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O LIVRO DE GÊNESIS – VIII

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noviembre 14, 2013 by Bortolato

100_0898Gênesis Capítulo 9º – O Arco da Aliança

Deus diz a Noé e seus descendentes que uma nova aliança é feita com os seres humanos, e nesta, ficou facultada a ingestão de carne de alguns animais, contanto que estes não tivessem mais vida, e nem sangue.   Em 9:15, Ele promete não mais destruir o mundo através de outro dilúvio, e, para que todos, no mundo inteiro, possam saber que Ele cumpre a Sua palavra, foi colocado no céu um sinal: o arco multicolorido, garantia de que Sua misericórdia não volta atrás –  apesar de os homens dos dias de hoje já terem feito coisas muito semelhantes ao que foi a causa do dilúvio.  Isso não impede, porém, que os juízos de Deus sejam derramados sobre a Terra de outras formas.

Proibido, pois, o derramar de sangue de homens, e quem o derramasse sangue de outra pessoa, pelo homem seu sangue haveria de ser derramado, porque este foi criado à imagem de Deus (9:4-6).

É interessante notar que muito embora tivesse sido franqueada a alimentação de carne de animais, o verso 5 do capítulo 9, até do derramar desse sangue, teria que se prestar contas.   É a questão da soberania do Senhor.  Ele faz as leis, e Ele é o único que poderá  ultrapassá-las, ou excetuá-las.   Sevícia aos animais também é pecado, pois Deus é de amor, e esse amor deve ser estendido a toda a Sua Criação.

Gn. 9:18-18 – Vemos que Noé teria se embebedado com o vinho que teria tomado.  Às vezes pessoas se perguntam: como um homem de Deus como Noé teria chegado a tal ponto.  Não julgamos a Noé, pois somente este e Deus é que sabem em que condições isto aconteceu.  O fruto da figueira devia ser já conhecido de todos, mesmo antes do dilúvio conforme Gên. 3:7, mas nada se sabe sobre a videira (Para alguns fiéis de hoje em dia, isto seria motivo de «exclusão do povo de Deus por indisciplina»).   O fato é que Noé era visto como «perfeito em suas gerações» (Gn. 6:9), o que nos deixa entender que ele era um homem «segundo o coração de Deus», como foi Davi, o que não significa que estes não fossem sujeitos a tentações e fossem pecadores.   A perfeição de um homem estará sempre refeita na medida em que este ama a Deus e procura estar em Sua presença, disposto a ser transformado.   Ninguém se iluda, achando que poderia ser perfeito, no mais amplo sentido, perante o Senhor.  Depois que o pecado entrou na raça humana, este se instalou na nossa carne, tornando-se uma força que move o homem a, mesmo contrariando sua própria vontade, obedecer a este princípio do mal.   Quando o homem pensa que está andando em plena retidão, logo vem uma amostra de que nem tudo ainda foi restaurado dentro de nosso ser.   Aquele que pensa estar de pé, cuide para que não caia.

Noé deve ter-se negado a embebedar-se diante dos antediluvianos, mas quando se vê livre da presença de pessoas que poderiam induzi-lo a pecar contra Deus diante da sociedade, parece ter cedido a um descuido, e não se manteve de prontidão para combater o erro.  Apesar desse tropeção grosseiro do servo de Deus, não se ouviu mais falar a respeito de qualquer outro deslize de Noé.

O resultado de uma bebedeira é notório, e altera o comportamento da pessoa que se embebedou.   Falas indiscretas, ofensas a quem nada lhe deve, truculências e outras inconveniências.   Noé, ao que parece, não dirigiu palavras ofensivas a ninguém, mas não conseguiu manter-se equilibrado, e ficou nu, sem incomodar-se com quem o estivesse observando.    Seu filho Cam, muito embora conhecesse bem ao seu pai como um homem justo, reto, temente a Deus, mostrou,  na ocasião, que trouxera alguns traços de costumes ou atitudes dos homens a quem Deus destruíra no Dilúvio.  Não se compadeceu do estado de seu progenitor, mas passou de largo, como fizeram os sacerdotes e levitas na parábola do bom samaritano, e ainda foi contar a seus irmãos, como que tentando espalhar um mexerico.   Já a atitude de Sem e Jafé foi de logo socorrer ao pai, cobrindo-o, e cuidando para não mirarem a sua nudez.

