SALMOS – CXIX – (AIN) – A ESPERANÇA QUE NÃO FALHA
Comentarios desactivados en SALMOS – CXIX – (AIN) – A ESPERANÇA QUE NÃO FALHAagosto 21, 2023 by Bortolato
Salmo 119: versos 121 a 128
Esperança que se realiza com toda certeza. Ela vingará. Não frustra. Não falhará, mas insiste, persevera, não esmorece mas permanece firme, tal como um carvalho plantado sobre uma rocha.
Esperança não é uma simples palavra solta ao vento. É como uma ostra que se agarra à sua rocha, à beira do mar. Vêm as ondas com ímpeto, batem com força na rocha, causando um impacto que espirra água até as alturas, mas em vez de a ostra ser removida, esta se incrusta cada vez mais ali.
Não se abala, mas está sempre firmada sobre o seu endereço, no seu habitat.
De que se alimenta esse pequeno molusco? Ele fica assentado ali, não sai para lugar nenhum depois de se fixar na rocha, a não ser quando é colhido pelos caçadores que apreciam o seu sabor, ou quando morrem, mas mesmo quando são removidas por objetos tais como formões, ou talhadeiras, ainda podem restar cacos de suas conchas fincadas nas rochas, tal é a firmeza com que se aderem nos locais preferidos.
Seria o seu alimento colhido da própria rocha? Sabe-se que elas tanto ingerem plancton, partículas de outros moluscos, como outros detritos que absorve através de suas brânquias que lhe premitem respirar, bem como filtrar os elementos nutritivos que lhe chegam a tocá-las.
Porém não vemos as ostras se aderirem a rochas que não recebem a agitação das águas marinhas ou salobras.
Seria o sol, que aquece as águas que as banha por horas e horas diariamente, o elemento principal a lhe fornecer alimento? Pois não sabemos até que ponto o sol, com seus raios e calor, o responsável por produzir os nutrientes necessários, mas novamente chegamos ao mesmo ponto: o sol por si só não lhe poderia trazer aquilo de que ela necessita para viver, pois senão os altos montes seriam todos adornados de exuberantes ostras grudadas em suas pedras…
Seriam então as águas salgadas que teriam as substâncias nutritivas? Tudo parece indicar que sim, mas espere! Não se pode concluir que somente essas águas lhe sejam totalmente suficientes para tanto, porque se assim fosse, as tartarugas marinhas, nadando como nadam tanto tempo debaixo d’agua, teriam seus cascos cheios de ostras.
Seja como for, o fato é que, somados todos esses fatores, as ostras continuam reproduzindo-se para valer em águas que lhe ofereçam o ambiente propício ao seu desenvolvimento e vida, e lá estão elas grudadas ali, ainda que venham ventos e tempestades sobre suas conchas.
Assim é a esperança. Precisa de um ponto de apoio que seja firme e inabalável. Precisa de uma rocha, mas para que a esperança da ostra encontre o seu lugar, precisa também que suas sementes e larvas sejam levadas ao sabor das correntes das águas até que estas façam com que encontre aquele ponto de apoio disponível, algo como aquela segurança que a rocha lhe oferece.
Em chegando ao seu lugar assim determinado pela natureza, as ostras precisam também que a sua estrutura calcárea lhe possibilite agarrar-se àquele ponto determinado.
Diremos pois que nossas almas podem e devem ser como as ostras, pois:
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Precisamos encontrar aquele ponto de apoio que seja inabalável como a rocha.
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Precisamos que o mar da vida nos leve até esse ponto desejável.
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Precisamos também que as águas inconstantes em seu vai-e-vem nos mostrem que temos que achar aquele lugar aonde possamos fixar as nossas esperanças. Isto pode demorar um pouco ou muito, mas temos que achá-lo.
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Precisamos ter também o calor que aquece a nossa fé, para estarmos prontos a nos agarrar àquele ponto de apoio tão necessário.
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Precisamos gerar aquela garra que nos faz aderir à rocha e ficar firmes, ainda que estejamos sob as tempestades da vida.
