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SALMOS – LXXV – ATÉ ONDE IRÁ A SOBERBA?

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mayo 21, 2022 by Bortolato

Salmo 75

Até quando teremos que suportá-la?

Olhamos ao nosso redor, e vemos como nunca que uma doença chamada de Injustiça, anda erguendo-se como se fora dotada de virtude e de poderes inacreditáveis.

Quem viveu nos meados do século XX, após a II Grande Guerra, pôde notar que houve, sim, o crescimento do poder da injustiça durante a primeira metade do período, mas logo após este, como que dando mostras de terem adquirido um difícil aprendizado, de um modo geral o mundo procurou aquietar-se.

Já se havia visto o suficiente para concluir que a opressão, o crime, a mentira, o engano, a falta de escrúpulos e de misericórdia para com o próximo não nos leva a um bom destino.

Olhava-se então para aqueles que cometeram crimes de guerra, e para o julgamento que lhes fora imposto. Alguns foram condenados e tiveram de cumprir duras penas. Desta forma a justiça ensaiou tomar o seu devido lugar.

Apesar disso, o tempo se encarrega de apagar da memória as lições do passado, e logo se reiniciam as hostilidades, e um novo ciclo de guerras acontecem.

A Bíblia nos fala de vários casos em que os obreiros da iniquidade tiveram seu fim desastroso. Vamos ver:

(1).A rainha Jezabel, por sua vez, foi morta em uma queda de sua janela, de onde foi arrojada ao chão, e atropelada por um carro de cavalos em Jezreel, pelo ano 841 A.C. A carne de seu corpo então foi logo devorada por cães. Seu marido, o rei Acabe, fora morto alguns anos antes, por cerca de 853 A.C., ao envolver-se em uma guerra contra a Síria.

  1. O ministério da iniquidade ainda imperou por algum tempo nas terra de Israel, mas quando procuramos saber o que teria acontecido aos reis ímpios, notamos que Acazias (rei de Judá) morreu assassinado na mesma ocasião em que Jorão (rei de Israel Norte) também fora morto, isto é, em 841 A.C.

  2. a rainha Atália, que reinou sobre Judá de 841 a 835 A.C., enfim, foi deposta do trono e executada junto à Porta dos Cavalos em Jerusalém ( conf. 2º Reis 11:13-16). Depois deste feito, a cidade ficou tranquila, e se alegrou.

  3. Zacarias (rei de Israel Norte) reinou seis meses e foi também assassinado por Salum, em 753 A.C. Pois este mesmo Salum só reinou em seu lugar por apenas um mês, quando foi morto por Menaém, que passou a reinar desde então.

  4. Oséias, que em 722 A.C. foi destronado por Salmanezer (rei da Assíria), que o encarcerou em grilhões e o manteve preso.

  5. Em Judá o rei Manassés usou e abusou da paciência divina, e por isso foi levado ao cativeiro, amarrado com ganchos e cadeias, e deportado para a Babilônia. Só pôde voltar e reinar depois de uma disciplina terrível e sincero arrependimento. Depois de morrer, seu filho Amon reinou por apenas dois anos (642 a 640 A.C.) em Jerusalém, e foi morto por seus súditos, dentro de sua própria casa.

  6. Zedequias, que reinou em Judá de 597 a 586 A.C., capitulou diante dos babilônios. Foi aprisionado para ver seus filhos serem mortos diante de seus olhos. Esta foi a última cena que pôde ver, porque teve então seus olhos vazados, e depois foi levado para a Babilônia como prisioneiro.

Esta sequência de desgraças numa terra outrora abençoada foi causada pelas iniquidades cometidas pelo povo que desprezou as palavras de Deus, de forma a tornar-se abominável.

O salmista, ao escrever o Salmo 75, o faz consternado, ao ver que se consumou aquilo que ele mais temia: além da destruição de casas, dos muros da cidade, da morte de muitos cidadãos à espada, de muitos soldados que faziam a sua guarda, houve também a destruição do Santuário do Templo, do Lugar Santíssimo, que anualmente, por tantos anos, fora visitado pelo sacerdote com vistas à expiação dos pecados de seu povo. A lamentável destruição significou que o Senhor, que ali habitou por séculos, resolveu dali retirar-Se, deixando aquela edificação à mercê dos inimigos de Judá.

Isto foi a causa de uma tristeza enorme, que abalou e fez descair o semblante e o coração do salmista.

Como foi que isto aconteceu?

Houve por décadas o envio das palavras de Deus através dos profetas que avisaram as autoridades para que não persistissem no erro, mas não lhes deram a devida atenção. Tanto o povo como as autoridades política e religiosa não lhes deram ouvidos. Em vez disso, chegaram a maltratá-los e até a matá-los, pois que não conseguiam suportá-los. Preferiram pagar o preço da sua teimosia.

Asafe disse ao escrever que dava graças a Deus porque Ele pôde ainda invocar o santo nome, Yaweh, e declarar as Suas maravilhas. Isto porque tinha um bom motivo: ele ouviu a voz de Deus. E o que foi que o Senhor lhe faloum?

