RSS Feed

SALMOS – LXXXV – O DEUS JUSTO E BONDOSO

Comentarios desactivados en SALMOS – LXXXV – O DEUS JUSTO E BONDOSO

julio 25, 2022 by Bortolato

Salmo 85

Sim, misericordioso, e perdoador dos nossos pecados. É Ele.

Padrão impecável do Deus que sofre junto às nossas fraquezas e dificuldades, e sempre quer nos conduzir ao triunfo.

Detalhe: Ele também é Deus de justiça. E neste ponto, Ele é terrível. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus Vivo. Haja muito cuidado para não desafiá-Lo, e nem fazê-Lo um inimigo seu.

Daí vem a pergunta: para qual desses dois lados de Sua face Ele faria propender a Sua balança, e qual destes prevalecerá? O Deus Juiz implacável, que não tem o pecador por inocente, ou a face do Deus de amor, que perdoa os nossos pecados?

Este é um verdadeiro paradoxo, uma encruzilhada que nos aponta dois caminhos a seguirmos, e somos obrigados a assumir um deles, empurrados pela variável tempo. Quando chegamos a este ponto, precisamos ter um discernimento bem acurado, para tomarmos as decisões corretas, cuidadosamente, sabendo que, dependendo da alternativa assumida, esta nos levará para a ventura ou à desventura irreversível.

Esta questão é tão importante que, da aplicação desses dois lados característicos da personalidade divina, dependerá o nosso futuro: ou as glórias do Céu ou a caldeira do diabo.

Já pensou nisto alguma vez? Não? Pois então pense! Conselho de amigo…

Há pessoas que têm medo, e ficam perturbadas quando simplesmente aventam a hipótese de caírem da Sua graça e ficarem fadadas a viver eternamente longe de poderem usufruir das benesses da Sua bondade. Por este motivo preferem nem pensar e seguem seus caminhos à sua maneira pessoal e peculiar – mas isto não resolve o problema. Assim é que se empurra a questão com a barriga. Noutras palavras, não é assim que se resolve esse dilema de tão grande importância.

Dão uma leve e rápida olhadela para o lado do inferno, e ao pensar nisto, ficam atormentadas. Daí, procuram e fabricam uma solução com vistas a enganarem-se a si mesmos, e… para evitarem o stress, negam a si mesmos conhecerem melhor suas reais condições, e nem sequer chegam a pensar em pelo menos tentar aproximarem-se de Quem os pode livrar. E esta questão trata de abrir nossos olhos e também de como evitar-se o dano eterno.

A realidade desse enigma é: onde está a solução? Enfrentarmos os nossos pecados diante de Deus, ou fugirmos da presença dEle… o que seria melhor fazer?

Fugir não é a melhor opção. Assim como não se deve fugir de feras predadoras em campo aberto, correndo para safar-se delas, porque empreender uma fuga acelerada é também assumir o papel de uma presa, que acaba caindo e sofrendo nas garras do instinto do predador.

Perder o medo e encarar o problema frente a frente, sem fugir, é a opção que já livrou muitos de ataques de tigres e onças. Abrindo os braços e erguendo-os enquanto soltaram altos berros, que até faziam arder a garganta, foi assim que muitos já fizeram feras ameaçadoras desistir de arremeterem e concluir um ataque. Sim, foi desta forma que puderam ver-se livres de serem transformados em um petisco na boca desses felinos.

Não fuja! Isto é perigoso! Não fomos feitos para sermos chicletes de onças.

Deus não é uma fera, mas podemos, sim, erguer as nossas mãos, claro que sem ira e nem contenda, alçar as nossas vozes, clamarmos por misericórdia, lançando-Lhe as nossas súplicas e esperar sermos atendidos.

As misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos.

Vc hoje está vivo! É porque ainda não foi consumido. Dê glórias a Deus! É porque as Suas misericórdias ainda repousam sobre a sua cabeça. Louvado seja Deus! Vc está sendo alvo do amor de Deus! Ele não quer destrui-lo! Louve-O e confie no Seu amor por Vc.

Os filhos de Coré, levitas fiéis a Deus, um dia escreveram um Salmo – o Salmo 85, onde eles nos mostram como prevaleceu a graça e a bondade do Deus perdoador, em suas vidas. Experiência deliciosa! Sentir que temos pecados que sobrecarregam nossas consciências mas que estes são expurgados da balança da Justiça, de forma tal que somos aliviados dos pesos que não temos forças para suportá-los.

Como é que Deus consegue realizar a façanha de nos perdoar, fazendo inócuos os nossos pecados?

Em outras palavras será que Ele não vai, em algum momento, lembrar-se “daquilo” que fizemos, voltou atrás e daí estaremos ferrados de vez para sempre? Será que Ele nunca Se arrependerá de nos haver anistiado?

O fundo histórico deste Salmo é muito semelhante ao momento em que o Senhor Yaweh deu uma segunda chance ao povo de Judá, que por causa de seus pecados havia sido deportado para a Babilônia lá pelo ano 606 A.C.

Em 539 A.C. o rei Ciro da Pérsia deu o primeiro passo para liberar a volta dos judeus, do Cativeiro babilônico para a sua Terra Prometida. Era sinal claro de que Deus ainda queria manter o povo judeu como propriedade Sua, na Terra que Ele lhes dera no passado.

Naquele período de setenta anos longe de Jerusalém, longe do seu Templo, do seu Altar, longe das comemorações das festas santas, e impossibilitados de poderem apresentar as suas ofertas de sacrifícios, o povo judeu ficou curtindo o que é viver longe da graça e do favor do Senhor. Foram dezenas de anos sentindo o que era o peso terrível consequente de seus pecados.

