SALMOS – CXIX – (Dalet) – EM BUSCA DA PERFEIÇÃO
Comentarios desactivados en SALMOS – CXIX – (Dalet) – EM BUSCA DA PERFEIÇÃOmayo 25, 2023 by Bortolato
Salmo 119: 25 a 32
Como seria bom nos acharmos em um lugar onde tudo é prático, tudo é aprazível, perfumado, limpo, desestressante, tudo funciona normalmente para nossa tranquilidade e paz… seria um paraíso de perfeição… quem não gostaria de estar nestas condições?
Pois então, esse paraíso pode ser encontrado, mesmo nesta Terra onde há tantos percalços, barreiras, transtornos, como que lutando contra as nossas mais lindas e legítimas aspirações. Como encontrá-lo?
Vamos pois revelar algo que, consciente ou inconscientemente, você já sabia, mas não considerou ter em mãos os meios disponíveis ao seu alcance, que poderiam lhe ajudar a encontrar esse Paraíso.
Antes de tudo, partimos da premissa de que o caminho de Deus é perfeito.
Nós porém, ainda que almejemos chegar a tanto, vivemos lutando contra muitos fatores que se levantam contra este bendito desejo que visualizamos e detectamos em nosso ser interior, mas que simplesmente ficou em estado de stand by por tempo indefinido.
O que ocorre é que a imperfeição é um problema incrustrado em nossa carne. Somos participantes de uma espécie, a raça humana, que tem sofrido muito com este problema.
Quando mal notamos, nossas imperfeições têm causado insatisfações para nós mesmos, e também para o nosso próximo. E além disto, há também o sofrimento decorrente de termos causado males a outrem, e que estes também nos tentam encetar um retorno semelhante e ou à altura, há quem se levante para nos atacar, criticar, zombar e nos tratar com desfaçatez, tratando essa questão de maneira inapropriada, levianamente, como que a dizerem que um erro justifica outro; sob esta desculpa, dizem que o jeito da coisa é esse, e não que temos como mudar essa situação.
O jeito da coisa, porém, não é bem assim. Se isto fosse toda a verdade a respeito deste problema, o ser humano estaria sempre percorrendo um círculo vicioso, onde o mal atrai o mal, sem que se possa impedir as consequências que se seguirão no decorrer do tempo.
Infelizmente o fato é que em muitos casos os jornais não cansam de nos informar notícias que nos causam nojo, ao tomarmos conhecimento das mesmas. Detestamos o que alguns seres humanos foram capazes de fazer, mas o pior de tudo é quando vemos que o mal vem bater à nossa porta, querendo penetrar, mesmo sem ser convidado – e o nosso lar é o lugar onde nos recolhemos na expectativa de termos paz.
E quando chegam esses elementos insistentemente nos propondo uma guerra indecente e descabida…
Nossas almas e os nossos carpos físicos necessitam de momentos de sossego, nos quais poderemos nos recompor, e refazermos energias para depois aplicá-las nas lutas da vida, com um espírito bem disposto.
Neste ponto nos recorremos ao Salmo 119, versos 23 a 32, um Salmo acróstico, no qual o autor, inspirado com uma genialidade sem igual, inicia 22 grupos, composto de oito versos em cada grupo, perfazendo uma linda poesia.
Nesta poesia, as primeiras palavras de cada verso, pertencentes ao seu determinado grupo de versos, iniciam-se com a letra correspondente ao número atribuído ao grupo.
No trecho dos versos 25 a 32, por exemplo, inicia-se cada verso com palavras que começam com a letra Dálet, a quarta letra do alfabeto hebraico, que também é usada para indicar o número 4 (quatro). Logo, esta letra é também um algarismo, e desta forma o seu uso, no caso do Salmo 119, é propositalmente aplicado como letra do abecedário e como um número sequencial para ordenar os grupos de versos.
Atemo-nos a este detalhe para mostrar, em parte, o nível de inspiração ao qual o poeta chegou, mas vamos ao texto em si.
