refletiram a verdadeira força que residia ali, pois afinal quem defendia aquelas edificações, ele bem o sabia, era o Senhor, que com Seu poder manteve-as de pé durante o reinado de Davi e por bom tempo também pelos reinados de seus sucessores.
O salmista captou muito bem esta impressão dentro de seu coração. Muralhas podem impedir a invasão de indivíduos e pequenas hordas de malfeitores, mas a lógica nos diz que não poderiam repelir um exército poderoso, bem armado bélica e estrategicamente.
Quem defenderia o povo de Jerusalém contra numerosos povos inimigos? Davi tinha a resposta.
Em II Samuel, capítulo 7º, nos diz que aquele rei já havia logrado construir o seu palácio, e a Arca de Deus já havia sido trazida para dentro daquela cidade murada, depositada dentro do Lugar Santo, recinto sagrado dentro daquela Tenda, e esta havia sido erguida seguindo os conformes para agradar ao Senhor dos Exércitos. Ali os sacerdotes tinham acesso para se encontrarem com o Senhor que os havia livrado dos cativeiros egípcio, de Faraó (Êxodo caps. 3 a 15), e depois também dos mesopotâmios (Juízes 3:12-14), cananitas (Juízes 4 e 5), midianitas (Juízes 6 a 7), filisteus (Juízes 10 e 11), e nos dias de Davi todos esses povos se ergueram contra Israel com muita fúria e muita força.
As investidas dos inimigos de Israel eram incessantes, impiedosas e selvagens. Quando aquelas nações vizinhas presumiam-se cheios de poder de apossarem-se de divisas para imporem seu domínio sobre outras, era como a vinda do inferno a humilhar, oprimir, maltratar e destruir. Seus soldados eram como verdadeiros demônios, quando atacavam de posse de suas armas bélicas.
Davi sentiu-se uma ilha, cercado de demônios por todos os lados. Olhasse para o poderio militar dos adversários, e era de desesperar da vida. Não podemos dizer que, apesar de que Israel, sob a tutela do rei Davi, era revestido do poder de Deus, isto fosse o suficiente para não se sentirem abalados por vezes, devido às constantes ameaças que se levantavam.
Davi sabia que tinha o grande reforço vindo do Céu nessas ocasiões aflitivas, e por isso jamais desistia de levar a Deus suas orações, e o fazia com muita insistência.
Em meio a tantas lutas ele acordava pelas manhãs, e em um ato de fé iniciava o seu dia louvando ao Senhor, o que repetia várias vezes no transcorrer das horas (Salmo 119:164).
Conforme Davi ia louvando a Deus, o Espírito Santo se aproximava dele e confortava o seu coração. Isto acontecia muitas vezes, quando ele se achegava diante do Tabernáculo do Senhor, ali mesmo, perto do seu palácio real (Salmo 55:16, 17; 60:6; 61;4). Aquele caminho desde sua casa até a Casa de Deus lhe foi muitas vezes esplendidamente inspirador, enchendo de expectativas otimistas o seu coração.
Aflitos, oprimidos, e ameaçados pelo mal, escolham este caminho, o da Casa de Deus, para ali colocarem os seus fardos de angústias da alma.
De tanto ser abençoado ao percorrer esse caminho, Davi via que os sacerdotes de Yaweh, cada vez que podiam entrar no Lugar Santo, na presença daquela Arca do Concerto, aqueles homens saíam dali com seus rostos transformados, com um brilho muito lindo e contagiante em seus olhares. Era o resultado de haverem estado na presença do Altíssimo, muito embora não pudessem tê-Lo visto com os olhos da carne. Os olhos do espírito lhes permitiam sentir toda a diferença que esses encontros lhes produzia, trazendo inúmeros benefícios para todo o povo.
Davi queria muito, lá no fundo de seu íntimo, também fazer aquilo que os sacerdotes levitas faziam naquela maravilhosa tarefa de sua exclusividade, desenvolvida dentro daquela Tenda, no Lugar Santo, uma vez ao ano. Contudo, ele também sabia que o importante era que aqueles sacerdotes a executassem com o máximo zelo e amor, e isto lhe bastava, pois que assim fazendo, trariam enormes bênçãos espirituais que naqueles poucos instantes seriam de de pronto distribuídas por toda a terra de Israel, em termos de perdão, renovação, alegrias, reforma, reconstrução, prosperidade, e muitas outras coisas.
Davi os olhava com admiração, valorizando amplamente o trabalho que aqueles levitas faziam. Quem dera ele pudesse também fazê-lo, mas não era aquele o ofício que o Senhor lhe havia destinado. Aliás, o ministério de Davi também era sui generis: poeta, músico, compositor, guerreiro, rei, pai de família, pastor de Israel… tudo isso já de longe lhe bastava. Que poderia ele querer mais?
