O QUE PODEMOS SABER SOBRE O TEMPO DO FIM?
Comentarios desactivados en O QUE PODEMOS SABER SOBRE O TEMPO DO FIM?junio 21, 2012 by Bortolato
COMO poderemos ter segurança sobre questões escatológicas, se há tantas versões, muitas posições divergentes, e neste mar de correntes diversas, qual é aquela que nos leva a crer da maneira correta, e que não nos deixará confusos? Não podemos ignorar certos clamores, certas posições que estão em evidência e nos alertam e nos chamam a atenção para os perigos das heresias. Não devemos nos deixar levar por estas, mas como, então, deverá ser a nossa atitude? Como alcançar uma fé sadia, segura e inabalável? Para atender a esta questão, deixamos aqui algumas instruções que nos ajudarão a caminhar neste campo, sem nos perdermos nele:-
1º) Orando. Cremos que nenhum pesquisador das Escrituras será bem sucedido, se não orar, orar muito, orar bastante, pedindo a iluminação de Deus para o assunto. Ninguém conhece as Escrituras sem estudá-la, mas o caminho que abre o nosso entendimento só é aberto se fizermos uso da chave da oração. Precisamos pedir, e pedir insistentemente a Deus para que Ele nos revele o que está oculto aos olhos de muitos que, apesar de estudar a Bíblia, não suplicam a Deus para que os faça ver, e sejam iluminados os nossos olhos espirituais.
2º) Tendo à mão sempre a Bíblia, ajudado também por dicionário e concordância bíblicas. Não vamos, nos nossos passos, nos atermos a ler obras de comentariatas, dando-lhes um valor excessivo. Como já temos dito, esta área da teologia é muito vasta e cheia de correntes de pensamento, umas contrárias a outras.
3º) Sendo persistentes no estudo da Palavra, o Senhor certamente nos estará revelando novas coisas, a qualquer momento. Para sermos organizados, convém que montemos mapas, diagramas, comparemos descrições umas com outras, estabeleçamos correlações, reunamos nossas anotações em um só caderno ou pasta.
4º) Tenhamos em mente que as palavras de Jesus é que são aquelas que devem prevalecer sobre quaisquer tipos de interpretação ou versão sobre o assunto. Disse Jesus “Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o último, o PRINCÍPIO e o FIM (Apoc. 1:17 e 22:13). Se temos por certo que Jesus foi o grande Planejador e Executor da Criação, tenhamos da mesma forma que Ele é o padrão, é o prumo, é Aquele que determinará todas as coisas e as fará cumprirem-se. Ele, Jesus, é a coluna mestra de toda a Escatologia, o ponto central e culminante da história, o princípio, e o FIM.
5º) Procure ter comunhão e desenvolver sensibilidade de ouvir ao Espírito Santo. A Bíblia foi escrita por sua inspiração, e os crentes mais recompensados por Deus são aqueles que ouvem a voz do Senhor – e Ele sempre fala no nosso interior, aos nossos corações (I Cor. 6:19). Não se fie no seu intelecto. Especulações ou simples curiosidade podem gerar muita confusão e erros doutrinários.
6º) Procure ter uma visão global da Bíblia, incluindo nela uma visão panorâmica sobre a escatologia. Fixados os pontos seguros e inabaláveis, estes se tornarão o esqueleto, a estrutura principal, e os demais detalhes serão encaixados, conforme formos aperfeiçoando a nossa visão da profecia bíblica sobre o futuro.
7º) Estude a Bíblia com método. Assim, ficará mais fácil compreender-se o plano de Deus como um todo, e também a inclusão e preenchimento dos seus detalhes.
