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GÊNESIS – XIII

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noviembre 24, 2013 by Bortolato

Capítulo 24 – DEUS PROVIDENCIA CASAMENTO PARA SEU SERVO

Se V. deseja ter um casamento feliz, siga a receita de Abraão e Eleazar, que se preocuparam em oferecer uma esposa abençoada por Deus para Isaque.   A história e a trama ocorrida é algo em que Deus claramente participou, providenciando certos detalhes inconfundíveis, onde  vemos a Sua mão operando em favor dos Seus.

Numa longa narrativa, vemos como Abraão e seu servo fazem trazer a Rebeca da casa de sua parentela em Harã, debaixo da bênção divina, que em tudo acompanhou de perto cada passada dos Seus servos.

Embora a Bíblia não mencione o nome, senão em Gênesis 15:2, era o mais velho servo da casa de Abraão, Eliezer, o qual tinha recebido poderes para administrar tudo quanto seu senhor possuía.   Este servo, Eliezer, é chamado para fazer uma viagem de vários dias, e de suma importância:  buscar uma esposa para Isaque, o herdeiro da casa.   Mais do que uma agência de casamentos o faria, aquele servo fiel foi, levando uma caravana de dez camelos,  acompanhado de alguns outros servos, rumando para a Mesopotâmia.   Incumbência de grandiosa responsabilidade, pois que haveria de trazer uma mulher honesta, séria, amável, idônea, amada de seus pais, que não fosse das mulheres cananitas, e que tivesse abertura para aceitar e abraçar ao Deus de Abraão.   Este já teria visto como eram as mulheres de Canaã, e, decerto, não gostaria que nenhuma destas viesse a ser sua nora.   Mais do que isto, Abraão fez seu servo mais velho da sua casa jurar pelo Senhor, Deus do céu e da terra, que não tomaria esposa para Isaque, das filhas dos cananeus.   Os costumes idólatras, e a falta de alguns itens importantes na educação de uma mulher que estivesse à altura de ser participante das promessas do Deus Todo-Poderoso que Abraão e Isaque conheciam, foram decisivos para direcionar esta escolha.  Se Isaque partisse para uma conquista de mulheres cananitas, ele estaria se igualando aos demais herdeiros de Abraão, que já a esta altura estavam crescendo dentro do mesmo arraial (Gn. 25:1-5).

Abraão confiava antes de tudo que o Deus maravilhoso, amigo incomparável que ele encontrou em El Shadday, iria ajudá-lo nesta tarefa que já se estava delongando, desde que Sara faleceu, pois Isaque já havia alcançado seus 40 (quarenta) anos.

Em lá chegando em Harã, à hora em que moças vinham junto a um poço, a tirar água, faz uma oração a El Shadday, o que denota que a fé do seu senhor lhe havia sido inculcada em seu coração.   Ele pede que possa encontrar a donzela que fosse gentil para com ele e sua frota de camelos, dando-lhes água para beberem.

A resposta de Deus foi imediata:  de repente, ele nota que a jovem esperada era bela de aparência, afável no  trato, e voluntariamente lhes  dá água aos animais.   Eleazar então lhe coloca um pingente de ouro e dois braceletes de bom peso em seus pulsos,  pergunta-lhe sobre sua parentela, e lhe pede acolhimento nas dependências de sua casa.   Ao saber que ela era filha de Betuel, um dos parentes de Abraão,  da parte de seu irmão Naor,   Eleazar então se põe inclinado para agradecer a Deus por ter-lhe guiado à parentela de seu senhor.   Rebeca corre para contar o que estava acontecendo, e então Labão, seu irmão, convida a comitiva toda a se hospedar em suas dependências, e mostraram uma linda hospitalidade.

Antes de comerem, Eleazar narra como chegou até ali, e como pediu ao Senhor a direção, e encontrou a Rebeca junto ao poço, identificando-a como a escolhida para o filho de seu senhor.   Labão e Betuel, então, reconhecem a mão divina neste feliz encaminhamento das coisas.

Na manhã seguinte, quis o servo de Abraão logo partir.   Assim, tomou a Rebeca, levou-a na viagem de seu retorno para até Isaque, na terra de Neguev, que logo a tomou, levou-a à tenda de sua mãe Sara, tomou-a por mulher, e a amou;  e foram ambos marido e mulher.

Esta história traz, em seu bojo, uma grande semelhança com a relação entre Cristo e a igreja.

