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APOCALIPSE – II

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febrero 4, 2014 by Bortolato

Jesus virá 

 

OS CENÁRIOS DO LIVRO:

 

 

1a. CENA:

                        A figura central neste primeiro capítulo é Cristo, que Se reapresenta perante João, e, por extensão, a todas as suas igrejas, espalhadas por toda a terra.

                        A visão de Cristo é tremenda!   As suas palavras, as mais fortes do toda a Bíblia, de toda a Revelação de Deus!

                        Ele promete uma bênção a todos quantos lerem a mensagem desse livro, àqueles que guardarem essas suas palavras.

                        “Porque o tempo está próximo”.   O tempo tem facetas anacrônicas.   Um minuto entre uma palavra e outra de uma palestra é muita perda de tempo, mas 2000 anos diante da eternidade são quase nada.

                        – Ele é a testemunha fiel, o Profeta que conhece tão bem o futuro como o passado e o presente.

  • Ele é o primogênito ressurreto dentre os mortos.
  • Ele se coloca bem no meio dos castiçais.
  • Ele se veste com as vestes de um sacerdote eterno (1:13).
  • Ele tem cabelos alvos que denotam pureza e eternidade.
  • Ele tem olhos como chamas de fogo.   O Seu olhar perscruta e sabe de todos os pensamentos dos corações.  Ele conhece o profundo íntimo de nossas almas, até mesmo aquilo que desconhecemos ao nosso próprio respeito.
  • Seus pés são semelhantes ao bronze reluzente, como a cor do bronze polido.
  • O brilho de sua glória o cobre da cabeça aos pés.
  • Sua voz é como o som de muitas águas.  Como o da queda de Foz do Iguaçu, ou como o barulho de grandes e tremendas ondas do mar, na sua arrebentação.   Faz tremer a terra (Salmo 29:8).

João foi arrebatado no dia do Senhor, isto é, no dia “da vingança do Senhor”, pois que ele é arrebatado em espírito, e, logo após escrever as cartas às 7 igrejas da Ásia Menor, ele é chamado por Deus, que lhe diz: – “sobe até aqui” (4:1), referindo-se ao céu.

Na presença de Deus, não há distinção de dias – um dia são como mil anos, e mil anos como um dia.

                        Jesus surge por detrás de João, e começa a falar-lhe, e quando João se volta para ver quem era aquele que lhe falava, viu um tipo de castiçal judaico, de sete ramos, cada qual com o seu candeeiro, e no meio dos candeeiros, teve aquela visão maravilhosa de Cristo em sua glória.    O apóstolo caiu aos pés do Senhor Jesus, mas foi tocado por Sua mão e pôde se recompor.

                        Jesus começa a lhe falar que Ele é aquele que foi morto, mas vive pelos séculos dos séculos (toda a eternidade, afinal), e que Ele tem nas mãos as chaves da morte e do inferno.  Com isto, Ele quis dizer que, afinal, com a sua Ressurreição, Ele esteve no Inferno, e pregou aos espíritos em prisão (demônios, cf. I Pedro 3:18 e I Tim. 3:16).   A sua pregação aos demônios, enfim, seria no sentido de mostrar que tais chaves já estavam na posse de suas mãos, e isto significa que Ele tira do inferno quem Ele quiser, e tira da morte a quem Ele o queira tirar.

NOTA TEOLÓGICA:

QUEM ERAM OS ESPÍRITOS EM PRISÃO, DE I PEDRO 3:18?

Reescrevemos o trecho sagrado:

“Pois Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para levar-vos a Deus; morto, sim, na carne, mas vivificado no espírito, no qual também foi e pregou aos espíritos em prisão, os quais, noutro tempo, foram desobedientes quando a longanimidade de Deus aguardava nos dias de Noé, enquanto se preparava a arca…” (I Pe. 3:18-20)

É muito significativo que o apóstolo S.Pedro não usou, neste texto, o verbo grego “evangelizo”, o qual tem o sentido de “compartilhar as boas novas”, o que quer dizer que Jesus não evangelizou aos espíritos em prisão.   Logo, não foi dada àquele auditório a opção de aceitar ou rejeitar as boas novas do evangelho.

O texto original reza assim no verso 19:

“en ô kaì toîs em psylakê pneúmasin poreutheis enkéryxen”

Vemos que o verbo aqui utilizado é enkéryxen, desinência do verbo kerysso, o qual se usava para mostrar a ação dos arautos dos reis, quando estes eram designados a proclamar leis, decretos, ordens, e comunicados afins, a respeito de coisas que todos os cidadãos passariam então a ficar cientes.

Ora, sabemos que os mortos não inscritos no Livro da Vida participarão somente da segunda ressurreição.   Em Apocalipse 20:12-14 lemos que “a morte e o Hades” serão  jogados no lago de fogo”, logicamente após passarem pelo julgamento do Trono Branco.  Notar que não se menciona que os que ficaram por um pouco de tempo no Hades teriam ficado presos a corrrentes, como foi o caso dos demônios em II Pedro 2:4.  O livro de Enoque 20:2 também o atesta assim. Estes últimos permanecerão no “Tártaros” (não no Hades) até o dia de seu julgamento e condenação.

Esclarecimento: ambos os termos “hades” e “tártaros” são traduzidos indevidamente para referirem-se ao inferno, mas estes têm conotações diferentes.   O Tártaros é o lugar destinado a prender demônios, até o dia de seu julgamento.  O hades seria a subcâmara onde os mortos não salvos estariam aguardando julgamento.

Em I Pedro 3:22 lemos que “pela ressurreição de Jesus Cristo que subiu aos céus e está à mão direita de Deus, havendo-se-lhe sujeitado os anjos(gr.=angelos), e as autoridades (exousíon) e as potestades (dynámeon).

Continuando o nosso raciocínio, remetemos o leitor ao texto de I Timóteo 3:16

“E certamente grande é o mistério da piedade:  Aquele que foi manifestado na carne, foi justificado no Espírito, visto dos anjos, proclamado entre as nações (gentios, Gr.=ethnesin), crido no mundo e recebido em glória”.

Assim, vemos que, sem dúvida, o público alvo da pregação do Senhor Jesus, quando Ele esteve em algum momento após Sua morte, no Tártaros, ali pregou a demônios o seu sermão de autoridade (conf. Colossenses 2:14-15), que lhes despojou publicamente com Sua morte vicária, tomando-lhes das mãos o poder da morte (Hebreus 2:14), e assim Ele pôde dizer categoricamente:

“… tenho as chaves da morte e do hades”. (Apocalipse 1:18)

Esclarecendo:  Hades é uma versão grega da palavra hebraica “Sheol”, e este último seria o mundo dos mortos, tanto bons como maus, aguardando o seu dia da ressurreição.   Já a parábola do rico e do lázaro nos atesta que há uma divisão bem definida entre o lugar dos mortos justos (ou melhor dizendo, justificados pela graça) e o dos perdidos, definindo o hades como subcâmara dos maus, e o “Seio de Abraão” como a subcâmara dos salvos.

Tártaros – local onde ficaram os demônios, espíritos em prisão, presos em correntes e cadeias.

 

                        O Senhor ordena-lhe a escrever as coisas que ele vier a ver, tanto as presentes como as futuras.   Ele deveria escrever a 7 igrejas.    Certamente que o mundo de então não se resumia a 7 igrejas, mas aquelas 7 eram importantes, porque resumiam as mensagens que Deus queria transmitir àquelas comunidades todas geradas pelo poder do Santo Espírito.

