SALMOS – LXXVIII – LIÇÕES IMPORTANTES DO PASSADO
Comentarios desactivados en SALMOS – LXXVIII – LIÇÕES IMPORTANTES DO PASSADOjunio 17, 2022 by Bortolato
Salmo 78
Não as deixemos cair no esquecimento. E aprendamos a lidar com estas.
Triste é ver quando alguém perdeu a sua memória.
Perder a memória é perder a própria identidade.
Nossas lembranças podem trazer-nos fatos, dentro dos quais tomamos atitudes, às vezes certos e às vezes errôneos. Tudo isso ficará armazenado no arquivo de nossas mentes.
É notório que as memórias de nossos erros têm sua utilidade, uma vez que podemos reavaliar situações e aprender a fazer um diagnóstico, e dizermos para nós mesmos: – “Se eu puder, nas próximas oportunidades identificadas como iguais ou semelhantes, farei tudo diferente”.
Temos, de outro lado, gravados em nossas memórias os fatos que atestam que tomamos as atitudes corretas, e isto nos traz uma sensação de conforto para dentro de nossas almas. Ficamos em paz com estas, e assim continuamos vivendo e aprendendo.
Já pensou em uma nação que não tem memórias de sua História? Esta poderá incorrer desnecessariamente em repetições de erros, podendo sentir-se perdida no labirinto de sua mente esvaziada por causa de algum problema ocorrido em nossos cérebros.
Se somarmos as memórias de cada indivíduo dentro de um povo, teremos uma consciência nacional, que também é necessário que seja mantida. Se uma pessoa precisa guardar bem o arquivo de suas memórias, assim também toda uma nação.
Erros trazem consequências de diversas maneiras, e de duração muitas vezes incerta. Um povo que se der o direito de errar, por certo que também terá de arcar com o que decorrer disso, por um tempo que não se sabe quanto levará para consertá-lo. É preciso lembrar bem onde foi que houve o tropeço.
Tomamos a História de Israel como paradigma. É uma história bastante antiga, e cheia de altos e baixos, com muitas emoções, sofrimentos e livramentos. Por que esta preferência por Israel neste caso? Todas as nações passam por processos até certo ponto semelhantes, sob certos pontos de vista…
O que nos faz tomar o povo judeu como exemplo é que este foi o único que foi tratado e tomado diretamente pela mão de Deus, como nenhum outro. O seu passado é excepcionalmente recheado de fatos pitorescos, de muitos milagres salvadores que se desenrolaram durante o período em que puderam conviver intimamante com Deus, o Único e Verdadeiro, poderoso, capaz de realizar atos que ninguém no Universo os pudesse fazer. E mais, Israel foi tomado por Yaweh como se fosse Seu filho, com quem coabitou durante séculos (Oséias 11:1).
Uma obra de resenha como o Salmo 78 nos conta fatos ocorridos com esse povo, desde a saída do Egito, mostrando as atitudes incorretas do mesmo, que fora escolhido a dedo pelo amor de Deus, e ao mesmo tempo deixando claro que as misericórdias do Senhor fez com que o povo não fosse totalmente abandonado.
Este Salmo foi escrito por Asafe, a quem se tem como um provável descendente do levita que era seu ancestral, o qual levava o mesmo nome nos tempos de Davi. Músico, cantor, compositor e profeta.
Conta-nos detalhes das experiências por que Israel passou, saindo do Egito como escravos recém libertos, repassa por alguns tempos difíceis e chega até os tempos do rei Davi.
Foram tempos de grandes glórias, mas também de vários problemas decorrentes da infidelidade e ingratidão para com Deus, que maravilhas fez nesta Terra, mostrando ao mundo que Ele é Deus sem igual, verdadeiro e único digno de ser chamado de Deus, amoroso para com os Seus fiéis, mas implacável contra o Seus inimigos.
O grande problema de Israel é que com muita facilidade e rapidez esqueciam-se dos benefícios que Yaweh lhes proporcionara e logo se desviaram da Sua Lei, buscando outros caminhos, e estes ao final e consequentemente os levaram a muitos sofrimentos.
Para que todas as maravilhas que Yaweh lhes fez não ficassem no esquecimento, primeiramente foi escrita a Lei, a Torah, dando testemunho das coisas que Deus fez e o que Ele, como Senhor de Seu povo, esperava que este se portasse, debaixo de Seus olhos.