O apóstolo Paulo nos diz que Cristo é o noivo, e a Sua igreja, a noiva, num paralelismo de comparação que nos dá a entender que, de modo semelhante a um noivo que ama a sua noiva, num casamento tipicamente judaico, assim foi entre Isaque e Rebeca.

Jesus, sendo o noivo celestial, trabalharia para construir e preparar a casa para morar com a Sua noiva, a igreja, logo depois de acertado o casamento.  Veja-se as Suas palavras em João 14:1-2.

Para que a noiva esteja preparada para as bodas, convencida de que deseja unir-se ao seu noivo, este envia um amigo para, chegado o dia da festa (que a noiva não o saberia senão quando o noivo chegasse), a fim de que esta não fosse apanhada de surpresa e despreparada, avisá-la que seu amado estaria a caminho, pois que seria chegado o momento de sua vinda para o casamento consumar-se.

Assim, Jesus acertou o casamento com Sua igreja, e foi para o céu, com olhos vistos a nos preparar um lugar (João 14:3), e para lá nos levar.   Em breve Ele voltará, mas não se sabe quando.  

Para que a igreja não se ache despreparada para a Sua repentina vinda, Ele, o Senhor, enviou o Espírito Santo, prefigurado pela figura de Eleazar, o servo de Abraão, o qual avisa a noiva que está chegada a hora das bodas nupciais, dizendo:

– “Prepara-te, pois o Noivo está voltando”.

Gênesis, capítulo 25 – ABRAÃO VAI PARA A CASA DO PAI

O homem era já idoso, na época em que veio a gerar a Isaque, mas devido à bênção divina sobre sua vida, recebeu um revigoramento tal que pôde assistir a Sara até que esta morresse aos seus 127 (cento e vinte e sete) anos de idade, ocasião em que Abraão alcançara seus 137 (cento e trinta e sete) anos.

Ninguém diria, mas Abraão ainda resolveu, apesar da idade, e de todo o desgaste que esta poderia pesar-lhe, unir-se a outra mulher.   Não é explícito se houve ou não um outro casamento, mas algo nos indica que não, pois os casamentos tinham que ser feitos com testemunhas e debaixo de uma autoridade espiritual.   Naquele momento, o patriarca Sem já havia falecido, deixando ao próprio Abraão a responsabilidade sacerdotal sobre sua casa, e não se sabe de outro personagem que pudesse ter assumido este papel.

Como Deus dá forças ao cansado, e aos que estão sem mais vigor, Abraão ainda gerou nada menos do que seis filhos, de sua mulher Quetura:  Zimrã, Jocsã, Medã, Midiã, Jesbaque e Suá, dos quais se menciona ainda que estes tiveram muitos filhos.   Midiã foi o ascendente da mulher de Moisés, Zípora.

Abraão, antes de partir desta vida, colocou em ordem a questão da herança, pois ele sabia que em Isaque é que seria suscitada a maior bênção divina sobre esta terra, o Filho de Deus, seu descendente.   Dirigiu-se a cada filho, e concedeu-lhes presentes, com sabedoria deve ter feito gordas doações de bens a cada um, como que dizendo-lhes que teriam recebido então suas porções, e os despediu.    Neste ínterim, cada um deles já devia ter acomodado sua vida com autossuficiência, e não permaneceram junto a ele, como que a esperar pela sua morte, para disputar com Isaque algum direito maior, pois Isaque era o filho da promessa, que haveria de receber a porção dobrada da bênção divina.

Quando da morte de Abraão, Isaque tinha alcançado seus 75 (setenta e ciinco) anos, Jacó e Esaú seus 15 (quinze anos), e Ismael, 89 (oitenta e nove).

A fim de que não houvesse disputas, rixas e competições após sua morte, Abraão assim o fez, sabedor de que cada filho, em particular Ismael e Isaque, formariam grandes e numerosas nações, de modo que não tornasse a acontecer o que deu ensejo à separação entre ele e seu sobrinho, Ló.   Medida preventiva, uma lição para os pais modernos, que também devem deixar aplainados os caminhos para seus filhos.

Gên. 25:12-18 – OS DESCENDENTES DE ISMAEL

Ismael então, por sua vez, gerou 12 (doze) filhos, e cada qual destes teriam o seu castelo para morarem, e dado seus nomes às localidades onde se assentaram, embora muitos desses fossem nômades ou seminômades.

Morre Isamel aos 137 (cento e trinta e sete anos) de vida.   Os seus descendentes habitaram a Península Arábica desde Berseba até o Egito.

