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DEUTERONÔMIO – XI – OBSERVANDO O BEM E O MAL

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octubre 9, 2014 by Bortolato

Esses dois princípios antagônicos estão sendo desenvolvidos nesta Terra.   Eles não combinam entre si de maneira alguma; aliás lutam, e não se espante, pois a luta que travam entre si chega mesmo a ser feroz, e pode ser observada a qualquer momento, em qualquer lugar.

Talvez o leitor não o tenha notado porque muitas vezes a guerra que levantam não é continuamente notória, e as forças que empreendem poucas vezes são vistas, são invisíveis na maior parte do tempo.

Já temos visto que Deus é amor, pois bem, o sumo bem nEle reside.   O que confunde muitas vezes o expectador residente neste mundo é que o Sumo Bem também guerreia, tem suas armas, os seus exércitos, seu poder, e seu império – mas atentar bem que o Seu modo de agir é muito diferente do modus operandi dos Seus inimigos.   O Sumo Bem está sempre unido com a justiça, a verdade, a bondade e embora faça guerra declarada contra o mal, nunca perde o equilíbrio, o bom senso e a paz.

Ocorre, porém, que o mal foi assumido e concentrado em pessoas, ao ponto de estas se tornarem personificações do mal – e estas pessoas também agem e interagem com as forças espirituais da maldade e elas é que são notadas como representantes do mal – e por incrível que pareça, elas representam apenas uma “ponta do iceberg”.

Como em toda guerra, há um período em que essas forças, tanto de um lado como de outro, procuram convencer a população desta Terra que o seu lado é mais benéfico que o outro.   Parece até que as forças estão em trégua, mas na verdade, estão trabalhando em uma outra frente, num oficioso alistamento.   Ninguém é convencido por argumentos derrotistas, por exposição de problemas, dificuldades, contrariedades.  Promessas e vantagens são oferecidas por ambos os lados, como forma de atrativo aos correligionários em potencial.

O ponto nevrálgico está na pessoa que ambos os lados propõem para as liderar.   A quem se estaria propondo como figura de proa, líder de todos os que escolheram o seu lado para militar, e consequentemente como sendo alvo de adoração, no caso?   Existe um só Deus, mas quem mais queira ser esse objeto de proa de adoração, seja homem, seja anjo, ou outra criatura, estaria se propondo a tomar o lugar que somente a Deus pertence.   E é assim que surgem os deuses, ou melhor, os que se presumem ou pretendem ser deuses.

Há até os que dizem que fazem milagres, usando o nome de Deus, Jeová, e até citam o nome de Jesus, mas desenvolvem todo um trabalho em torno de anjos, de homens (deificam até os santos do passado, ou mesmo do presente), de entidades, de eões, de classes de enteais tais como fadas, gnomos, etc.   Outros dizem ser pertencentes ao lado de Deus, mas claramente envolvem as pessoas com raciocínios eivados de erro, e procuram justificar a aproximação aos chamados deuses, com promessas de usufruírem de seus favores, num “quid pro quo” ardiloso.   E existem até mesmo os espiões, que agem como “penetras” no meio do povo que é do Deus verdadeiro, para observarem, copiarem o que se está fazendo no Reino da Luz, para depois imitarem aquilo que viram funcionar.

Essa guerra é muito antiga nesta Terra.   Isso é muito velho, muito embora os princípios do mal saibam bem como imaginar inserir detalhes novos que enganam aos descuidados, até os dias atuais.

Este capítulo 13º de Deuteronômio adverte muito quanto a isto.  Profetas falsos estão distanciando os seres humanos da presença do único Deus Verdadeiro.   E como Jeová é o único Verdadeiro, e nEle reside o sumo bem, logo é intuitivo que fora dEle reside o mal, ainda que envolto sob uma ilusória capa de boa coisa.

Era comum ver qual o tipo de adoração esses falsos deuses exigiam: – para se sentirem fortalecidos, esses seres pediam, não raro, o sangue de alguma criatura humana – crianças, jovens e adolescentes, por excelência – pois sabem que só assim poderão obter uma veneração profunda, julgada digna de um deus.   Assim esses espíritos se afastaram, desviaram-se da presença do Todo Poderoso Sumo Bem.

É certo que hoje em dia existem outras variações de adoração a deuses.   Existem até aqueles enteais que não pedem sangue, mas desviam a adoração devida ao Verdadeiro Deus para algo ou alguma outra criatura.

As promessas de Deus são muito abundantes. Na Bíblia há cerca de 300.000 promessas que apontam para benefícios aos que seguem-nO, e pelo fato de Deus ser verdadeiro, Ele é fiel em cumpri-las, mas o candidato militante deve ficar atento, pois o inimigo dEle, de Jeová, é muito mentiroso, envolvente e promete coisas que iludem ao envolvido, ao ponto de cegar a este último para que enxergue as coisas de forma distorcida, e ao final, fique distante pois, do caminhar do Senhor Deus dos céus e da terra.

Neste capitulo 13 de Deuteronômio, uma luz vermelha, sinal de perigo, é acesa para algumas demonstrações de poderes sobrenaturais.

Logo nos versos 1 e 2 já se vê que havia, desde aquela época, pessoas usadas pelos poderes das trevas, que se mostravam à população como possuidores das grandes virtudes do além-matéria.   Alardeavam e ufanavam-se como se fossem os todos-poderosos, temíveis, fortíssimos, inigualáveis.