                       

 

2o. Cenário: AS 7 IGREJAS: –

 

 

                        Estas 7 igrejas são especiais, porque estas foram tomadas por formas ou espécies de igrejas que reúnem, resumidamente, o que Jesus queria dizer a todas as comunidades cristãs daquela época, e de séculos que haveriam de vir após isto.

                        Jesus nunca tinha rogado a um povo, como rogou às igreja que ouçam as suas palavras.    As igrejas, ainda hoje,  não querem olhar para si mesmas, rejeitando , via de regra, uma análise crítica tão franca, tão aberta, e tão incisiva.    Se fosse algum homem que tivesse feito tais comentários, talvez não seria nem mesmo lembrado por tais observações, mas aqui é diferente – é o próprio Senhor da Igreja quem fala!

                        É muito interessante, estupendo e tremendo notar que essas igrejas são enumeradas uma a uma, numa seqüência que nos mostra a evolução dos problemas que a Igreja do Senhor enfrentou, os tipos de comunidades que ela assumiu como um todo, de um modo geral, no decorrer da história.

                        Diríamos que estas comunidades foram desenvolvidas no tempo da seguinte forma:

 

IGREJA

CARACTERÍSTICA

PERÍODO

ÉFESO Era apostólica 1º século
ESMIRNA Perseguida Entre 100 e 316 d.C.
PÉRGAMO Favor Imperial De 316 a 500 d.C.
TIATIRA Idade das Trevas De 500 a 1500 d.C.
SARDES Sob clima das Reformas De 1500 a 1700 d. C.
FILADÉLFIA Acesa a chama missionária De 1700 a 1900 d. C.
LAODICÉIA Sob influência da Apostasia Do século XX até o presente

 

    

                        Certamente que existiram todos esses tipos de igreja, em toda a história eclesiástica, um pouco de cada, em lugares diversos do mundo, mas devido a problemas próprios de cada época, verifica-se que havia, em cada época, a necessidade de a maioria delas ter de receber uma palavra própria para essa época.   Quando vemos essas palavras se encaixarem tão perfeitamente em épocas que lhes eram mais necessárias, tudo dentro de um cronograma como o que vemos acima, chegamos à conclusão que até mesmo a disposição seqüencial em que foram colocadas é profética.

                        Jesus diz a João para escrever ao anjo de cada igreja.   A palavra anjo, em grego “aggelos”, significa também “mensageiro”, e deveria ser escrita para o líder espiritual daquela comunidade, daquela igreja local.

                        Vejamos o que o Senhor fala a cada uma delas.

 

 

CARTA À IGREJA DE ÉFESO:

 

(Apoc. 2:1-7)

 

CARACTERÍSTICAS DA CIDADE:

                        Éfeso foi a principal cidade da Ásia Menor.

                        Cidade mutável – foi uma cidade que recebeu um influxo dos mais variados de mudanças muito drásticas no pensamento humano.   O Cristianismo lá chegou como mais uma mudança drástica.   Poderíamos dizer que “o Cristianismo nasceu na tormenta, alimentou-se no ciclone e varreu o mundo como um tornado”.  Éfeso representou bem esse período por sua natureza mutável.

                        Vanguarda de Comércio: – como cidade portuária, constituía uma porta de entrada para o comércio na Ásia Menor.

                        Cidade de templos formosos: sede dos adoradores de Diana, deusa considerada na mitologia como a “mãe dos deuses” (o título dado a Maria como “mãe de Deus” no Concílio de Éfeso, 451 a.D. fez uma estranha ligação e imprópria com aquele culto idólatra dessa chamada deusa) que tinha características semelhantes às de Astarote, que exigia ritos de orgia e de práticas sexuais altamente imorais, como forma de adoração pagã.  Seu templo mantinha muitas prostitutas sagradas, e é, ainda que em ruínas hoje, considerada uma das 7 maravilhas do mundo antigo.  Tinha 1.000 m2 de área construída.

                        A história do templo de Diana é pictórica: o primeiro templo, o original, foi construído em 480 a.C. e destruído pelo fogo em 356 a.C., na noite em que nasceu Alexandre, o Grande.   Foi reconstruído em 120 anos por donativos de toda a Ásia Menor, e se refez me mármores vermelho, azul, amarelo e branco.  Fala-se que gastaram uma fortuna em sua construção.   Fala-se também que o apóstolo João, determinando em sua autoridade numa guerra espiritual, profetizou a sua destruição, e, naquele momento desabou o teto daquele templo.      O fato é que foi quase totalmente destruído em 262 d.C. pelos godos, e hoje, não passa de ruínas.

 

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA:

                        Representou, de modo genérico, as igrejas do I século da era cristã.

                        Foi elogiada pelo Senhor por seu zelo muito forte.

                        Trabalhava sem se cansar.  Devido ao seu trabalho, os crentes em Éfeso chegaram a queimar em praça pública muitos livros pagãos de grande preço (At.19:19).

                        Eram leais às doutrinas.

                        Puseram à prova pessoas que se autodenominavam apóstolos e não o eram de fato (II Cor. 11:4-6).   Fizeram-nos mentirosos.

                        Odiavam as obras dos Nicolaítas, que eram práticas licenciosas e imorais disseminadas dentro da igreja, talvez cedendo às influências do mundo pagão que rodeava em Éfeso, cidade imoral e pervertida.

                        A Palavra de Deus era sua regra de fé.

                        Timóteo era, provavelmente, o pastor daquela igreja, quando João estava escrevendo.

                        Parecia ser uma igreja perfeita, mas…

 

REPROVAÇÃO DO SENHOR:

                        “Tens abandonado o primeiro amor…”

                        Todo trabalho, fé, exercício dos dons, ministérios, e etc., são vãos, se não forem feitos com amor.

                        Sutilezas do diabo, muitas vezes sugerem à igreja de Cristo: “não seja tão fanático”:

  1. V. pode fazer tudo o que V. faz para a igreja, mas para quê tanto?
  2. Ora, se V. já está num ponto razoável de fé e vida espiritual, não precisa se preocupar, pois se V. esfriar só um pouquinho, é só um pouquinho!!!
  3. Faça menos oração.   Não precisa ir tanto à igreja, nos cultos.  Não se estresse tanto.  Não se apoquente.  Não esquente a sua cabeça.  V. não tem vocação para ser piegas.  Afinal, todos nós também somos de carne e osso. E assim, vai-se diminuindo aquele fogo do primeiro amor a Cristo.
  4. Pequenos pecados não são tão importantes…  não fazem mal… afinal, todos somos pecadores.   O pecado do meu irmão vizinho é mais grave que o meu, e ninguém fala nada!   Se ele pode pecar, também eu, ora bolas!
  5. Já tenho os meus dons! Já sou espiritual!  Para quê mais?CONSELHOS:
    1. Lembra-te de onde caíste (e das primeiras obras).
    2. Arrepende-te: arrependimento não é só para não-crentes.
    3. Pratica as primeiras obras: Com amor.  Obras sem amor são como que produzidas por máquinas pura e simplesmente.  O Senhor não aceita obras feitas por “robôs”.

PROMESSAS:

                        “Ao que vencer, dar-lhe-ei de comer da árvore da vida, que está no meio do Paraíso de Deus”.

