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SALMOS – LVII – EM TEMPOS DE CALAMIDADES

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noviembre 30, 2021 by Bortolato

Salmo 57

Para onde irei eu?

Em tempos tais como este, o que mais precisamos é de um bom lugar para podermos desatar os arreios, livrar-nos dos pesos e cargas que carregamos a tiracolo, desapertar os cintos, sentarmos, deitarmos, e descansarmos em paz pelo menos por um pouco, a fim de refazermos as forças.

Aonde iremos encontrar um lugar assim apropriado?

É bem possível que esse refúgio secreto, longe do alcance de circunstâncias adversas, seja até um tanto sem conforto material, mas em tempos de guerra, o bem mais precioso é a paz, e o restante é constituído apenas de pequenos detalhes, a esta altura dos acontecimentos.

O profeta Elias encontrou esse seu refúgio, junto às águas do rio Querite, que depois veio a secar, como consequência da longa estiagem que assolou aquelas terras.

Depois que aquele ribeiro secou, ele seguiu então para o Norte, onde foi achar uma pobre mulher viúva em Sarepta, uma pequena cidade fenícia (modernamente chamada de Sarafande) que pertencia a Sidom. Aquela mulher estava passando por sérias dificuldades no sustento de sua pequena família, e Deus guiou Elias até ela, para a abençoar, e como foi ela abençoada! (I Reis 17)

Moisés, ao fugir do Egito, da fúria do Faraó, teve que ir às terras semiáridas de Midiã, a Sudeste da Palestina, abandonando o luxo e o conforto da corte daquele rei, para ser apenas um pastor dos rebanhos de seu sogro, Jetro, para habitar apenas em tendas, mas foi para bem perto do monte Sinai, onde ele recebeu o grande e confortante privilégio de poder encontrar-se com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó, que lhe ofereceu o poder para libertar o seu povo que sofria debaixo de dura escravidão (Êxodo capítulo 3º).

Misael, Hananias e Azarias também tiveram que optar por abdicar de uma posição confortável de ministros do rei Nabucodonozor, para enfrentarem uma terrível fornalha acesa ao máximo de sua potência. Aquela fornalha poderia ser-lhes o instrumento da morte a que o rei lhes destinara, mas o fogo que soltava altas labaredas não lhes causou mal algum, e eles puderam ali, sobre as brasas e por dentro daquele ambiente totalmente incandescente, desfrutar da presença do Quarto Homem, que os livrou do poder destrutivo das chamas e lhes proporcionou grande libertação, e retorno ao prestígio perante o rei de Babilônia. (Daniel capítulo 3º)

Poderíamos falar também de Jó, Gideão, Jonas, João Batista e ouros que ilustrariam uma brilhante e admirável galeria de exemplos que reforçariam ainda mais este tema, mas vamos agora passar ao caso de Davi, o mavioso salmista de Israel que entre os anos 1018 a 1010 A.C viveu como um fora-da-lei, como que fugindo da justiça, perseguido injustamente pelo rei Saul.

Quando Davi escreveu as palavras do Salmo 57 ele vivia em cavernas, no deserto ao sul do território de Judá. Ele desprendeu de sua alma esta oração que mais tarde passou a ser enriquecida pelo acompanhamento de instrumentos musicais, a qual veio a ser regida pelo dirigente do coral de levitas que erguiam a voz para louvar ao Deus que livrou o salmista daqueles difíceis anos de sua vida.

O desconforto de uma caverna lhe era apenas um insignificante item de sua vida. Sua alma não tinha sequer tempo para lamentar muitas perdas, pois que a espada do exército de Saul o buscava por onde quer que ele fosse tentar esconder-se. Por esse tempo, Davi bendisse os lugares de refúgio que encontrara, pois que lhe serviram de bênção para salvá-lo das garras da morte. As cavernas tiveram que servir-lhe de proteção durante aquele período de sua vida. Saul o detestava porque Davi havia sido “eficiente demais”.