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Precisamos encontrar o habitar ideal para podermos sobreviver às intempéries da vida.
Esta é a maneira de nos agarrarmos a Deus: orando… suplicando-Lhe que nos aceite como ostras fincadas na Sua Rocha.
Pois bem, a fé é o elemento que nos fará dirigir-Lhe essa oração.
As idas e vindas das ondas e marés da vida nos revelam que realmente precisamos, e muito, encontrá-Lo, pois há muitas situações em que nos encontramos carentes e ávidos para sermos agraciados por esse encontro, e só a fé nos levará a Ele.
E onde poderemos alimentar, crescer e aquecer a nossa fé?
Às vezes nos vemos como pessoas de pouca ou pouquíssima fé…
Quem nos poderá suprir essa condição que será propícia a incrementar a nossa fé?
Nas palavras do Apóstolo Paulo, a fé vem pelo ouvir as Palavras de Deus. (Romanos 10:14 a17)
Deus realmente fala, e escreve. Ele inspirou os escritores da Bíblia de tal forma que estes se tornaram em verdadeiros escrivães obedientes que nos deixaram seus escritos. Eles puderam transmitir-nos as Palavras divinas, como legítimos porta-vozes, embaixadores do Reino do Céu.
Leia a Bíblia. Medite em Suas palavras, mas leia-a toda. Assimile-a de tal forma que faça com que o seu viver seja incorporado pelos livros desta bendita coleção. De certa forma, temos que fazer como Ezequiel (Ez.3:1 a 4) e João digeriram os rolos dos livros de Deus (Apocalipse 10:8 a 11).
Vejamos o que o autor da Salmo 119 escreveu nos seus versos de 121 a 128:
“Tenho praticado juízo e justiça; não me entregues ao meus opressores…
Fica por fiador do teu servo para o bem; não deixes que os soberbos me oprimam.
Os meus olhos desfalecem esperando por tua salvação e pela promessa da Tua justiça.
Trata com o teu servo segundo a Tua benignidade, e ensina-me os Teus estatutos.
Sou Teu servo; dá-me inteligência para entender os Teus testemunhos.
Já é tempo de operares, ó Senhor, pois eles têm quebrantado a Tua Lei.
Pelo que amo os Teus mandamentos mais do que o ouro e ainda mais do que o ouro fino.
Por isso tenho em tudo como retos os Teus preceitos e aborreço toda a falsa vereda.”
Como aplicarmos estas palavras tão fortemente como ostras se apegam às rochas, e como carvalhos crescem, mesmo entre grandes pedras?
Há mister que façamos um adendo que ligará os pontos necessários para esclarecermos melhor esta linguagem figurada.
A Rocha é Cristo ( I Coríntios 10:4)
A semente é a Palavra de Deus (Lucas 8:11).
As ondas do mar da vida podem nos levar, incontinentes, entre os choques e espirros, até parecendo ser por acaso, podem nos levar a Cristo, mas assim como muitos frutos de uma árvore não passam de abortos das suas flores que caem e morrem no chão, muitos não encontraram o ponto de apoio ideal para terem vida.
Águas inconstantes são as circunstâncias da vida.
Ventos e tempestades são tribulações e desconforto que nos surgem, mesmo contra a nossa vontade. Quantos destes já não nos trouxeram problemas e tentaram nos abalar, não?
E a estrutura calcárea que nos dá aderência e agarra-se à Rocha é a nossa fé. Leia Hebreus cap. 11.
Precisamos ser conduzidos a encontrar Cristo, a nossa Rocha, e nEle nos firmarmos, independentemente da forma como a Ele acharmos. Uma vez encontrando-O, temos que nos achegarmos mais perto, cada vez mais perto.
Permita que estas palavras atuem em sua vida, de modo a esta ser transformada segundo a vontade divina.
Leia e ouça aquilo que os santos profetas disseram e escreveram (está na Bíblia) e coloque em prática em sua vida.
Fazendo assim, você estará aderindo com força à Rocha Eterna, Jesus, o Cristo.
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: aderência, agarra, Carvalho, cola, Cristo, ostra, rocha, sol
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