                        Aquilo que foi vedado a Adão comer, da árvore da vida, nós comeremos, se formos vencedores.   Temos porém um desafio a ser vencido, antes disso.  A igreja de Éfeso precisava vencer a tendência de cair no esfriamento espiritual gradativo e temporariamente parcial.   Precisamos nos cuidar quanto a isso também.   Hoje, em Éfeso, para cumprir a profecia, não se sabe de nenhuma igreja ali estabelecida.   A igreja primitiva de Éfeso, afinal, perdeu o seu lugar para candeeiro.  Isto significa, a igreja de Éfeso perdeu a luz.   O islamismo tem penetrado ali, e sabe-se que existe uma dificuldade muito grande de infiltração da Palavra de Deus.   Na verdade, aquela igreja local que recebeu a carta qye João lhes entregou da parte do Senhor se arrependeu, e veio novamente a brilhar, mas mais tarde veio a novamente esfriar no amor.  Isto também se aplica a nós.   Se não nos arrependermos desse mesmo tipo de atitude reprovada, e não as vencermos, o Senhor removerá dos nossos termos o nosso candeeiro, e perderemos a luz de Deus.

                        Considere-se como arrependimento o deixar de fazer algo que se estava fazendo costumeiramente, ou que se tinha intenção de assim o permitir.

 

 

CARTA À IGREJA DE ESMIRNA:

(Apoc. 2:8-11)

A Igreja perseguida (100 a 316 D.C.)

                       

 

CARACTERÍSTICAS DA CIDADE:        

                        Ficava ao norte de Éfeso.

                        Seu nome significa: cheiro suave, e também sinônimo de mirra.  No Salmo 45:8, lemos que as vestes do Senhor rescendem a mirra, aloés e cássia.   A mirra simboliza os sofrimentos de nosso Senhor.   Foi um presente dado a Jesus quando neo-nascido, em Belém.   Era fino perfume, que os magos entenderam que estavam dando de presente a um Rei, tanto quanto os outros também o foram.    Aloés era usado para perfumar roupas, camas e enterros funerários – de qualquer forma, era um perfume honroso a quem o recebia.

                        Esmirna tem sido denominada, com propriedade, “Cidade Viva”, cidade da mais antigas do mundo.   Ficava a 65 Km. ao norte de Éfeso.   Das 7 cidades, é a única que ainda existe hoje como cidade forte.

                        No centro dessa cidade, que já ficava num alto de um monte, havia um outro monte, Monte Pago, que contém em seu topo um escrínio (algo escrito) dedicado à deidade grega Nêmese.     Um outro detalhe da idolatria ali é que esta cidade foi entregue à deusa Cybele, que aparece coroada nas moedas smirnianas.

                        Esta cidade sobreviveu como nenhuma outra da região, a tantos ataques, cercos, massacres, terremotos, incêndios e outras calamidades.

                        Durante o 2o. e 3o. séculos, os imperadores romanos tentaram apagar a igreja através de duras perseguições.   Foram movidas 10 perseguições ao todo, mas a de Domiciano (96 d.C.) foi muito terrível.  Este acusava a igreja de diversas mentiras, e uma delas era a de que os cristãos eram ateus, e porisso é que não adoravam a César.   Domiciano foi quem exilou  a João para Patmos.

                        Podemos ainda mencionar ainda as perseguições de Trajano (98d. C. a 117 d.C.), que manteve leis severas com a finalidade de acusar aos cristãos, os quais, quando acusados, fatalmente eram supliciados e morriam.  Durante seu reinado, Simão (o irmão de Jesus, também chamado de Tiago, At. 15:13) e Inácio morreram durante o seu governo.

                        Adriano (imperador de 117 a 138 d.C.) já perseguiu com menos rigor.

 

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA:

                        Pré-figurava, de maneira geral, as igrejas que existiram desde o ano 100 até 316 D.C.

                        Em meio a sofrimentos, esta igreja perseverava, e se fortalecia, em vez de se enfraquecer, em vez de deixar ser destruída.

                        Policarpo, um dos mártires dessa igreja, é que foi considerado o pastor, o anjo, o líder espiritual da mesma quando João escrevia.   Tertuliano, Irineu, Eusébio e Jerônimo, além de outros pais da igreja confirmaram isto, dizendo que João consagrou Policarpo como bispo de Esmirna.    O Estado Romano exigiu que Policarpo adorasse a César como deus, e este recusou.   Esta recusa lhe custou a vida.   Os judeus (“que dizem ser judeus, mas não o são”) se uniram com os pagãos para reivindicar sua morte.   Policarpo foi queimado no cepo sobre o Monte Pago em 168 d.C.

                        Entre os anos 303 a 313 d.C. houve a perseguição de Diocleciano, a qual se reputa que tenha sido a pior de todas e durou por 10 anos, até a subida de Constantino ao trono de Roma.   Se cada dia fosse considerado um ano, a profecia de 10 dias de prisão( Ap. 2:10) se cumpriu como em Ezeq. 4:6,7 e Num. 14:34.

                        A igreja de Esmirna se assemelha hoje com as igrejas subterrâneas que se ergueram no mundo islâmico e no bloco comunista.

 

 

REPREENSÃO:

                        Não há.    A mencionada “Sinagoga de Satanás” está do lado de fora da igreja, mas sua simples menção já nos mostra que havia intenção de infiltração no seu meio.   Estas Sinagogas, desde longa data, têm procurado colocar pessoas dentro das igrejas para sorrateiramente lhes inocular o veneno da intriga entre as lideranças, fermenta-las com promiscuidade, deteriorar a sua fibra, sua força espiritual, procurando destruí-las parcialmente, se não o conseguirem faze-lo completamente.

                        O Senhor bem nos advertiu na parábola do joio e do trigo.    O inimigo só semeia o joio onde já existia o trigo.    As igrejas que abandonaram o primeiro amor, as dominadas pelos nicolaítas e pelos que seguem a doutrina de Balaão, as controladas por Jezabel, e as apóstatas não têm necessidade alguma que Satanás faça algum esforço para ali penetrar.    Somente as igrejas perfeitas são atacadas pelo joio.

 

 

 

CONSELHO:

                       

Não foi, portanto, um exagero ou figura de linguagem, quando o Senhor lhes remeteu esta carta, dizendo que alguns seriam presos e tocados por Satanás, tentados por certo tempo, e incentivou-os a permanecerem fiéis até a morte.    Apresentou-se Jesus a esta igreja, como “ o primeiro e o último, o que foi morto, mas está vivo” (Ap. 2:8).

 

PROMESSA:

                        “Ao que vencer, de maneira nenhuma sofrerá a 2a. morte (Apoc. 20:14, 15)”.

                        A “coroa da vida” era uma grinalda que se dava ao vencedor de jogos gregos e romanos.   Logicamente, a coroa da vida dá ao vencedor uma vida cheia de sagrados privilégios, gozo e recompensas muito profundas.

                        “O vencedor de nenhum modo sofrerá dano da segunda morte”.

 

 

 

CARTA À IGREJA DE PÉRGAMO: –

(Apoc. 2:12-17)

 

CARACTERÍSTICAS DA CIDADE:

                        Pérgamo significa “altura”, ou “elevação”.  Ficava na encosta de uma colina com mais de 300 m. de altura, toda coberta de templos pagãos.  

                        Construída por gregos eólios em 1150 a.C.

                        Pérgamo era dada à idolatria, mais do que toda a Ásia.   O mais destacado de todos os altares era o altar dedicado a Zeus.   Quem era Zeus, na ordem do dia?  Era tido como o maioral , ou o chefe de todos os demais deuses.

                        Foi a capital, cidade real de Átalo III, da província da Ásia, quando este rei perdeu o domínio da região para os romanos, em 133 A.C.