Primeiramente que Ele, Deus, haveria de julgar com justiça quando chegasse o determinado tempo, tempo esse apazível ao Seu querer. Antes disso, que O aguardassem.

Em chegando o tempo de Deus, Ele colocaria um limite, um basta para os abalos da Terra, que fazem os seus moradores sentir-se apavorados. O Senhor não permitirá que este planeta perca o equilíbrio e seja totalmente destruído.

Há abalos sísmicos que sacodem o solo desta Terra, e há também “terremotos” ou tempestades na vida que fazem com que os homens vejam-se impotentes para evitá-los e até mesmo para combatê-los.

Muitas vezes o solo físico está perfeitamente assentado e firme, mas as pessoas sentem dentro de suas almas que o seu chão está saindo fora do alcance de seus pés. Perdem a sensação de conforto e de segurança. Sentem-se perdidos, sem uma diretriz que os guie no meio dos transtornos que subtraem o equilíbrio dentro de suas vidas.

Poderoso é Deus, que Se mostra como a Salvação, o Alicerce firme, Aquele que consola nas horas mais difíceis, ajudando-nos com a Sua misericórdia.

Visto que fatalmente chegará o tempo da intervenção divina, e esta está a caminho, todos o verão, e aqueles que nEle creem darão boas vindas a essa chegada.

Os soberbos, porém, são chamados à razão. Se o chão está tremendo sob os pés de todos, isto serve de aviso para abater a arrogância dos tais.

Ufanem-se do que quiserem, mas há coisas que acontecem, nas quais ninguém poderá fazer nada a respeito para impedi-las.

A soberba da vida é um tipo de doença espiritual que distorce a visão dos moradores desta Terra. Pensando possuírem toda a força capaz de vencer os obstáculos desta vida, os soberbos ficam a um passo apenas de falarem com insolência contra Aquele que os fez relativamente fortes, e com facilidade caem no pecado de desacato a Deus, e porisso fazem jus a receberem o devido castigo disciplinar, que seu tempo lhes sobrevirá, sem dúvida, caso não se arrependam e mudem sua ótica sobre o Senhor dos Céus e da Terra, a vida e a morte.

Digo aos soberbos: não sejais arrogantes; e ao ímpios, não levanteis a vossa força. Não levanteis altivamente a vossa força, nem faleis com insolência contra a Rocha.” ( Salmo 75:4, 5)

O salmista ainda revela que o cálice da ira de Deus é dado a beber a todos quantos cometem iniquidade (verso 8).

Em Apocalipse 16 lemos que sete desses cálices serão derramados sobre a Terra no tempo do fim, os quais provocarão chagas malignas, sangue, excessivo calor, trovões, terremoto de dimensões inéditas, saraivada de grandes pedras, blackout, ilhas serão submersas e desaparecerão da face desta Terra.

Enfim, juízos diversos de Deus serão impingidos sobre todos os que praticam iniquidade.

Quando ficamos sabendo disso, nossa consciência começa a nos apertar, fazendo-nos lembrar de pecados que cometemos no decorrer de nossas vidas. Colocadas as nossas iniquidades em uma balança, estas nos condenam e exigem a paga pelas nossas transgressões.

Nas palavras do Apóstolo S.Paulo: – “O salário do pecado é a morte…” (Romanos 6:23)

E de conformidade com a profecia de Ezequiel:

A alma que pecar, esta morrerá”. (Ez 18:20)

Este é o futuro dos pecadores, uma vez feita a plena justiça divina.

Aliás, o cálice da ira de Deus um dia foi colocado à frente de Jesus, o Cristo, no Jardim do Getsêmani. A Ele, que jamais pecou e nunca lançou mão de Sua liberdade e livre arbítrio para comer do fruto do pecado (Gênesis 3:6 a 11), foi-Lhe imposto sorver desse vinho espumante e com mistura forte (Salmo 75:8). Era o cálice da dor na alma e no físico: humilhação, chicotadas, coroa de espinhos, zombaria, julgamento, e por fim, a cruz O levou à morte.

Jesus pediu ao Pai que aquele cálice passasse de Suas mãos, mas submisso a Deus, o bebeu completamente. Era o cálice destinado aos que praticam a iniquidade, e Ele o bebeu totalmente, mesmo não sendo merecedor de tamanho castigo.

Aquele cálice estava destinado a cada um de nós…. a mim e ao leitor. Sim, a nós. E isto não é hora de buscar achar desculpas, ou arrogar falsa santidade. Pense nisto.

Se hoje nossos corações podem sentir o alívio de réus que receberam indulto, foi porque Alguém pagou o preço do pecado em nosso lugar: Jesus!

Temos que considerar que esse indulto não é uma sentença absolvição por inocência dos réus. Temos, sim, que entender que os nossos pecados merecem uma grave sentença: a morte espiritual, que nos separa de Deus e exige expiação em forma de sofrimento. Nenhum de nós pode dizer que merece o Céu por ter sido boa pessoa, solidária, temente a Deus, portadores de uma alma que jamais cometeu a injustiça.

