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SALMOS – LXXX – ANSEIO PELA VERDADEIRA LUZ

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julio 3, 2022 by Bortolato

Salmo 80

O que é da maior importância para a sua vida?

Esta pergunta certamente levará o leitor a fazer passar um filme em sua mente, no qual surgem vários enfoques. Em qual deles Vc se fixa mais?

Talvez seja a sua família… ou sua casa… filhos… sua carreira profissional… o seu ganha-pão… pelo menos um mínimo de conforto para viver… estes motivos realmente têm razoável importância…

Há também quem se preocupe mais com a sua conta bancária, ou com o andamento de sua empresa, seus projetos para o futuro, ganhar mais dinheiro, acumular riquezas, ser proprietário de vários bens, muitas posses…

Tudo isso aparentemente é muito bom, não é? Nem tudo, porém, que gostaríamos de ter pode ser a nossa prioridade, aquilo que é o nosso maior valor, aquilo que faz brilhar os nossos olhos só em imaginá-lo. Um exemplo é a ambição de ser detentor da maior fortuna deste mundo…

Vamos entretanto colocar os nossos pés no chão e encarar a nossa realidade. Não podemos ganhar o mundo inteiro; isto seria uma utopia que nos traria muito mais frustrações do que realizações.

Vamos e venhamos. Coloquemos os nossos pés em um mundo que esteja ao nosso alcance.

A vida de qualquer um de nós é cheia de altos e baixos. Não há como evitar – se subimos uma montanha, em algum momento teremos que descê-la para o vale. Isto é normal.

Os montes em geral são bem iluminados em seu topo; já os vales, estes mostram-se muitas vezes sombrios. Temos que saber lidar com estas ambas situações para não nos iludirmos demais com as altas montanhas galgadas, e por outro lado não nos deprimirmos quando vermos que nem tudo é iluminado de cor-de-rosa nos vales deste mundo.

O livro dos Salmos nos traz muitos enfoques para que os leiamos, e vejamos que mesmo para os maiores servos de Deus a vida lhes trouxe variadas circunstâncias, ora para bem e ora para lutarem contra o mal.

Se lermos a sequência dos Salmos 73 a 83, sentiremos que o espírito de Asafe, o seu autor, ora está muito bem, cheio de louvores a Deus, e ora ele estará travando uma luta constante contra situações estarrecedoras por que passou, juntamente com o seu povo.

Preliminarmente olhemos para a vida desse levita. Descendente de músicos renomados, o destacado salmista pertencente a uma tribo de Israel que teve dias extasiantes e gloriosos nos tempos de Davi e de Salomão (ambos somam oitenta anos de reinado, de 971 – 930 a.C.).

Oitenta anos de glórias , de fartura de bênçãos, de batalhas vencidas em seu favor, com muitas, mas muitas riquezas e muitas bênçãos provenientes das mãos de Yaweh; tudo lhes ia maravilhosamente bem.

Deus Se manifestava claramente no meio do Seu povo, enquanto o rei e os mais do povo eram fiéis a Yaweh. Os levitas, como era o caso de Asafe, cumpriam seu papel com muita alegria.

Mencionaremos algumas ocasiões dessas em que os levitas se regozijaram.

O dia em que o Templo em Jerusalém foi consagrado ao Senhor Deus de Israel, houve muitos louvores. Um som musical se emitiu que se podia ouvi-lo de longe, até mesmo por fora dos muros da cidade. Tocavam trombetas, cantavam em alto e bom som, acompanhados de címbalos e outros instrumentos musicais, comunicando que o Senhor Yaweh é bom e a Sua misericórdia dura para sempre, e… foi quando uma espessa nuvem encheu a Casa de Deus – mas era uma nuvem diferente, dotada de um brilho fantástico, que anunciava a presença do Todo-Poderoso, Criador, benfeitor e salvador do Seu povo.

Os sacerdotes não puderam suportar aquela glória impactante e tiveram que se retirar de dentro daquele lugar consagrado a Deus.

Trabalhar na Casa de Deus é um privilégio e uma grata alegria ao coração. A dinastia de músicos e cantores levitas tais como Asafe era de uma dessas abençoadas pessoas, de abençoados servos do Deus Altíssimo.