Uma coisa, entretanto, os sacerdotes levitas podiam fazer, que deixava Davi muito desejoso de poder compartilhar daquela posição tão privilegiada: eles podiam encontrar-se com Deus ali, no Santo dos Santos, sentir a Sua maravilhosa presença, adorá-Lo e falar com Ele, gozando da maior das alegrias nesta Terra, o que ainda nada mais era senão uma mera amostra grátis das alegrias que os santos terão ao entrar na Santa presença, no Tabernáculo Eterno. A vontade de estar ali, no lugar onde Deus comprometidamente se manifestava com regularidade, ano após ano, era de encher-lhe o coração.
Não era apenas por ser um lugar físico, pois sabemos que Deus amaldiçoou a Terra toda por causa do pecado (Gênesis 3:17). O que de fato atraía e muito ao rei Davi era ter aquele momento coloquial e ao mesmo tempo tão santo, de encontro com o Senhor Deus, o Criador, o grande EU SOU, Yaweh dos Exércitos, o Único Deus verdadeiro, seu Protetor e abençoador. Davi sabia que Yaweh era o verdadeiro Rei de Israel, e ele, filho de Jessé, era apenas um corregente humano, em exercício de um mandato temporário, no qual ele fora escolhido apenas como um procurador do Rei dos Céus. Esse sublime encontro anual no Lugar Santíssimo lhe aparentava ser muito gostoso, causa da maior alegria, excitante ao espírito, indescritível, maravilha das maravilhas, pois Davi realmente sabia que somente o Senhor Yaweh teria o condão de proporcionar tão magníficas experiências. Era literalmente coisa do outro mundo, e sem exagero. Era como um saltar deste mundo para o delicioso Tabernáculo do Céu, pelo menos por alguns minutos, que sempre deixava o adorador com muita sede de “quero mais”.
Deus, Yaweh, era para Davi o bálsamo que curaria sempre a sua alma, lavá-la-ia, levando embora todo o medo, aflição e abatimento.
Davi o chamava de “Rocha alta demais”, ou seja, lugar onde os inimigos não conseguem acessar. Isto lhe dava um sentimento de total segurança.
Outro qualificativo dava para Yaweh: “Refúgio e Torre Forte”.
As Torres de Jerusalém eram erguidas em lugares estratégicos, de forma especial, a fim de reforçar as defesas, para que estas não ficassem vulneráveis. Aqueles que nelas se posicionavam, eram protegidos, pois as setas inimigas eram rechaçadas pela série dos escudos que as cobriam nas suas janelas dispostas de forma segura e oportuna.
“Assista eu no Teu Tabernáculo para sempre; no esconderijo das Tuas asas me abrigo.” (Sl. 61:4)
Ah, essas asas do Senhor! Foi nestas que o povo que saiu do Egito montou e voou com Deus para o deserto, abandonando a escravidão para uma vida livre juntamente com Ele.
Davi assim vai-se inspirando, vai escrevendo as palavras deste Salmo 61, e o seu espírito vai voando e se deliciando na companhia santa do seu Senhor.
Ao chegar já bem perto do Tabernáculo, morada do Senhor Deus de Israel, ele sente que as suas orações são ouvidas, sendo elevado a um nível superior, onde os problemas desta Terra são considerados supérfluos e já resolvidos. Ele se sente recompensado. Aquele peso em excesso que ele carreava sobre a sua cabeça desapareceu repentinamente.
Neste momento ele começa a profetizar bênçãos que se estendem sobre a sua própria descendência. Mais especificamente, bênçãos sobre UM descendente seu, que haverá de assentar-Se sobre o trono e governar para sempre com autoridade sobre toda a Terra.
Este descendente é o Messias prometido, o Rei dos Reis e Senhor dos Senhores. Disse pois Davi acerca dAquele que é o Cristo:
“Dias sobre dias acrescentas ao Rei; duram os Seus anos gerações após gerações.
Permanecem para sempre diante de Deus; concede-lhe que a bondade e a fidelidade o preservem” (versos 6 e 7).
Como em um lampejo de flash, Davi se vê também eternamente aos Seus pés, louvando-O para sempre, cheio de alegria. Ele faz votos no anseio de ver cumprido o bem sobre o seu povo; e terá todo o prazer de sua vida ao cantar e entoar Salmos, todos os dias, na presença de Deus.
Pois então, este Messias de quem Davi fala já veio a este mundo no primeiro Natal da História da humanidade. Este é Jesus, de Nazaré, o Filho Unigênito do Pai Celeste.
Jesus viveu como homem apenas 33 anos aqui neste mundo, e o Seu ministério nesta Terra ainda não terminou. A Sua morte na Cruz foi apenas um detalhe terrestre, interrompido temporariamente, porque dentro em breve irá continuar.
Ele veio para sofrer junto a um mundo pecador, afim de ensinar, revelar a glória de Deus, veio curando enfermos, expulsando demônios, dando vista aos cegos, fazendo paralíticos andarem, leprosos serem purificados, veio também a andar sobre as ondas do mar da Galileia, ressuscitar mortos, perdoar pecados, derramando inúmeras bênçãos da vida mais que abundante sobre os que O ouviram e Lhe deram crédito.
