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LEVÍTICO – XVII – ESCOLHA O BEM E A VIDA

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febrero 24, 2014 by Bortolato

 

Como viver de bem com a vida?   Deus ensinou ao Seu povo – com os devidos cuidados, poderemos ser muito bem sucedidos na empreitada que se chama “saber viver”, pois não há somente males e nem somente o bem nesta Terra.   Numa boa seleção dos fatos está a virtude.

O pecado andou livremente à solta, desde o Éden, creiam nisso ou não – mas um povo a quem Ele, Deus, escolheu para abençoar foi privilegiado por Suas poderosas mãos.   Esse povo, contudo, devia tomar certas precauções para não ser vencido e derrotado pelas cobiças, pela teimosia em andar buscando apenas o que lhe bem apraz, desconsiderando e menosprezando ao Deus que é, afinal, o maior Bem.

Por este motivo, este capítulo começa exortando o povo a não voltar-se aos ídolos (26:1), a não deixar-se levar outra vez à idolatria.   Este é um fator muito importante.

A vida de alguém é cheia de afazeres, de nuances e vínculos de parentesco e de amizade, de modo que, pode-se dizer, haverá sempre alguém em nossos caminhos, usado pelo poder de Satanás, a nos insinuar, a propor e até a querer  forçar-nos a aceitar os seus ídolos de volta em nossas vidas, querendo que estes prevaleçam sempre – isto seria um engano, um erro que custaria muito caro, se os atendêssemos.

Há, ainda, muitos ídolos camuflados, na nossa atual sociedade.   Vaidades pessoais, bens materiais, e até mesmo filhos, quando colocados acima do valor do nosso Redentor Jesus.  Um emprego, dinheiro, um partido político, uma bandeira, uma filosofia, ou mesmo a busca pelo sucesso pessoal podem concorrer contra a supremacia de Deus.    Isto seria uma falta de bom siso.   Pessoas que nunca se viram ameaçadas, podem não dar valor à própria vida.   Quem nunca passou fome, pode menosprezar um pedaço de pão.    Quem não conhece a Deus pode pensar que Ele não tem tanto valor.   Os profetas do passado desmentem tal posição imatura:  Jeremias, Ezequiel, Isaías, Moisés, Elias, e muitos outros.

Quando o povo se desencaminhava para seguir a ídolos, o que acontecia era que o Senhor, e a Sua Lei, eram preteridos e até esquecidos.   Como resultado disso, voltavam os infanticídios em louvor aos deuses, as prostituições chamada “sagradas”, os ultrajes aos direitos humanos e à vida, a escravidão selvagem, e toda sorte de devassidão, de forma que a terra que o Senhor limpou e purificou para ali assentar o Seu Tabernáculo era profanada – tudo isso como se Deus não estivesse assistindo o desenrolar desses fatos, bem debaixo de Seu nariz.  Eram tempos difíceis, de ultrajes contínuos, uma fumaça ardida no nariz de Deus.

Ao adentrarem à Terra que o Senhor lhes daria sendo fiéis ao santo Concerto, à dispensação que lhes foi confiada, promessas maravilhosas lhes eram derramadas e cumpridas.   Chuvas a seu tempo, a germinação da semeadura, os frutos do campo, abundância, fartura, muita saúde, segurança, paz, sucesso nas campanhas militares de forma espantosa, e… o melhor de tudo, o próprio santo Deus estaria habitando em seu meio, no Seu Tabernáculo, com todo prazer e alegria.   A própria permanência ali no deserto por anos a fio lhes foi um período de treinamento para assimilarem que Ele é a fonte da vida, e o Grande provedor e preservador da mesma.

Na verdade, as bênçãos materiais ainda seriam apenas uma amostra daquilo que estaria no coração de Deus para abençoar ao povo.   Muito mais Ele tem reservado aos que O buscam em espírito e em verdade.

Por outro lado, a recíproca também é verdadeira.   Quem quiser desviar-se dEle, ou mesmo relegar a sua fé em Deus para um segundo plano, para seguir ao que bem aprouver ao seu mau coração, este colherá também os frutos próprios de sua atitude, não para o bem.

O trecho de Levítico 26:14-33 mostra uma série de calamidades, infortúnios e males que adviriam aos transgressores de Lei.   Os israelitas tinham de ser avisados disso, a fim de que pudessem tomar conhecimento do que os esperaria em caso de contrariarem à boa vontade do Senhor.