A nudez de uma pessoa, quando exposta publicamente,  tanto naquela época como na de hoje em dia, deixa-lhe a mácula de possuir moral duvidosa, mormente na área da sexualidade.   As roupas de então eram muito recatadas, de forma a cobrir grande parte do corpo, deixando à vista somente a pele do rosto, pescoço, mãos e pés.  Ver a nudez de alguém era algo comumente ligado com relações sexuais, e e este simples contemplar seria uma tremenda falta de ética, se acontecesse entre familiares, mesmo entre pessoas do mesmo sexo, exceto nas emergências de saúde ameaçada, ou ocasiões especiais, tais como morte.   Em Levítico 18:6-20 vemos que Deus abomina este tipo de descobrimento da nudez entre diversas pessoas, de vários laços familiares, e dentre outros tipos de relacionamentos.

A passagem de Gênesis 9 é um pouco misteriosa quanto a alguns detalhes.   Não sabemos por que motivo Noé veio a amaldiçoar a Canaã, e não a Cam, o que deixa espaço para se pensar que Canaã também teria visto a Noé naquele estado, e tenha tomado alguma atitude em que se revelou o menosprezo, ou o desrespeito pelo avô.

O fato é que Noé, uma vez refeito da embriaguez, ficou sabendo o que houve, e como foi a reação dos seus filhos.  Noé ponderou que as reações foram bem diferentes.   Cam viu a seu pai nu, e não se importou com o efeito moral que aquilo significaria, abandonando-o e ignorando-o.  Este detalhe do incidente deixou Noé à mercê de sua própria vergonha.   Noé, então, ao perceber que despertou nu, debaixo de uma capa,  então soube de tudo o que ocorrera durante a perda de sua consciência.   Proferiu, então, palavras que amaldiçoaram a Canaã e sua descendência, e abençoaram a Sem e a Jafé, exaltando principalmente a Jafé.   Considerando o destino para onde cada um desses filhos de Noé rumaram, entendemos que esta foi uma profecia e tanto! – cumprida pormenorizadamente, a longo prazo.

Após o dilúvio, Noé ainda viveu trezentos e cinquenta anos, alcançando seus novecentos e cinquenta anos, ao partir desta Terra.   Suas palavras ficaram gravadas diante de Deus e dos homens, sendo reconhecidamente como proféticas.

Entendemos, daí, que os filhos devem primar por conquistar a simpatia e o respeito dos pais, pois estes detêm em suas almas tanto a bênção como a maldição (Provérbios 18:21).   Aos filhos que souberem cativar com amor o coração de seus progenitores, certamente virão muitas alegrias, mas aos que trouxerem somente tristezas e desgostos, estes terão que lutar contra as agruras que semearam durante a vida.  Temos, contudo, em Cristo, o grande libertador nosso, que cravou na cruz todo o peso do pecado, e transformou maldições em bênçãos de Deus.   Isto é algo sumamente maravilhoso!   Por maior que seja a maldição, Jesus a tomou em seus ombros e cancelou-a!   A nota da dívida que pesava sobre nós, Ele a riscou, inutilizando-a, e ainda ostentando-a nos pregos da cruz!   Ao mesmo tempo, nos choca a maneira pela qual Ele pagou a nossa dívida, constrangendo-nos pelo Seu sacrifício tão difícil de ser suportado, que custou-lhe a própria vida, aos olhos de um mundo ímpio e incrédulo, aos olhos de anjos do céu e do inferno, vemo-nos contemplados com a nossa libertação, e assim ficamos livres de toda condenação e do poder do pecado!  Isto é para nós, para mim e para V., que lê estas palavras!   Maravilha das maravilhas para um pobre pecador, que não tinha como arcar com tamanho peso de juízo espiritual em sua limitada e diminuta alma!   Glórias sejam a Deus, por um amor assim tão grande!