O salmista estava em um situação muito triste. Ele começa dizendo que sua “alma está apegada ao pó” (verso 1), expressão que indica que ele sente-se humilhado, abatido, e sente que querem dar cabo de sua vida.
Davi, Josafá, Ezequias, Neemias, e seus correligionários contemporâneos viveram esta condição. Os levitas que os cercavam, por suas vez, eram homens que eram afeitos a comporem, cantarem e regerem cânticos para a congregação, salmos e hinos que traduziam seus sentimentos e ideias em determinado momento de suas vidas.
Pressionado por pessoas e circunstâncias da vida que exploram os erros do homem para deixá-lo sentindo que ele tem muito que aprender na sua estrada e que não haveria piedade ou misericórdia da parte de seus inimigos, o salmista começa este trecho bíblico, colocando diante de Deus a sua angústia:
“A minha alma está apegada ao pó. Vivifica-me segundo a Tua Palavra”. (Salmo 119: 25)
Ele estava deprimido.
Ele sabia que realmente não era perfeito, mas queria esforçar-se para sê-lo.
Para encontrar consolo e conforto ao seu coração, ele buscou a Deus, onde estava certo de que encontraria a verdade absoluta, a compreensão a respeito de seu estado triste e a certeza de que sairia daquela situação, ao alcançar a misericórdia divina.
Eale não escondia isto de si mesmo, e nem de Deus. Ele se apegaria com avidez ao caminho de Yaweh, meditando nas palavras sagradas que foram legadas ao seu povo até aquele momento.
Dentro de si ele sabia que precisava ser mudado, e para tanto, contava com a eficácia de Yaweh, o Deus de Israel. Queria ser perfeito, e o que ele dispunha ao seu alcance, para alcançar este sublime dom, era a Torah e os escritos sagrados da Bíblia de então, os quais ainda estavam sendo produzidos no decorrer dos anos.
Era momento de reflexão e de confronto entre aquilo que Deus diz, e aquilo que o salmista tinha ímpetos de fazer.
Ele vasculhou todo o seu coração, e viu que poderia estar nutrindo uma falsa piedade, e isto não seria bom. Era preciso fazer uma análise sincera, identificar pontos críticos, e adotar uma estratégia para corrigir a sua rota.
Ele chegou a focalizar alguns pontos que tangiam ao seu caráter, e viu que tinha que pesar esses pontos todos em uma balança, e decidir: ou o maior peso ficaria com a Palavra de Deus, ou com algum desejo seu. Hora de tomar resoluções.
A visão dos homens nesse proceder, não raro, fica obscuro. Não conseguem saber se estariam pesando bem e descobrindo o que é certo, bom, útil, justo e perfeito, ou tentando manejar a balança de forma a favorecer o lado da sua própria vontade.
A questão é: até onde a vontade do homem se harmoniza com a vontade de Deus?
Um movimento mal feito na pesagem poderia deixar que transparecesse que ambos os lados poderiam estar sendo corretamente pesados, mas indevidamente. Ou talvez uma visão parcial lhe faria parecer que não precisaria fazer essa pesagem com muito rigor e exatidão.
O salmista porém logo diagnosticou este vício, e soube o que fazer:
“Escolhi o caminho da fidelidade, e decidi-me pelos teus juízos” (verso 30).
Ele observou bem, analisou a questão à luz da Palavra de Deus, e orou pedindo que não fosse surpreendido pela vergonha do fracasso. (verso 31)
A sua decisão foi tomada com sabedoria, certo de que nesta trajetória ele encontraria mais e mais entendimento sobre as coisas deste mundo, iluminado pelo Deus de sua salvação, o Grande Mestre de sua vida.
Será que seria difícil a você, que isto lê, obedecer assim a um livro? Fazer aquilo que esse deteminado livro lhe orientar, impondo-se naturalmente bem ponderado e pesado, tendo ele uma força vencedora sobre as próprias concepções do leitor, usando corretamente a balança de valores, e ainda sobrepujando a multidão das vozes que lhe falam neste mundo,?