O salmista exorta ao povo para que a Torah seja conhecida de todos e que seja passada de pais para filhos, de geração a geração, a fim de que a história não seja esquecida, pois se olvidada, se tornaria num desastre.
As obras maravilhosas do Senhor são lembradas e mandamentos são ordenados no livro da Lei de Moisés, a fim de que os filhos dos filhos fossem fiéis a Deus.
Asafe deixa transparecer um certo tom de nacionalismo, que enaltece os feitos de sua nação, mas não deixa de apontar as falhas que trouxeram muitos dissabores ao povo que outrora fora salvo das mãos de feitores truculentos.
As dez pragas que caíram sobre os egípcios, a passagem aberta por dentro do Mar Vermelho, a água que brotou da rocha, o provisão do maná do deserto, as codornizes, foram eventos que manifestaram o tremendo poder do Senhor; nenhum outro deus foi capaz de produzir tais façanhas em favor de povo algum, em toda a História Universal. Nenhum outro povo pôde ser testemunha de tais fatos espetaculares, porque Deus começou a revelar-se a eles desde os tempos de Abraão, quando ainda eles eram apenas uma promessa pendente de realizar-se.
Não obstante, tudo isso não foi suficiente para que se convertessem das suas maldades e ao tornarem-se populosos, tomaram atitudes independentes e descreram do poder de Deus, menosprezando Àquele que é o Ser mais digno de toda a honra e obediência à Sua expressa vontade.
A entrada para possuírem a Terra Prometida também foi repleta de grandes livramentos, mas também isto foi esquecido pela nação. Em contraponto, Ele, Deus, também esqueceu-os à mercê dos seus inimigos, ao ponto do Tabernáculo de Siló, que antes era a Tenda da morada do Deus Altíssimo, ser lançada ao abandono, e isto deu ensejo a que inimigos prevalecessem sobre eles. Os filisteus até destruíram o Tabernáculo e levaram a Arca co Concerto para suas cidades litorâneas, a leste do território de Israel. Sacerdotes foram mortos, e a partir daquela ousadia filisteia; mas o próprio Deus incumbiu-Se de vingar-Se dos inimigos(Cf Salmo 78:65), ao ponto de os que os venceram tivessem que devolver-lhes aquela Arca, devido a uma praga que lhes causava muitas dores e até morte os haver abatido, como uma forma do Senhor revelar-Se também àqueles .
Isto ocorreu por cerca de 1.141 AC.
Foi um longo período de erros, correções, arrependimento, reajustes e reatamento da Aliança com Yaweh, um aprendizado muito doloroso, que muitos custos causou ao povo eleito por Ele.
Depois de muito arrependimento, por fim, ao perdoar-lhes as idolatrias e os crimes de sangue, o Senhor Yaweh ainda lhes proporcionou um longo período de vitórias e de paz, a partir do reinado de Davi, um rei que soube governar de forma a permitir que Deus mesmo fosse o verdadeiro Rei sobre Israel.
Assim se desenvolveu a história do aprendizado no meio do povo do Senhor Deus. Uma história de muitos deslises, corrupção, quedas, castigos corretivos, seguidos de uma solução restauradora. Um processo penoso e de longos períodos de conflitos e confrontos em suas vidas, a priori com a finalidade de fazer o povo meditar, arrepender-se, chorar por suas culpas, e lamentar as consequências em seus espíritos, e serem novamente adotados por Deus como Seus filhos.
Aprendamos com as lições do Senhor sobre Israel.
Todos nós cometemos erros e acerto, mas quando erramos na vida em que deveríamos ser corretos para com Deus, temos que saber voltar para Ele com os nossos corações plenamente sinceros.
Asafe propôs que haja um ensino sistemático e constante para que desde criança os filhos sejam instruídos no caminho do Senhor Yaweh, a fim de que lhes sejam inculcados princípios que os conduzirão para uma vida melhor.
Todos precisam, afinal, conhecer acerca dos feitos maravilhosos que Deus fez no passado, através dos quais Ele mostrou o Seu poder a este mundo.
