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JOSUÉ – XIV – PLANEJAR, ORDENAR, E AGIR

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junio 8, 2015 by Bortolato

Mapa das 12 tribos

Deus tem seus planos, e os homens também os têm.   O segredo do grande sucesso dos projetos nesta Terra reside na concordância entre os planos humanos com os do Senhor.    A conquista de Canaã não foi uma ação desordenada, fruto de puro entusiasmo e euforia da parte de Israel.   Houve muitos planos militares que foram estudados, montados, e colocados em prática.    Foram engendradas várias estratégias para que tudo desse certo, mas nada disso teria alcançado os objetivos propostos, se o Deus Yaweh não tivesse colocado o Seu carimbo de aprovação em cada ação.

A conquista de Ai foi um exemplo patente da necessidade de uma participação cooperativa entre Deus e os homens.    Quando as pessoas, todas cheias de autoconfiança, iam para uma batalha considerada de vitória fácil, e voltaram dos campos fugindo de medo de seus inimigos, com o seu orgulho abatido, humilhados diante de uma pequena milícia adversária, ficou óbvio que algo estava errado, muito embora não soubessem de que se tratava.   Quando souberam que um homem menosprezou o trato que Deus havia feito com Israel, e ensoberbecido, ultrajou as ordens do Grande Comandante, eles puderam sentir que com Yaweh teriam tudo, e sem Ele, nada teriam.

Depois que foi consertado o relacionamento com Deus, então voltaram os hebreus à batalha, e desta vez usaram de uma estratégia interessante:  de início fingiriam estar novamente derrotados, e, nesse espírito, correriam para certo lugar onde se daria um cerco por trás dos perseguidores.   Os inimigos caíram na armadilha armada, como uma ave que se prende a um laço, e não consegue mais escapar – mas de quem foi o plano?   Josué 8:1-2 revela: o nome do mentor é Yaweh, o Senhor dos Exércitos!

Sábias são as palavras que dizem:

“Os planos (as preparações) do coração pertencem ao homem, mas a resposta certa vem do Senhor.” (Provérbios 16:1)

Então chegou Israel a um ponto em que teria que tomar uma decisão.   Josué capítulos 13 a 17 mostra que Cinco tribos já estavam então assentadas: Ruben, Gade, Manassés, Efraim e Judá.   Restavam ainda outras sete tribos encontrarem o seu lugar na Terra Prometida, para ali morarem e explorarem a fertilidade daquele solo abençoado.

Parece que Israel estava se acostumando com aquela vida nômade, que tivera desde a vivência do deserto.  Estava percorrendo a terra, mas sete tribos ainda não tinham sequer pensado em focalizar um lugar para ali ficarem e criarem raízes.   Isso é comum quando, depois de longo período de lutas, as pessoas pensam que a vida deverá continuar do mesmo jeito – mas Deus tem preparado um tempo de descanso para todos nós.   Tudo tem o seu tempo nesta vida, debaixo da luz do Sol, e era já tempo dos israelitas estarem desfrutando daquele gostoso sabor do resultado de suas campanhas vitoriosas.

Josué chamou aos líderes daquelas sete tribos, e disse-lhes que fossem três homens de cada tribo, ao todo vinte e um, e percorressem a terra de Canaã, e mapeassem os lugares ainda não apossados (apesar de já haverem vencido a nata dos exércitos que os queriam defender), e depois voltassem para receberem a orientação de Deus para seus assentamentos.

Lá foram eles, e encontraram várias terras ao norte de Canaã, e algumas partes de terras dentro do  território de Judá que poderiam ser destinadas a algumas tribos pretendentes ao mesmo.

Issacar, Zebulom, Aser, e Naftali, puderam achar seus lugares na região norte.  Foram tiradas sortes, a fim de que os territórios não fossem divididos de acordo com votos da maioria, e nem com a expressão da vontade de algum líder.   Aser teve a região praiana,  e Zebulom, Issacar e Naftali se situaram ao redor do mar da Galiléia, então chamado de mar de Quinerete.  O tirar a sorte era uma maneira muito usada para se decidir assuntos que poderiam causar divisões ou polêmicas, pois excluía possíveis preferências.   Com isso, eles entenderam que esta foi a forma que Deus usou para exprimir Sua vontade.   As sortes foram tiradas no local das assembleias do povo do Senhor, que era defronte a Tenda do Tabernáculo, que Josué já havia trazido e montado em Silo.   Ali Yaweh manifestava a Sua presença e o Seu poder.   Ali eles sentiram que Deus os estava direcionando a um destino mais confortável do que aquele que viveram até então.

Benjamin e Dã tomaram por sorte os espaços centrais de Canaã, na altura de Gilgal.  Benjamin ficou próximo da desembocadura do rio Jordão junto ao mar Morto, e Dã se assentou na região mais próxima do Mar Mediterrâneo, ambas ao norte de Judá.

A Simeão, por sua vez, coube uma área dentro do território de Judá, pois que por sinal, a porção dos judeus era bem extensa, mais que suficiente para estes.

Mais tarde, os danitas, julgando-se espremidos dentro de um território pequeno demais para eles, fizeram uma incursão militar que veio a conquistar o lado nordeste do mar de Quinerete, ao norte dos gesuritas, ao sul do monte Hermon.

Assim ficou dividida a terra.

