LEVÍTICO – VIII – DEUS VÊ NOSSAS ENFERMIDADES
Comentarios desactivados en LEVÍTICO – VIII – DEUS VÊ NOSSAS ENFERMIDADESenero 24, 2014 by Bortolato
DEUS NOS CURA DE DOENÇAS GRAVES (Levítico capítulo 14)
Enfermidades são desafios à nossa fé. Quando se ouve falar de alguém que não teve jamais sequer uma dor de cabeça, ficamos imaginando se isso de fato é uma verdade. O fato que se constata é que algumas pouquíssimas pessoas nascem com seu sistema nervoso já sedado contra dores, o que já se trata de uma anomalia; a questão de não sentirem dores não significa que estas não venham a sofrer por quaisquer enfermidades – aliás, este fator pode vir a provocar agravamentos de algum estado doentio não percebido.
Como vimos no capítulo anterior, a lepra é apenas uma das doenças que atacam a pele, e que se mostra muito próxima dos efeitos do pecado. Aparecem manchas claras e arredondadas na pele, e, às vezes, com mostras de inflamação, avermelhadas e insensíveis, onde a carne perde sua consistência, e células são alteradas de maneira a desestruturá-las, e dentro destas manchas pode até ser penetrado um objeto pontiagudo, exercida alguma pressão, ou serem queimadas sem que haja qualquer dor. A dor se faz ausente, mas a enfermidade está instalada ali.
Esta doença é mais que uma impigem. É um processo que vai tomando conta do corpo ao qual atinge, progredindo cada vez mais, matando as células sadias, e deixando um rastro de tecido morto dentro de uma pessoa viva. A pessoa sente, pois, estar morrendo aos poucos, e o futuro de sua vida nesta terra fica seriamente comprometido. Por ser uma doença que pode passar de uma para outra pessoa, convém que esta viva em isolamento, à parte das pessoas saudáveis que possam fazer parte de seu convívio familiar.
Para tanto é que existem leprosários, muito embora a medicina moderna dizer que há situações não contamináveis dessa enfermidade, desde que seja aplicado o tratamento adequado. Nos dias de hoje, o tratamento é feito à base de três tipos de antibióticos, que devem ser tomados durante algum tempo, mas após 15 (quinze) dias aplicado este procedimento, o indivíduo já não irá mais transmitir a doença, e há promessa de cura após algum tempo depois. Já na época de Moisés não era assim… e ainda hoje a humanidade luta contra moléstias incuráveis.
Se, porém, formos buscar as origens de toda e qualquer enfermidade, iremos nos deparar com o fato inegável de que estas coincidem com a entrada do pecado neste mundo, e esta é a razão porque havia ritos e práticas no Velho Testamento para a constatação da lepra, bem como para o caso de ter havido o milagre da cura.
A lepra, na época do Antigo testamento, era uma doença incurável, mas alguns leprosos, hoje, alcançam uma saúde livre desse tormento, e damos graças a Deus por isto.
Existe, outrossim, para o povo de Deus, uma grande possibilidade de cura pela fé em Jesus. Para Ele não houve e nem há dificuldade alguma para extirpar a lepra de um organismo.
Convém notar que os ritos religiosos para o povo de Israel eram para o povo de Israel, mas para os povos gentílicos não se exigia tudo aquilo. Foi o caso do general sírio Naamã, que precisou apenas levar a sua fé até o rio Jordão, e lá mergulhar naquelas águas por sete vezes, e sua pele ficou sarada, limpa como a de uma criança, mudando muito o seu aspecto para bem melhor.
Isto não invalida as exigências da Lei, até certo ponto. A tipificação simbólica da Lei continha muitos elementos que preconizavam um fundo real no campo do espírito.
É de se notar que o indivíduo que fosse curado deveria apresentar-se ao sacerdote, que era um representante de Deus na Terra, uma figura que tipificava a Cristo. Isto só já é uma mensagem. Deus é quem sabe quem foi ou não curado da lepra, e alguns do Seu povo que se visse como curado deste problema deveria buscar a Sua Presença reconhecendo-o, pois é Ele o detentor de todo o poder para nos curar de doenças de todos os tipos.
Uma cura completa certamente se perpetuaria, e se despediria de todo aquele problema para sempre. Estamos, porém, procurando saber o que é conveniente fazermos, quando chegamos a um ponto como este, porque Deus é santo, e não aceita que nos acheguemos a Ele de qualquer maneira.
Antes de tudo, o homem é um ser pecador por natureza, e precisa ser despido dessa condição, para poder apresentar-se perante o Deus Santíssimo. A primeira coisa que fazemos quando nós queremos falar com um príncipe ou um rei, é agendarmos uma audiência e, na data aprazível, anunciarmos a nossa chegada para o encontro.