A maior bênção, entretanto, que Cristo nos deixou foi uma que O fez enfrentar a morte em nosso lugar, a fim de que os que nEle cressem pudessem gozar da liberdade do jugo e do peso condenatório dos pecados que recai sobre esta humanidade, sem exceção.
A cruz foi o instrumento de tortura e morte que Ele decidiu que tomaria sobre Si, tornando viável aquela substituição. Ele mesmo a escolheu, em obediência plena à vontade do Pai. Não era Sua vontade beber o cálice da morte, mas Ele permitiu que o Seu Ego fosse esmagado pelo desejo de ver a mim e a você remidos pelo Seu sangue.
Vamos ser francos. O pecado é escravizador e impõe um terrível preço a ser cobrado, a ser pago em obediência plena e perfeita à Lei. Esta cobrança vem, para bater à nossa porta, mais dia ou menos dia. Este cálice venenoso de maldição nos era destinado a todos nós, os pecadores. Sofrimentos eram-nos destinados como o machado de carrascos que cumprem a Lei que diz que:
-”O salário do pecado é a morte…” (Rom.6:23a)
Graças ao céus que este versículo não termina só com estas palavras. Prosseguimos na leitura:
-”…mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por meio de Cristo Jesus, o nosso Senhor” (Romanos 6:23b)
Este cálice será retirado de sobre as nossas cabeças, à medida que contemplarmos aquela Cruz, a qual, de modo especial, vem a ferir os nossos corações, convidar e levar-nos ao arrependimento, e nos fazer crer que esta é a maior bênção que o Pai nos franqueou. Está liberada pela própria Lei da semeadura e colheita, mas só a receberão aqueles que se identificarem com Jesus na cruz.
Como assim? Que negócio é esse?
Vc reconhece que os sofrimentos por que Jesus passou foram causados pelos seus pecados? Sente então este pesar? Se a sua resposta é SIM, então Vc está pronto a deixar-se identificar com Jesus na cruz. Ele subiu naquele monte Calvário levando a condenação que nos era decretada. Ele não tinha pecado, mas deixou-se punir sobre si o peso dos nossos pecados. Isto é lindo, maravilhoso e sem igual, traz-nos um alívio enorme, enquanto Ele sofreu tudo em nosso lugar.
Esta notícia é magnífica para o pecador que se arrepende – e por isso o homem não deve deixar de perdoar àqueles que lhe ofenderam. Mas o melhor dessa história ainda não declaramos.
A grande boa notícia do Evangelho de Jesus é que Ele não ficou na tumba da sua morte. Ao terceiro dia ressuscitou, abrindo assim o caminho para a bem-aventurança eterna daqueles que nEle crerem.
“Ele veio para o Seus, e os Seus não O receberam; mas a todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus”. (João 1:12)
Resta-nos apenas um ponto crucial a assumirmos: além de nos identificarmos com Ele na Cruz, queremos de fato Jesus em nós? Em nossas vidas, para sempre?
Se esta é a sua posição, então vamos a Jesus. Ele mudará o nosso procedimento, e as nossas vidas, para bem melhor, creia-me.
Este, porém, é um passo muito importante, dado por fé. Se cremos, tudo é dado ao que crê. Teremos o nosso fardo pesado e difícil de carregar levado por Jesus, que o trocará por um outro suave e leve, ajudados pelo poder de Deus.
Se é isto o que Vc quer, venha a Ele. Não se deixe segurar por coisa alguma. Nada há maior valor do que termos Este Filho de Deus a nos acompanhar em toda a nossa existência, ajudando-nos a enfrentar quaisquer problemas que nos chegarem para nos derrubar. Jamais iremos encontrar alguém que tenha maior amor por nós do que o de Jesus.
Não deixemos de olhar para Ele. Não percamos este Foco. Ele é a Luz, e tem tudo para deixar clara a nossa caminhada, e no final, teremos um Lar no Seu Reino de Glória e esplendor.
Eis aí o caminho já preparado. Vamos a Jesus, e tenhamos a Ele como nosso companheiro fiel para sempre, em todos os momentos, sejam estes bons ou maus.
Fale com Ele, confesse os seus pecados, arrependa-se de fato e de coração, e peça-Lhe para que o seu nome não seja esquecido de ser gravado no Livro da Vida, e jamais dali seja apagado.
Oh, a sua vida então será gloriosa. Que nos possamos encontrar no Seu Reino de Luz, que está prestes a manifestar-se neste mundo.
Com o nosso abraço, na Paz do Senhor.
Que seus dias sejam muito felizes, na doce companhia desse bendito Rei.
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: alegrias perenes., Davi, Fé, inimigos, levitas, Lugar Santíssimo, Lugar Santo, muralhas, Sacerdotes, Santo dos Santos, Tabernáculo
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