                        Reis depositavam seus tesouros ali muitas vezes, para segurança, pois o alto de uma montanha escarpada era uma defesa natural.   Lisímaco, general de Alexandre o Grande, um dos que herdaram parte de seu império grego, depositou nesta cidade sua fortuna particular.   Hoje, o que resta são apenas ruínas.

                        Os procônsules romanos que lá reinaram recebiam uma grande espada de dois gumes, como símbolo de sua autoridade.   A propósito, é porisso que o Senhor Jesus diz na carta dirigida à igreja desta cidade: – “… escreve: Isto diz aquele que tem a espada aguda de dois fios”.

                        Havia uma suprema corte nessa cidade, aonde eram trazidos prisioneiros para serem julgados.    A vida ou a morte destes últimos eram decididas nessa corte.

                        Pérgamo constituía-se numa cidade onde se assentava o trono de Satanás (Apoc. 2:13).    Quando os persas conquistaram Babilônia, deram liberdade aos habitantes daquela cidade, mas os sacerdotes babilônios promoveram uma rebelião e foram expulsos dali.    Os caldeus derrotados fugiram para a Ásia Menor, e levaram consigo o PALÁDIO de Babilônia, para assentarem em Pérgamo a sua escola.    O Paládio era uma pedra cúbica de significado místico, usada em rituais, para os perginenses desenvolverem a sua religião babilônica independentes do controle do Estado.

                        Pérgamo então se tornou a nova sede do sistema satânico que antes se assediava em Babilônia.    Quando o rei de Pégamo perdeu o seu reino para os romanos, esse culta foi absorvido por estes, e foi até mesmo transferido para Roma.  Assim, este mesmo poder satânico, mais tarde seguiu o caminho que vai para o ocidente, e se deslocou até Roma.   Nada mais natural entendermos como então a deificação dos imperadores começasse nesta cidade.

                        Pérgamo mantinha, ainda, em seu conteúdo espiritual, o seguinte perfil:

  1. Era anfitriã do primeiro templo para culto aos Césares, erigido em homenagem a Roma e a Augusto, em 29 A.C.
  2. Mais tarde, foi erguido um santuário a Trajano, o imperador.
  3. Havia um deus chamado Esculápio, o qual era representado por uma serpente.   Era o deus serpente, ou deus da cura, ou ainda, a “serpente instruidora do homem”, que lhe deu o conhecimento do bem e do mal.
  4. Júpiter (nome romano atribuído a Zeus) era chamado de “Júpiter, o salvador”.CARACTERÍSTICAS DA IGREJA EM PÉRGAMO:O Senhor reconhece que esta igreja vive num ambiente extremamente pervertido, na esfera espiritual, lugar onde Satanás estabeleceu o seu trono.Esta igreja parece ter sido mundana, pois acolhia em seu meio alguns que seguiam a doutrina de Balaão, que ensinou a Balaque como lançar a corrupção no meio do povo de Deus, principalmente nas áreas da idolatria e da prostituição.

    A doutrina dos Nicolaítas era, ao que tudo indica, a doutrina que um certo Nicolau (Atos 6:5) lançou na igreja primitiva – este chegou a sugerir a possibilidade de haver troca de casais entre a comunidade, admitindo a licenciosidade penetrar na igreja, poluindo-a para destruí-la espiritualmente.   O Senhor Jesus dizia odiar tal doutrina.

    Esta igreja pré-figurava aquela que despontaria após a aliança com o imperador Constantino, que, por sua determinação, os cidadãos romanos passariam a ter o cristianismo como religião oficial.    Isto fez com que a igreja “crescesse” na forma de inchaço, sem santidade, e sem aquela total subserviência a Cristo.   A sua corrupção e seu “casamento” com o Estado fez com que ela enveredasse por um caminho de liberdade religiosa, mas ao mesmo tempo, contaminada pelo compromisso com o sistema do mundo.   Liberdade ardilosa.   Uma igreja poluída não seria perseguida, mas a parte dessa igreja que quisesse ser plenamente fiel, seria, sim, tal qual acontece hoje por trás das cortinas de ferro e de bambu.   Essa degradação foi progressiva, ao ponto de, quando chegou a época próxima à da Reforma, a decadência e perversão espiritual da igreja ser tanta, que esta já não tinha mais ouvidos para aquele que tentasse atraí-la para o arrependimento.

    Toda a pompa e o cerimonialismo religioso, toda ênfase sobre as formas de culto, mais que sobre o seu conteúdo espiritual, o ritualismo, movimento de braços, valorização excessiva de paramentos, mitras, incensos, crucifixos, imagens, tronos, procissões, água benta, sacerdotes, papas, hegemonias, santuários, relíquias, encantamentos, supertições, tudo isso tem procedência satânica, e sua origem mais acentuada que encontramos na história, acha-se  na Babilônia.   Quando uma igreja altera suas crenças para procurar encampar todas as idéias do cristianismo, com a finalidade de obter maior domínio, maior extensão, maior poderio econômico e político, logo vemos que ela se deixou levar pela cobiça do poder, acima de toda santidade devida a Deus.   Essa igreja deixou que o trono de Satanás se assentasse no seu interior.   Este sempre foi o seu alvo: assentar-se no trono, querendo parecer e querendo ser Deus, mas há um pormenor: – ele não é Deus, e Deus está muito vivo, hoje, agora e sempre o estará!    “A minha glória não a darei a outrem”, diz o Senhor.

    O Senhor Jesus mesmo mencionou um mártir da igreja de Pérgamo, contemporâneo a João, chamado Antipas (Apoc. 2:13), o qual morreu assado dentro do ventre de um bezerro de bronze.   Tal foi o tempo da igreja de Pérgamo, e tal foi o tempo da igreja antes da Reforma.   Roma foi perseguidora de cristãos, e tornará a sê-lo novamente.   Com toda a certeza, este poder político será usado pelo Anticristo para afligir os santos na tribulação.

     

     

    ELOGIO E ADVERTÊNCIA:

    Disse Jesus: – “Reténs o meu nome, e não negaste a minha fé” (2:13).

    “Arrepende-te” – para que não sejam os apóstatas nicolaítas ou balaamitas achados na condição de estarem lutando contra a espada da boca do Senhor.   Na sua grandiosa misericórdia, o Senhor Jesus não destruiu imediatamente aos nicolaítas e balaamitas, mas manda que se arrependam.    O arrependimento é, pois, um tipo de remédio com amargo, a princípio, mas que traz, no final, a doçura da reconciliação com Deus .

     

    PROMESSA:

    “Ao que vencer, dar-lhe-ei a comer do Maná escondido” – em Hebreus 9:3, este Maná é um tipo de Cristo (João 6:26-63).

    “Ao que vencer, dar-lhe-ei uma pedra branca, e na pedra, um novo nome escrito, o qual ninguém conhece senão aquele que o recebe”.(2:17)

                        Pedras brancas e pretas eram dadas a juízes que votavam em favor ou contra os réus colocados sob julgamento.   Os réus condenados recebiam sua condenação sob a forma de pedras pretas, e os absolvidos recebiam o veredicto na forma de pedras brancas.

                        Pedras brancas eram também dadas aos escravos que eram libertados, tendo então os seus nomes mudados.   Eram, assim, como emblemas de amizade e de honra.   Os gladiadores que conseguissem 15 vitórias em combates, ganhavam pedras brancas, símbolo de sua liberdade.