8º) É importante também não se deixar envolver com controvérsias que lançam dogmas sem fundamento sólido. Alguns cuidados necessários para isto: • Não discuta em círculos viciosos com pessoas de seitas heréticas. Cada uma delas tem uma visão diferente. Uns não crêem em inferno eterno, com penas eternas, outros dizem que a terra e o sol nunca serão destruídos. Alguns nem sequer crêem que este mundo terá um final apocalíptico. Outros sequer crêem que Jesus é Deus. • Não discuta com outros irmãos que têm visão escatológica um pouco diferente da sua, ou da ortodoxia. Escatologia é um assunto espalhado por quase toda a Bíblia, e como o futuro é algo que foge ao nosso domínio, nosso controle, assim, as mesmas dificuldades que temos que enfrentar nessa área é comum a todos os cristãos. Porisso, precisamos ter paciência com os que “escorregam” aqui ou ali. • Não se deixe desanimar com as suas dificuldades. Se V. não chegou a uma firme convicção doutrinária ainda, continue orando, participando dos estudos bíblicos, procurando chegar a uma compreensão melhor. Deus o ajudará.
INTRODUÇÃO:
Escatologia é uma palavra de origem grega, que reúne dois termos originais: Scatos, que significa “FIM”, “The End”, e Logia, que quer dizer “Palavra, Verbo, Estudo”. Juntando-se os sentidos, temos então o que a palavra embute em seu conteúdo: Estudo sobre os Tempos Finais. Este nosso estudo, particularmente, será alicerçado nas Escrituras Sagradas, e estaremos, em seu desenvolver, indicando a base bíblica para cada idéia lançada. Inicialmente, estaremos mostrando que existe também a linguagem apocalíptica, que nos leva a estudarmos mais detalhadamente símbolos, metáforas, e figuras de linguagem que se mostram, a princípio, enigmáticas (a palavra grega “Apocalypsis”, que é, na verdade, o título do último livro das Sagradas Escrituras, que é traduzido nas versões inglesas por “Revelação”, é muito rico nesta área, sendo necessário que tenhamos uma noção sobre isto, para podermos melhor desenvolver com segurança o nosso progresso no estudo dos tempos do fim). Analisando-se a palavra “Revelação”, veremos que ela é relacionada com coisas que estiveram ou estavam ocultas, mas que receberam a luz da revelação. Os livros apocalípticos extra-bíblicos surgiram entre 200 A.C. a 200 D.C., e também usam, semelhantemente ao livro canônico do N.T., de símbolos e visões, mencionam mediadores angelicais da revalação, imagens bizarras, expectativa de julgamento divino, ênfase no reino de Deus, novos céus, nova terra, e a luta do bem contra o mal. A diferença entre o livro de Apocalipse e os demais apocalípticos judaicos e cristãos é o seu teor profético, pleno de autoridade (Ap. 1:3; 22:7,10, 18, 19). Os demais apocalípticos não reivindicam ser assim. Outra diferença é o caráter epistolar da profecia do Apocalipse – é destinado a um público-alvo, tem a dedicatória do Remetente, saudações e doxologia (1:4-8 e 22:10-21), o que nos leva a concluir que foi escrito dentro do contexto de sua época Não foi assim escrito I Enoque, em que o autor viu, mas “não para esta geração, mas à distante que está para vir” (I Enoque 1:2). Diremos, ainda adicionalmente, que a linguagem adotada no livro de Apocalipse era uma linguagem própria da igreja primitiva, muito comumente usada dentro de seu âmbito. Sabemos que a igreja primitiva sofreu muitas perseguições, e que muitos cristãos, naquela época, tiveram que pagar com a própria vida, com seu sangue, a ousadia de serem pregadores da gloriosa Palavra de Deus. Jesus morreu em c. 33 DC., e o apóstolo Tiago foi supliciado por Herodes Agripa I, em c. 41 DC. Já no ano 67 d.C., por ordem de Nero, foram executados os apóstolos Pedro e Paulo (segundo a tradição da igreja, o primeiro foi crucificado de cabeça para baixo, e o segundo, decapitado). Depois de Nero, a igreja teve um período de certa paz e liberdade para o testemunho de Cristo, mas, na época em que João estava escrevendo Apocalipse, ele se achava exilado na ilha de Patmos, por ordem de Domiciano, imperador romano muito cruel na