RSS Feed

SALMOS – CVII – RECUPERANDO PERDAS

Comentarios desactivados en SALMOS – CVII – RECUPERANDO PERDAS

diciembre 16, 2022 by Bortolato

Salmo 107

Há muitas coisas que são valiosas demais para nos conformarmos com sua perda.

Esta vida é muito complexa, é uma estrada longa, que oferece muitas oportunidades, muitas alegrias, muitas esperanças, muitos sonhos, alvos, mas também, admitamos, muitas ilusões que não se realizam.

Se olharmos para as desilusões, nossos espíritos irão sentir-se tristes, mas por outro lado, temos que considerar que a vida que Deus nos deu é linda, e que um jogo jamais estará perdido, enquanto não chegar ao final de seu tempo de duração.

Pensemos bem: qual o valor pelo qual você daria a vida por ele?

Sabemos que a escala de valores é muito pessoal, varia muito de pessoa para pessoa; cada qual tem a sua, mas para a maioria dos casos existem coisas que excedem à própria vida.

Pais que dariam a vida para salvar a de seus filhos…

Noivos que dariam a vida por sua noiva, e vice-versa…

Esposos e esposas que se sacrificariam um pelo outro, se necessário fosse, e assim por diante.

Existem, porém, algumas coisas que, se as perdermos, sentiremos que as nossas vidas também se terá ido embora, pois o seu sentido ficará desfeito, e é nesta situação que, quando acontece, homens se veem andando pela Terra como fossem verdadeiros zumbis, vagando de um lado para outro, sem direção segura, vivendo por viver.

O Salmo 107 nos traz à luz algum desses itens.

Nos versos 4 a 9 vemos que o salmista traz à memória os tempos do deserto por que o seu povo passou.

Eles haviam sido deportados para a Babilônia (entre 606 a 598 A.C.), e só depois de setenta receberam autorização para voltarem para casa.

Em 536 A.C. os judeus puderam voltar para suas terras. Depois de tanto tempo, os que haviam feito a viagem de desterro, não podiam lembrar-se mais do caminho do retorno.

Assim andaram errantes por paragens áridas (verso 4) e em certos momentos sentiam que haviam perdido o rumo, sofrendo fome e sede, anelantes por poderem chegar ao seu destino almejado, mas a caminhada prosseguia, sempre em frente, perambulando sem aquela certeza de que estavam indo na direção correta.

Isto acontece muito com os viajantes que desejam chegar à sua cidade de descanso espiritual. Durante dias e dias vão indo, suas gargantas se secam de tanto clamar, mas ainda não veem o resultado esperado. Nada. É um deserto. Faltam alimentos para revigorarem os seus espíritos, mas nenhum maná se lhes oferece. O tempo do maná já tinha ficado no passado, e só restava a lembrança daquele pão que descia do céu para os peregrinos no deserto.

É tempo de provas; a fé é provada. A esperança de chegarem ao seu antigo lar vai-se arrefecendo, seus semblantes descaem, mas isto lhes serviu de estímulo para erguerem um novo clamor.

Clamaram ao Senhor, e Ele os livrou de seus sofrimentos.” (107:19)

Parece que é nessas horas que os corações se abrem, quando a situação fica crítica. É quando então os livramentos de Deus nos chegam como um presente do Céu, dando-nos o alívio tão esperado, proporcionando-nos encontrar o nosso lugar de descanso.

Aqueles peregrinos que voltavam para as suas casas, até aquele dia em que puderam deixar a Babilônia, ainda eram escravos, prisioneiros de um povo que não os estimava como seres humanos, que invadiu suas cidades, feriu seus homens, mulheres, crianças, aprisionou aos que sobraram, e deportou-os para os manterem debaixo de contínua observação e escravidão.

Até chegar aquela hora da partida das terras de seu exílio, eles haviam perdido a sua liberdade. Não podiam ir e vir para onde queriam. Estavam à mercê de dominadores.

Quando lemos esta passagem bíblica, vemos que eles tinham trabalhado muito, mas pouco haviam recebido em troca. Muitos eram considerados como animais de carga, nos quais colocaram uma canga moral pesada em seus pescoços.

Quando então chegou a hora de voltarem para suas terras, e voltarem a uma vida mais amena, eles ainda sentiam aquele jugo colocado sobre si. Perderam a iniciativa, e ficavam como que esperando o comando do feitor para se lançarem ao trabalho. Ao chegarem em suas terras, afinal receberam apenas uma relativa liberdade, pois os persas, que haviam tomado o poder dos babilônios, ainda eram seus imperadores, a quem deviam altos tributos.

Alguns desses repatriados haviam perdido a sua própria família, mas decidiram assim mesmo voltar para Jerusalém, a fim de escaparem da condição de escravos, e tornarem a possuir terras e casas que seus pais deixaram no território judeu.

Família é uma instituição sagrada, criada por Deus. Tem um valor inestimável. Quem, por força do destino a perdeu, sabe como é sentir aquele vazio que os seus deixaram dentro de seus corações.

Inimigos não prezam as famílias do povo de Deus. Depois de sofrerem graves perdas neste sentido, os judeus buscaram recomeçar tudo de novo, desde o ponto zero de suas vidas, contando que para isto o Senhor os ajudaria na reconstrução, não somente dos muros e das casas, mas também do valor que tanto estimavam que era constituído por esposas, maridos, filhos, parentes próximos e amigos fieis.

Que o Senhor dê aos que foram despojados dos seus entes queridos um novo caminho, com novos dias de paz, amor, e alegrias sadias, pois que isto é dom que vem do Céu.

