A Pergunta que V. queria que Jesus lhe fizesse
Comentarios desactivados en A Pergunta que V. queria que Jesus lhe fizesseenero 25, 2013 by Bortolato
Esta pergunta foi feita por Jesus e encontra-se no final do texto de Lucas 18:35-43.
É a história do cego de Jericó. Diz assim:
“Aconteceu que, ao aproximar-se ele de Jericó, estava um cego assentado à beira do caminho, pedindo esmolas. E, ouvindo o tropel da multidão que passava, perguntou o que era aquilo. Anunciaram-lhe que passava Jesus, o Nazareno.
Então ele clamou: – Jesus, Filho de Davi, tem compaixão de mim! E os que iam na frente,o repreendiam para que se calasse; ele, porém, cada vez gritava mais: – Filho de Davi, tem misericórdia de mim! Jesus mandou que lho trouxessem. E, tendo ele chegado, perguntou-lhe:
– Que queres que te faça¿”
Cegos são pessoas que, tendo perdido o sentido da visão, ou, para alguns, isso lhes faltou desde que se conhecem por gente, pessoa, resta-lhes desenvolver, da melhor forma que podem, os demais sentidos, mormente o ouvir, a audição e o tato.
Se convivêssemos com pessoas assim, nós notaríamos que estes são sensíveis, pessoas em geral dóceis, dependentes de pessoas que os conduzam, que os guiem pelos caminhos, avisando-as dos obstáculos como pedras, elevações, buracos ou depressões do solo, do chão, se devem dar seus passos mais à direita ou à esquerda.
Infelizmente, nem todas as pessoas que com eles convivem têm a paciência necessária para facilitar os caminhos e a vida desses deficientes visuais, e com isso, as dificuldades de uma pessoa assim acabam se avolumando, e a vida delas torna-se mais árdua, mais dura do que poderia ser.
Jà na Lei de Moisés, especificamente em Levítico 19: 14, o Senhor, na Sua misericórdia extensiva aos deficientes, já havia dito: – “Não amaldiçoarás o surdo, nem porás tropeço diante do cego, mas temerás o teu Deus. Eu sou o Senhor!”
Isto significa uma ordem de Deus, a fim de que venhamos a sensibilizar os nossos corações para este tipo de pessoa. O Senhor, ainda que tenha alguém esse tipo de deficiência, está atento aos seus clamores, e ouve-lhes as suas orações.
A Lei mosaica ordenava para que “…não se ponha tropeço diante do cego…” exatamente porque nas sociedades em que estas pessoas vivem, não falta quem zombe, quem se esqueça da misericórdia, e ainda, em tom de brincadeira sem graça, coloque tropeços diante dos cegos. É alguém necessitado,carente de cuidados.
No Livro de Juízes, capítulos 11 a 16, lemos acerca de um homem chamado Sansão, que, devido à sua displicência e desobediência aos seus pais, veio a se envolver com uma mulher com quem nunca deveria ter-se envolvido.
Era sua mulher, ma do povo inimigo. Era, provavelmente, a beleza dos seus sonhos, uma mulher fisicamente muito bela, mas que tinha o seu coração vendido ao inimigo. Por mais que Sansão lhe dedicasse o seu carinho e amor, ela não dava para isso a importância que dava para aqueles que queriam destruir o seu parceiro, companheiro fiel.
Sansão nunca devia ter sequer começado o caso com ela, mas uma vez começado, não deveria ter dado continuidade, mas deu. Não deveria ter-se deixado levar para um relacionamento como esse, mas deixou as águas rolarem, e assim, passou a dormir com uma inimiga.
Não deveria, acima de tudo, ter revelado os segredos de Deus, que lhe dava forças para lutar, forças extraordinárias, notadamente sobrenaturais. Revelou seu segredo, e dormiu com a cabeça sobe o colo de sua inimiga. Resultado, perdeu suas tranças, seus cabelos, perdeu a sua força, aquela que o Senhor lhe dava, perdeu aquela mulher que tanto lugar tomava em seu coração, perdeu a sua liberdade, perdeu também o dom da visão dos seus olhos. Os seu inimigos vazaram seus olhos com ferro.
Isto aconteceu porque ele não se cuidou com a maneira de se preparar para selecionar melhor a pessoa a quem deveria casar-se, relacionar-se, e por isso, dormiu com a cabeça no colo do diabo.
Quantas pessoas não fazem também o mesmo, e não estão dormindo cocm o diabo, enquanto ele está tramando coisas contra estas¿
O fato é que Sansão tornou-se um cego, escravo e, não bastasse isso, passaram a zombar dele enquanto ele se atrapalhava todo com a sua cegueira.