O tempo, porém, foi-se passando e os anos seguintes foram jogando aquela alegria para o passado, quando então este Asafe veio a viver dias que o impulsionaram a escrever o Salmo 80.

Este Salmo traz o retrato de um coração ansioso por novamente ver a luz da glória de Deus, mas em forma de lamento, pois que aqueles dias gloriosos haviam sido deixados para trás.

Pecados do povo e de seus líderes conduziram as pessoas a um desacerto entre estas e o Senhor, o Seu benfeitor que os escolhera dentre todos os povos para com as mesmas coabitar naquela faixa de terras deste globo.

Em 722 A.C. já Israel Norte havia sido deportado de suas terras, as quais noutros tempos consistiam uma terna herança que o Senhor lhes dera quando saíram do deserto da Arábia para conquistá-la.

Desde então foi-se o reino de Judá também se degradando, para provocar um desgosto no coração de Deus, o Senhor, de tal forma que tal situação tanto fermentou e cresceu, que não houve outro jeito senão deixar que o povo escolhido de Yaweh fosse abandonado à mercê de seus inimigos, pelo ano 598 A.C.

Jerusalém fora destruída, e com ela também o Templo que então era a Casa do Senhor, a joia mais preciosa que os judeus puderam ter em mãos por bom tempo, ali, juntamente com as suas casas, em Jerusalém.

Foi um desastre na história do povo judeu.

Famílias foram desagregadas, muitos foram mortos, tiveram suas moradas queimadas, saqueadas, totalmente destruídas.

Ao contemplar aquele cenários repleto de tristezas, a alegria fugiu dos olhos de Asafe.

Foi quando ele compôs este Salmo 80.

Como deixar de entrar em estado de profunda lamentação naquelas condições? Foi como que cair das nuvens e vir parar num contexto que lhe parecia um inferno. Cremos que por misericórdia divina, o levita foi transportado dali para as terras de Babilônia, para que o mesmo não tivesse que curtir longamente aquela visão que atormentava a sua alma todos os dias, implacavelmente, muito embora aqueles flashes estariam gravados em sua memória pelo restante da sua vida.

Tanto os assírios como os babilônios portaram-se como verdadeiros predadores assassinos.

Uma coisa porém Asafe deixa transparecer nessa peça literária: o maior problema não eram aqueles povos que se fizeram seus inimigos.

O desterro, o despojamento dos seus bens, a morte de muitos de seus entes queridos, e uma vida dali em diante a ser vivida carregando um fardo pesadíssimo para o seu coração, realmente eram desconcertantes – mas isso não era o principal, a coisa mais importante que se perdera naquele momento.

Asafe diagnosticou muito bem que os sintomas dos males não eram a raiz dos seus problemas, mas apenas uma ponta do iceberg.

Sua oração chama por algo que deixa transparecer aquilo que é de fato o principal, algo sine qua non, que deveras nunca deveria ter faltado: a bênção maravilhosa de ser iluminado pela luz do Senhor. O povo judeu havia perdido aquela luz. Aquela luz de Deus que brilhava em seus rostos era realmente a coisa principal, a de maior importância que alguém poderia ter; jamais deveria ter sido negligenciada e desprezada, como o fizeram os judeus.

Perder tudo daquilo que antes desfrutava: os bens materiais, a família, o seu status de conceituado levita, e até a sua liberdade eram coisas que, sem dúvida alguma, causaram muitos suspiros, lágrimas, lamentações e angústias em seu peito, MAS o que mais doía em seu espírito é que ele não mais veria o seu povo reunido, cantando louvores ali ao Deus que tudo fez por Seu Israel – ocasiões em que ele e todos os que entravam naquele espírito de adoração, podiam notar que um brilho de glória diferente se estampava nos rostos dos que os acompanhavam naqueles cultos. Aquilo sim, era arrebatador, bênção sem preço.

Aquilo sim, é que era vida. Israel então vinha com seus corações cativos e submissos àquela Fonte de venturas, ao Senhor Yaweh, portando-se humildemente diante do Doador de todas as boas dádivas, e Ele lhes presenteava com forças, saúde, proteção, e alegria sem igual.

Sim, o pecado é que foi o causador de toda aquela desgraça que lhes causava tamanhas dores no seu físico e na sua alma.

