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JUÍZES – II – VIDA FELIZ, DESCUIDOS, INSUCESSO E MORTE

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julio 2, 2015 by Bortolato

Que lhe parecem estas palavras?    Quando se fala de vida feliz, é tudo o que mais se deseja neste mundo, mas será que os fins justificam os meios?    Buscá-la nas riquezas, na fama, em uma namorada, no frenesi de um trabalho escravizante,  em uma religião qualquer, ou na disputa desleal de um pleito eleitoral, é vão, pois estas são coisas que desaparecem com a mesma facilidade com que aparecem.  É  muito comum perceber-se que os caminhos e meios mais fáceis não dão bom resultado.  E quando se trata de lançar mão de meios indevidos com o alvo de obter-se essa tão aspirada  felicidade, aquilo que mais se queria começa a escorregar para longe das vistas, e desaparecer como numa neblina.  O título acima pode parecer dramático ou melancólico, mas vamos analisar as coisas de modo realista e prático.   Pensando bem, quantos e quantos já morreram sem ter podido gozar de bons dias nesta Terra?   Neste rol estão incluídos tanto ricos como pobres, grandes e pequenos, eruditos e leigos, cultos e incultos, homens e mulheres, jovens e velhos, todos estes não escapam de serem traídos por suas próprias ambições.    Ao ver-se tantas pessoas desencontradas nesta vida, será que não passa por cabeças pensantes que todos nós estamos debaixo da autoridade divina, e que valeria a pena procurar saber qual a opinião do Supremo Juiz e Senhor dos céus e da Terra a respeito disso?   Quais os Seus critérios de aprovação ou desaprovação?   Enfim, quais são as regras do jogo?   É exatamente sobre este aspecto que pretendemos discorrer, pois que o mesmo se nos apresenta altamente relevante para o caso.

Nos capítulos 1 e 2 do livro de Juízes vamos escavar e extrair os segredos que envolvem as vidas de muitas pessoas.

Todos anseiam desde a mais remota infância, viver bem, ser felizes ter coisas interessantes ao alcance, e vivenciar experiências que nos levem a sentir que nossos corações ficaram satisfeitos.   As pessoas mais simples deste mundo, por mais simples que sejam, têm também suas ambições.   Não há como fugir disso.   Elas nutrem seus sonhos, visam aos seus alvos, sejam estes os mais fáceis ou os mais difíceis de se obter.

No afã desta busca constante, entra a nossa pergunta:  V. já chegou onde queria, e está plenamente feliz?   Se olharmos a vida de nossos pais e ancestrais, veremos que muitos sonhos seus não foram realizados.   Frustrações deixaram uma marca sombria em suas mentes.

Uma outra pergunta dá valor ainda maior a estas cogitações:   Que métodos V. e seus pais usaram para alcançar os seus objetivos?   Se fizer uma análise honesta, vai verificar que algumas coisas poderiam ter sido feitas de forma diferente da que se utilizaram em vários momentos.   As pessoas que puderam usar de uma perspicaz capacidade de avaliação, ao fazerem um retrospecto, percebem que  em dado instante cometeram erros que gostariam de corrigir, mas nem sempre lhes resta tempo ou condições para tanto.

Vejam-se os israelitas que já estavam em sua Terra Prometida, gozando e desfrutando de sua boa fertilidade e de boas colheitas.

Após a morte de Josué e de Eleazar seguiu-se uma geração que havia visto todos os grandes milagres e feitos do Senhor Yaweh, em favor de Israel, mas… uma outra geração despontou depois destes últimos, a qual não conheceu ao Senhor e nem atentaram para os grandes feitos que seus antepassados testemunharam ter recebido da mão divina (Juízes 2:6-10).

Um fator determinante aconteceu de forma a induzir as coisas a darem errado.   Os israelitas não foram diligentes para expulsar aos povos de Canaã, e foram condescendentes com os mesmos, aceitando o seu convívio, absorvendo os seus costumes, e até miscigenando suas famílias, por meio de casamentos e concubinatos – desaprovados por Deus, diga-se de passagem.