Quem não possuir discernimento, pode achar-se iludido e encantado com os assombros, e pode pensar que aquelas manifestações sobrenaturais mostradas seriam prova de que o Único Deus teria enviado tal profeta.

Há uma advertência séria: esses profetas se vestem de uma aparência de coisas boas e oferecem coisas que tendem a fazer os incautos pensarem que estarão trilhando o caminho certo, ao segui-los.

Qual o ponto chave onde podemos reconhecer a origem real dessas mostras milagrosas de poder?

O Deus que conhecemos como Verdadeiro também exigiu sangue, mas apenas de alguns animais, no passado, que pudessem representar dramaticamente ao único sangue que verdadeiramente satisfez ao Deus Supremo – o sangue que o Seu próprio Filho derramou em prol dos que decidiram por segui-Lo até o fim.   Foi necessário, porque sem derramamento de sangue não há forma de haver remissão de pecados.

Esta é uma batalha que visa a alcançar pessoas para o Seu Reino.   O Filho de Deus tomou a frente dessa guerra e ofereceu-Se a Si mesmo, onde o front mais se encrudelecia, para morrer em nosso lugar.   Ele deu o Seu sangue por nós.   Assim age o Verdadeiro Deus, esta é a única forma que agradou ao Pai Celeste.    Os que hoje se oferecem para derramar seu sangue, ou sangue de outrem, mesmo de animais, não o fazem para o Verdadeiro Deus, pois o único sacrifício que Ele aceitou foi o de Seu próprio Filho.   Criar outro caminho alternativo é rejeitar o sangue do Filho de Deus, é desprezar a Grande Oferta sacrificial, a única que agradou ao Todo-Poderoso.

Quem quis afastar os israelitas da única e verdadeira adoração a Jeová, no fundo estava querendo destruir o relacionamento entre o único Deus e Seu povo – e isso traria consequências desastrosas.   Não seria destruído apenas um relacionamento santo, mas também a sorte, o futuro e a felicidade suprema que residem na santa Aliança.   O desastre nas famílias, a destruição dos laços de amor entre seus membros, o prejuízo sobre a vida eterna, sobretudo, estariam também sendo postos a perder, neste jogo.

Devido à facilidade com que isso pudesse acontecer, e para se evitar tragédias incomensuráveis e iminentes, considerando a fragilidade de fé que havia no povo de Deus naqueles primórdios do conhecimento de quem era Jeová, o Senhor foi drástico quanto às medidas que deviam ser tomadas nos casos de tentativas de sedução por parte desses falsos profetas: “antes que o mal cresça, que se lhe corte a cabeça!”

Antes matar aos ousados, insinuantes e sedutores profetas falsos, do que verem depois todo o povo matando-se uns aos outros, para agradar a outros deuses.   Egoísmo de Jeová?  O bom senso diz que não.   A sensatez chamaria a isto de zelo, cuidado para com a vida dos Seus.  Examinem-se os custos e os benefícios, e veremos que o que a Lei disse em Deuteronômio não foi nenhum absurdo.

Considere-se a vida de Raabe, a ex-prostituta de Jericó, e de Rute, a moabita.   Por que decidiram abandonar aos seus antigos deuses?   Na verdade, elas traíram àquelas entidades, para seguirem a Jeová, e, como recompensa, tiveram vidas abençoadas, e chegaram até a servirem de ascendentes do Messias, Jesus Cristo.   Se considerarmos bem os que tomaram o caminho inverso, veremos que estes não tiveram final tão feliz.   É para isso mesmo que serve a Lei: para nos esclarecer o que agrada e o que não agrada a Deus, e quais as consequências de cada escolha que se faz.

É certo que hoje, na Era da Graça do Senhor Jesus Cristo, não somos incitados e nem incentivados a matar a quem quer que seja, pois o enfoque principal da guerra espiritual foi depurado, e os verdadeiros inimigos espirituais foram identificados e visados (Efésios, capítulo 6º, versos de 10 a 19).   Não podemos matar a puros espíritos maus, mas podemos discerni-los e devemos combatê-los nas nossas orações, com nossos gestos, com nossas palavras e nossas bem delineadas determinações que residem em nossos propósitos do coração, e isso a cada momento.

Lembremos de Pedro que, na sua ânsia carnal de servir a Deus, quis convencer ao Mestre para não deixar acontecer a sua crucificação. Jesus o repreendeu, dizendo:

“Para trás de mim, Satanás! Tu és para mim pedra de tropeço, porque não cogitas das coisas de Deus, e sim das dos homens” (Mateus 16:23)

Este mesmo Pedro, porém, mais tarde compreendeu o significado e o sentido da cruz, e foi o primeiro a pregar sobre esta, no dia de Pentecoste (Atos 2:36).

Que o Senhor nos dê sabedoria e discernimento, nos encha da alegria de servi-Lo, e que jamais sejamos presas das sutilezas de Satanás, esse que tanto aspira por ser deus, e ambiciona audaciosamente assentar-se no Trono de Deus, mas não passa de um impostor.

Deus nos abençoe como abençoou a Abraão, que saiu da casa e da terra da idolatria a deuses estranhos para peregrinar nesta terra por todos os caminhos do Deus único e verdadeiro El Shadday.   Pois assim lhe falou o Senhor:

“Sê tu uma bênção!” (Gênesis 12:2)

Sejamos, pois, como Abraão, uma bênção emanada das mãos de Deus.


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