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LEVÍTICO – IX – DEUS ORDENA HIGIENE E PURIFICAÇÃO

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enero 27, 2014 by Bortolato

 tábuas da Lei (2) 

Deus se preocupa com a nossa saúde, e neste capítulo vemos que o povo que O conhece também recebe instruções para uma vida melhor.

Contatos que pessoas têm com sua sociedade podem trazer como consequência algumas impurezas.   Estas impurezas não são necessariamente pecado, mas Deus é de ordem, de limpeza, e de costumes saudáveis para com o Seu povo – e por este motivo, Ele não aceitava um povo imundo fisicamente apresentar-se perante Ele.   A Lei era para ser seguida, e, mesmo que houvesse alguma impureza sem nada a ver com a vida espiritual do povo, esta teria que obedecer aos rituais da purificação.

Sabemos hoje que vírus e bactérias se prendem a certas situações, surpreendendo a vida dos cidadãos, mas a lavagem com água já traz uma assepsia suave e natural que as pessoas não devem dispensar, e o tempo cumpre a tarefa de definir como ficam as coisas depois disso.

A medicina de hoje possui profundidade de conhecimentos que não eram disponíveis na época de Moisés, mas Deus, que a tudo conhece, deixou expressos neste capítulo de Levítico noções simplificadas para higiene, próprias para aquela época.

Algumas coisas, tais como ferimentos, podem ocasionar um certo correr de sangue por um tempo, para depois disso correr o líquido proveniente da reação natural de um corpo saudável, que deixa fluir algo como um plasma, material expelido pelas defesas do organismo.   Isto não seria um pecado, se alguém estivesse nessas condições, mas convinha que a tal pessoa se mantivesse conservando os cuidados necessários à parte das pessoas, e assim esta ficaria vetada de trazer qualquer contaminação ao restante do povo.

Havia um prazo de sete dias de purificação (15:13), após o aparecimento da ferida e de sua purgação, e depois disso, no oitavo dia, aquele ou aquela que tivesse tal fluxo se lavaria com água (preceito de higiene) e apresentaria duas rolas ou dois pombinhos, e ofereceria um para expiação de pecado, e outro para o holocausto – sempre apontando para o sangue redentor de Jesus, significando que o Senhor é o nosso grande médico, tanto nas pequenas, quanto nas grandes ameaças à nossa saúde.

Quanto à emissão do sêmen do homem, bem como a mulher com quem este tivera relações sexuais, e também quanto aos dias normais em que a mulher tem menstruação, não haveria necessidade de sacrifícios, mas apenas de lavagem com água e separação como imundos até a tarde – com exceção dos casos em que o fluxo de sangue durasse além dos sete dias esperados normalente.

O que se deve pensar sobre relações sexuais diante deste capítulo?   Ora, o sexo é um tanto quanto misterioso, falando-se teologicamente.   Foi criado por Deus.  Quando lemos em Gênesis 1 e 2 que o objetivo divino com relação a esta parte da vida era a procriação, mas dando ao casal que Deus uniu um prazer carnal que lhes trouxesse gosto pelo ato.  Como então assim foi no princípio, nada de desaprovação, mas “… viu Deus que era bom” (Gn.1:29) quando a fauna se multiplicava, “… e eis que era muito bom”, quando viu que criara o homem e a mulher com a mesma capacidade de gerar novas vidas.

O que ocorreu depois da queda no Éden é que um fator determinante entrou na natureza de toda a Criação: o pecado, trazendo toda sorte de distorções e de maldições.

O prazer no sexo continuou, e ainda existe, mas as aberrações e os costumes que ultrapassam os limites abençoados por Deus também concorrem para destruir a bênção que deveria advir das práticas ligadas ao sexo.   A agressividade maior ou menor que pode acompanhar ao desejo, bem como as impotências, e os desequilíbrios hormonais são efeitos da maldição que recaiu sobre nossa raça.   Frequentemente se vê irregularidades nestas áreas, que trazem problemas para a vida sentimental, às vezes difíceis de harmonizar-se, causando muitas frustrações e às vezes até prejudicando as uniões matrimoniais.

De fato, os atos sexuais em si mesmos, bem como as menstruações em si, não são eivados de pecado, desde que dentro das condições estipuladas por Deus, e o casamento é uma delas.

Um outro detalhe importante: todos os que mantivessem relações íntimas deveriam ser considerados impuros para adentrarem ao Tabernáculo, até o final da tarde.  Isto implica que o sexo era vetado dentro da Tenda de Deus.   Esta era uma marca que diferenciava os cultos ao Senhor Jeová, dos cultos pagãos.   Esses cultos pagãos, diferentemente dos cultos a Jeová, não só o permitiam, como traziam em seu transcurso relações sexuais com prostitutas sagradas, como forma de simpatia, e de rogos para que a terra fosse fértil para seus moradores.

O Senhor Deus é Deus de pureza, de separação, de dedicação exclusiva e total.  Como o sexo muitas vezes é um veículo de polarização, de monopolização do ser, às vezes de escravidão e de perdição para muitos, quando descontrolado, o Senhor exige que sejamos equilibrados e que tenhamos maior ênfase no amor não carnal.   Afinal, Ele é Espírito, e importa que os Seus adoradores O adorem em Espírito e em verdade (João 4:24).

Os cultos a Baal, Apolo, Bacco, Afrodite, Asera, e outros muitos deuses usavam grande parte de seu tempo a verdadeiros bacanais, onde valia de tudo: beber, comer, prostituir-se à vontade, vez após vez, e até variando de parceiros.

