Andando no Vale das sombras da morte
Comentarios desactivados en Andando no Vale das sombras da mortediciembre 17, 2012 by Bortolato
Os sofrimentos da vida são um tema que já colocou muitos filósofos e muitos religiosos para pensar longamente.
O fato é que ninguém passa por esta vida sem conhecer pelo menos um pouco desse lado sombrio da existência.
Parece que o sofrimento se descobre quando alguma dor ou desconforto se nos apresenta. Às vezes a dor é somente física – às vezes alcança somente a alma e então chamamos aquilo de «tempestade» da alma. Algumas vezes essas duas espécies de dor se nos mostram simultaneamente, e isso torna tudo mais difícil.
Quando nascemos, despontamos para a luz, mas os sofrimentos já começam com o nosso parto. Lembro-me que minha mãe dizia que eu nasci de um parto irregular. Toda criança dentro do ventre materno sofre certa pressão interior que a empurra para fora. O normal é que os bebês apontem primeiramente a cabeça, tendo a parte traseira do corpo para ser empurrada para fora, como ponto de pressão.
No meu caso, foi ao contrário- nasci de pé. Seja como for, sobrevivi, e vim à luz.
Qualquer que seja a maneira de nascer, toda criança tem que respirar pela primeira vez, e para isso é que elas levam um tapinha – para levarem um choque e, com os traumas todos todos daquele momento, abrirem os pulmões, respirar e chorar.
O sofrimento parece tão arraigado à nossa raça, que temos que nascer chorando, em meio a pressões, puxões, e um tapa final. Pois desse jeito é que só temos que chorar, mesmo!
A vida, porém, continua, e se ficassem os traumas somente para o momento do nosso parto, isto seria uma pequeníssima parte do todo, na verdade, quase nada. A vida é que, no transcorrer do tempo, vai nos mostrando mais sofrimentos. Todos passam pelo vale de lágrimas. Não vi, até hoje, nenhuma exceção.
O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE ISTO:
Para melhor esclarecermos essa questão, vamos abordar os sofrimentos de algumas pessoas que na Bíblia revelaram seus momentos difíceis, de indecisão, de angústia, de dor, e temos da morte.
OS SOFRIMENTOS DE DAVI:
Era um menino gentil, bem disposto, e que, a princípio, levava a vida «na harpa», para não dizermos «na flauta».
Era pobre, mas não miserável. Pastor das ovelhas de seu pai, pastoreava com muita alegria, cantando ao som de sua harpa. Era um menino feliz. Não tinha graves problemas.
Um dia um leão e um urso vieram raptar uma ovelha de seu rebanho. Já estava crescido, e já havia aprendido a lutar. Em vez de lamentar-se a perda já bastante definida daquela ovelha, em vez de conformar-se com aquela situação, foi imbuído de um espírito de luta e não aceitou a perda. Entrou na questão a fundo, e libertou a ovelha, matando a ambos os predadores.
Mais adiante, viu a um gigante de cerca de 3 metros de altura ameaçando o seu povo, e insultando aos seus, convidando-os para uma luta desigual. Em nome do Senhor, foi Davi e o venceu. Ao ver que estava sendo motivo de muitas alegrias para aquele seu povo, Saul começou a persegui-lo para o matar.
Sozinho contra um rei e todo um exército, sem nem ter idéia de como o seu mundo estava desabando, só tinha um ímpeto: fugir e fugir, indo de cá para lá e de lá para cá. Para o acompanhar, cercou-se de homens problemáticos que aos poucos iam-se juntando a ele.
Parecia que, a cada dia, a morte se aproximava mais e mais… A cada dia, uma nova ameaça o rondava. Era um homem condenado, e sua vida estava por um fio. Nesse tempo, compôs muitos salmos.
De repente, soube que Saul, seu rei e grande perseguidor, havia morrido em uma batalha. Saul era o seu sogro e maioral sobre Israel, antes seu admirador, e depois seu algoz. Ainda assim, lamentou a morte de Saul e de seus filhos, mormente a de Jônatas.
Os inimigos de Israel, ao saber que Davi subira ao trono de seu povo, começaram a cercá-lo. Os filisteus foram os seus principais inimigos. Teve que lutar muito, guerra após guerra, até que um dia se viu com mais folga e louvou a Deus. No Salmo 18, vemos a expressão de sua gratidão ao Senhor, que esteve ao seu lado, e o livrou.
OS SOFRIMENTOS DE JÓ:
Outro homem que passou pelo vale das sombras da morte. Jó.
Era, ao que tudo indica, apesar que muitos não gostem dessa classe, era um homem rico e bem sucedido. Tinha uma família relativamente grande, com esposa, sete filhos e três filhas. Era uma família feliz, de bem com a vida.
Ao contrário de Davi, não vivia em guerra, apenas servia a Deus e possuía um coração muito crente, fiel e temente ao Senhor seu Deus. Quando orava, transbordava na sua sinceridade, o amor que tinha pelo seu Deus. Era justo, não oprimia a ninguém.
Respeitado, visto por todos como um homem poderoso deste mundo, embora não se tenha destacado nele qualquer vestígio de trajetória política.
Tinha uma vida muitíssimo boa e estava satisfeito com isso. Quem não deveria estar, em seu lugar? Certo dia, porém, chegaram sombras densas em sua vida. Satanás desafia a Deus e envolve a Jó numa dusputa. Como resultado disso, sobrevieram coisas desagradáveis:
- Jó é acusado de ser mercenário, que só é fiel a Deus porque Deus o abençoa.
- A acusação se deu no céu, perante o Trono de Deus.
