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SALMOS – LXXXIII – PROTEÇÃO CONTRA INIMIGOS

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julio 16, 2022 by Bortolato

Salmo 83

Enquanto estiver ao nosso alcance, devemos manter a paz com Deus e uns com os outros.

Muitas vezes, porém, não temos como escapar do ódio e das tramas de inimigos.

Muitos dirão: – quem me dera não tivesse inimigos! Isto seria o Paraíso!

Sem dúvida que seria um alívio e tanto para todos.

Convém lembrar, contudo, que quando o primeiro homem e a primeira mulher criados por Deus viviam no Paraíso terrestre, fruindo da maior das felicidades, o seu inimigo número um os surpreendeu com astúcia, dissimulação e insinuações, envolvendo-os com lindas palavras mentirosas, induzindo-os ao pecado e colocando-os em situação de contrários às palavras de Deus, passaram a viver sob maldição.

Antes disso, eles viviam como em um sonho, sentindo-se tão abençoados, que assim se haviam acostumado, sem sequer pensar que tudo de repente poderia mudar. Eles nem perceberam que o inimigo de Deus, usando da embalagem de uma serpente para não se delatar, sutilmente tramava contra suas vidas através de uma armadilha que eles desconheciam.

Envolvidos na trama, eles se esqueceram da recomendação de Deus quanto ao fruto da ciência do bem e do mal, e foram convencidos de que estavam fazendo uma boa coisa, sem notar que comiam de um fruto espiritualmente envenenado. Era um fruto de aparência bonita, atraente e desejável; sua primeira mordida era doce, bem como a segunda, mas depois de provado, o seu conteúdo foi tão amargo, que amargou toda a alma daquele casal pelo resto de seus dias nesta Terra.

Desde aquele momento nós, que somos seus descendentes, temos que ficar atentos para não sermos envolvidos em uma guerra onde os inimigos anseiam por subtrair os filhos de Deus das fileiras protegidas por Ele, o Criador.

O alvo de Satan (este é o cognome que o tal recebeu, por ser inimigo fidalgal de Deus) é arrastar os filhos de Deus para o seu lado, para as fileiras dos rebeldes, usando das armas mais baixas e sujas o quanto possível – e quando não o consegue, seu plano “B” é destruí-los ao máximo, a fim de tomar ilicitamente posse dos lugares onde o Senhor era adorado. Se permitirmos ser levados para o lado do mal, estaremos sendo enganados a não mais poder. Se não quisermos pertencer a este malfeitor, e não nos armarmos com as armas e a proteção de Deus, seremos ingênuos vulneráveis solapados e engolidos pelas mandíbulas do inferno.

É por causa daquela velha ambição de dominar a Terra, subtraindo-a das mãos do Criador e dos que são dEle, e criar um reino paralelo, onde o mal reina.

A Terra foi o lugar para onde ele foi arrojado, ao ser expulso do Céu, e onde ele pretende ser o senhor absoluto, em seu reinado de usurpador.

Acontece, porém, que Deus, que é o verdadeiro Senhor, o Criador do Universo, não Se conforma e nem Se acomoda diante dessa ocupação ilegal, e enviou o Seu Espírito para guiar e proteger àqueles que não se coadunam com os feitos e com os esquemas enganadores do príncipe deste mundo.

O que fez então Deus?

Ele procurou homens que O amassem, O reverenciassem e O temessem; achou Abraão e abençoou a descendência deste, com bênçãos que alcançaram a Isaque, Jacó e os doze filhos deste último. Assim formou-se a nação de Israel, povo ao qual Deus adotou como propriedade Sua, revelou-Se a eles, e os protegeu, à medida que estes Lhe fossem fiéis, fiéis a Ele, o Altíssimo, Yaweh, o Senhor dos Exércitos.

As demais nações ficaram ainda nesta Terra, cultuando aos seus deuses, mas esta situação não ficará desta forma para sempre. Por enquanto, ficará assim até que toda a Terra volte-se para o único Senhor, o único Deus a quem realmente devemos chamar de Deus.

Israel, sob a proteção e assistência de Deus, entrou na terra de Canaã e a possuiu, ficando cercado por olhos cobiçosos de outras nações vizinhas: Edom, Moabe, Gebal, Amon, ismaelitas, Amaleque, hagarenos, filisteus, tírios, aliados com a Assíria (conforme Salmo 83:5 a 8). Outras nações mais distantes também cobiçaram suas terras, mas estas foram as que o salmista mencionou, alvos de sua atenção.