perseguição aos cristãos. Para se escrever um livro em que se mostrava Roma como um império cruel, e profetizar que dentro de alguns anos entraria em colapso e seria vencida pelo cristianismo, é muito compreensível que, devido ao seu grande poder político da época, não se poderia escrever com clareza de idéias, ipsis literis, aquilo que estaria por acontecer. Seria preciso o uso de uma linguagem específica, do conhecimento de todos os cristãos mais experientes nas escrituras, e somente destes, a fim de que certas profecias, e certas palavras não viessem a se assemelhar com discursos de cunho político de “esquerda revolucionária”. Daí porque vemos alguns números se repetirem: 12 apóstolos, 12 portas da Nova Jerusalém, 12 Tribos, lançarem luz a: 24 anciãos, 144.000 (=12 x 12.000), 1.000 anos, etc. O mais importante, porém, não se trata deste detalhe, que toca à linguagem na comunicação das idéias, mas que o assunto Escatologia se torna de muita valia, à medida que vai: • Revelando coisas que, profetizadas no passado, se cumpriram, vai aumentando a nossa fé hoje. • Revelando que a igreja recebeu poder para testemunhar, mesmo quando governos e vultos políticos resolveram perseguir, e tentam até mesmo extinguir a nossa fé em Cristo. • Revelando que, mesmo sob condições terríveis, sem nenhuma liberdade, sob ameaças e até alcançada pelo machado dos carrascos, a Igreja de Cristo tem o poder de Deus para suportar com paciência e vencer a tudo isso, levantar uma bandeira de glória e proclamar a vitória do Deus Vivo, o único verdadeiro. • Revelando que existe uma batalha espiritual que está sendo travada, da qual, quer queiramos ou não, acabamos por fazer parte dela, e que porisso devemos estar preparados. • Revelando que não devemos temer o mal, pois este um dia será aniquilado da terra, e “todas as coisas contribuem para o bem daqueles que amam a Deus e são chamados para o seu propósito”. • Revelando que a justiça de Deus pode, muitas vezes, parecer tardia, mas que, no momento certo ela se manifestará para impedir o avanço do mal, e dará a prazeirosa recompensa aos que são justificados pela fé em Cristo, dando também um terrível destino aos rebeldes à Sua Palavra. • Revelando a Parousia, (=presença) de Cristo prestes a se manifestar neste mundo novamente. • Dando maior fervor à nossa fé, porque Cristo, o nosso Salvador, está para em breve vir, e desta vez não como sofredor, mas para reinar sobre este mundo, em Jerusalém, no trono de Davi, diante do qual todo joelho se dobrará, e toda língua confessará que Ele é o Senhor! Aleluia! (Fil.2:10,11) • Dando-nos maior bênção nos cultos da igreja, fazendo-nos sentir que Jesus está mais perto de nós agora do que jamais esteve. Maranatha! Ora, vem, Senhor Jesus!
PRINCIPAIS INTERPRETAÇOES TEOLÓGICAS DA PROFECIA:
Apenas mencionaremos algumas delas, para nosso conhecimento geral, e familiarização dos termos.
AMILENISMO:
Agostinho (século IV d.C.) foi o seu mais respeitável representante. Sustenta que não haverá um milênio literal, com mil anos de duração, pois que o milênio refere-se à nossa era atual. Talvez ele pensasse nos últimos mil anos da era da Igreja. O reino de Cristo, no caso, seria somente espiritual, e se materializaria com o progresso da pregação do Evangelho e da Igreja na terra. No século XX, alguns teólogos, talvez influenciados por filosofias existencialistas, consideraram que o Reino de Deus se cumpre individualmente na experiência religiosa da vida dos crentes. Todos os teólogos liberais também são amilenistas. Não crêem num milênio literal no futuro.
PÓS-MILENISMO:
Semelhantemente ao amilenismo, esta corrente de pensamento, crêem que o milênio corresponderia aos últmos mil anos da atual dispensação… Seus defensores acreditam que o Evangelho triunfaria no mundo, de forma tal que toda a Terra seria convertida ao cristianismo, e seria afinal envolta em uma esfera espiritual, que culminaria com a 2a. vinda de Cristo. Assim, o milênio seria literal, mas já estaríamos passando por ele nos nosso dias, segundo os seus apologistas.