Temos outrossim que entender que o salmista experimentou lê-lo, sabendo que o autor é o Maior Expert em aconselhamento… É Deus, cuja sabedoria é muito maior, infinitamente maior do que a de qualquer ser humano que já viveu sobre a face da Terra.
E mais: esse livro nos traz os Mandamentos de Deus, da voz que foi expressa a fim de que deles tomemos conhecimento, a fim de podermos ter as informações necessárias para bem nos havermos, tanto nesta vida como na do porvir.
Dentre todas as profecias que a Bíblia trouxe ao conhecimento dos homens, encontramos em destaque aquela que prometeu a vinda de “O Profeta” – Jesus, o Cristo, que viveu sem nenhum pecado, foi grande em obras poderosas, e deixou-nos um caminho aberto a Deus, através dos seus ensinos e da Sua cruz.
Os ensinos de Jesus, o perfeito Homem-Deus, nos revelam que cada um de nós, seres humanos, terá que dar contas a Deus de tudo quanto houver feito através do seu corpo.
Daí aquela dificuldade… O princípio do pecado jaz dentro de cada um de nós, como uma doença hereditária que age como uma força que arrasta-nos para o erro, e, se aceitarmos essa força estranha, obedecendo às suas insistentes propostas ardilosas, todos precisamos saber que essa força tem o condão de arrastar pessoas para o inferno, ou seja, para a morte eterna. Que jamais sejamos um desses.
Pois bem, a morte é um eterno inimigo nosso, de longa data, e passeia pela Terra determinada a colher cada pessoa que vive neste mundo. A começar pela morte física, que tem alcançado a todos indistintamente.
Conhece alguém que não morrerá? Há um velho ditado que diz que “gente que nunca morreu, está morrendo”.
Por outro lado, você sabia que a morte física não é o fim da vida? Que você ainda viverá na esfera dos espíritos? Seu espírito, ou melhor, esta parte de seu ser, que também é chamada de alma, é eterna? O problema consiste em outro nível: a morte espiritual, que é a constante degeneração da mesma, o que traz sofrimentos maiores do que os do corpo físico?
Neste último caso, a morte espiritual, ao se consolidar, se torna em morte eterna – e isso é realmente terrível, muito terrível, indesejável a qualquer ser humano.
Há, porém, um senão nesse processo.
Jesus, o Cristo surge como Aquele que veio a este mundo para nos ensinar as Palavras de Deus, e sofrer a nossa morte espiritual e eterna. Foi este o grande sentido da Cruz, que para alguns ainda parece ser um mistério. Muito já foi apregoado sobre este tema, mas poucos são os que lograram captar esta verdade e aplicá-la devidamente à sua vida.
Jesus expiou ali os nossos pecados, todos os seus e os meus, tendo um poder tal que é capaz de remir e salvar a todos os que nEle crerem.
Jesus então nos chama: – “Vinde a Mim, todos vós, os cansados (fatigados pelas consequências do pecado) e oprimidos (que carregam o peso dos seus pecados), e Eu vos aliviarei…” (Mateus 11:28)
Se você percebe que o peso dos seus pecados lhe é muito incômodo e que aumenta, em vez de diminuir no decorrer do tempo, é para você mesmo que Ele o disse.
Coheça-O, e verá que sua vida vai mudar para muito melhor, e se você perseverar com Ele até o fim, terá uma vida eterna muito linda, desejável, proveitosa, perfeita, que você pode começar a desfrutar desde pronto. Agora.
Venha a Jesus, Ele já espera por você há muito tempo, de braços abertos – e conheça o que é o verdadeiro maior amor. Você se surpreenderá.
Um abração de Jesus a você.
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: acróstico, amigo, balança, circunstâncias, deprimido, inimigo, Jesus Cristo, peso, valores, vitorioso
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