As nossas justiças são exatamente como trapos de imundícia perante Deus. (Isaías 64:6)

O próprio profeta Isaías sentiu-se como homem que pereceria, diante da visão que ele teve, contemplando as vestes reais do Senhor, e dos anjos que incessantemente clamavam… “Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos; toda a terra está cheia da Sua glória.”

Isaías diante da majestade e santidade do Senhor Yaweh, disse:

Ai de mim! estou perdido! Porque sou um homem de lábios impuros e habito no meio de um povo de impuros lábios, e os meus olhos viram o Rei, o Senhor do Exércitos” (Isaías 6:5)

No fundo, somos pessoas que veem as iniquidades alheias como condenáveis, as quais recriminamos enojados, mas por outro lado procuramos minimizar e esconder as nossas. As do próximo são sempre muito mais graves do que as nossas, aos nossos olhos – mas este tipo de julgamento cai por terra quando nos avistamos diante do Senhor, o Criador dos Céus e da Terra, no Qual reside toda a cristalina justiça, que não usa de parcialidade, não tem pecados, de modo tal que quando expede a sua luz, não resta nem um justo sequer nesta Terra (Salmo 14). Respeitos humanos e falsas aparências desaparecem diante de Sua luz.

E pensar que, um dia, todos nós teremos que nos avistar diante do Juiz de toda a Terra. Como será que nos haveremos?

Esta pergunta nos leva a outra: Vc já se avistou algum dia diante do Deus Altíssimo, o Criador dos Céus e da Terra? Muito provavelmente não. Moisés o vira ao longe, mas não contemplou a Sua face. Apaixonado pelo Deus Yaweh, ele então pediu para ver toda a Sua glória. O Senhor repondeu naquele dia a Moisés, Seu profeta: – “… homem nenhum verá a minha face e viverá”. (Êxodo 33:20)

Isaías um dia O viu em um mui alto e sublime trono, e dali onde o Senhor estava, as abas de Suas vestes desciam e estas só já enchiam o Templo, deixando uma ideia da grandeza deste Deus. Não há indícios de que este profeta tenha visto a face de Deus, mas o quanto ele pôde ver foi o bastante para sentir que estava morrendo, só porque, segundo a sua própria confissão, ele era um homem de lábios impuros, e que habitava no meio de homens de impuros lábios.

Então, subsistiremos à força do poder de Deus, quando nos encontrarmos com Ele? Sobreviveremos? Seremos poupados?

Vamos agora nos dirigir a Jesus, o Filho de Deus. O próprio Deus Filho veio a este mundo e Se fez carne, para habitar entre homens, e manifestar a Sua glória, glória do Unigênito do Pai. Uma vez que nem Moisés e nem Isaías puderam ver a Face de Deus em suas vidas terrenas, o fato é que Tiago, Pedro e João, que conviveram com Jesus e foram Seus discípulos, puderam ver a glória de Deus um dia, no Monte da transfiguração, mas o que eles viram foi a face gloriosa do Cristo, o Deus Filho – além do que, uma grande multidão pôde ver o Rei da Glória que veio a este mundo, usando a forma de carne como um véu que ocultava a grandeza dEle.

Ele veio a este mundo fazendo somente o bem, e manifestou o amor e a misericórdia de Deus através de Sua vida.

Ele veio buscar e salvar aos que se haviam perdido (Lucas 19:10). Vc e eu estamos dentro desse rol.

Não basta apenas fazer parte dos bem-aventurados que têm os seus nomes escritos nesta lista, porque é apenas uma inscrição dos que precisam ser salvos da morte, do pecado, do mundo e do mal.

Precisamos ter os nossos nomes inscritos, sim, mas também no Livro da Vida.

Em Apocalipse 3:5 Jesus promete ao que vencer, que este será vestido de vestes brancas, de maneira nenhuma será riscado o seu nome do Livro da Vida, e Ele confessará o seu nome diante de Deus Pai e de Seus anjos. Maravilha!

Isto significa que pecadores que se arrependem e buscam encontrar a salvação da ira de Deus, indo a Jesus e seguindo-O com fidelidade e perseverança, encontrarão o perdão de suas dívidas, serão justificados e lavados pelo sangue de Cristo.

Tornamos pois a perguntar: Vc quer este destino para a sua alma?

Venha a Jesus, para ser um filho adotivo de Deus, que terá muitas das benesses do legítimo filho Seu.

Ore, leia a Bíblia, busque a Palavra de Deus para sua vida. Alie-se a outros que também estão escapando da ira vindoura, para que todos sejam fortificados na graça de Jesus.

Seja feliz eternamente, isto é possível, ainda que paradoxalmente nesta Terra encontremos muitas forças contrárias. Deus ajudará o pecador arrependido a chegar lá, mas coloque isto em seu espírito: só Jesus é o caminho que nos conduz à vida abundante e eterna, com o Pai. Ele é a chave e a porta da Salvação.

Sejamos todos os benditos que gozarão dessa vida prometida para o nosso futuro, com Jesus.


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