Ora, os povos cananitas eram idólatras.   Adoravam a Baal, a Asterote e a Aserá, deuses aos quais cultuaram por muitos e longos anos.   Aquele povo cria que esses eram os deuses que se alojaram naquelas terras, o quais, criam eles, detinham o direito de exigir dos moradores a sua adoração, e com isso, a eles se apegavam fortemente. Apesar dessa cumplicidade, seus adeptos sentiram-se por muitas vezes oprimidos e prejudicados, devido ao jugo pesado dos rituais e liturgias que lhes eram oferecidos.  Já pensou em ter que oferecer um filho ou filha em sacrifício num altar de Baal?

O ponto que mais pesa contra os israelitas repousa sobre o fato de que, se esses deuses fossem realmente fortes, o suficiente para dar alegrias permanentes nesta vida, esses povos cananeus não teriam sido vencidos por Josué e nem teriam sido submetidos a serviços mais árduos, quando poupados.

Quando Israel entrou naquela terra, no entanto, o que aconteceu foi que o Senhor Deus Yaweh, através de um povo que Lhe era fiel, foi Quem lhes proporcionara aquelas conquistas tão notáveis, resultantes de intervenções sobrenaturais da mão divina em favor dos exércitos israelitas.   É lamentável ver-se que tudo isso tenha caído no esquecimento.

Parecia não mais ter importância servir a Yaweh.   Eis aí a lição número UM a ser aprendida:  não se deve esquecer dos favores que Deus nos proporciona – ainda que tenha sido apenas para favorecer a nossos pais, avós, bisavós ou tetravós.   Se hoje estamos vivos e bem alimentados, isso só já é motivo para darmos graças a Deus, e prosseguirmos em cultuá-Lo.

Israel, porém, esqueceu-se de que quando entrou naquela boa terra, os cananeus oraram, suplicaram, sacrificaram – e com toda certeza fizeram até sacrifícios humanos – aos seus deuses que foram impotentes para segurar a mão forte do único Deus Supremo, Yaweh dos Exércitos!  Nada, e nenhum deus daqueles pôde detê-Lo.

Porventura não teve Israel que enfrentar guerras?  Certamente, mas não é a presença de inimigos ameaçadores e ostensivos que mais perturbaram a vida e a senda dos hebreus.   Quem mais prejudicou aos israelitas, mais tarde, foram os inimigos que se lhes achegaram com pose de amigos, e lhes ofereceram os seus deuses para serem cultuados.   Este é que foi o maior perigo!   Esta é que foi a causa de muitas derrotas, desgraças e de muitas tristezas para o povo que era chamado de “Povo de Deus”!

Como consequência desta ingratidão para com o único Deus que comprovadamente lhes foi o seu grande benfeitor, o que ocorreu?   O Senhor os deixou a seguirem os caminhos de sua escolha infeliz, e logo eles ficaram à mercê dos que queriam oprimi-los.

Foi assim mesmo que aconteceu!   O Deus de Israel é a fonte da felicidade e do sucesso na vida.  Não apelamos para a teologia da prosperidade, mas o fato é que para sermos felizes, não carecemos de grandes riquezas ou de grande distância dos nossos inimigos, mas sim, das riquezas espirituais que somente o grande e Único Deus nos pode acrescentar:

“A bênção do Senhor é que enriquece,e não acrescenta dores”. (Provérbios  10:22)

O caso de infidelidade a Yaweh na época dos juízes foi realmente algo muito grave.

O povo ainda era adolescente na fé, e sua negligência foi motivo para receberem uma exortação.   De quem?   Josué já lhes havia exortado anteriormente, durante sua velhice, mas eles fizeram como se não o tivessem ouvido.   Quem então os exortaria?

Certo dia, de repente, alguém surgiu do nada em Gilgal, e foi-se dirigindo até Bokim, alguém muito especial.  Vinha só, mas seus passos impressionaram aos que o avistaram.   Usava vestes brilhantes, todos perceberam que não era um visitante comum.   Ele não era humano.  A Bíblia o descreve como o “Anjo do Senhor”, mas a sua fala era de autoridade, e imbuída de um poder que era perceptível em cada uma de suas palavras.   Ele dizia coisas que somente Deus poderia dizer…

O Anjo do Senhor é muitas vezes descrito como a figura de Jesus, o Cristo, pré-encarnado, mas atuante por diversas vezes.   Anjos santos de Deus muitas vezes atuaram nesta Terra, porém de forma diferente dAquele que surgiu como uma aparição em Gilgal e Bokim.