Aquele momento de insight desvendou de seus olhos um fato que antes muitos não viam: Israel não era fortíssimo carvalho, ou como um altíssimo pinheiro que de tão grande ninguém poderia cortá-lo e derrubá-lo por terra. Aquele estado de coisas deixou esta verdade bem patente aos olhos de todos que meditassem devidamente a respeito. De qualquer forma, porém, eles tinham que admitir que acabou-se-lhes aquela sua “Belle Epoque”…

Tiveram que concluir que o povo hebreu, na sua Terra Prometida, terra onde manava leite e mel, era, em vez de um todo portentoso cedro altaneiro, era como uma videira – uma planta frutífera da estatura menor que a de um homem, que dava frutos dulcíssimos, saborosos e desejáveis ao paladar – mas isto só foi possível enquanto vivia protegida pela sebe construída pelo próprio Deus Vivo.

O que aconteceu foi que, quando o Senhor retirou-Se dali, aquela cerca de anjos do Céu também se retiraram, e invasores vieram como um exército de javalis selvagens que chafurdaram em suas raízes, devastando e a devorando, provocando tremenda dor no coração do salmista – e a dor maior era não ter mais aquela cerca do Céu ao seu redor, que os iluminara com inigualável luz em seus corações de adoradores do magnífico Yaweh.

Este detalhe ficou claro aos olhos de Asafe. Este era o princípio, o fator motriz que dava força e falcultava ao povo produzir frutos saborosos para Deus, e em retorno receber o maná iluminado, oriundo das mãos divinas.

Era uma santa troca da energia do amor, o amor a Deus e o amor de Deus. Muito lindo, íntimo, muito coloquial, e ao mesmo tempo, que também se exteriorizava publicamente.

É por isso que a sua oração se inicia em forma de súplica ao Pastor de Israel, para que o Senhor Yaweh voltasse a cuidar da Sua vinha, como era antes. Por este motivo de fé é que Davi, em seu tempo, um dia escreveu o Salmo 23, que nos diz:

  • O Senhor é meu Pastor; nada me faltará.”

Se o Senhor nos falta, falta-nos tudo, e tudo nos faltará.

Como necessitamos ter o Senhor como nosso Protetor, Ajudador e grande Provedor de toda sorte de bênçãos materiais e espirituais.

Por isso é que Asafe encheu o seu peito de ar, o quanto pôde, para exclamar com toda a força de sua alma, buscando encontrar uma brecha no Céu e poder ser ouvido, mas o seu pedido prende-se ao seu principal anseio, o qual repete como um refrão de uma poesia escrita com sangue e com lágrimas:

” Restaura-nos, ó Senhor, Deus dos Exércitos, faze resplandecer o Teu rosto e seremos salvos.!” (versos 3, 7 e 19)

É a luz de Deus o nosso maior bem!

Foi esta luz de Deus que tanto Moisés queria ter contemplado e por isso pediu-Lhe humildemente, como um bom filho o faria, de forma mansa e ao mesmo tempo confiante:

  • Rogo-te que me mostres a Tua glória.” (Êxodo 33:18)

Moisés apegou-se tanto com o Senhor, que desejou vê-lo face a face, sua face humana diante da face de Deus, que é cheia do brilho de Sua glória.

É também aquela luz que Jacó tanto quis ter junto a si, às margens do rio Jaboque. Ele não viu Deus com toda a Sua glória, mas avistou-se com um anjo, o qual refletia parte do brilho da glória do Senhor.

O patriarca até foi ousado ao extremo, ao externar o seu desejo:

  • Não te deixarei ir, se não me abençoares…” (Gênesis 32:26)

Como se ele pudesse de fato impedir o Anjo do Senhor de ir-se… mas foi o Senhor que permitiu que ele se lutasse, com vistas a ser recompensado, recebendo a luz de Deus sobre si e sobre a sua família.

É aquela luz que encantou o coração de Pedro no Monte da Transfiguração, ao ponto de querer fazer três tendas, três Tabernáculos ali, e ter visto a glória de Jesus, que Se lhes mostrou com o rosto brilhante como o Sol e Suas vestes revelando uma brancura clara como a luz.