PRÉ-MILENISMO:
Esta posição já começou a surgir desde o primeiro século da era cristã. Segundo seus autores, a segunda vinda de Cristo ocorrerá antes de ser sucedida pelo milênio do reino literal de Cristo, visível, sobre a terra, com mil anos de duração. Esta doutrina não é adotada por teólogos liberais, pois se baseia no conceito de que a Bíblia é a Palavra de Deus, e as profecias devem ser interpretadas literalmente, tanto quanto possível, ao pé da letra. O que este posicionamento tem a seu favor é que aplica às profecias os mesmos princípios de interpretação normalmente usados em outras áreas de estudo da teologia. De um modo geral, o pré-milenismo é a posição adotada, dentro da visão escatológica que julgamos mais séria, firme e que oferece menos problemas para a nossa interpretação e à nossa visão futurística. O fato é que muitas e muitas profecias bíblicas já se cumpriram ipsis literis, e isto nos dá uma forte convicção de que, as que se reportam ao futuro, também terão de se cumprir literalmente. Dentro deste mesmo ponto de vista, encontramos os Pré-Tribulacionistas, que crêem que o Senhor Jesus virá pela 2a. vez antes da Grande Tribulação; os Meso-Tribulacionistas, que crêem que o Senhor virá então, no meio daqueles anos de Tribulação acerca dos quais Jesus profetizou que viriam sobre esta terra; e os Pós-Tribulacionistas, que crêem que a 2a. vinda do Senhor acontecerá no final daqueles mencionados anos de tribulação. Todos estes crêem que a “Parousia” de Jesus tomará lugar antes da inauguração do santo Reino Milenial.
MARANATA
Cristo vem me buscar, e para o céu me levará, | 2 vezes O Cordeiro prometido voltará |
Oh, glórias e aleluias, maranata, vem, Jesus! Sou liberto pelo sangue dessa cruz, Tenho o Consolador, sua glória e esplendor, Sou liberto pelo poder do Senhor.
Ele manda alerta estar, | Vigiar e sempre orar, |2 vezes Para o toque da trombeta escutar |
Oh, que gozo vou sentir com os anjos a cantar, | Pois com Cristo para sempre irei morar | 2 vezes
O FIM, PROFETIZADO PELOS ESCRITORES DO A.T. E DO N.T.
Antes de estudarmos juntos esta parte, é pré-requisito que todos leiam os textos bíblicos de Salmo 72, Isaías 11, 54, 60, 61 e 66; Ezequiel 38-39.
Há muitas profecias do AT. projetando o cumprimento para os últimos dias. Não tencionamos esgotar o assunto, porque é vastíssimo. Mencionaremos, porém, somente algumas delas, que vemos como relevantes para o nosso estudo. O fim é previsto por profetas do A. T., escritores do N.T., explorado por falsos profetas e especulado por muitos, inclusive pela mídia. Sobre os especuladores e os falsos profetas, estes apenas se aproveitam da inevitável verdade da aproximação gradual de um fim, que não se sabe quando virá. Aqueles que ousaram profetizar marcando alguma data, logo se viram sem poderem explicar como ou por quê aquela data não foi o dia final da nossa história. Vale lembrar a figura de Guilherme Muller, pastor batista, precursor do Adventismo do 7o. dia, que em 1818 profetizou a vinda de Jesus para 21 de março do ano de 1843, dando a Daniel 8:14 (“… até 2.300 tardes e manhãs; e o santuário será purificado.”) um enfoque dantes não visto, interpretando a palavra “manhãs e tardes” como se fossem anos de 365 dias. Aos 21/03/1843 um povo todo se preparou, vendendo propriedades, e se reuniu para receber a Parousia pela vinda do Senhor, mas isto não aconteceu. Muller então revisou os cálculos, e achou que tivesse errado por um ano, e daí ainda marcou a vinda do Senhor para 21/03/1844. Após nova decepção, desta vez alcançando um número de cerca de 100.000 pessoas, então Muller revisou novamente seus cálculos e apontou para 22 de outubro de 1844, mas para decepção de todos… Ele não veio naquela ocasião! Muller, a estas alturas, reconheceu o seu erro e escreveu: “Acerca da falha da minha data, expresso francamente meu desapontamento … Esperamos naquele dia a chegada pessoal de Cristo, e agora, para dizer que não erramos, é desonesto! Nunca devemos ter vergonha de confessar nossos erros abertamente”. (De: A História da mensagem Adventista, pg. 410) Nos Salmos Messiânicos: Vários desses Salmos contém palavras proféticas em que se diz que o mal será extirpado da terra: Sl. 72 revela o Messias reinando “enquanto durar o sol e a lua” (72:5).