Já a Lei de Deus alerta que existe o período de menstruação, a fim de que homem e mulher possam abster-se de sexo (18:19), fazer jejuns, boas oportunidades para meditarem, e de certo modo até afligirem suas almas, a fim de poderem aproximar-se dEle, o Criador, que, afinal, criou-nos para sermos um paradigma, um realce à Sua criação – e só o seremos se formos semelhantes a Ele, Deus amantíssimo, cheio de amor, que Se sacrifica ao extremo para nos salvar dos nossos pecados.

“Sede santos, porque Eu sou santo”  é a máxima que nos diz muitas coisas com poucas palavras.   Que sejamos santos, separados das práticas pecaminosas comuns a este mundo, pois Ele nos criou à Sua santa imagem e semelhança, e assim devemos permanecer, tal e qual Ele é.   Este é um alvo que parece, á primeira vista, inatingível, mas todas as coisas são possíveis para Deus, e esta precisa ser nossa esperança e nossa máxima, a alcançarmos com a ajuda e a operação de poder do sangue de Jesus.   Nas palavras do apóstolo São Paulo:

“não que já tenha alcançado, ou que seja perfeito, mas … prossigo para o alvo… prêmio da soberana vocação em Cristo Jesus, Nosso Senhor”.  (Filipenses 3:12-14)

A Arca de Deus

Levítico, capítulo 16 – UM CHAMADO PARA ENTRAR NO SANTUÁRIO

Deus nos chama à Sua presença.  Como atendê-lo?   Como devemos comparecer ante a presença de Deus?

Alguns detalhes se acham embutidos num caminho que Aarão devia percorrer, até chegar ao Lugar Santíssimo, ao encontro com Deus, face a face.   Isto é tremendo, é o maior privilégio que um ser humano pode alcançar.

Realmente, não temos audiência marcada todos os dias junto a um presidente, rei, ministro ou regente.  Isto não é algo que possamos exigir de um Governo desta terra;  e o Senhor manda a Moisés, dizer a Aarão que este não entre para dentro do Véu do Santuário, diante do propiciatório em todo o tempo, para que não morra.   Por quê?   O Senhor diz que Ele aparece na nuvem que repousa sobre o propiciatório (16:2).

Isso faz sentido quando lemos em Êxodo 33:20 quando o Senhor diz a Moisés: –

“… não poderás ver a minha face, porquanto homem nenhum verá a minha face e viverá”.

Quando chegasse o dia propício, isto é, no dia Nacional da Expiação, que ocorria uma vez ao ano, o sacerdote escolhido para a ocasião deveria:

  1. Banhar-se em água para lavar as impurezas físicas, que tipificam as espirituais.   Assim devemos também hoje ser batizados com água, como testemunho da morte de Cristo em nós.
  2. Vestir-se com túnica, ceroulas, cinto de linho e mitra (vemos nisto uma certa semelhança com a armadura de Deus, descrita em Efésios 6:13-17).   Essas vestes significam revestimento divino do Espírito Santo.
  3. Apresentar-se diante de Deus trazendo em suas mãos o sangue do novilho, símbolo do sangue de Jesus, para expiação dos pecados do sacerdote e de sua casa.   Isto não deveria ser feito sem que antes o sacerdote colocasse o incensário fumegante para dentro do Santuário.   Assim, a fumaça invadiria o Santo Lugar, de tal modo que, quando o sacerdote ali entrasse para borrifar o sangue do novilho sobre o propiciatório, uma névoa do incenso o cobrisse, e assim Aarão não tivesse de ser morto por ter visto o rosto de Deus, face a face, sem nada para O encobrir (16:13).
  4. Saindo dali, engatinhando-se, de marcha a ré, para não dar as costas para Deus, o sacerdote então degolaria o bode da Expiação, como oferta em prol da purificação dos pecados do povo.
  5. Aarão então voltaria para dentro do Santuário (16:15) para aspergir o sangue do bode sobre o propiciatório.
  6. Saindo dali, passaria para o altar, para colocar do sangue do novilho e do bode sobre as pontas do altar, e aspergi-lo por sete vezes.
  7. Aarão então colocaria ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo, confessando todas as iniquidades e transgressões do povo.
  8. Pela mão de um homem designado para esta tarefa, o bode seria enviado ao deserto.  Enquanto isso, o carneiro para o holocausto também era sacrificado (16:3).

Cristo cumpriu toda a Lei, fazendo o papel de Sacerdote, que intercede pelos pecadores.

Cristo morreu, derramando Seu santo sangue, tal e qual o novilho, o bode expiatório, e o carneiro do holocausto.   Seu sangue precioso lava as nossas almas, purifica-nos e nos torna santos como Deus também o é.

Cristo também cumpriu a Lei quando foi sacrificado fora da cidade, do povoado, assim como o bode emissário foi conduzido para o deserto, significando que Ele leva os nossos pecados para bem longe, de modo que nunca mais estes serão lembrados como uma barreira entre nós e Deus.

Esta cerimônia se dava no sétimo mês, ao décimo dia do mês, dia Nacional da Expiação par o povo de Israel.

Vale frisar que quando este cerimonial foi realizado pela primeira vez, Aarão adentrou no Santuário juntamente com Moisés, e quando voltaram dali, estenderam a mão sobre o povo, e a glória do Senhor apareceu a todos os ali presentes – saiu fogo da presença do Senhor, consumindo o holocausto.   O povo viu isso, soltou brados de alegria, e prostrou-se com seus rostos em terra.


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