O fato é que só o temor de Deus é que, em muitos dos casos, leva as pessoas ao arrependimento e a fugir do pecado.

Entre as calamidades ameaçadas estão: (1) a peste (v.16); (2) a espada a derramar sangue, com todas as desgraças que uma guerra pode trazer; (3) a fome (v.19); o ataque de feras (V.22); (4) o exílio –  “E vos espalhará  entre as nações…” (v.33)

Nos versos 34 a 39 deste capítulo 26 de Levítico,  há uma ameaça de terem de abandonar sua Terra Prometida para serem forçados a ir morar em um outro país.   Outra vez Deus lhes faz a cobrança de que, uma vez que os homens de Israel não dessem o descanso sabático e jubileu à terra, Ele mesmo providenciaria isso, desterrando-os, e deixando a terra repousar.

Isto é um ponto muito relevante.   A questão que Deus faz de que os homens parem de trabalhar por todo um ano a cada sete destes, e mais um a cada 50 anos, não é para empobrecer a ninguém, e muito menos para fazê-los mal acostumados com a ociosidade.   O trabalho sempre foi necessário para não sermos apanhados de surpresa pela miséria.   Não era este o caso.

Eles precisavam saber que o trabalho é bom, faz parte dos planos de Deus, mas não deve ser desculpa para a cobiça por enriquecimento, o que pode levar pessoas a deificar o fruto dos seus esforços, as riquezas, e supervalorizar o performance humano, quando empenhados  nessa busca.

Se então os servos de Deus naquela terra abençoada e produtiva, que produzia cachos de uva do tamanho de um homem (Números 13:23), romãs e figos abundantes, de modo a encher-lhes os olhos, convidativa e ensejosa para ser trabalhada, não deviam cultivá-la nos anos sabáticos e jubileus, o que deveriam eles fazer?

Deus lhes prometeu enviar-lhes safras superabundantes, colheitas tão cheias nos sextos anos anteriores aos períodos de descanso à terra, que eles não teriam de preocupar-se com o trabalho durante aqueles determinados anos.

Como haveriam, pois, de preencher seu tempo?  

O tempo é uma outra dádiva divina, que é dada a todo ser vivente.   Como preencher esse tempo vago é o que constitui uma arte que o Senhor estava-lhes propondo ensiná-los.

O que fazem os anjos no céu?   Eles não têm lavouras, nem bois e nem arado, e nem terra a ser semeada.

Jesus nos convida a examinarmos a Sua Palavra sobre este assunto.   Ele, em Mateus, capítulo 6,  versos de 19 a 34, faz-nos um discurso que muitos não entendem, e outros até se escandalizam.   Começa dizendo para não ajuntarmos tesouros na terra, mas sim, no céu.   Ele nos exorta a não termos preocupação quanto ao que comeremos, beberemos ou nos vestiremos.

Ele ainda nos desafia a acompanharmos com os nossos olhos as aves do céu, que viajam no espaço, e gastam seu tempo voando, voando e voando.   Não estão terminantemente trabalhando.   Comem o que oportunamente lhes aparece sob seus olhos, aquilo que lhes é dado para o seu dia, e não se incomodam em fazer celeiros para armazenar sua comida. 

Ele nos diz que somos mais valiosos do que tais aves, muito embora não possamos sequer acrescer um côvado (perto de 45 centímetros) à nossa estatura.  

E quanto ao vestir?  Pois Jesus também enfatiza que os lírios do campo se vestem com muito glamour, sem ter de trabalhar em teares para isso (Mateus 6:28-30).

Não sejamos como os que não têm fé em Deus.   O Pai Celeste nos conhece, e sabe de tudo de que precisamos ou carecemos.

Ao final, Jesus nos diz o que devemos fazer com o nosso tempo: – “Buscai primeiramente o Reino de Deus e a Sua justiça…”   E ainda promete  que todo o necessário para vivermos nos será acrescentado.

Este é um princípio que nos impele a irmos ao encontro dEle.   Voltemo-nos a Ele, atirando-nos aos Seus braços durante o nosso tempo ocioso.