O seu clamor se inicia com um pedido de misericórdia naquele tempo de calamidades. Se examinarmos bem como foi a vida de Davi naqueles anos de terror, veremos que dificilmente alguém inserido nas suas condições teria logrado sobreviver, e ainda por cima receber a graça de tornar-se um novo rei de Israel, isto em grande estilo.

Depois dos anos de tribulação, e com a chegada dos novos tempos de sucessos e muitas alegrias, é fácil alguém ignorar, esquecer-se de que esteve bem perto das portas da morte, e chegar até a pensar que todo aquele tormento não passou de apenas um pequeno pesadelo. É a síndrome dos que diziam que o segredo do ovo de Colombo não passava de um simples truque – mas a viagem da descoberta da América não foi simples assim.

Quando, porém, nos deparamos com certas palavras deste Salmo 57, vemos que Davi realmente sentiu-se inserido dentro de situações muito terríveis, das quais só um milagre o permitiria escapar.

Estou cercado de inimigos; eles são como leões, e querem me devorar. Os seus dentes são como lanças e flechas, e a língua deles, como espada afiada.” (Salmo 57:4)

Como se sentiria o leitor, se estivesse nesta mesma condição?

O salmista, contudo, conseguiu superar tudo isso, recorrendo-se ao Deus que o amou, o escolheu e marcou-o com ferro e fogo para ser um vencedor.

Como é que isto acontece? Em meio a densas trevas que cegavam os seus olhos quando olhava ao derredor, procurando achar uma saída honrosa para sua vida, o que foi que ele fez para encontrar aquilo que lhe parecia ser impossível?

Isto também não foi por acaso, e nem se lhe chegou à sua vida sem nenhum motivo.

Antes de tudo, Davi era um homem que desde a sua mocidade já começou a conhecer quem era o Senhor Deus de Israel: Yaweh!

Na verdade, quando ele era ainda uma criança, já ouvira falar dos feitos maravilhosos que Deus fez e tem poder para fazer quando e quantas vezes Ele o quiser, o seu coração se abriu para crer e ficar extasiado com o Supremo Ser, que tanto carinho dedicou ao Seu povo, desde os tempos de Abraão, Isaque e Jacó.

Quando estava saindo da sua adolescência, e entrando na fase de sua juventude, ele foi ungido pelo profeta Samuel e passou a sentir-se forte diante de inimigos, ao ponto de matar um leão e um urso, e depois ainda matou o gigante que amedrontava a todo o exército dos israelitas.

Daí em diante, chegou a experimentar seguidamente glórias sobre glórias de vitórias sobre tropas de filisteus e outros povos violentos que tencionavam escravizar e matar os seus patrícios.

Ele percebeu que não era a sua mão que lhe proporcionava tais sucessos, porque sentia que havia Alguém muito poderoso que combatia com ele ao seu lado, e havia-Se de forma estupenda.

Este era o segredo de Davi.

Quando chegavam as tempestades, as aterradoras perseguições, ele sabia… ele sabia que tinha o Deus de sua vida, a Quem podia recorrer nas horas de angústia.

Então o que ele fazia? Ao procurar portas de saída e não as encontrando, ele levantava os seus olhos para o Alto, abria o seu coração e derramava suas orações com bastante fé, com toda certeza de que seria ouvido.

Poderia alguém dizer que Davi era perfeito, não cometia erros, um santo homem de Deus, totalmente aperfeiçoado e aprovado pelos Céus, e por isso é que ele tinha tantas vezes a visão do escape ao seu alcance; mas isto não foi bem assim em todos os tempos de sua vida.

Davi era, sim, um homem de Deus, mas nunca nos esqueçamos que, por outro lado, ele era como qualquer um de nós, humano, e rodeado de fraquezas. Dizer que ele nunca cometeu erros ou pecados em sua vida é romantizar a realidade, pois a sua história não nos diz assim.

O que então lhe supria quando lhe faltava o perfeito entendimento vindo do Espírito Santo era o que de mais precioso tem um homem nesta vida: a graça de Deus.