É muito melhor prevenir do que remediar, por isso, o conhecimento de Deus e das coisas atinentes a Ele têm que ser compartilhados de geração a geração. Não é preciso, por exemplo, que Ele tenha que abrir o Mar Vermelho novamente só para revelar-Se ao mundo. Isto Ele já fez, e está registrado nas Escrituras Sagradas. Quem quiser descrer, tem a liberdade de fazê-lo, mas quem crer receberá recompensas incomparáveis com as coisas que homens podem conquistar e usufruir. As Suas maravilhas do passado são apenas um aperitivo oferecido aos que hoje quiserem crer e desfrutar de bênçãos inéditas, dadas por Sua mão.
Os legados que os profetas, sacerdotes, juízes bíblicos e patriarcas nos legaram foram escritos da melhor forma de comunicação possível dentro dos padrões de suas épocas. Eles nos deixaram um material que nos revela ainda hoje como foram as experiências que tiveram junto ao Deus Supremo. São palavras que nos sinalizam como é o Senhor, como Ele atuou no passado e como podemos esperar que hoje Ele aja com relação a cada um de nós.
Esse legado é tão importante que não temos o direito de guardá-lo apenas para nós outros. As gerações o aguardam, ainda que alguns não o admitam, ou queiram desprezá-lo, mas sempre haverá quem creia piamente – e estes serão benditos eternamente.
Não se trata de apenas informar; temos também que participar do processo que irá formar e transformar vidas. Muito embora não sejamos nós senão apenas elementos que cooperam, apenas como instrumentos que podem dispor-se nas mãos do Todo Poderoso, nossa responsabilidade não cessa. Temos que passar adiante aquilo que Deus nos revelou.
Lembremos que a matéria mais importante a ser ensinada é aquela que Deus mesmo nos endereçou – é o ensino das melhores e mais úteis coisas que nos conduzem à vida eterna no Seu Reino de amor e luz.
Abramos os nossos ouvidos e corações; sejamos diligentes para recebermos e também para levar adiante aquilo que promete nos salvar nos momentos mais críticos e estratégicos da vida.
Qual é o dom de maior importância que recebemos de Deus, que não a vida?
Pois Deus nos amou ao ponto de dar a vida de Seu próprio Filho, afim de que possamos crer que temos um Salvador que doou a Si mesmo, depondo a Sua própria vida, para que crendo nEle tenhamos a Vida Eterna.
Quem deseja ter essa Vida Eterna precisa crer e investir nesta fé, agindo sob seu direcionamento, como estando sob nova direção, e se necessário, relegando e repudiando os atos que passarem a ser reprovados pelo Espírito de Deus.
O Filho de Deus nos estende a mão para que possamos sair da escala de valores distorcida e deturpada que este mundo nos oferece, para adentrarmos nesta Vida mais excelente desde já.
Você quer?
É preciso primeiramente crer.
Como manter essa fé, e alcançar essa vida mais excelente? Quais os passos que devemos dar para tê-la?
A resposta está em Jesus, que diz-nos que é preciso nascer de novo (João 3:3). É preciso nascer da água do batismo (sinal de arrependimento dos pecados), e do Espírito. O Espírito Santo está atento a quem realmente deseja ser um novo viajante na estrada que conduz-nos a Deus e à glória eterna, e preenche o vazio das almas dos fiéis, convencendo-os do pecado, da justiça e do juízo, intercede com gemidos inexprimíveis por nós, e presta um trabalho inestimável de Consolador.
Então a pergunta passa a ser: você já nasceu de novo? Se sua resposta é sim, louvado seja Deus. Pois então siga ao Bom Pastor, o Cristo, o Rei dos Reis, Senhor dos Senhores.
A Bíblia, em passo seguinte, deverá ser lida, estudada e conhecida para servir de manual que nos guia para essa viagem de cristãos.
Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ele é a Luz do mundo, a Porta do Céu, é o doador da água da vida que o Espírito Santo dá a quem crer e seguir o Mestre. Ele é o Messias, o Ungido de Deus que salva, cura e nos ensina a sermos agradáveis ao Pai Celeste.
Jesus convida o leitor a segui-Lo. Ele diz: – “Vem! – Vinde a Mim todos vós que estais cansados e oprimidos, e Eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e apendei de Mim que sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para as vossas almas, porque o meu jugo é suave e o meu fardo é leve.” (Mateus 11:28,29)
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