Passou a ser um palhaço, nas mãos de seus inimigos, nas horas vagas, além de ser um escravo que empurrava um moinho no cárcere.
Esta nunca foi a vida que Deus lhe havia preparado, mas Ele, o Senhor ouviu o seu clamor. Sansão orou, e mesmo cego, matou a milhares, mais do que tinha ferido em toda a sua vida.
Deus sempre faz tudo perfeito. O primeiro Adão era perfeito, e o segundo Adão, mais perfeito ainda. Jesus Cristo veio a este mundo em atenção a cada um de nós, e, no seu percurso, encontrou alguns paralíticos, leprosos, outros enfermos , e, dentre estes, alguns cegos.
VIVENDO A DERRADEIRA CHANCE:
Era, já então, a última semana da vida e ministério de Jesus nesta terra, antes de sua crucificação, naquela semana da Páscoa.
Jesus ia passando pela entrada de Jericó, pela última vez, pois estava a caminho de Jerusalém, aonde seria preso, maltratado e crucificado. Jesus sabia muito bem disso, mas a multidão que o cercava, não.
Jesus ia passando pela estrada de Jericó, pois, pela última vez em sua jornada como homem nesta terra.
Multidões cercavam-no, e isso já era algo comum no Seu ministério. Era o que mais acontecia. Quanto mais se aproximava da cidade, mais numeroso ia tornando-se o povo ao seu redor.
Alguns corriam ao Seu encontro, desejosos de vê-Lo, quem sabe ouvi-Lo falar-lhes alguma palavra profética que viesse a surtir efeito e transformar sua vida, ou quem sabe,se não receberiam um toque especial que lhes traria o poder celestial invadindo seus seres, curando-lhes enfermidades incuráveis, abençoando suas vidas, enchendo-os da Sua graça, do amor, da compaixão de Deus, transformando-lhes não somente o físico, mas também o seu caráter!
Eram momentos de muita expectativa e a Bíblia diz que aquela multidão que corria pela estrada de Jericó começou a produzir um ruído de tropel, cada vez mais intenso.
Um cego ali, à beira do caminho, estava levando uma vida muito limitada. Era alguém que o conduzia até aquela beira de estrada, e ali ele passava o dia , pedindo esmolas.
UMA OUTRA DEFICIENTE:
Certa vez, numa das ruas movimentadas de Curitiba, minha esposa viu uma mulher paralítica, assentada sobre uma cadeira de rodas, também pedindo esmolas. Seu estado era realmente deplorável. Alguém a deixava ali, à beira do caminho, sozinha, magérrima, e seu corpo tinha o tamanho do corpo de uma criança.
A multidão passava por ali, naquela rua movimentada, e mais ou menos 99,999% não lhe dava absolutamente atenção alguma.
De repente, aquele corpo franzino e aleijado, vira-se para o lado, e começa a se sacudir em soluços.
O que foi¿ O que a teria feito levar às lágrimas de comoção¿ A multidão nem percebeu isso. Se alguém a viu, também deve ter pensado: – “Esta é uma coitada, mas que posso eu fazer ? Nada, e por isso não vou parar.
– (Outros) – “Não tenha nada com isso,isso não é da minha conta…”
– (Outros) – “Não tenho tempo agora, eu tenho os meus compromissos… vou-me embora!
-(Outros) – “Tenho mais o que fazer na vida, além de ficar dando atenção para esse tipo de gente…”
Parece que a dor do nosso próximo sempre é menor do que a nossa, qualquer que seja ele.
O SENHOR É JESUS?
Houve, certa ocasião, uma convenção da área de vendas, e muitos vendedores vieram de longe até aquele local.
No final daquela última reunião, as atividades se estenderam além do horário previsto, e aqueles vendedores tiveram-se apertados no horário para pegar o avião que os levaria de volta para sua cidade de origem.
Com isso, aconteceu uma correria de gente com suas malas nas mãos, nas costas, bolsas, maletas, e naquele corre-corre, tinham de passar por um corredor cheio de comerciantes ambulantes à beira do caminho.
Daí, uma das malas tocou numa cesta , e esta virou, e rolou maçãs por todos os lados. Na correria, alguns ainda pisaram em algumas daquelas maçãs, e a mulher que as vendia começou a chorar, no seu desespero.
Um daqueles vendedores viu isso enquanto ia passando, tentando alcançar o sue avião a tempo, e os seus colegas, na pressa, iam passando e ainda chutando as maçãs para mais longe ainda.