A graça de Deus é a concessão bondosa que Ele faz aos Seus amados, quando compreende a nossa incapacidade de sermos perfeitos como Ele é, alcançando-nos a Sua misericórdia, que contempla a sinceridade de nossos corações, perdoa nossos pecados e encobre as nossas transgressões, conforme a promessa do Salmo 32:1-2.

Assim é que Davi conseguiu mesclar neste Salmo a sua fraqueza com a força que vem de Deus. Ele vê a sua incapacidade de lidar com os perigos e ameaças, e dirige-se ao Senhor, contrariando até mesmo a sua própria natureza carnal, limitada, falha e impotente.

Davi viu no Senhor a luz que vem do Alto, a esperança que homens naturais não veem, mas como ele era sabedor da bondade divina, alçou um pedido de misericórdia, e sentiu-se confortado, rodeado de uma confiança que envolveu a sua alma, ao ponto de exclamar:

Em Ti me refugio… (verso 1º, na versão Almeida, Revista e Atualizada)

…à sombra de Tuas asas me abrigo até que passem as calamidades”

Clamarei ao Deus Altíssimo, ao Deus que por mim tudo executa. Ele dos Céus me envia o Seu auxílio e me livra… (versos 2 e 3)

Apossado então de um espírito profético, Davi parece estar meditando nessas coisas em uma certa madrugada, e o seu peito enche-se de uma confiança inabalável, que sobrepuja a todos os pontos contrários que o envolviam, e explode em louvores a Deus, que maravilhosamente o cobrira de bênçãos, livra-o e faz até que seus inimigos sejam envergonhados.

Meu coração está firme, ó Deus, firme está meu coração. Cantarei louvores, sim, eu cantarei.

Desperta, minha alma, despertai, lira e harpa; quero despertar a alva.

Senhor, eu te louvarei entre os povos; cantarei louvores a Ti entre as nações

Pois teu amor é grande até os céus, e tua verdade até as nuvens.

Ó Deus, sê exaltado acima dos céus; a tua glória esteja sobre a terra.” (Sl 57:7-11)

Isto é obra do Espírito de Deus, que vê acima de todas e quaisquer circunstâncias, e empresta-nos a fé que remove montanhas, e esta nos faz crescer, voar acima dos problemas da vida, de modo que as tempestades e calamidades se tornam em coisas de somenos.

Realmente, nada existe tão grande quanto o Senhor, Deus dos Exércitos. Se tivermos fé nesta Sua grandeza, e nesta nos apoiarmos diante dos obstáculos, seremos campeões em todas as nossas lutas, tanto quanto David o foi, mesmo em tempos de calamidades.

Esta foi uma promessa que Jesus nos deixou:

  • Se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a esta amoreira: Arranca-te pela raiz e planta-te no mar, e ela vos obedecerá”. (Lucas 17:6)

    …se tiverdes fé do tamanho de um grão de mostarda, direis a este monte: Passa daqui para lá, e ele passará; e nada vos será impossível.”(Mateus 17:20)

Conforme disse o anjo Gabriel para Maria:

  • porque para Deus nada é impossível”

E outra vez Jesus:

  • Dou-lhes a vida eterna, e jamais perecerão; e ninguém as arrancará da minha mão”. (João 10:28)

Esta promessa foi dada aos Seus seguidores. Na verdade, não existe vida abundante e vida eterna sem Jesus, o Cristo, mas estas podem ser adicionadas a quem quiser recebê-lo como o Filho de Deus que veio a este mundo para nos salvar da condenação e do poder do pecado que pesa sobre toda a raça humana.

É o Seu poder que é franqueado de graça para todo aquele que crer e quiser recebê-lo. Se Vc, leitor, quiser ser um dos privilegiados filhos adotivos do Deus Vivo, ore agora para ser liberto e salvo dos seus pecados, e peça para valer o sangue de Jesus sobre a sua vida. Seja hoje mesmo um pronto seguidor do Mestre, e desfrute das alegrias do Espírito Santo e das promessas de Deus.

Tenha o seu nome inscrito no Livro da Vida, e seja feliz com Jesus, eternamente.


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