Eita glória essa, a de Deus! Moisés, porém, naquela oportunidade que teve de conversar com Deus no monte Sinai, na verdade não pôde ver o rosto divino, porque sua carne não o suportaria, mas hoje estou certo de que o seu maior desejo foi satisfeito diante do Tabernáculo Celeste e do Trono da glória de Deus.

Jacó teve uma leve amostra do peso dessa glória, quando foi tocado no nervo de sua coxa, a qual o fez manquejar – mas mancou feliz, ao encontro da vitória que lhe esperava ao sair do vau de Jaboque.

Também Pedro, Tiago e João caíram de bruços, tomados de grande temor, quando uma nuvem brilhante os envolveu naquele topo do monte, e ouviram a voz do Todo-Poderoso Pai Celeste, que Se dirigiu a eles com palavras. Parece-nos com a nuvem que os sacerdotes faziam, nos celebrados dias em que se procedia a Expiação Nacional dos pecados, quando entravam no Lugar Santíssimo, não sem antes fazer o incensário encher o recinto sagrado com uma cortina de fumaça que lhes embaçava as suas vistas dos olhos, e assim não podiam mirar Àquele que os esperava ali, para receber as intercessões pelo povo de Deus.

Saulo de Tarso também viu a luz de Jesus no caminho para Damasco. Tão grave foi aquela experiência, que ele ficou temporariamente cego, e assim ficou até que recebesse a oração de um cristão chamado Ananias, enviado por Deus para abençoar a sua vida.

O mais palpitante dessas histórias é sabermos que Moisés, Jacó, Pedro, Tiago, João e Paulo hoje desfrutam do maravilhoso brilho da luz de Deus, que ilumina todo o Tabernáculo Celeste.

Aquilo que eles não puderam ver enquanto em esta vida tornou-se-lhes uma extraordinária e grata realização.

Eles comemoram hoje o que é mais importante, o que é principal, Jesus em seus corações.

Às vezes sentimos que a nossa sebe foi quebrada, e somos obrigados a ter que engolir em seco uma realidade que nos diz que fomos destruídos por dentro.

Saibam todos, pois, que o mesmo princípio que levou a este feliz destino que hoje desfrutam os servos de Deus, está também ao nosso alcance.

O princípio é Jesus. Ele mesmo afirmou: – “Eu sou o Alfa e o Omega, o primeiro e o último, o Princípio e o Fim. Bem-aventurados aqueles que lavam as suas vestiduras no sangue do Cordeiro para que lhes assista o direito à árvore da vida, e entrem na cidade (a Nova Jerusalém) pelas portas.”(Apocalipse 22:13)

Asafe provavelmente não viveu o suficiente para poder testemunhar a restauração do antigo Templo de Jerusalém, como ele tanto anelava vê-lo – fato que depois de sua época ocorreu em c. 515 A.C. – mas é certo que em breve ele verá a Nova Jerusalém aqui mesmo, nesta Terra, e hoje já contempla uma inimaginável e fantástica visão da Sala do Trono do Senhor Yaweh, ao vivo, sem névoa ou fumaça que lhe embace os olhos.

As suas súplicas já foram atendidas no Céu, mas também serão respondidas em breve, tanto as dele como as de todos os que anseiam ver a luz de Deus aqui na Terra.

A chave para essa tremenda virada é Jesus, o Cristo, o Salvador e Senhor do mundo, o eterno Rei dos Reis.

Quem tem Jesus, tem a vida eterna e viverá para sempre na luz de Deus.

Jesus está hoje disposto a fazer brilhar a Sua luz em nossos corações.

Basta querer dar um start para que isto aconteça, e Ele o fará. Antes, porém, precisamos abrir a porta dos nossos corações para a Sua luz poder penetrar, curar-nos e tornar-nos plenamente realizados, como verdadeiros filhos de Deus.

Se este é o seu desejo, parabéns! Vc está então inserido no rol dos adoradores do Senhor que Ele fez de tudo, até derramar o Seu precioso sangue para estender-lhe a Sua salvação. Isto será a melhor coisa que acontecerá em sua vida; portanto, não tenha medo!

Jesus é o Caminho, a Verdade e a Vida. Só Ele tem o poder de nos tornar cidadãos do Seu Reino de Luz.

Venha a Jesus! Vc não se arrependerá!


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