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NÚMEROS – XXI – SUTILEZAS DE ADVERSÁRIOS OCULTOS

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junio 16, 2014 by Bortolato

Consolação divinaV. acha que não tem inimigos?   Está enganado…    Podemos estar muito seguros de alguma situação que nos dá a sensação de que estamos muito bem guardados de todos os lados, mas esta impressão pode muitas vezes estar trazendo uma armadilha para dentro das nossas almas.   A morte é nossa inimiga, Satanás é nosso inimigo, o mundo muito ardilosamente também o é, e até a nossa própria carne, por vezes, nos trai.

Isso acontece principalmente depois que alcançamos vitórias importantes com a ajuda do poder do Senhor, pois sem o sabermos, temos inimigos à nossa espreita.    Se este mundo jaz no maligno, não é de admirar se em algum momento nos defrontamos com pessoas usadas pelos poderes do mal nesta Terra, diversas vezes, e de diversas maneiras.

E que tal termos de combater a um inimigo que não se identifica como tal, não mostra a sua cara, pois tem medo de ser derrotado em uma queda de braço, no corpo-a-corpo, mas se utiliza de projetos sutilmente armados e bem calculados para nos enlaçar, pois o seu propósito junto a nós é o de afastar-nos de Deus, o nosso grande Ajudador?

Certa vez, brincando com alguns amigos, e resolvemos praticar um jogo de mesa, cujo nome era “Batalha Mundial”.   Abriram um mapa sobre a mesa, e alguns peões de plástico, “soldados”, estavam posicionados sobre o mesmo, cada qual em sua área inicial.

Cada um dos participantes recebia um cartão em particular, cujos dizeres não eram revelados aos demais, e no qual estava ordenada por escrito a missão de cada um.  Quem cumprisse aquela determinada missão antes dos demais participantes cumprirem as suas respectivas, sairia como o vencedor.   Recebi peças, peões verdes, como parte de “meu exército”, que tinha a missão de “conquistar a Ásia”, enchendo-a completamente, e não deixando espaço para outros peões de outra cor.

Eu não estava ciente disso, mas pelas regras do jogo, havia umas peças de outra cor que estavam sempre se me opondo, sempre trabalhando para trazer obstáculos à minha missão.   Achava aquilo normal, pois todos ali estavam querendo, talvez, ocupar alguma área.

Quando menos percebi, aquelas peças acabaram destruindo todo o meu exército verde – foi quando alguém se levantou, exultante, dizendo que ganhou aquela feita, e então descobri que a missão daquele que assim fizera, acabando com o “meu exército”, era exatamente o de exterminar com o exército verde.

E assim também é a realidade espiritual deste mundo – temos inimigos invisíveis, que se aproximam sorrateiros, escondendo suas reais intenções, mas o seu desejo escuso é o de nos destruir!   E como exultarão, se permitirmos que isso aconteça.

Números, capítulo 25, nos mostra como é isso.  Assim foi com Israel, nas campinas de Moabe.   Balaão não conseguiu sequer amaldiçoá-lo, pois isto seria desacatar a Deus, e provocá-Lo para uma batalha espiritual, o que seria uma temeridade.   Mas o inimigo de Deus que também é nosso inimigo tentou atacá-Lo de uma maneira diferente, através de um jogo sujo, por trás dos bastidores – não atacar diretamente ao Excelso, e nem àqueles a quem Ele ama.

O rei dos moabitas e os midianitas que a este se associaram, gostaram da nova ideia: a de mudar de estratégia, pois de alguma maneira não desistiram de seu mau intento.   Ao que tudo indica, reconhecendo que não conseguiriam atravessar um alto monte, então resolveram por bem, rodeá-lo.

Pensaram então:

“A grande força de Israel não é o seu Deus?  Pois então, vamos oferecer-lhes os nossos deuses, a fim de que, após algum tempo, eles também se tornem politeístas como nós, vulneráveis como qualquer um, e então poderemos vencê-los”

Como lograr corromper a toda uma nação?   Aqueles israelitas tinham aprendido que o seu Deus Todo Poderoso lhes dera tantas e tantas tremendas vitórias, fazendo o impossível tornar-se possível diante dos olhos de todos que o puderam ver, para sua alegria e livramentos, e para espanto do mundo que os espiava ao derredor.

A tática de guerra usada pelos seus adversários agora teria que ser oculta, furtiva, antes de tudo, demonstrando-lhes toda a aparência de uma sincera amizade.   Uma vez estabelecidos os primeiros contatos, mostraram ser  “amistosos”, e foram oferecidas aos homens de Israel aquilo que lhes faria acender uma chama poderosa em seus corpos, fazendo esta arder de vontade em suas carnes:  mulheres, mas não mulheres comuns.    Ofereceram-se mulheres atraentes, lindas, jovens, de corpo esbelto, mas ao mesmo tempo astutas, ousadamente insinuantes e provocadoras dos instintos masculinos que poderiam estar latentes até aquela visão hipnotizadora.  E logo que estas conseguiam cativar aos hebreus desapercebidos, como uma serpente hipnotiza sua presa e, assim que esta pode, dá-lhes o bote, e dessa maneira aquelas mulheres os levavam curvar-se diante de seus deuses.