À tribo de Levi, porém, não  foram dadas terras como sua possessão.   Em vez disso, estes se assentaram apenas em cidades espalhadas por todo o território israelita, onde ganharam casas para lá habitarem com suas famílias.  (Josué, capítulo 21)

Os coatitas, por exemplo, receberam treze cidades dentro dos limites das tribos de Judá, Simeão e de Benjamin, e mais dez cidades no território de Efraim, Dã e Manassés Ocidental.

Os gersonitas tiveram treze cidades em Issacar, Aser, Naftali e Manassés Oriental.

Os meraritas possuíram doze cidades em Ruben, Gade e Zebulom.

Mais uma vez o Senhor faz-nos entender que o mais importante não são as posses de bens materiais.   Muitos israelitas se afastaram de Yaweh, e de Sua Palavra, ao dedicarem-se ao cultivo de suas terras, à construção de casas, e à criação de gado, pensando no pão e nas vestimentas, na vida que diz respeito ao visível e imediato.   O Senhor deixou claro, em Sua santa Lei, que o homem não viverá só de pão, mas de toda palavra que sai da boca de Deus.   Os levitas deveriam ser provas vivas dessa verdade.   Eles se tornaram famílias cuja preocupação principal era o cumprimento da Palavra de Deus – no Tabernáculo, depois no Templo, e nas cidades de refúgio, onde deveriam morar.   Eles deveriam cuidar do Lugar Sagrado, prestando serviços de manutenção, guarda, conservação, ensino da Lei ao povo, da música nos cultos, e assistência aos sacerdotes junto ao altar dos Holocaustos.   Suas vidas foram chamadas para serem diferentes, e exemplos para o restante do povo, conclamando a este para afastar-se do pecado, e voltar-se para Deus.

Esta foi uma divisão desigual?   Quem ficou com a melhor ou a pior parte, nesta história?

Julguem como quiserem, mas cremos que os levitas é que receberam a melhor porção, pois, como o próprio Deus lhes disse, a sua porção foi Yaweh.   Realmente, não devemos inverter os valores.   O que é de maior valor:  o temporário ou o eterno?  A terra, ou o céu?  O material ou o espiritual?   O perecível ou o incorruptível?

Para que o homem não se conformasse com a ganância, com a avareza, com o egoísmo, e com o bairrismo, os levitas eram um exemplo disso.   Sua grande preocupação não deveria ser com a terra conquistada pelos hebreus, mas com o altar, e com o lugar de adoração Àquele que lhes deu glórias nas batalhas, vitórias sobre inimigos, e uma terra que não tiveram de preparar para começar a dela tirar seus frutos.

Os levitas eram um ramo das famílias israelitas que simbolizavam o valor que os homens deveriam dar a Yaweh acima de tudo.   Bastava olhar-se para um deles, e os hebreus eram relembrados que deveriam devolver os seus dízimos, e suas ofertas ao Senhor, o grande doador de toda boa dádiva – não como uma obrigação pesada, mas como uma oportunidade de demonstrar-se agradecidos a Deus pelas Suas misericórdias e Sua bondade.

Das cidades dos levitas, havia seis delas que eram também destinadas ao refúgio dos que um dia foram infelicitados por alguma desventura fatal que mudou o rumo de suas vidas, após um acidente em seu percurso, um acidente com vítima(s).   A própria Lei do Talião autorizava vingadores a matar, os quais teriam o condão de pagar a morte de um parente, com a morte da tal pessoa envolvida no incidente.  Essas cidades de refúgio eram precursoras da graça de Deus, pois evitavam que acidentes fossem tratados como crimes, e mais mortes fossem acrescidas a um fato não propositado.  Eram, por isso também, cidades-moradas da misericórdia divina (Josué, capítulo 20).

Josué em seu capítulo 19 revela que este líder efraimita esperou que todas as tribos estivessem estabelecidas em suas possessões, para então escolher algo para si mesmo.  Por quê?  Porque ele era extremamente altruísta?   Mais do que isso, ele estava voltado para fazer a vontade do Deus de Abraão, de Isaque, Jacó e de Moisés.   Ele sentia que a sua porção maior era o Senhor, e fazer a Sua vontade era mais premente do que realizar um sonho particular seu.

Jesus, o Cristo, cujo nome é o mesmo de Josué em hebraico (Yoshua), o Filho de Deus, veio a esta Terra,  e não reclamou para si posse de espaço algum em Israel.   Não era Ele um levita, mas descendente do rei Davi.  Nem por isso reclamou para si bens e riquezas, honrarias humanas, pompas, e nem poderes políticos, muito embora tivesse todo o direito de requerer tudo isso como seu.   Mas Ele preferiu viver em pobreza material, em humildade, e até mesmo morrer como se fosse um grande pecador.  Por quê?  Porque para Ele, o mais importante era fazer a vontade do Pai e cumprir Sua visão de salvação da humanidade.   Sua devoção ao Pai foi sem igual.   É o nosso grande exemplo, para o qual não devemos jamais tirar os olhos.  E Ele quer que cada ser humano, descendência de Adão, seja resgatado da vã maneira de viver e possa encontrá-Lo um dia no céu, no santuário do Senhor, para que sejamos participantes da glória da Canaã Celestial.

Seja o leitor abençoado com esta bênção de duração eterna!  Com o amor de Deus, a graça de Jesus o Cristo, e a comunhão sem fim do Espírito Santo!  Com um grande abraço nosso e do Senhor de toda a Terra!


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