                        Como vencedores através de Cristo, somos libertados, e nos é dado um novo nome, e necessitamos de comer o “Maná escondido” – e lembre-se que o maná era fornecido por Deus ao povo israelita todos os dias de sua peregrinação no deserto.

                        Nós, como igreja do Senhor Jesus, precisamos tanto de receber um novo nome, como do maná escondido, para podermos ter vida.   O novo nome se deve a abandonarmos nossa filiação com o diabo, e passarmos a pertencer à família de Deus.   O maná escondido é o alimento espiritual que Deus dá a todos os seus filhos.   Cuidemos de colher esse maná a cada dia, não deixando o sol aquece-lo.   Temos de colhe-lo logo cedo, pelas manhãs, antes que o calor do deserto deste mundo venha a derrete-lo (Êxodo 16:21).

                       

 

 

CARTA À IGREJA EM TIATIRA: –

(Apoc. 2:18 a 29)

 

                        O nome Tiatira significa “sacrifício de contrição”, e é interessante notar que esta igreja representa o período da história eclesiástica (500-1500 d.C.), no qual a fé simples foi mudada por meio da apostasia, sacrificada, e substituída por obras e penitências, e quando não, por venda de indulgências.    Os homens se desviaram da simplicidade da graça de Cristo, e partiram para a fé em rituais e sacerdócio de valor meramente humano.

A CIDADE:

                        Tiatira era a menor das 7 cidades às quais Jesus mandou que se escrevesse cartas.    Isto porque o Senhor está preocupado com as grandes, tanto quanto com as pequenas massas da população. 

                        Ela foi construída  por Seleuco, um dos generais de Alexandre, em 280 A.C.

                        Era para ser apenas uma guarnição para troca de cavalos, mas acabou sendo transformada em uma fortaleza militar.

                        Seu comércio era forte naquela cidade, cheio de associações de comerciantes.  O forte da economia era a fundição em bronze, a fabricação de tecidos, tintas (púrpura e escarlata), roupas, etc.

                        Os cristãos, para fazer parte destas agremiações, tinham que participar de almoços e banquetes, nos quais eram servidas carnes sacrificadas a ídolos.

                        Um grande templo foi construído ali para adoração a Apolo, o deus-Sol, o qual tinha grande projeção na cidade.   Nesse mesmo templo, havia um altar edificado a uma divindade feminina.

 

A IGREJA:

                        Estudiosos da Bíblia afirmam que, quando foi escrita esta carta, havia uma mulher, no seio desta igreja, que dominava os demais membros, a qual foi identificada e cognominada de “Jezabel”.

                        Daí o Senhor se manifestar com ira.   Havia uma mulher tipicamente à moda de Jezabel, filha do sacerdote de Baal, deus dos fenícios, que incentivava o povo a se prostituir e a comer as carnes sacrificadas a ídolos.   Veja-se que em Apocalipse 17, fala-se da grande prostituta que se assentou sobre a Besta, para beber do sangue dos santos e das testemunhas de Jesus.

                        A figura de uma mulher em Apoc. 17 é um símbolo daquela que deveria e poderia ter sido Noiva de Cristo,  mas esta, infelizmente, não o é porque recusou-se, não quis ser, mas desejou somente ser prostituta.   Jezabel era a mulher, pois, não do povo de Deus, e que se faz passar por povo de Deus.   Arrogando ser profetiza de Deus, na verdade, é serva de Satanás.    O espírito de Jezabel é aquele que, usando de seus poderes de persuasão, tem acesso aos líderes, procura influenciar e dominar a liderança de uma igreja, perseguir os genuínos profetas de Deus, mas no fundo, o que ela realmente almeja é destruir o altar de Deus, e transformar o povo de Deus em um povo idólatra, através da força de corrupção dos bons costumes.

                        Jezabel, em Tiatira, é a mulher que põe em prática as doutrinas de Pérgamo.    Naquela igreja havia um elemento fortemente estabelecido num trono, que corrompia toda a igreja.   Quando a liderança das igrejas assumem posição tal e qual ou semelhante à da “mulher que se diz profetiza”, logo são inseridos ensinos pervertidos, distorcidos e heréticos para poluir a igreja que deveria ser totalmente fiel a Cristo.

 

ELOGIO:

                        “Tens trabalhado mais arduamente que no princípio” (Ap.2:19).   No final da Idade Média, os pré-reformadores encontrariam certo espaço para deixar a sua mensagem, mas a duras penas.   John Wycliff, John Knox, John Huss, Savonarola e outros assim, trabalhariam mesmo, mais do que os seus ancestrais.

                  Disse John Huss, antes de seu martírio:

                  – “ Podem matar um ganso, mas daqui a 100 anos nascerá um cisne, o qual V. não poderão matar”.

                        Esclarecendo esta palavra: o nome Huss significa, na língua original, “ganso”.  Dali a 100 anos, em 10/11/1493, nasceu Martinho Lutero.  Em 1512, Lutero passou a ensinar que “o justo viverá por fé”, opondo-se à venda de indulgências, e ao monopólio da interpretação da Bíblia que o clero alegava deter.

 

REPREENSÃO:

                        “A seus filhos ferirei de morte” (2:23). “Seus filhos” seriam os que foram influenciados por sua doutrina.

A cama em que Jezabel seria prostrada, seria um leito de enfermidade.

A grande tribulação, neste trecho, trata-se de doenças que seriam lançadas na vida da falsa profetiza, e na vida dos que se prostituíam com ela.

Como toda palavra de repreensão, a igreja de Tiatira é exortada ao arrependimento.   Mesmo aqueles que foram influenciados por esta doutrina serão participantes das promessas de Cristo, desde que se apartem dessas coisas que corrompem os bons costumes, e fujam das “profundezas de Satanás”.

 

PROMESSA:

                        “Ao que vencer e guardar  até o fim as minhas obras, Eu lhe darei …”

  1. Poder sobre as nações
  2. A Estrela da Manhã, que é uma alusão ao próprio Senhor Jesus Cristo.

A sociedade moderna também se assemelha à igreja enganada  pela profetiza  Jezabel.  Ela é muito assediada por mensageiros das coisas deste mundo, com os seus encantos, promiscuindo a igreja com muitos problemas, tais como: sexo livre, aborto, eutanásia (assassinatos de pessoas doentes), negócios ilícitos (contrabando, sonegação de impostos, rixas, brigas, venda de bebidas, armas, drogas, cigarros, etc.), além da omissão passiva dos maiores problemas da sociedade com relação a crianças e idosos abandonados, permissividade de drogas, eleição de pessoas indignas aos cargos eletivos, etc.

Jesus tem o poder de quebrar os vasos das nações com vara de ferro.  

Aos seus co-regentes, aqueles que forem fiéis e vencerem, ser-lhes –á dado o mesmo poder da palavra – poder para quebrar as nações que se manifestarem como rebeldes a Ele (2:26-28).

 

 

 

CARTA À IGREJA DE SARDES:

(Apoc. 3:1-6)

 

                        O nome Sardes pode ter os seguintes significados:

  • “Cântico de alegria”
  • “A que permanece”
  • “O escape do remanescente”

 

 

De fato, pouca fé verdadeira reinou durante os séculos de apostasia e de perseguição, desde 1517 a 1750, mas um remanescente escapou, e desta forma iniciou-se uma era de vida promissora, mas logo se debilitou e esteve prestes a morrer.

Se Esmirna estava morta, mas vivia,  Sardes vivia, mas estava morta.

Isso nos dá idéia de aparência sem realidade, promessas sem cumprimento, sem o seu devido aperfeiçoamento.