Aquela figura santa e bendita que lhes apareceu falou-lhes como Ele mesmo os tinha trazido do Egito e colocado naquela terra, mas o Seu povo desobedeceu à Sua voz.   Cobrou-lhes um posicionamento mais íntegro do que estavam demonstrando.   Falou-lhes que lhes havia ordenado a não se deixarem promiscuir com os costumes idólatras daqueles povos que dantes ocuparam a terra, e como não fizeram isto, então Ele também não mais expulsaria os cananitas dali, deixando-os para servirem de teste de fidelidade.   O povo que O ouviu, reconheceu sua fraqueza, e chorou muito por isto.

Infidelidade!  Esta palavra-chave nos leva a concluir que houve um pacto, uma aliança, que deveria ter sido observada, e não foi.

Quando uma pessoa fazia um pacto com alguém, isso envolvia uma porção de coisas – algumas favoreceriam aos que participaram da aliança que, não raro, era selada com o sangue dos pactuantes.   E algumas outras coisas ficavam implícitas:  que aqueles que quebrassem a tal aliança seria digno de morte.   Essas alianças eram de implicações muito fortes, e não deveriam jamais ser rompidas.   Uma vez feitas, não deveriam mais ser desfeitas, sob pena de muitas dores sobre os transgressores da mesma.

Deus permitiu que as práticas desses pactos fossem bem desenvolvidas e respeitadas, porque Ele também queria que Seu povo fosse respeitoso para com Ele, a fim de que estes pudessem estabelecer um pacto que fosse  rigorosamente observado.   Assim, eles teriam condições de entender qual a seriedade desse ato, e alcançar posições e patamares onde pudessem ser amplamente abençoados por Ele.

Este é um princípio universal.    Leis regionais ou universais impõem-nos um pacto, um pacto social, ao qual os cidadãos são obrigados a obedecer, com previsão de penas para os transgressores.

Mas também há pactos particularmente feitos entre duas pessoas, as quais, durante a celebração do mesmo, estas devem verter o sangue de suas próprias veias, misturá-lo e beberem-no, a fim de selarem a aliança.   Esta é uma aliança de sangue, e quem a desrespeitasse seria digno de pagar com sangue sua deslealdade.    Uma aliança assim feita denotava um laço de afeição mútua entre os pactuantes, que se consolidava de uma forma muito mais profunda e envolvente.

Casamentos também são pactos que envolvem não somente duas pessoas, mas as famílias que estas representam.   Também é a ocasião para se externar o desejo de firmar-se uma união de forma muito mais duradoura.    Usar de leviandade nesta área provoca reações de repulsa, de aversão, e o rompimento dos laços matrimoniais não são feitos sem deixar profundas marcas para ambos os lados.

Este assunto chega a um ponto em que nos faz lembrar do pacto de sangue que Jesus nos proporcionou ao oferecer-Se a si mesmo em uma cruz.   Seu sangue precioso, santo, puro, imaculado, concomitantemente divino e humano, nos impele a nEle crermos, aceitá-Lo, e planta em nossos corações o desejo de sermos participantes de Sua ceia, na qual Ele disse com todas as letras:

“Tomai, bebei, este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei isto todas as vezes que o beberdes, em memória de mim”. (I Coríntios 11:25 )

A diferença entre o Pacto do Novo Testamento do Senhor Jesus Cristo  e os antigos pactos de sangue é que Ele, e Ele somente, foi suficientemente poderoso e santo para derramar o sangue e selar esta Nova Aliança.   Não houve necessidade de que nós, os que entramos em aliança com Ele, também derramássemos o nosso sangue.   Ele, como Filho de Deus, derramou o Seu sangue cumprindo a parte que caberia a Deus neste pacto – e Ele, como Homem, como ser humano que era então, também cumpriu a parte que caberia aos homens para entrarem em aliança com Deus.   Ele morreu também em nosso lugar, cumprindo a morte que caberia aos transgressores da Lei do Senhor.

Se, pois, somos participantes do Seu Novo Pacto, então podemos dizer que a felicidade dada por Deus está novamente ao nosso alcance, concedida com muita liberalidade.   A morte já não tem mais o poder condenatório de nos levar a pagar nossos pecados em um futuro infeliz, pois Jesus se nos apresenta assim: Ele é a nossa felicidade eterna!  Hoje, agora, e para sempre!

Sejamos felizes, com Jesus, o Filho de Deus em nossas vidas!   Sejamos a Ele fieis, porque Ele é digno de ser honrado!


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