Gênesis 25: 19-44 – NASCEM GÊMEOS LUTANDO:  ESAÚ E JACÓ

Durante a gravidez, os dois meninos já lutavam dentro do ventre de Rebeca.   O Senhor disse a ela que havia duas nações no seu ventre, povos que mais tarde viriam a guerrear entre si.

Os meninos cresceram, cheios de vida e saúde, mas de temperamento muito diferentes um do outro.   Esaú era o tipo do jovem esportista, que amava realizar caçadas, o que enchia os olhos de seu pai.    Jacó, já bem mais pacato, era caseiro, e ficou prendado em alguns pratos da culinária regional.

Um dia, ao chegar de uma caçada, uma cansativa jornada no campo, Esaú, muito exausto, vê que seu irmão tinha preparado um guisado de lentilhas, e pede a este que lhe ofereça um prato, a fim de poder recuperar suas forças.   Jacó então lhe propõe uma troca: o guisado pela primogenitura, uma proposta indecente, mas que de pronto é espantosamente aceita – e a disputa entre ambos começa a acentuar-se.

Analisando a atitude de Esaú, vemos que esta foi a mesma de muitas  pessoas que valorizam o imediato, por não medirem as consequências futuras, como aquelas crianças que desejam muito uma guloseima, um bombom, ou uma trufa de chocolate, mas contanto que seja já, agora, no mesmo instante.   Fazem tanta questão, que até negociam com um futuro presente de Natal.  Não pensam que poderiam refrear seu desejo momentâneo, com vistas a poderem receber uma bicicleta, na data natalina.

Quantos não preferem, hoje, entregar-se aos desejos e caprichos seus, por não valorizarem o prêmio espiritual que Deus tem para lhes da na época certa, na vida eterna…

Gênesis 26 – BUSCANDO ACHAR UM LUGAR PARA FICAR…

Houve fome na terra, e Isaque pensou, talvez, em ir buscar alimentos no Egito.  O Senhor então lhe aparece para reforçar as Suas promessas feitas através de Abraão, que se estenderam a Isaque no tocante à multiplicação de sua semente,  a posse da terra de Canaã; e a bênção que a sua semente trará a todas as nações da terra.   E Deus lhe ordena para não descer ao Egito, mas ficar em Gerar, cidade filistéia.   Os filisteus ali já estavam em números pouco expressivos, mas por cerca do ano 1.200 A.C., os mesmos foram derrotados pelos egípcios, e então vieram em massa da Grécia para o Médio Oriente, e se assentaram na região litorânea de Canaã.

Ali em Gerar reinava Abimeleque, que certo dia olhou por uma janela de abertura, e flagrou uma cena de intimidades entre Isaque e Rebeca, donde concluiu que os cidadãos de Gerar foram induzidos ao engano por uma “mentira cor-de-rosa”, quando o casal veio a morar naquela cidade.   Isaque dissera aos moradores que então lhe perguntavam, que ela, Rebeca, era sua irmã, a exemplo do que Abraão fizera (Gênesis 20) anos antes.   Ao que tudo indica, a má fama daqueles moradores continuava imperando naquela terra.    O rei então repreendeu a Isaque, e deu ordens a todos os seus concidadãos para não ousarem tocar em Rebeca, sob pena de morte.

No verso 5 vemos que o Senhor diz ter Abraão sido fiel na guarda de Seus mandados, preceitos, estatutos e leis.   Tudo isso indica que a Bíblia estava, já, sendo dada por Deus a Abraão, em sua forma embrionária.

Houve naquele tempo um derramar de bênçãos materiais sobre a fazenda de Isaque de tal monta que os filisteus o invejaram e, para manifestar o seu descontentamento, estes vinham aos poços que Abraão chegou a abrir,  os entulharam e tamparam-nos com terra.

O rei de Gerar então lhe fala para se apartar deles, porque Isaque tinha sido já incluído no rol de pessoas detestáveis por aquela gente, ao ser engrandecido mais do que todos os demais cidadãos daquela localidade.  Ao receber um convite desagradável como este, Isaque sai da cidade, e vai estabelecer-se no vale de Gerar, onde cava poços, e vários deles são entulhados pelos filisteus.   Visto isso, resolve ir a Berseba, onde tentou cavar poços sem mais perseguições.   Como que em um gesto de diplomacia, tentando consertar erros, Abimeleque vai até onde Isaque está, juntamente com  o comandante do seu exército, para propor-lhe um acordo de não agressão e harmonia, reconhecendo que Deus é com seu servo, o que foi aceito, e daí em diante, Isaque pôde habitar em Berseba, vivendo em paz.   Naquele mesmo dia, os seus servos encontraram água, em sua escavação de poços.


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