Nos Profetas: Isaías:
Várias são as profecias em que vemos que as palavras nos remetem para o tempo do fim no livro desse profeta. Em Isaías 11, lemos que o Messias virá reinar sobre a terra, sob a égide do Espírito Santo do Senhor, e julgará aos pobres e mansos com eqüidade, com a vara de sua boca ferirá a terra e com o sopro de seus lábios matará o perverso (11:1-5). Até aqui, tudo dentro do que se espera de um reinado justo, tudo aquilo que gostaríamos que os reis e governos desta terra fizessem. Nos versos 6-10, porém, algumas coisas maravilhosas acontecerão com a natureza, especialmente com os animais que estiverem no monte santo do Senhor, isto é, em Jerusalém. Nos versos 11 a 16 outras maravilhas ocorrerão sobre o mar do Egito e sobre o rio Eufrates. Para complementar, Isaías 12 nos traz um cântico de louvor a Deus pela restauração de Israel. Em Isaías 35, vemos outro cântico em que a Terra Prometida é transformada em um lindo paraíso, onde os resgatados do Senhor desejarão para lá se dirigir, esquecer suas tristezas e jubilar nos cantos de louvor. Isaías 54 é uma profecia em que o Senhor consola Jerusalém, prometendo compadecer-se dela; no capítulo 60, temos uma visão escrita da glória da nova Jerusalém. No Cap. 66:10 a 24, é profetizada a eterna felicidade de Sião. Este capítulo descreve o milênio que virá após a segunda vinda de Cristo. Muitos são os outros pequenos textos de Isaías que nos remetem para o tempo do fim. Por exemplo, Is. 61:1 e parte do verso 2 são versos acerca dos quais o próprio Senhor Jesus mencionou, referindo-se à sua primeira vinda: “ O Espírito do Senhor está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para pregar boas novas aos quebrantados, enviou-me a curar os quebrantados de coração, a proclamar libertação aos cativos e a por em liberdade os algemados; a apregoar o ano aceitável do Senhor…”. Em Lucas 4:18,19, repare que Cristo parou a citação por aí. Quando, porém o texto fala sobre o “dia da vingança do nosso Deus” (parte “b” de Is. 61:2), já está se referindo à sua segunda vinda.