Dez nações contra Israel mancomunaram-se para riscar o nome dos protegidos de Yaweh do mapa.

Essa confederação presumiu que Israel seria um alvo fácil para eles, que se uniram e se armaram até os dentes, só para matar toda a nação israelita. Contavam com essa vitória, mesmo antes de se iniciar a batalha.

Várias vezes, em várias outras ocasiões esse tipo de coalisão se agrupou com o firme propósito de marcharem e lutarem contra Israel.

Em 2º Crônicas, capítulo 20, lemos que algo semelhante teria acontecido durante o reinado de Josafá.

Quiseram atacar protegido por Yaweh, o Senhor, e por muitas vezes isso chegou a acontecer.

No caso da época de Josafá, houve contenda de línguas entre aqueles povos, levantaram acusações, calúnias, formando um murmúrio generalizado, com vistas a reunirem um grande contingente de milícias que marchasse contra Israel.

O salmista percebeu a trama e, apesar de ver-se ele mesmo inserido dentro do número dos que eram alvo dos ímpios, ele traz à lembrança algumas guerras que Israel teve de enfrentar:

1 – Gideão, com apenas trezentos homens, venceu os midianitas, os quais se haviam somado com os amalequitas e mais “todos os povos do Oriente”. Aquela coalisão cobria como gafanhotos em multidão o vale onde instalaram o seu arraial. (Juízes 7:12)

2 – Outros homens de Deus, como Baraque, em sua luta contra Jabim, o rei de Canaã que reinava em Hazor, o qual por vinte anos oprimiu o povo de Israel. Baraque foi e libertou-os em alto estilo, até exterminar com as forças cananeias, e assim logrou gozar de liberdade e paz sobre Israel, que durou por quarenta anos.

Jabim assim foi humilhado, bem como muitos outros reinos opressores. O livro dos Juízes bem o testifica, mostrando uma sequência de atos gloriosos nos quais a mão de Deus interveio, proporcionando muitos livramentos de baixo das mãos de seus opressores.

Muito embora os povos inimigos lutassem obstinadamente contra o povo de Deus, nesses confrontos eles puderam receber uma mensagem dura, através da única maneira pela qual entenderiam Quem é o Deus de Israel, autor de feitos incríveis que se sucederam de forma a contrariar todas as expectativas. Desta forma foi que se deixou evidente o poder de guerra que tem Yaweh.

Foi desta maneira que até alguns dos filisteus, então inimigos de Israel, deixaram o reino da Filístia para passarem a pertencer ao povo de Yaweh, incondicionalmente – como foi o caso de Itaí, o geteu que aderiu ao exército de Davi, acompanhado de um grande grupo com ele. ( II Samuel 15: 19 a 22)

Por isto clama o Salmista:

  • E reconhecerão que só Tu , cujo nome é Yaweh, és o Altíssimo sobre toda a Terra”. (Sal. 83:18)

Esse intento de Deus, de franquear indistintamente esta oportunidade de adesão às nações que O queiram, de um modo geral foi expandido maravilhosamente com a vinda de Jesus, o Filho de Deus.

No ministério do Senhor Jesus já surgiram alguns casos dessa ampliação da graça de Deus para outros povos que não os judeus.

  • Ao centurião de Cafarnaum, um romano, conforme Lucas 7:1 a 10.

  • À mulher cananeia, que era da região siro-fenícia (Mateus 15:21 a 28).

  • À mulher samaritana, a qual abriu em leque a oportunidade para os samaritanos da sua cidade (João capítulo 4º)

Depois da morte vicária de Jesus na cruz, veio a Sua ressurreição extraordinária e bombástica, e então Ele ordenou aos Seus discípulos para pregarem o Evangelho a toda criatura, a todas as raças, nações, tribos e línguas, revelando-lhes o testemunho da Sua graça.

Foi assim que Pedro entrou na casa de Cornélio, em Cesareia, onde também foi derramado o Espírito Santo da mesma maneira como no dia de Pentecostes (Atos, capítulo 10).

Desde então o laborioso ministério do apóstolo Paulo foi um boom que expandiu o Evangelho de Cristo entre todas as nações.

Foi o que eles fizeram. Pedro levou a Palavra de Cruz até Roma, onde foi crucificado de cabeça para baixo. Seu irmão André, dizem, foi crucificado na Acaia, também em cumprimento da gloriosa comissão.

João sofreu o exílio na ilha de Patmos, por causa da Palavra de Deus e do testemunho de Jesus Cristo.

Tomé foi testemunhar na Síria, na Pártia, na Pérsia e na Índia, segundo nos informa a tradição da Igreja.