Às vezes desanimavam da ideia de um dia poderem voltar às boas com Deus, pois estavam debaixo do jugo de outras nações, as quais os proibiam de serem novamente uma nação.

Então surgiu um novo dia. Ciro lhes permitiu voltarem para reconstruírem a Casa do Senhor.

Ao saberem desta maravilhosa notícia, os filhos de Coré sentiram que a vida estava lhes sorrindo novamente, e assim foi que começaram a escrever:

Favoreceste, Yaweh, a Tua terra. Restauraste a propriedade a Jacó.

Perdoaste a iniquidade de Teu povo; encobriste os seus pecados todos.

A Tua indignação reprimiste-a toda; do furor da Tua ira Te desviaste” (Salmo 85:1 a 3)

Debaixo deste rogozijo todo, então eles fizeram a sonhada viagem de retorno, e encontraram a sua querida Jerusalém destruída, com seus muros caídos e sem aquela beleza do Templo que antes os encantava em seus corações.

O retorno pôde ser realizado, mas muito faltava ainda para poderem ver novamente o Templo funcionando como tanto desejavam. Ainda era triste o cenário, que os fazia lembrar dos pecados de sua nação. Aquilo era simplesmente a figura do desastre que recai sobre os que se desviam dos caminhos do Senhor, um triste cenário…

Sacodem a cabeça, e então reagem diante dos rastros da catástrofe e oram assim:

Restabelece-nos, ó Deus da nossa salvação e retira de sobre nós a Tua ira.” (verso 4)

No verso 10 o salmista percebe a visão que lhe mostrou ambas as facetas de Deus se encontrarem e vê os pesos que aparentavam não ser compatíveis se equilibrarem e aquietarem o fiel da balança.

Encontraram-se a graça e a verdade; a justiça e a paz se beijaram”

Aí é que se conciliam a justiça e o amor de Deus.

Isto parece até um mistério. Como duas qualidades pessoais de Deus que se aparentam incompatíveis poderiam conviver concomitantemente sem problemas?

Como conciliar a Justiça divina conosco, que somos parte de uma raça corrompida pelo pecado?

Nossas consciências não conseguem admitir um perdão sem que haja um preço a ser pago. A vida nos ensinou assim; nossos pais nos disciplinaram quando errávamos, e ao nos educarem, sentíamos que tínhamos que pagar com o desgosto de arcarmos com nossos erros – e por vezes isto era feito com certa dose de rigidez.

Como tornarmos a ser agradáveis aos olhos da perfeição absoluta, beleza pura, impecável, irrepreensível, padrão inerrante sem igual?

Há um porém neste quesito: se Ele for rígido demais, não haverá um santo sequer, nem no Céu e nem na Terra que possa sobreviver ao peso do Juízo. Não sobraria ninguém sobre a face da Terra para contar a história. Ninguém para escrever uma História Universal, nem mesmo um anjo.

Ele, porém, sabe disso. Sempre o soube. Soube desde o princípio, antes de criar os Céus e a Terra.

Deus conhece de longe a nossa estrutura. Sabe quem somos, o que fizemos e haveremos de fazer.

Ele proveu um porta de escape para esse dilema.

Essa porta chama-se Jesus, Yoshua Ha Mashiah, o Cristo (João 10:7). Ele mesmo disse a seu próprio respeito: –

Eu sou a Porta. Se alguém entrar por Mim, será salvo.”

Sim, Jesus de Nazaré é o Salvador deste mundo. Ele veio do Céu para nos conduzir a Deus, e não termos qualquer medo do castigo eterno.

Jesus pagou o preço dos nossos pecados, e fez-Se a Justiça nossa. Como réus condenados que receberam o indulto de Deus, Ele pagou o preço para que fôssemos livres de toda condenação.

Quando um dia fecharem-se os nossos olhos carnais, poderemos abrir os olhos espirituais, e vê-Lo de braços abertos para nos levar ao Pai. Então o Pai irá nos olhar, e como Jesus estará junto de nós, o Seu sangue atestará a paga efetuada pelo preço dos nossos pecados; o santo sangue será o nosso indulto, e encontraremos a paz com Deus.

Como pois adentrar à Porta do Céu, Jesus?

Tudo tem um início, meio e fim. Pois Jesus é a plenitude do Caminho para o Céu, do começo ao fim, o Caminho todo.

Tudo inicia-se com um pedido, em uma prece.

Está disposto a fazê-la?

Oremos ao Pai em nome de Jesus, e peçamos-Lhe aceitar-nos. Que o sangue de Jesus nos lave, nos purifique, nos transforme e nos faça tudo novo – e seremos novas criaturas.

Jesus é a maior expressão da graça de Deus em nosso viver.

Nele a graça e a paz se manifestam a nós porque Ele é também a nossa Justiça… quaisquer que sejam as nossas condições.

Em um simples abrir dos olhos de nossos corações, passaremos a crer e aceitar os planos de Deus para nós – e nisto está a nossa vida, vida que começa aqui, agora, e se abre projetando-nos para uma eternidade debaixo da graça, e proteção do único Deus verdadeiro.

Perseveremos neste Caminho. Ele é a nossa felicidade eterna.

Parabéns aos que creem. Farão eternos aniversários na presença de Deus, o Verdadeiro.


Comentarios desactivados en SALMOS – LXXXV – O DEUS JUSTO E BONDOSO

Sorry, comments are closed.

Asesorado por:
Asesoramiento Web

Comentarios recientes

    Archivos