Ezequiel:
Uma das profecias mais dramáticas do livro de Ezequiel está localizada nos capítulos 38 e 39, contra Gogue e Magogue. Trata-se de uma descrição de um grande livramento para os israelitas, por ocasião de uma tremenda invasão contra a sua terra, procedente do Norte. Tal profecia não é completamente clara, mas a sua mensagem central, o seu cerne está ao alcance de nossa compreensão. Para podermos compreender melhor esta profecia, porém, é preciso que tenhamos uma visão panorâmica das profecias do tempo do fim, para podermos encaixa-la dentro de um contexto global. Há divergências sobre quando e como esta passagem se insere no cenário profético, mas certamente isto só acontecerá depois que houver o ressurgimento do Império romano e o surgimento de uma confederação de dez reinos. Dan. 2 e 7 fazem referência a esse Império, que está ainda por vir. Os teólogos ortodoxos que conhecemos colocam esta batalha antes da segunda vinda de nosso Senhor. Ezequiel 38 e 39 não trata de uma batalha mundial, mas de um conflito limitado a um grupo seleto de nações que atacarão tentarão invadir Israel. Quem serão essas nações? A profecia se reporta principalmente a uma nação do Norte. Interessante é notar que, se traçarmos uma linha meridional desde Jerusalém até ao norte do Mar Cáspio, esse meridiano imaginário passará exatamente por … Moscou. O fato é que Gogue aparece no texto como príncipe e chefe de Meseque e Tubal (38:2). Gogue, ao que tudo indica, chefiará um exército proveniente da terra de Magogue (Gn. 10:2 e I Crôn.1:5 apontam para um povo descendente de um dos filhos de Jafé). Gogue (trad.=trevas) e Magogue (=terra de trevas) são mencionados em Ezequiel 38:2 e 39:6. Também em Apocalipse 20:8, mas em uma outra situação bastante distinta. Ezequiel 27:13 e 32:26 menciona Meseque, um povo antigo que habitava ao norte de Israel, juntamente com Tubal. Juntamente com estes, a profecia agrupa também a Pérsia (v.5), o atual país do Irã. Tubal também é dos filhos de Jafé (Gn.10:2; I Cr.10:5). Inicialmente havia se fixado ao sul da Terra de Israel, mas depois de algum tempo, imigrou para o norte. Identifica-se com a tribo dos citas. Cuxe é um povo cuja identidade não é certa, mas muitas vezes foi considerada uma região a leste do Egito e a oeste do mar Vermelho. Pute também não é perfeitamente identificada. Alguns dizem corresponder à atual Líbia, África. Gômer (v.6) é normalmente associado com os antigos simérios (Ásia Menor e Europa Oriental). Togarma (v.6) abrangia um território que hoje envolve a Armênia e a Ucrânia. Em Ezeq. 38:4 a palavra revelou que um exército virá montado em cavalos, com cavaleiros muito bem armados( v.4,5) com escudos, capacetes, espadas, e também arcos, flechas, e lanças (39:9). Alguns consideram esses aparatos apenas figuras, tendo em vista a antiguidade dos mesmos, e a existências de modernas armas. Não se sabe ao certo explicar o porquê dessas armas tão antigas (considere-se que estas ainda foram usadas na guerra do Vietnan), mas o exército montado em cavalos não é de se estranhar, porque a própria Rússia ainda hoje usa tropas montadas nas fileiras de seu exército. O ataque militar será executado rapidamente, e será inesperado, num momento em que Israel estiver em plena segurança, ocasião em que os invasores virão das extremidades do norte, montados em cavalos, e numerosos como uma nuvem, de modo que não haverá preparo militar e nem socorro humano que possa salvar o povo judeu. Deus mesmo os atrairá até ali, para que, através de sua destruição miraculosa, Ele manifeste sua glória e poder, a exemplo do que aconteceu com o exército do Faraó, do Egito, há cerca de 3.500 anos atrás. Tremendo é notar que a Bíblia nada fala, sobre exército algum, que se ofereça a um contra-ataque salvador, mas sim, que este será um fato notório para todo o mundo saber que o próprio Deus, sobrenaturalmente, destruirá o inimigo do seu povo. Primeiro, enviará um terremoto (LEIA: Ez.38:19-20). Após o terremoto, uma confusão geral acontecerá entre os soldados de diversas procedências e de diferentes línguas, certamente por causa do desacerto e desequilíbrio que isso fará repercutir entre estes – um povo se voltará contra o outro, julgando estarem lutando contra algum exército defensor. (v. 21). Depois, ainda haverá uma praga de doença sobre os invasores (v.22), chuva abundante, grandes pedras de saraiva, fogo e enxofre. Ezeq. 39:25-29 – Deus promete que restaurará a Israel, isso após essa grande batalha. Ezeq. 40 a 43 – Nesta seção bíblica, vemos que o Senhor promete que haverá um novo Templo em Jerusalém, construído, certamente, para funcionar nos dias do milênio. Ez 44 a 46 revela a nova vida religiosa do povo nesse período.