 

CARACTERÍSTICAS DA CIDADE:

                        Foi tida como “A cidade da morte”.  A carta à igreja de Sardes respira o espírito de morte, de aparência sem realidade, promessa sem cumprimento, exterior demonstração de força, mas traída pela falta de vigilância e descuidada confiança.

                        Esta aumentou o seu poder em 1.150 A.C.  

Foi construída sobre uma rocha estratificada, e ficava numa elevação montanhosa de cerca de 1500 pés (c. de 660 metros) de altura.   A rocha sobre a qual foi construída tinha paredes quase perpendiculares, tornando a cidade um desafio militar, quase impossível de ser tomada.   Havia somente uma entrada para a cidade, e esta podia facilmente ser guardada.   Isso tudo fazia com que os seus cidadãos se sentissem com excessiva confiança.    Esta ardilosa confiança fez com que Ciro, o persa, a capturasse em 549 a.C.    Um dos soldados de Ciro escalou a rocha numa noite escura, quando os guardas não estavam vigiando.   Entrou, assim, na cidade, e conseguiu abrir as portas para todo o exército persa também entrar.     Curioso que o mesmo ocorreu, também, nos dias de Antíoco, o Grande, em 213 a.C.

Houve um pequeno descuido.  Uma sentinela faltou no lugar certo, um vigia dormiu em seu posto por uma hora, e a mais segura das fortalezas foi destruída.

Foi capital da província da Lídia, e era célebre por duas coisas: sua indústria de lã e a libertinagem.  

Foi exemplo típico de aristocracia em decadência, pois sua glória ficou toda no passado.   Era a residência de Creso, o rei da Lídia que confiou em sua altura e foi enganado por sua aparente segurança, e restou capitulado.

Hoje, Sardes é toda ruínas.   A cidade que outrora vivia, agora está morta.

 

 

CARACTERÍSTICAS DA IGREJA:

                        Sardes era uma grande igreja, poderosa, e que possuía um grande nome.  Conseguiu rejeitar a mulher Jezabel, mas reteve, ainda, muitas coisas que lhe serviram de armadilhas e laços para a sua vida espiritual.     Poderíamos afirmar que Sardes caiu no ardil do formalismo das cerimônias e liturgias.    Músicas, cânticos, rituais, e qualquer coisa capaz de produzir uma esfera “espiritual” acabaram por substituir a presença do Espírito Santo.   O sutil engano conseguiu lograr êxito na tarefa diabólica de deixar o Pentecoste e colocar em seu lugar os ecos de Babilônia.    O próprio Senhor disse : “estás morto”.   A velha prática de substituir a experiência espiritual genuína por algo simulado, é o mesmo que falsificar o conteúdo real, e mascarar um povo apóstata com uma certa aparência de piedade.

                        Uma igreja como essa não se interessa por profecia das Escrituras, não anela por saber mais sobre fatos terríveis e maravilhosos que ocorrerão na terra, tal como o arrebatamento.   Tudo indica que esse tipo de igreja será apanhado de surpresa, como um ladrão na noite.

 

[Parêntese de cunho prático]

 

            Veja se isto não poderia estar ocorrendo na sua vida ou na vida de alguém que V. conhece:

  • Uma pessoa aceita e se rende a Cristo.
  • Tinha certas dificuldades na vida, mas lutou e, sendo abençoado, foi liberto, e recebeu a Salvação.
  • Foi batizado.
  • Cresceu espiritualmente em meio a dificuldades, e tornou-se orgulhoso de sua vitória.  Achou que já era sábio.
  • Conheceu bem as Escrituras.  Chegou a conhecer mais a Teologia do que os seus mestres.   Superou a muitos no conhecimento.
  • Com base nas vitórias do passado, achou que já tinha a vitória futura nas mãos, e estava garantida a sua vida Eterna e o seu Galardão.
  • Confiado nessa circunstância, relaxou na sua dedicação nas suas orações, suas práticas de confissão de pecados, e correção de seus caminhos e deixou que penetrassem em sua vida alguns pecados sutis.   Pensamentos de ódio, intolerância para com os irmãos e lascívia – mas achou que estes não vieram para ficar, e deixou as águas rolarem.
  • Tal e qual a igreja em Sardes, ia costumeiramente aos cultos na igreja, mas estes já não lhe significam grande coisa para a vida espiritual, mas mesmo assim continua a viver.
  • Assim, vive em estado de adormecimento espiritual.

 

 

PALAVRA DE REPROVAÇÃO  à  IGREJA:

                        “Tens nome de que vives, e estás morto” (3:1) – tal e qual a cidade, a igreja estava vivendo de glórias efêmeras do passado.   Sem perceber, as poucas coisas ainda vivas pareciam prestes a morrer.   Sua atividade exterior não condizia com uma real espiritualidade interior.

                        O que haviam recebido e ouvido não era lembrado e conservado.

                        Isto significa:  começando bem, com promessa alviçareira, dando a entender que seria uma grande igreja, no final não provou ser o quanto se esperava.  Fracasso e frustração.

                        Recebeu uma palavra quase tão dura quanto aquela que foi destinada à igreja de Laodicéia.

            “Se não vigiares, virei sobre ti como um ladrão, e não saberás a que hora sobre ti virei” (3: 3)

 

ELOGIOS:

                        Não restava muito a se elogiar, sem dúvida.   Quem vive de glórias do passado, deixa as coisas vivas de hoje (se é que ainda as tem) está prestes a perecer e morrer.   O que tinham recebido do Senhor não foi conservado.

                        Mesmo assim, em Sardes, havia alguns poucos que não deixaram contaminar os seus vestidos.

 

CONSELHO:

                        Apesar de toda uma situação iminentemente condenada, no seu cuidado paternal, Jesus ainda lhe traz uma palavra com a intenção de fazer voltar atrás do seu caminho pernicioso.

                        Ele diz: – “Sê vigilante, confirma os restantes que estavam para morrer, porque não achei perfeitas as tuas obras diante de Deus.   Lembra-te, pois, o que tens recebido e ouvido, e guarda-o, e arrepende-te”.

                        “O que cuida estar de pé, olhe que não caia”.

                        Muitos hoje estão dormindo o sono indolente de uma vida espiritual vazia, sem força, sem ânimo, sem esperança, sem perceber que este tipo de vida também é sem Deus.  Não estão vigiando e orando para não caírem em tentação.    Veja-se os seguintes versículos: Jô.3:3;  Lucas 13:3; Col. 2:16-23; II Cor. 5:17; Fp. 3:19; Mat. 6:33; Rom. 13:1-2; Isaías 57:15;  Tito 1:16;  Salmo 119:11-12;  Gálatas  6:8, Gl. 5:19-23.

 

                        A igreja reformada, pois, tinha líderes de vigorosa consagração, mas seus seguidores, supondo que a batalha já estava ganha, acomodaram-se debaixo da capa de religião organizada, e o mundo perdeu muito com isso.

 

PROMESSA:

 

  1. “Comigo andarão de branco” (3:5).  O branco era símbolo de:
    1. Pureza e justiça;
    2. Triunfo e gozo (a cor preta era destinada a escravos e cativos), festividade.
    3. Toga utilizada por romanos, somente para cargos elevados.II.         “De maneira nenhuma riscarei seu nome do livro da vida., e confessarei seu nome diante de Meu Pai, e diante de seus anjos.    Isto nos deixa implícito que alguns nomes podem ser riscados do livro da vida.CARTA À IGREJA DE FILADÉLFIA: –

      (Apocalipse 3:7-13)

       

       

      Nome na língua original significando “amor fraternal”.    Esse nome veio derivou de uma amizade muito fiel entre o rei Átalo II e seu irmão Êumenes, o qual recebeu o apelido de Filadelfo.  Analisando-se etmoloticamente a palavra, vemos duas raízes gregas que se uniram com aglutinação: Filos (=amigo) e Adelphos (=irmão).