“Buscai ao Senhor enquanto se pode achar, e invocai-O enquanto Ele está perto”

Como buscamos a Deus?   Como aproveitamos o nosso tempo livre?  Queremos nos recrear?  Ele tem toda a recreação que nossas almas podem receber.   Diversões podem nos entreter um pouco, mas logo nos cansam, e enfadam.  Quando porém buscamos a face do Senhor, para com Ele nos atermos, descobrimos que Ele é uma fonte inesgotável de prazer, e que nossas almas não se cansam de explorar e usufruir.    Quando começamos a orar, geralmente enfrentamos um período de esforço, tal  como quando empurramos um trenó morro abaixo.   Chamo a isto de “período de arranque”.   O esforço pode parecer um pouco pesado a princípio, mas quando se vai adquirindo velocidade na descida, a energia cinética vai aumentando, logo passamos a montar no trenó, e a delícia do passeio se nos torna tão atrativa que gostaríamos que o trajeto fosse mais longo.  Ou, como nos contam os esportistas de asa delta:   -“Subimos os morros levando aquele aparato, o montamos, apertamos os cintos para o voo, e então corremos para adquirir velocidade; daí saltamos do alto para ganhar o ar”.  Uma vez pairando pelos ares, voam e voam, e voam…  há alguns que já ficaram por quatro horas seguidas em um só voo.  Não queriam mais descer.   O fascínio da aventura, a delícia de voarem, escolhendo e improvisando os caminhos no céu, são muito semelhantes às horas que podemos passar na presença de Deus.    Que Deus abençoe o leitor que desejar e fizer esta dulcíssima experiência, verdadeira aventura em uma nova dimensão.

Os israelitas vinham ao Seu encontro, junto ao Tabernáculo, com suas ofertas alçadas, pacíficas, voluntárias, algumas ofertas pelo pecado, outras do holocausto contínuo, para presentear a Ele, o Deus Vivo, com amor, com júbilo e brados de alegria.   Eles não estavam loucos, mas apenas viviam momentos felizes com o Seu Deus, ao ponto de explodirem de gozo em louvor a Deus.    Lembramos que naquela época não havia rádio, televisão, nem futebol, nem circo, nem notebook, nem telefones celulares, tablets, etc., e com isso, o tempo com Deus era-lhes uma doce alternativa.   Felizes eram os que assim bem o aproveitavam, e felizes os que hoje sabem reservar períodos na presença de Deus, renunciando a todos essas engenhocas que “alugam” nosso tempo sem parcimônia.

Eles oravam, inclinavam seus rostos sobre a terra, ouviam a leitura da Torah (a Lei), jejuavam, cantavam, louvando a Deus em todo o tempo, e a qualquer hora.   Isto é que é remir o tempo, porquanto os dias são maus.

Paulo nos dá também uma receita muito especial – que a Palavra de Cristo habite abundantemente em nós, instruindo-nos e aconselhando-nos mutuamente, com toda a sabedoria, cantando e louvando ao Senhor com Salmos, hinos e cânticos espirituais, com gratidão em nossos corações. (Colossenses 3:16)

Nos versos 40 a 45 de Levítico, capítulo 26, um outro segredo nos é contado, para sabermos como nos portarmos nos dias maus.   Nem todos os males desta vida são fruto de um mau coração, assim nos ensina o livro de Jó – mas quando sentimos que os nossos pecados foram causa de problemas, há uma porta de escape para nós: a confissão de pecados.

Apesar de nossos pecados, Deus promete não abandonar o Seu povo para sempre.   Existe uma porta que nos enche de esperança.   Todo castigo divino, de início, traz uma certa tristeza que tende a levar o povo à reflexão.   O rebelar-se só trará pioras ao estado final.   Se o Seu povo vier a reconhecer que o Senhor é o grande libertador, e que Ele infringe o castigo em Seu zelo e amor para conosco (não para nos destruir, mas para nos despertar quanto à necessidade de mudar os rumos da vida, tal qual o pai que ao ver seu filho machucado, por ter-se atirado ao chão, pode repreendê-lo, mas a seguir levanta-o e trata de curá-lo das feridas) – e que foi bom haver o castigo sobre a iniquidade (verso 41), então Ele tornará a validar o Seu Pacto de amor feito com o Seu povo.

Então é prometida a restauração, a restituição da Terra Prometida, figura que é do céu, onde o Senhor se assenta sobre o Seu trono, Soberano.

Assim como é prometida a tomada de posse da terra de Canaã aos israelitas, em caso de profundo e real arrependimento, também nos é assegurada a entrada pelos portões de ouro da Nova Jerusalém, a todos os que creem no Seu santo Nome, aos que se voltam para o Senhor com todo o coração, decidindo abandonar seus pecados.   Além do que, hoje, na Era da Graça, a nossa Canaã é Jesus, a quem podemos buscar e desfrutar de Sua presença em qualquer momento da vida.


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