Daniel:
Este é um livro profético e histórico, mas as suas profecias são, em sua grande parte, voltadas para o tempo do fim. Seu relato inicia-se com uma leva de judeus que são levados para a cidade de Babilônia, e dentre estes, Daniel e seus três companheiros. Deus agradou-se destes, e os usou poderosamente para revelar-Se àquela nação gentílica, revelando sonhos, operando livramentos muito maravilhosos direcionados ao Seu povo de Israel, profetizando o levantamento e a queda de pessoas, de impérios, e palavras proféticas, as quais podemos associar às profecias do Livro de Apocalipse com grande correlação. Por possuir grande riqueza de detalhes, iremos usa-los à medida que iremos desenvolver o nosso tema.
Zacarias
Jesus afirmou que não ficaria pedra sobre pedra do suntuoso Templo de Jerusalém, construído por Herodes, o Grande. Os discípulos, intrigados, perguntam: – “Quando acontecerão essas coisas?” E qual o sinal da Tua vinda e do fim dos tempos? (Mt.24:1-3). Jesus revela muitos acontecimentos que ocorrerão: fomes, terremotos, guerras e ameaças de guerras, os quais ainda não são o fim! (MT.24:4-14) – Alguns equívocos de interpretação, como por exemplo: “Não passará esta geração (entendemos como: geração perversa e corrupta), até que estas coisas aconteçam – o termo não se reportava somente à geração contemporânea de Jesus).
ESBOÇO DOS “TEMPOS FINAIS”
INTRODUÇÃO – Etmologia dos termos “Escatologia e Apocalipse”. Noções sobre apocalíptica bíblica.
O fim é previsto por profetas do A. T., escritores do N.T., e especulado por muitos, inclusive pela mídia.
Jesus afirmou que não ficaria pedra sobre pedra do suntuosoTemplo de Jerusalém, construído por Herodes, o Grande. Os discípulos, intrigados, perguntam: – “Quando acontecerão essas coisas?” E qual o sinal da Tua vinda e do fim dos tempos? (Mt.24:1-3).
Jesus revela muitos acontecimentos que ocorrerão: fomes, terremotos, guerras e ameaças de guerras, os quais ainda não são o fim! (MT.24:4-14) – Alguns equívocos de interpretação, como por exemplo: “Não passará esta geração (entendemos como: geração perversa e corrupta), até que estas coisas aconteçam – o termo não se reportava somente à geração contemporânea de Jesus). Erros de marcação de datas para a 2ª vinda do Senhor (Mt.24:36) – falsos profetas e seu engano.
Qual o primeiro sinal significativo do fim, que Jesus menciona? – o “abominável da desolação”.
5.1 – Menção de Daniel 11:29-35 – o abominável da desolação, ou “o sacrilégio terrível” (NVI), Mt. 24:15 e Dn. 11:31.
5.2 – Na Judéia – fugir para os montes = perseguição aos judeus.
5.3 – Os falsos Cristos
5.4 – A Grande Tribulação (Mt. 24:21, 29)
5.4.1 – Profetizada por Daniel no final das 70 semanas de anos (Dn.9:24-26)
5.4.2 – A 70ª e última semana (Dn.9:27), quebrada em 2 períodos de 3 anos e ½.
5.4.3 – Textos de Apocalipse que elucidam:
- · Os 7 selos
- · Os 144.000 selados
- · As 7 trombetas
- · A Besta que saiu da Terra
- · A Besta que saiu do Mar
- · O Falso Profeta
- · As 7 Pragas
- · As 7 taças
- · A 7ª Trombeta, a 7ª Praga, a 7ª Taça, o 7º Selo.
- · A Queda de Babilônia
- · A 2ª e a 3ª vinda de Cristo
- · O milênio
- · O julgamento sobre Satanás
- · O julgamento final dos mortos – as 2 ressurreições
- · A Nova Jerusalém, o Rio da Vida, o Reino de Deus na terra.
OBSERVAÇÃO: Se este estudo lhe interessou, em breve estaremos inserindo outras partes integrantes deste tema.
Category Estudos Biblicos | Tags: ESCATOLOGIA, TEMPOS DO FIM, MARANATA, JESUS VOLTARÁ, SEGUNDA VINDA, REINADO DE DEUS
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