       

A CIDADE:

                        Fundada em 150 a.C., com o propósito de torná-la um centro greco-asiático de cultura e civilização, e um pólo por onde se espalharia a língua e os costumes gregos nas partes ocidentais da Lídia e da Frigia.    Dentro desse intento, desse espírito, foi Filadélfia construída, na verdade para ser uma cidade missionária, apostólica do helenismo em uma terra oriental.    Sua missão neste sentido foi bem sucedida, pois que antes do ano 19 a.D. a linguagem lídia tinha deixado de ser falada no país, passando a ser o grego a única língua corrente na Lídia (W.M. Ramsay a denominou de “cidade missionária”).   Por ser ponto chave para entrada no vale fértil que a ladeava, foi chamada de “pequena Atenas”.

                        Jaz à encosta do mente Tmolo, uma colina larga, baixa e de fácil defesa.

                        Tal e qual Sardes, porém, o sítio onde se localiza é sujeito a abalos sísmicos, e em 17 d.C. sofreu um grande terremoto que arruinou completamente a cidade, e nos 20 anos seguintes continuaram abalos sísmicos.    A maioria dos cidadãos fugiu da cidade, e muitos jamais retornaram ali.     Fato pitoresco é notar que em meio às ruínas permaneceu de pé uma solitária coluna,  que sobreviveu por sua firme consistência.   Tibério enviou auxílio para aliviar as vítimas do terremoto.

                        Cultuavam muito a viticultura, e também era um centro de culto a Baco, o deus do vinho.

                        Na cidade de Filadélfia tem havido um testemunho ininterrupto a Cristo, mesmo após a invasão dos muçulmanos, e no decorrer dos séculos, através da Idade Média e até os tempos modernos, exceto que hoje não se tem notícia de que ali residam cristãos.

                        Em honra a Tibério César, que a socorreu e doou grande soma para a sua reconstrução, foi chamada mais tarde de “Neo-Cesaréia”.   

Hoje o seu nome turco é “Alasehir” (=cidade avermelhada, ou cidade de Deus).    Existem cerca de 15.000 habitantes ali residindo, atualmente.

 

 

ELOGIO:

                        Tinha pouca força (talvez, um número reduzido de membros), mas mesmo assim, guardaram a Palavra do Senhor, e não negaram o nome de Cristo.

 

 

REPROVAÇÃO:

                        Nada a reprovar!   Glórias a Deus!    Toda uma comunidade aprovada em Cristo, tal como Apeles (Romanos 16:10)!    Isto é motivo de muita alegria para nós, conservos, para anjos, e para Deus!   Os céus se regozijam diante de uma igreja assim!

 

 

CONSELHO:

                        “Guarda o que tens, para que ninguém tome a sua coroa” (Apoc. 3:11).

                        Filadélfia representa esse período da igreja que foi introduzido pela pregação dos irmãos Wesley, de Whitefield, de Jonatham Edwards, e uma multidão de outros.   John Wesley dizia: – “O mundo é minha paróquia”, e pregava uma mensagem de “graça livre”, desafiando a doutrina calvinista da “predestinação”.    Esse movimento veio a se tornar o início, a semente, o prelúdio da era das missões modernas, que vieram com o alvorecer do século XVIII.   Jesus diz à igreja dessa era: … “diante de ti pus uma porta aberta” (v. 8), tal e qual Paulo também afirmou: … “uma grande e eficaz porta se me abriu”.

 

MISSÕES:

                        No século XVIII, muitas idéias começaram a surgir, as quais iniciaram um movimento tal que chegaram a revolucionar a filosofia, as artes, a política, e a religião, criando um clima de expectativa no mundo, senão vejamos:

  1. Na América do Norte, o movimento pela independência dos EUA, em 1776.
  2. Na França, a revolução da burguesia, em 1789.
  3. No Brasil, seguindo esse mesmo espírito revolucionário, tivemos a Inconfidência Mineira, em 1792.Novos pensamentos propiciaram novas atividades e novo arranque da Igreja:  “…pus diante de ti uma porta aberta e ninguém a pode fechar” (3:8).Podemos mencionar como portas abertas à Palavra de Deus:
  1. A pregação de Wesley, Whitefield, Edwards, e outros, trazendo novo vigor e alegria às igrejas por Deus abençoadas.
  2. Guilherme Carey foi para a Índia em 1793.
  3. Robert Morrison foi para a China em 1807.
  4. Robert Moffat foi para a África (1817) e David Livingstone também para lá em 1841.
  5. As Sociedades Bíblicas Britânica e Estrangeira começaram e funcionar  em 1804, e a Americana em 1816.
  6. O movimento de escolas dominicais também começou por volta desse mesmo tempo.
  7. Assim culminará a igreja com o poder pentecostal até a vinda do Senhor, em glória e poder.   Em 1901 começou a crescer esse movimento que já era latente na história da igreja, e continua crescendo até os dias de hoje.
  8. Os países comunistas que foram surgindo, fecharam-se para não receber a Palavra de Deus, perseguindo a fé cristã por trás de suas cortinas de ferro e de bambu, mas isto não impediu que uma igreja subterrânea sobrevivesse a toda essa resistência contra Cristo, e continua marchando ainda hoje.   Como escreveu sabiamente o nosso Irmão André: “Não há portas fechadas”.Estas foram as portas abertas que ninguém pôde e nem pode fechar.PROMESSA:

    Os fiéis que perseverarem nessas coisas, têm a promessa de que:

     

    I – serão guardados na hora da tentação que haverá de vir sobre o mundo, para tentar os que habitam sobre a terra.    Isso parece até um alerta para se atentar que há de vir uma Grande Tribulação sobre o mundo, e este tipo de igreja será salva, abençoada com um poderoso livramento da parte de Deus.    Que significaria esse livramento?    Parece apontar para o Arrebatamento da Igreja!      V. pode crer que a Igreja será arrebatada!   Sim, ela o será.

     

    II – serão feitos ”coluna no templo do meu Deus, e dele nunca sairá”.

    Naquela terra onde os abalos sísmicos faziam ruir prédios, reduzindo-os a destroços, o Senhor promete que seremos tão firmes quais as colunas que sustentam o Edifício de Deus!  Novas colunas da Nova Jerusalém   E dali, não serão jamais destruídas, nem removidas, e nem cortadas!   Louvado seja Deus!

     

CARTA À IGREJA DE LAODICÉIA: –

(Apoc. 3:14-22)

 

 

                        O nome Laodicéia significa, no original grego, “julgamento do povo”, ou ainda: “povo justo”.

                        Esta é a última das 7 igrejas, e representa muito bem o período da história eclesiástica no qual ao Senhor aprouvera revelar-se em sua breve vinda.

 

 

CARACTERÍSTICAS DA CIDADE:

                        Localiza-se na Frigia.   Foi construída entre 261 e 246 a.C. por Antíoco II, e recebeu o seu nome em homenagem que este concedeu à sua esposa, Laodice.

                        Era uma cidade geograficamente sem traços fortes ou extremos.

                        Localizada à beira de um rio, passando por ela três estradas, era próspera no setor bancário e de fabricação de tapetes de lã.