Os moabitas assim o fizeram, e o resultado disso foi tão rápido como são rápidas as chamas de um incêndio.   Os israelitas que caíram nesse laço, adoraram a deuses estranhos e nem se incomodaram com o fato de que aquilo desagradou a Jeová – e Jeová tinha um grande zelo por Seu povo.   Em uma primeira tomada da situação, parecia que aquilo que Deus tinha planejado para os hebreus estava se desfazendo como um castelo de areia que a água do mar derruba.

A coisa foi tão surpreendente, tal e qual uma tragédia que surge do nada, mas aparece de repente!   Tal e qual uma avalanche, ou uma tsunami.   Essa estratégia do inimigo foi tão eficaz que até os cabeças do povo se deixaram envolver pela trama oculta.

Para que tudo não viesse a ruir abaixo, tudo o que tinha sido construído durante quarenta anos pelo Senhor, algumas providências tiveram de ser tomadas.    Para dar sinais de Seu desgosto e descontentamento com aquela questão, uma praga começou a se alastrar no acampamento.   Em uma tenda, lamentos e choro pela morte de um, e em outra tenda eram dois, ou três… Era uma peste que começou a tomar vulto, e já parecia estar fora de controle. Homens, mulheres e crianças estavam morrendo rapidamente, uns após outros, e o terror começou a tomar conta de modo geral.  Eles perceberam que estavam em aflição nacional.   Já a epidemia estava prestes a assumir as dimensões de um endemia.

Assim como para se deter um estouro em uma boiada que começou com parte do povo, a primeira exigência que o Senhor faz para que o Seu Israel não fosse todo devorado por aquela praga ,foi que se enforcassem os seus líderes (Num. 25:4).

Outra coisa exigida:  que matassem a todos os que se deixaram enlaçar pela astúcia de Balaão nesse negócio, que a Bíblia denominou de “Baal Peor”.

A ousadia cega ocasionada pelo inimigo tomou de tal forma a um certo homem chamado Zinri, filho de Salu, maioral da casa paterna da tribo de Simeão, que ele trouxe uma mulher midianita para dentro de sua tenda.   A Palavra de Deus sugere que esta foi trazida para servir de atração, divertir e deliciar aos “parentes amigos” de Zinri, e para começar aquela festa do diabo (Números 25:6), ele a estava levando para a sua tenda para terem ali dos primeiros encontros íntimos de uma série que prometia ser muito longa.

A congregação  dos israelitas, enquanto isso, tinha-se ajuntado, chorando eles diante da Tenda da Congregação, face à calamidade que estava matando aos poucos o povo.

Os midianitas eram um outro povo que se aliou aos moabitas, já desde o negócio de alugarem a  Balaão desde a terra da Mesopotâmia, para amaldiçoar a Israel (Números 22:17), assim como demônios que se associam com o propósito maligno da destruição do povo de Deus.

Diante daquele ato de Zinri, decidido, desdenhoso, intrépido e aberto ao público, Finéias, filho de Eleazar, o viu com Cosbi, a mulher midianita.   Como que correndo para apagar a um incêndio, foi Finéias, tomou uma lança nas mãos, perseguiu-os, e feriu a ambos pela barriga.   Imediatamente, aquela praga cessou entre os israelitas, por incrível que pareça.

E aquela praga, só com aquele início, levou a vida de 24.000 do meio do povo de Deus… esta foi a maneira que Deus usou para mostrar que Ele não aceita compartilhar Sua adoração com outros deuses, assim como um marido fiel não aceita compartilhar sua esposa com outro alguém.    Isso não foi apenas um  caso fatal de ciúmes, mas também a consequência de esquecerem-se de Deus Jeová tão rapidamente, logo depois de serem abençoados com vitórias sobre três nações inimigas vorazes, que queriam, em outras palavras, beber-lhes o sangue e comer as suas carnes, as carnes dos hebreus.

Por causa desse acontecimento, a intervenção de Finéias, este foi abençoado por Deus com o concerto do sacerdócio perpétuo.   Esta palavra pode deixar alguma interrogação: – se o sacerdócio levítico cessou sua validade à medida que a Aliança da Lei foi substituída pela graça do Senhor Jesus, como poderia ser perpétuo o sacerdócio de Finéias?

A resposta está em I Pedro 2:9: –

“Mas vós sois a geração eleita, o sacerdócio real, a nação santa, o povo adquirido, para que anuncieis as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz”  – (I Pedro 2:9)

Sim, todos os que são do povo de Deus alcançaram misericórdia, são sacerdotes do Altíssimo à semelhança de Jesus, que é sacerdote eterno, segundo a ordem de Melquisedeque (Salmo 110:4).   O mais glorioso deste mistério é que o sacerdócio de Jesus é Real, isto é, Ele é Rei e Sacerdote, ao mesmo tempo – e seremos semelhantes a Ele, quando Se manifestar em Sua glória.

Esta é a proposta do Senhor Deus de Israel:   que nos guardemos de tais concupiscências dos olhos da carne, pois a pureza do coração tem um grande valor e receberá grande recompensa:

“Bem-aventurados os puros de coração, porque eles verão a Deus.”  (Mateus 5:8)


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