Sejamos nós, hoje, filhos de Sem, Cam ou de Jafé, temos um Remidor, que  comprou nossas almas pelo derramar do Seu sangue preciosíssimo; temos somente que nos arrependermos dos nossos pecados, aproximarmo-nos da Cruz, e tocar na cédula de dívida que ali estava cravada, para recebermos nova vida, e a transformação que nos faz ser novos seres, pois teremos uma vida eterna para a desfrutarmos diante da presença dAquele que nos remiu.   Toquemos em Jesus, e deixemos que Ele também toque em nós!   Seu toque de amor nos redime, nos salva, nos alimenta e nos dessedenta para sempre!

O MUNDO TORNA A SER POVOADO:

Em Gênesis, capítulo 10, vemos que depois de Noé, seus filhos se espalharam pela Eurásia e África, e cada um deles formou uma raça à parte, com seus costumes e cultura próprios.   Isto significa que muito tempo se passou, de modo que o mundo passou a ser habitado novamente.

A TORRE DA CONFUSÃO:

Isto foi uma história real, não foi um mito.  Homens queriam erigir uma torre que «toque nos céus», apenas para ficarem famosos.  Esta foi uma ambição semelhante à dos Nephilins (Gên. 6:4).   Embora as raças estivessem potencialmente juntas até então, e todos falavam uma mesma língua, estas queriam unir-se para constituírem uma nação, com um só governo, tornarem-se fortes como organização política.  Esqueceram somente de que este não era o plano de Deus para suas vidas.

Estavam tramando tornar-se poderosos sobre a Terra.   Obter poder maior não é o problema.   A questão é que quando os homens se acham mais fortes e poderosos, autossuficientes, esquecem-se de seu Criador, e desprezam ao Senhor.  Alguns chegam até á desafiar a Deus.

Em resumo, estavam reiniciando o mesmo caminho que os gigantes de fama trilharam, antes de Dilúvio.

O Senhor viu isso do céu, e que dali para diante, pelo andar da carruagem, não haveria mais como detê-los (11:6).   Assim começaram os homens violentos do passado.  Julgaram-se muito grandes.  Lutavam até a morte, só para galgar os degraus da glória, e terem seus nomes na história.   Crianças nasciam e cresciam com a ideia de serem fortes, valentes e poderosos.   Isto demandava sobrepujanças e matanças.  Isto era um pesadelo para Quem as havia criado.  Não foi para isso que o Senhor fez a raça humana.

O propósito de Deus para o homem na Terra já estava descrito em Gênesis 1:28 – que era: frutificar, multiplicar, e encher a Terra.  Os homens tinham a Terra toda para habitá-la, espalhando-se por toda esta, mas quiseram ficar em apenas um lugar, para serem os dominadores de toda a humanidade.   Desobedeceram a Deus, que os queria espalhados por todo o globo.

Vemos que nos nossos dias o movimento de globalização também exerce um grande fascínio sobre os mais ricos do mundo todo, em prejuízo dos pequenos.  Isto não é bom.  Movimentam-se a fim de montar estratégias tais que encampem, comprem a concorrência, façam acordos, trustes, a fim de tornarem-se oligopólios, com vistas ao monopólio.   Fazem tudo isso em prejuízo dos que não aderirem aos seus interesses.  Constroem, assim, suas «torres de Babel»…

NOTA ARQUEOLÓGICA:

Há dois locais onde se crê que tenha sido levantada a Torre de Babel, ambos próximos por cerca de dezesseis quilômetros um do outro.  Um fica em Borsipa, onde uma inscrição cilíndrica diz ter sido reconstruída a dita torre, em obediência ao deus Marduk (descoberto por Sir Henry Rawlinson).

Um segundo sítio, dentro da cidade de Babilônia, tem apenas uma cova de  109 (cento e nove) metros quadrados, onde se localizava uma placa que dizia que sua construção ofendeu aos deuses, que, numa noite, derrubaram o que se havia construído, e dispersados foram os trabalhadores, e tornada desconhecida a língua deles.  Vale notar que, enquanto esteve de pé, consistiu em uma porção de patamares com terraços sobrepostos, um sobre o outro, e  um templo ao deus Marduk era para funcionar ali, no topo da construção (descoberto por G. Smith).