                        Ficava a 80 Km  de Filadélfia, e a 10 Km. de Colossos.

                        Cidade rica, e sede de uma famosa escola de medicina, já naquela época.   Também em Laodicéia havia um templo a Esculápio, que era representado por uma serpente.   

Havia uma escola de medicina no templo de Caru, um dos duzentos templos do mundo antigo dedicado a Esculápio.    Ligada a essa escola de medicina, havia uma fábrica que manipulava um colírio de uso medicinal especial, que era feito da matéria-prima da famosa pedra frigia.    Essa pedra fornecia um pó medicinal, e era exportado a diversas outras cidades do mundo grego.

                        Foi berço de cultura ilustre, abrigou também o orgulho, a razão de toda a sua decadência.    Em virtude de sua riqueza, os cidadãos eram orgulhosos, arrogantes e satisfeitos consigo mesmos.

                        Laodicéia era uma cidade bem estruturada, bem-sucedida e auto-suficiente.

 

 

A MENSAGEM DE JESUS:

                        O Senhor começa falando: – “Isto diz o que é Santo, o que é Verdadeiro, o que tem a chave de Davi, que fecha e ninguém abre; que abre e ninguém fecha.”

                        Santo: é alguém especial, separado, diferente das demais pessoas.

                        Verdadeiro: o que é legítimo, não falsificado, não vem mascarado com falsas aparências, não apresenta nenhum engano, não é passível de errar, como são os humanos.   É o oposto de mentira, da falsidade ideológica.   Satanás é o pai da mentira, fazendo-se ele mesmo mentiroso, talvez o grande, e o maior de todos os mentirosos.   Jesus disse ser Ele mesmo a Verdade (João 17:3; 14:6; 16:13-14; 17:17).    A grande mentira de Satanás é fazer criaturas serem colocadas como seres divinos, como divindades, o que ofende e menospreza ao único Deus – em Romanos 1:21-23  vemos que este é o trabalho do diabo.

 

 

ELOGIO:

                        Nada havia a elogiar na igreja de Laodicéia, porque estava comprometida com o espírito que há neste mundo, e orgulhosamente ainda se achava certa.   A repreensão do Senhor foi-lhe um espanto e uma surpresa.

 

 

REPROVAÇÃO:

                        Jesus a chamou de miserável, pobre, cega, nua e morna.   Apesar disso, era uma igreja que tinha tudo para mostrar uma boa imagem, e causar uma boa impressão.

                        Interessante que esta não se julgava assim tão mal, o quanto lhe disse o Espírito de Cristo.   Achava que estava muito bem, e talvez até mesmo maravilhosa!   Cremos até que deveria ser uma igreja ortodoxa em sua teologia, saudável em suas crenças, sem exageros, sem desvios intelectuais, mas era uma igreja que estava dormindo!

                        Esta igreja não é acusada de ser hipócrita, pois o hipócrita é um impostor, um falso mestre, um presunçoso que se julga melhor ou mais que os outros – mas o Senhor lhe diz: “não sabes…”                  

                        Possuía não somente bens materiais em abundância, como também intelectuais, talvez até mesmo morais – mas estava errada!   Adquirindo sabedoria e entendimento do mundo, ficou sentindo-se importante, sábia e culta, o que não era uma inverdade, mas isso tudo nada é para o Reino Espiritual de Deus!    Valores materiais, apenas, e nada mais!    Os valores espirituais ficaram indevidamente rebaixados para um segundo plano, e a igreja não percebia isso.

                        Uma igreja pode possuir belos templos, muitos líderes de renome, maravilhosas instituições, centros de disseminação de cultura e instrução, tais como Seminários, escolas, bibliotecas, etc., mas ainda lhe faltar o essencial na vida cristã, que é a valorosa experiência de ser resgatada e completamente dependente do seu fundador, que é Cristo.

                        Um bom termômetro para se medir o calor de uma igreja é a paixão pelas almas.   As almas dos neonascidos não deveriam ser sufocadas pela vaidade e pela enganosa falsa paz de “crentes” mornos e carnais.   O mundanismo, quando penetra nos corações, demole totalmente a nossa paixão pelas almas.

                        O Senhor ainda lhe fala: “… vomitar-te-ei da minha boca” – e isto significa ser expelido para fora do Corpo de Cristo.

 

CONSELHO:

                        O Senhor Jesus aconselha:

  1. Comprar colírio para olhos, isto é, para enxergar a verdadeira condição em que se encontra, a fim de dar o passo inicial para poder fazer outras coisas que seguem enumeradas abaixo.
  2. Comprar ouro provado no fogo: A linguagem é figurada.  Conforme I Cor. 3:10-13, as obras praticadas que agradam verdadeiramente a Deus são aquelas que podem sofrer a prova do fogo sem sofrer destruição.   São valiosas aos olhos de Deus, tal qual o ouro o é para este mundo.
  3. Adquirir vestidos brancos para que se vista, e não apareça a vergonha da sua nudez espiritual.

Os laodicenses ricos usavam vestes negras, fabricadas de uma lã especial, (que hoje não mais é feita com a mesma qualidade), que, segundo seus costumes, eram sinais de evidente riqueza, mas, no fundo, representavam muito a sua pobreza espiritual.   “Vestes brancas” são a ordem de Jesus, pois que estas, em contraponto com as vestes negras, são símbolo de pureza e de vitória espirituais.

 

 

PROMESSA:

                        Esta é uma das características das cartas do Apocalipse, e assim são as profecias de Deus: sempre há uma palavra de promessa que conforta, que traz esperança ao coração mais desviado, errado e ao maior pecador, a fim de que este não abaixe a sua cabeça quando perceber o quanto se posicionou longe dos caminhos do Senhor, mas pelo contrário, levante os seus olhos para o santo alvo que Ele nos tem colocado para nele nos fixarmos.

                        Às vezes, a chamada é forte, é cortante, através de palavras de exortação que, se atendidas, redundarão em glória excelente, ainda que a situação atual não condiga com isso no momento de se encarar uma dura realidade.   Esta, pois, deve ser a real finalidade da exortação, e não para chocar ou abater a pessoa envolvida em algum tipo de erro, e muito menos para retaliar – Deus não precisa de advogados do diabo.

                        “Eis que estou à porta e bato”.     Note-se bem que estas palavras deixam implícito que Jesus está, no caso, do lado de fora da porta – e isto quer dizer mais claramente, do lado de fora da igreja de Laodicéia – mas o seu coração ainda ferve de vontade de entrar, e porisso ele bate à porta!   Uma mudança de atitude do coração de cada crente é que irá abrir a porta, e permitir que Ele ali possa entrar, e ali estabelecer o seu Reino sobre a terra.    Cada um por sua vez, somando-se todos assim, um ao outro, engrossando as fileiras de fiéis arrependidos, humilhados, e voltados para Ele, é o que Ele espera.

                        A sua promessa, mesmo para uma igreja tão indiferente a Ele, é maravilhosa:

Se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e cearei com ele e ele comigo (3:20).

Ao que vencer, lhe concederei que se assente comigo no meu Trono; assim como Eu venci, e me assentei com Meu Pai no seu trono”.

 

                        É a promessa de vitória!   Que todos nós, como servos de Deus, que vivemos nesta época de Laodicéia, venhamos a colocar todos os detalhes de nossas vidas diante dEle, atendamos ao seu conselho, e venhamos a usufruir as bênçãos de sua preciosa promessa.

 

 

 

 

 

 

 


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