De repente, aquele homem parou, e avisou aos colegas: – “Eu vou voltar – avisem minha esposa que não pude pegar esse avião, e por isso vou chegar mais tarde em casa, pois eu ficarei para o próximo voo”.
Dito isto, ele voltou, e comoçou a buscar as maçãs espalhadas pela rua, e tenta recompor o balaio de frutas. Algumas maçãs já estavam pisadas, outras esfoladas, e outras se perderam, mesmo. O balaio ficou mais vazio, mas, tentando consolar aquela simples vendedora de frutas, ele percebeu que ela era cega, e então ele pôde entender melhor o porquê daquele choro, daquele lamento comovido, de alma doída.
Parou um pouco, pensou, e pediu-lhe muito que desculpasse o que seus colegas fizeram, e no final, entregou nas suas mãos a importância de R$ 100,00, dizendo que era por conta dos prejuízos.
Apanhou, enfim, suas malas, e novamente se pôs a caminho de sua casa. Quando tinha dado as costas àquela mulher cega, ela lhe dirigiu a seguinte pergunta: – “O senhor é Jesus?”
Esta pergunta é muito significativa, porque a pessoa que na Bíblia se diz que se incomodava com o clamor e o choro, a dor de cegos à beira dos caminhos, é Jesus, e aquele vendedor pareceu ser o Senhor Jesus para aquela mulher…
CLAMANDO E SENDO OUVIDO…
A multidão de Jericó apenas informou a Bartimeu, o cego , que Quem estava passando por ali era Jesus Nazareno, e ele começou a clamar:
– “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”
Os que passavam ainda o repreendiam, ordenando que ele se calasse! Vejam só! O mundo já deu tantas voltas, mas o caráter mesquinho de um povo parece que continua o mesmo. Os homens parecem que estão no meio de uma “roda viva”, aquelas rodas que giram, e giram sem parar, e nos circos colocam uns artistas circenses para correrem lá dentro, e quem não correr, acaba caindo. `As vezes, colocam palhaços lá dentro, para vê-los mesmo caírem, serem jogados para lá e para cá, dentro daquela roda, como que numa loucura.
Bartimeu, porém, sentindo que aquela chance poderia nunca mais se repetir, começou a clamar cada vez mais alto. O povo insistia para que se calasse, mas quando é que Jesus passaria por lá outra vez? Ele clamava e clamava, mais e mais!
Esta era uma voz da fé e da esperança, que carecia ser ouvida.
Jesus parou. Ele não podia, ainda, vê-lo em meio à aglomeração de gente ao seu redor, mas podia ouvi-lo gritando. Vozes de pessoas por todos os lados, pareciam querer abafar a voz do cego, mas Jesus, enfim, ouviu-a, e parou!
Era um ser humano, era uma alma que sofria. Era alguém, uma pessoa, um ser criado por Deus!
Ele, Jesus, o Criador, repentinamente, ouviu a voz de alguém que Ele queria que fosse um homem completo, perfeito, com visão perfeita, desde o nascimento, mas aquele homem era cego. Porque razão era cego, a Bíblia não o diz, mas ainda que fosse por causa dos seus pecados, como foi o caso de Sansão, Jesus queria restaurar-lhe a luz dos seus olhos, e Bartimeu clamava para a pessoa certa!
Jesus, então, mandou que lho trouxessem. O homem não podia localizar a Jesus espontaneamente, e por isso alguém o tomou e o clamor de Bartimeu começou a cessar.
Chegado à presença do Senhor, aquele cego sentiu naquele momento que tinha dado os passos mais esperançosos , felizes e alegres de toda a sua vida.
JESUS PERGUNTA-NOS: QUE QUERES…?
Que queres que te faça?
Esta pergunta, Jesus faz a cada um que se achega a Ele com fé e esperança, como Bartimeu se lhe achegou.
Quem pergunta é o Senhor do Universo, o nosso Criador, Aquele que tem o poder nas mãos para curar e abençoar! Aquele que ama a sua alma, a sua vida, e que não somente para a sua trajetória de passagem, para também perguntar:
– “Que queres que te faça¿”
Num ato de fé e coragem, diante de todos, aquele cego exprimiu o seu desejo maior, aquilo que vai no mais profundo do seu coração, sem medo de estar passando pelo ridículo, diante de toda uma multidão de gente que ele nem conhecia, não sabia quem eram, e nam de onde vinham, nem quantos eram:
-“Senhor, que eu torne a ver”
O Senhor nos diz também a nós, a cada um de nós: – “Que queres que eu te faça¿”
O que V. quer, do mais profundo da sua alma¿ Jesus pergunta. Ele tem o poder nas mãos para transformar o impossível no possível.
Tudo é possível ao que crê.
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