Depois deste ocorrido, os clãs se dividiram, e foram habitar terras mais distantes.

Quantas vezes parece que Deus nos confunde com os Seus feitos!   Não entendemos o que Ele almeja, não entendemos nada, quando tudo nos parece ter dado errado, e somos tentados a supor que Ele não está Se importando conosco.  Lutas aparecem como que do nada, lançados de um lado para o outro, como que uma coisa estranha acontecendo.  Perguntamos: – «Por quê?»   Mas esta não é a pergunta correta a fazermos a Ele.  Deveríamos, ao invés, indagar-Lhe: – «Para quê?»  – isto é, com que propósito estamos envolvidos em tais e tais situações.

Na verdade, nada sabemos.  Falta-nos discernimento.  Ignoramos o fato de que é no fogo da fornalha que o ouro é purificado.  No meio das tormentas que se formam os melhores marinheiros, e um vaso de barro, tal como o Apóstolo Paulo nos descreve em II Coríntios 4:7, é na fornalha que se solidifica.   Ora, um vaso desta matéria da terra, para poder ser útil, deve ser preparado em fornos com altas temperaturas, caso contrário se derreterá em contato com a água ou mesmo com a umidade.  Para isso não acontecer, o vaso tem que suportar o calor.  E um vaso não pode erguer sua voz ao oleiro, para lhe perguntar o que intenta fazer, mas simplesmente se sujeita ao tratamento.   Há vasos que nem suportam a moldagem, e se quebram.  Estes voltam para a massa, para serem novamente formados, conforme a vontade do oleiro (Jeremias 18:1-4).

As línguas e os povoados longínquos da Terra surgiram desde então.  Isto foi providencial, pois, desta maneira, um tirano que surge em um povoado não reuniria condições para se projetar e governar a outras nações e ao mundo, pela complexidade das leis próprias de cada país, costumes, tradições, e valores, dentre outras muitas complicações locais.  Desta maneira foi que Napoleão Bonaparte e Adolf Hitler foram derrotados em suas fantásticas manobras militares que objetivaram conquistar ao mundo pela força.

De qualquer forma, essa torre acabou sendo um projeto humano abortado por Deus, deixando-nos ver outra vez, com clareza, que a idolatria estava já crescendo no mundo, o que significa também que as pessoas estavam se distanciando do Senhor da Criação, o Deus de Noé.  Pelo final do capítulo 11 de Gênesis, depreende-se que foram passados, no mínimo, quatrocentos anos entre o Dilúvio e Abraão, e o homem estava outra vez descambando por seus caminhos idólatras.

Depois de ter sido banido do Jardim do Éden, o homem perdeu aquele contato direto com Deus.  Perdeu-se também nas memórias de Adão, a visão e a compreensão de Quem é o Senhor.   Deus ainda quis e fez com que houvesse homens tais como Enos, Enoque, Noé, e Sem.  Criação se vai e gerações vêm, trazendo novidades aqui e ali.  O trauma e a perturbação de haver-se perdido o que de mais precioso se poderia obter do céu parece que foi dando lugar a uma busca pelo sobrenatural, sem o devido discernimento.  Parece que as maldições de Deus sobre nossa raça, e sobre a serpente, ficaram no esquecimento.  Acostumaram-se a esta situação, convivendo com a morte por todo lado, até os dias atuais.

O espírito humano está sempre olhando para aquilo que lhe traz algum benefício, e, na ignorância espiritual que lhes afetou, acabaram deificando pessoas, coisas, animais, peixes, e astros do céu.

As religiões parecem procurar por Deus, mas seguindo caminhos tortuosos, obscuros, e eivados de erros.   Querem, de certa forma, alcançar aquilo que Adão perdeu, mas caem frequentemente em enganos.

De outro lado, Deus está em busca de pessoas que se disponham a renunciar a tudo o que este mundo lhes oferece, e escolherem a melhor parte da vida e de tudo: a mesma parte escolhida por Maria, irmã de Lázaro e de Marta.   Deus está ainda procurando por pessoas tais como Sete, Enos, Enoque, Noé e Abraão.   Quem tiver esta bendita fé e colocar sua vida totalmente nas Suas mãos, verá a glória de Deus.


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