- Deus aceita o desafio, e Jó é envolvido em um drama terrível, que ameaçou toda a sua existência, tornando-o num miserável, sem esperanças, sem mais nenhuma riqueza, desfilhado, sem o apoio de sua esposa que, ao que tudo indica, o abandonou, chamando-o indiretamente de «idiota».
- Perdeu seus amigos, apenas restando três deles, que não hesitaram em acusá-lo de culpa pelo seu estado.
- Examinando o drama de Jó, vemos que nenhum de nós passou por isso, nem a pela metade.
- Num lugar e numa época em que não tinha ao alcance uma revelação de Deus, nem dons espirituais, para consolo e conforto do seu espírito, ele suportou tudo sem saber que era o ponto da questão de discórdia e de desafio do diabo perante Deus.
- Ficou confuso, sim, extremamente, mas não perdeu o juízo e o temor de Deus.
- Ficou triste, sim, e muito. Imagine-se no seu lugar.
- Ficou abatido, sim, não pouco.
- Ficou perplexo, como que «congelado», sem saber o que pensar, e muito menos o que fazer.
- Desanimou da sua fé em Deus? Não, pois permaneceu fiel ao seu Deus e a tudo o quanto aprendeu que a Deus se relaciona. Fosse o que quer que fosse, perdesse Jó a sua saúde, perdesse os dedos das mãos, os olhos do rosto, ou as suas pernas, até, o seu Deus sempre seria Aquele Ser maravilhoso que um dia Se lhe deu a conhecer, e que ele bem sabia que um dia O veria face a face, com graça, e que, despojado de tudo, ainda teria um encontro feliz, onde surgiria o seu Senhor como o seu Redentor eterno, e que eternamente viveriam ainda muito bem, como grandes amigos, selando mais forte ainda a Sua aliança.
Final da história: o Seu grande Amigo, a quem jamais deixaria, foi Quem também lhe surgiu diante de si, e deixou-lhe uma lição tremenda de amor e fidelidade, revelando-lhe também infinda grandeza.
Jò voltou a ser próspero, vencidos ficaram Satanás e seus enviados, apesaar de todas as pressões que fez para levar aquele homem crente fiel à apostasia.
Esta história faz lembrar de um certo Sebastião, um homem a quem conheci. Eis que ele não tinha a aparência de um rosto normal. O câncer tinha-lhe devorado parte do queixo e de seu rosto, o que, depois de uma cirurgia para eliminação das células malignas, deixou-lhe desenhada uma enorme cicatriz, que revelava a todos que o vissem, esta história de algo terrível que lhe sobreveio um dia.
Nos seus sofrimentos, apenas pedia a sua mãe para que, juntamente com as crianças de um certo colégio evangélico, que orassem a Deus em seu favor.
Um dia Sebastião viu que Jesus o estava visitando naquele quarto de hospital. Foi logo após ter sido operado.
Jesus lhe deu saúde, e livrou-o da morte! Jesus é maravilhoso!
OS SOFRIMENTOS DO MESSIAS:
Se alguém pensa que tem uma vida sofrida, agora olhe para a vida de Jesus.
Ele nasceu pobre, numa manjedoura. Ele era mais do que um simples rei. Ele é o Filho de Deus, e o Messias que tinha e tem direito ao trono de Israel.
Não lhe deram o trono e nem a honra – pelo contrário, quando nasceu, mandaram matá-lo dentre as criancinhas de Belém – não o conseguiram porque o Senhor enviou anjos para guiar a seus pais.
Viveu todaa a sua vida para Deus, o Pai que O enviara.
Apesar das dificuldades da vida, teve uma vida alegre. Com muito trabalho, sem dúvida, mas smuito persistente.
Orava por enfermos, libertava os cativos do diabo. Ressuscitava mortos
Deu muita alegria a todos os que O seguiram.
Tinha, porém, uma missão final em sua vida, que impulsionava o seu coração, ao mesmo tempo em que o moía por dentro:
– Ele queria abdicar de tudo, e também até da vida, a fim de nos deixar aberto o caminho para a salvação.
– Angustiou-se muito por isto. Getsêmani era o seu lugar preferido, de receber revelações da glória de Deus. Ali, entretanto, foi que teve que sofrer muito, até que sentisse que seria vitorioso. Suas mãos já estavam suando gotas de sangue, pouco antes de ser preso.
– O flagelo, a coroa de espinhos, o julgamento da rejeição de seu povo, a via crucis, a crucificação, e por fim a sua morte.
Mas, dirá alguém, Ele não era o Filho de Deus? Era e é. Como? Pàra dizermos a verdade, foi Ele mesmo que escolheu assim. Ninguém O obrigaria ou convenceria a tanto, se Ele não o aceitasse. Ele próprio escolheu o caminho da cruz. Seu destino, porém, era o Trono.
O profeta Isaías, pois, foi quem escreveu que «o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. » (Is.53)
«Homem de dores, experimentado em trabalhos, e que sabe o que é sofrer»
Este Jesus mesmo, ressuscitou dos mortos, e cremos que sua vida se faz presente aqui e onde quer que estejam dois ou mais reunidos em Seu Nome.
Seu poder de ressurreição está disponível a todos quantos o queiram receber. A todos quantos O receberam deu-lhes o poder de serem chamados filhos de Deus.
É hora de nos ligarmos com Jesus! Não somente aceitá-Lo, mas receber tudo o quanto se pode receber das mãos de Deus. Ele está desejoso de derramar bênçãos sobre nossas vidas. Tudo vai mudar, até o dia de seu breve retorno. Deixemos que Ele nos mude e transforme, pois será para muito melhor!….
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