A Esperança de dias melhores estava adormecida, mas quando puderam retornar a Jerusalém, algo como um novo alento entrou nos corações dos judeus naquele tempo.

Os judeus que tinham ido para o exílio na Babilônia, na verdade haviam perdido, em parte, alguns totalmente, o sentido da sincera adoração a Yaweh, o Senhor. Daí o Senhor também não Se fez presente no dia da invasão babilônica, permitindo que tanto o altar de bronze, bem como os utensílios do Templo, e até o próprio Templo fossem destruídos.

Eles haviam perdido assim Jerusalém, cidade outrora tão gloriosa, mas agora voltam para lá, ansiosos por poderem reconstruir o seu altar e o seu Templo, onde pensavam em reencontrar-se com Deus e adorá-Lo.

Eles haviam reconhecido que a causa daquele cativeiro tão desconfortável para seus corações foi a idolatria, que uma vez praticada, causava grandes desgostos ao coração de Deus. Não só por causa das injustiças cometidas, mas principalmente porque eles haviam desprezado Àquele que lhes havia dado tantos benefícios, livramentos, e bênçãos enormes.

Eles haviam perdido a paz com Deus, e então, em 606 A.C., foram assediados por Nabucodonozor, para quem consentiram em passar a serem servos tributários, mas por pouco tempo, porque rebelaram-se, e em 598 enfrentaram uma guerra que lhes foi inglória, da qual não puderam escapar mais como livres. Os babilônios os venceram, e lhes impuseram humilhantes condições de vida dali para diante.

Assim eles perderam a paz, as suas cidades, suas casas, suas famílias, seus lares, e a alegria de poderem servir ao Senhor junto ao Templo. Sofreram o cativeiro por setenta anos, longo tempo, no qual a fé e a esperança é depurada como o fogo depura o ouro – mas depois desse período, chegou o grande dia de darem uma virada nos seus destinos.

É um privilégio e uma grande opção podermos clamar em tempos de angústia. Embora tudo possa parecer que não será mais como era antes, e embora não haja sinais de que veremos uma luz no final do túnel, há uma semente que Deus semeou junto ao Seu povo: Suas promessas.

Quando Ele fala, Ele fala. Aquilo que ele promete, Ele faz, tudo no tempo oportuno. Ele não Se esquece. Ele cumpre o que diz.

Teremos que clamar? Sim, pois que os apertos da vida nos impelem a isto. Temos que desafogar as nossas almas, desabafar com alguém que nos possa ouvir – e quem melhor do que o Senhor para receber os nossos pedidos?

O salmista menciona nos versos 23 a 30 um quadro no qual podemos comparar com algumas das situações em que nos encontramos vez ou outra em nossas vidas. Ele descreve um drama que marinheiros e viajantes dentro de naus tiveram que enfrentar o mar quando bravio. As ondas marítimas lhes apareceram à frente como verdadeiros gigantes. Suas embarcações subiam e desciam vertiginosamente, assustando os navegadores. A tempestade não queria cessar, e suas vidas ficaram em grave perigo. Se as vagas se intensificassem mais, eles não teriam mais chance de sobreviver, e isto estava prestes a acontecer, mas quando clamaram a Deus no meio da tormenta, e Ele os ouviu, e foram todos salvos. Aliviados, voltou-lhes o tino da vida, voltaram a respirar normalmente e louvaram a Ele, que os ouvira, e os salvou.

Misteriosamente, em dado momento, rios se secam, e desertos e terra seca se convertem em lagos.

Maravilhosamente Ele age, deixando homens boquiabertos ao testemunharem as façanhas que a mão poderosa de Yaweh produz.

Os retos veem isto e alegram-se, mas todos os ímpios fecham a boca.”

Quem é sábio observe estas coisas e considere atentamente as benignidades do Senhor.”

(versos 42, 43)

Porque para Deus nada é impossível” (Lucas 1:37)

Disse-lhe Jesus:- Não te hei dito que se creres, verás a glória de Deus?” (João 11:40)

O que foi que você perdeu de mais importante em sua vida? Saiba que o Senhor conhece o seu estado, e, de modo solidário em sua dor, propõe-Se a ser seu ajudador. Homens podem falhar, fugir na hora da necessidade, abandonar-nos à nossa própria sorte, mas Ele, que tem grande apreço por sua alma, está atento ao seu pedido de socorro.

Achegue-se a Ele. Faça uso do nome de Jesus, o Seu Filho, o Filho de Deus. Creia nEle, mas chegue-se disposto a ser mudado e transformado pelo Seu poder.

Está pronto?

Então ore agora, reconhecendo-O como o grande doador de toda boa dádiva. Abra seus lábios com palavras que louvam-nO, e demonstre seu afeto pelo seu Criador. Confesse a Ele os seus erros, seus fracassos, medos e dores. Abra assim o seu coração. Não use de palavras vãs, e nem faça promessas e nem juras falsas. Confidencie com Ele como faria com o seu melhor amigo neste mundo. Ele Se agrada de fé, de sinceridade, e de boa disposição para com a Sua vontade.

Creia, este será o melhor passo que você estará dando em sua vida, na direção da felicidade eterna.

Com a nossa recomendação, e o nosso abraço, em Cristo, o Senhor.


Comentarios desactivados en SALMOS – CVII – RECUPERANDO PERDAS

Sorry, comments are closed.

Asesorado por:
Asesoramiento Web

Comentarios recientes

    Archivos