Tiago, filho de Alfeu, pregou na Palestina e no Egito.

Judas Tadeu teria sido pregador em Edessa, na Síria, na Arábia e na Mesopotâmia.

E Paulo foi o mais arrojado evangelista entre as nações. Assim, nesta mesma linha, seguiram outros apóstolos, obedecendo fielmente ao IDE de Jesus.

O Evangelho cresceu tanto de lá para cá, que hoje a maioria dos missionários evangelistas espalhados pelo mundo não são mais os judeus, mas os gentios.

Como se explica tal expansão, que sugere ter recebido o impulso de uma progressão geométrica? Não foi a sabedoria humana, e nem a força política. Foi o Espírito Santo que foi derramado sobre a Igreja de Cristo que os fortaleceu; eles foram, pregaram a mensagem do amor de Deus, lutaram e venceram, mesmo tendo que pagar um alto preço por isto.

Eis aí um paradoxo: a Igreja foi perseguida assim como os profetas de Yaweh no Antigo Testamento; sofreu e ainda hoje sofre. Mas vence.

Jesus, o Cristo é quem deu o start neste sentido. Jesus sofreu, perseguido foi, odiado por alguns que desejavam a sua morte. Não havia outro jeito; quem ama sempre sofre, mas mesmo assim não deixa de amar.

Pois bem, sob o ponto de vista da Providência, Deus aproveitou esse mau intento de homens perversos, e usando de Sua vontade permissiva, sabedor de todas essas coisas, consentiu, planejou e enviou o Seu Filho ao mundo para que fosse entregue nas mãos dos ímpios, e fosse levado à cruz, a fim de executar a Sua soberana vontade para salvar a todos quantos nEle cressem, e assim foi. Os inimigos de Cristo morderam a isca, e, sem perceber, colaboraram com o plano divino, pensando que haviam exterminado com a trajetória e missão do Deus Filho naquela cruz, e creram que o cristianismo sofrera um golpe fatal para ser enterrado juntamente com Jesus naquela tumba em Jerusalém.

Ledo engano. A sabedoria de Deus os apanhou de surpresa.

Mas Deus escolheu as coisas loucas deste mundo, para confundir as sábias; e Deus escolheu as coisas fracas deste mundo para confundir as fortes. E Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são, para que nenhuma carne se glorie perante Ele.” (I Coríntios 1: 27 a 29)

Qual foi o resultado disso?

O amor de Deus revelou-se como nunca, heroicamente em favor de pecadores que, movidos pelo trabalho de Sua Palavra, foram se aconchegando a Deus com seus corações completamente constrangidos e convertidos ao Rei da Glória.

A propósito, Jesus é a Palavra Viva de Deus. Palavra que Se fez carne, e comunicou-Se como jamais visto antes coisa igual, de modo que Deus foi assim revelado em Sua plenitude, a Seu tempo.

Jesus sofreu e morreu, a fim de que os que nEle cressem não sofressem uma segunda morte. Sim, porque quem nEle crê e O segue fielmente poderá morrer na carne, mas não sofrerá o dano da segunda morte, mas terá vida abundante, a qual é eterna.

Jesus é, assim, a maravilhosa e eterna Palavra da Vida ( I João 1:1 e 2). Perseguido, sofreu, morreu, ressuscitou, e abriu o caminho para nossa vida eterna com Deus.

Vc pode crer assim? Sua resposta é positiva? Então inicie hoje mesmo a sair das garras do inferno, para partir para uma nova vida, que começa desde já, e vai se aperfeiçoando, coroada de êxito, na vida eterna, com tudo novo. É realmente como nascer de novo.

Ore agora, em favor de você mesmo. Não necessitamos mais orar contra os inimigos, pois estes se fizeram inúteis diante de Deus, que dará aos tais o destino que lhes for selado no Juízo Final. Podemos orar, sim, para sermos livres da ação dos que detestam nossas almas, e Deus nos ouvirá à medida que nos encaixamos dentro do Seu plano eterno.

Antes, peçamos ao Senhor que entre em nosso coração, transforme nossos pensamentos, nossos propósitos, e todo o nosso futuro, conformando-os à Sua santa vontade.

Individualmente: peça a Deus que o faça um bom servo Seu, um discípulo aprovado diante dEle, uma bênção para todos quantos o conheçam. Em nome do Senhor Jesus. Amém.

Prossiga neste caminho, e seja um bem-aventurado filho de Deus, com quem Ele coabitará para sempre em Seu lar glorioso, no Céu. Louvado seja Deus.


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