Como faríamos isso? Se somos pecadores, e Ele é totalmente santo, Ele nos receberia? Por isso é que vemos que o sacerdote sairia para fora do arraial, e este apresentasse uma oferta múltipla para essa apresentação: no caso do A.T., uma ave seria degolada, e verteria seu sangue num vaso de barro, onde seriam molhados uma outra ave viva, um pau de cedro, o carmesim e o hissopo (Lev. 14:4-7). Guarde isto em seu espírito: Cristo, o nosso Sumo Sacerdote, saiu para fora da cidade de Jerusalém, para oferecer-Se a Si mesmo no monte Calvário.
A ave viva simbolizaria a vida do apresentado, que viveria, mas sendo marcado pelo sangue da outra ave, o qual representava o sangue redentor do Senhor Jesus, o Cristo. A ave viva bateria suas asas molhadas naquele sangue, espargindo-o sobre o que se dizia curado, por sete vezes – sinal de que deveremos espalhar ao nosso derredor a verdade de que o sangue redentor de Jesus nos cura, nos limpa da lepra e do pecado, nos dá a firmeza e a segurança de um pau de cedro, de que estamos realmente limpos do mal.
O pau de cedro traz uma outra mensagem nele dantes oculta: é através do madeiro da cruz que somos sarados, pelas pisaduras do Senhor Jesus.
O carmesim é um pigmento vermelho extraído de um inseto, como se fora o seu sangue – mais uma forma de tipificação do sangue de Jesus na cruz.
O hissopo era uma planta esponjosa, a qual foi usada quando Jesus estava na cruz, e através desta foi-lhe oferecido um tipo de vinagre, que era na verdade uma droga analgésica, à qual Jesus se recusou a bebê-la.
Continuemos guardando mais estes detalhes em nossos espíritos!
Pelo oitavo dia, a pessoa que fora curada da lepra se reapresentaria, desta vez à porta do Tabernáculo (14:10-11).
É de notar-se que então o interessado tomaria dois cordeiros sem mancha, uma ovelha sem mancha, e uma oferta de fina farinha amassada com azeite.
Primeiramente, a oferta pela expiação da culpa (14:12): um dos cordeiros e o sextário de azeite; depois, a oferta pelo pecado, uma ovelha; a seguir, um cordeiro em holocausto (14:19); e por fim uma oferta de manjares (14:31). Quando a família fosse pobre, sem posses para oferecer, a exigência se resumia a somente um cordeiro e duas rolas ou dois pombinhos.
Precisamos reconhecer nossas culpas e pecados. A oferta do primeiro cordeiro trazia este significado. Precisamos também entender que não somente carregamos culpas, mas que estas estão solidariamente ligadas ao pecado, tanto quanto a corda e a caçamba são ambas ligadas para se retirar água de um poço. Assim, a culpa e o pecado andam juntas e ambas demandam reparação diante de Deus – daí o porquê de uma oferta de um cordeiro pela culpa, e a de uma ovelha pelo pecado.
Quando oramos a Deus, temos a tendência de englobar tudo em um só pacote. Lançamos os nossos pecados confessados, e as nossas culpas, tudo em um só pedido, como se estes fossem empacotados em um só tipo de problema. O tratamento dado ao pecador, culpado de erros, é feito por partes, em etapas. Isto nos leva a compreendermos que o Senhor espera de nós que reconheçamos nossas culpas, de um lado, e confessemos os nossos pecados, de outro, a fim de que nossas almas sejam completamente lavadas – mas tenhamos o discernimento de que o sangue de Jesus é que foi derramado para ir ao encontro de cada uma dessas múltiplas facetas do mal que estiveram envolvendo nossas vidas.
As nossas culpas podem até ser involuntárias, mas estas levam as pessoas ao erro, e vice-versa. Por isso, a proposta divina: oferta de sangue por ambas, e o único sangue que pode nos purificar é o sangue do Filho de Deus, de Jesus de Nazaré.
A oferta de holocausto, porém, esta era exigida e apresentada em atenção ao pecado original. Fazia parte das ofertas contínuas, que eram continuamente dispostas, e esta seria a ocasião para que se as apresentassem perante o Senhor, uma maneira pela qual Deus expôs aos homens que todos são pecadores, e que todos necessitam do sacrifício vicário para poderem aproximar-se do Deus Santo. Ele é muito diferente de nós, e para que possamos conviver com Ele, precisamos trilhar o caminho que nos torna cada vez mais semelhantes a Ele – e este caminho é, antes de tudo, descortinado pela lavagem do sangue do Senhor, que nos aclara nossos olhos da alma, e revela quem somos, quem é Ele, e que Ele mesmo providenciou tudo para que não fôssemos dEle separados. Diremos então que Cristo, com Suas vestes salpicadas de Seu sangue nos estende a Sua mão cravejada dos pregos da cruz, abraça-nos, e nesse abraço tocamos em Seu precioso sangue que miraculosamente age dentro de nós como um poderoso solvente que derrete e elimina todo o mal, toda a lepra de nossos seres, uma a uma.
Precisamos imprescindivelmente guardar isto em nossos espíritos.
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