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SALMOS – LXXXVII – JERUSALÉM, JERUSALÉM!

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agosto 14, 2022 by Bortolato

Salmo 87

Ao contemplarmos Jerusalém nos dias de hoje, podemos vê-la sob várias perspectivas.

Hoje quem a vê pessoalmente, ainda que à distância, se estiver a observá-la do lado de fora de seus muros desde o monte das Oliveiras, pelas manhãs, poderá notar que essas suas muralhas, ao serem banhadas pelo Sol, têm um aspecto ligeiramente dourado. Isto é um tom de beleza física que poucas cidades têm.

O porte físico, porém, não é o que enche de graça aquele lugar.

Há um estranho magnetismo que atrai muitas pessoas para estarem ali. Muitos são os que desejam vê-la de perto, adentrar por seus portões, e fazem isto com seus corações cheios de gozo.

Durante anos e anos múltiplas caravanas de peregrinos vindos de quase todas as partes do globo, viajam por horas a fio em busca de encontrá-la, só pelo prazer de poderem vê-la, tocá-la, e andar por suas, praças e prédios históricos. Há pessoas que têm isto como como alvo, um sonho a ser realizado, que perseguem com muita persistência.

Qual o motivo de tanto charme? Podem imaginar?

Realmente é uma alegria poder estar ali, junto a locais dentro dos seus muros e contemplar essas pedras magníficas, que são testemunhas seculares dos fatos que ali se passaram.

Já de há muito que profetas e salmistas tecem altos elogios a Jerusalém. De todas as cidade de Israel, é ela que é a mais falada, conhecida, e decantada em versos.

Então, o que significa esta cidade para o povo que viveu nela, ou simplesmente a visitou e sentiu o prazer de nela estar por algum tempo, ainda que por pouco ou exíguo tempo?

Vamos pois fazer uma ligeira escavação virtual na história dessa interessantíssima Jerusalém.

Um fato valioso a seu respeito é que ela foi escolhida por Deus para ali habitar juntamente com o Seu povo, povo de Sua propriedade, aos quais depositou a doce missão de estabelecer a sede do Reino Divino nesta Terra. Naquela ocasião, aquele povo era o povo hebreu.

Antes de tecermos comentários sobre o povo hebreu, vamos voltar no passado a tempos ainda mais remotos. Vamos viajar pela máquina do tempo até perto do ano 1.920 a.C., isto é, há cerca de 4.000 anos atrás.

Por aquela época Deus estava procurando alguém que Lhe prestasse verdadeira adoração, e Ele achou um homem – Abrão, e o seu nome passou a ser Abraão, pai de uma grande multidão de nações – com o qual desenvolveu um relacionamento de mútua confiança. Tamanha foi a amizade que Abraão se permitiu deixar brotar e cultivou junto a Ele, que chegou a negar-se a descrer da bondade e amor divinos, ao ponto de entregar-Lhe o próprio filho, Isaque, em um altar improvisado, para seu filho ser sacrificado em um monte que se localizava na terra de Moriá. No último momento, em que a adaga estava levantada, prestes a consumar o sacrifício, um anjo do Senhor o impediu, proveu-lhe um carneiro, e ainda o abençoou mais do que nunca. E

Aquele monte da terra de Moriá (em hebraico: “lugar escolhido por Yaweh”) ficou marcado por Deus. Anos mais tarde, por cerca de 980 A.C., o Senhor pediu a Davi que fosse ereto um altar na eira de Arauna, o jebuseu, que ficava também naquela terra; ali ficou marcado para ser o local de adoração a Yaweh, e em cerca de 959 A.C. Salomão terminou de edificar uma formosa Casa para o Senhor Yaweh.

Nesse meio tempo o povo chegou a entender que realmente Yaweh era o Deus que protegia o Seu povo dos seus inimigos, dando-lhes grandes livramentos através de juízes, profetas e reis que cooperariam apenas como Seus mandatários, que agiam em Seu nome.

Durante anos e anos o Senhor esperava de todo o Seu povo que viesse a Jerusalém para alegrarem-se com Ele em Suas festas anuais, onde Ele lhes derramava o Seu Espírito de louvor e gratidão, transformava-lhes os corações, perdoava-lhes os pecados e reconciliava-Se com Ele, e assim foi.

Infelizmente os pecados do povo se multiplicaram com tal insistência, que Ele, Yaweh, sentiu-Se mal compreendido, desrespeitado, depreciado e relegado a um segundo ou terceiro plano. As obras do povo de então O encheram de desgosto e nojo. Isto fez com que Ele Se retirasse da Sua Casa, deixando que a mesma fosse destruída, bem como a toda a cidade de Jerusalém. Este terrível fato chegou a ocorrer por várias vezes, na história de Israel.

Disse um dia Jesus: – “Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os que te são enviados! Quantas vezes quis eu ajuntar os teus filhos, como a galinha ajunta os seus pintos debaixo das asas, e tu não quiseste! Eis que a vossa casa vai ficar-vos deserta, porque desde agora vos digo que me não vereis mais, até que digais: Bendito o que vem em nome do Senhor!”(Mateus 23:37 a 39)

Hoje os seus muros reconstruídos ainda nos encantam, não tanto pela beleza física que nos apresenta, mas pela beleza espiritual, pois sua presença por si só já nos invoca memórias das maravilhosas manifestações que Deus um dia fez ali, e escolheu aquele lugar para comunicar-Se de maneira sem igual com homens nesta Terra.

Inegável é que Deus a tem como lugar especial em Seu coração, desde os tempos de Abraão, e Jerusalém terrestre sempre foi Seu projeto piloto de estabelecer uma cópia material e limitada do Tabernáculo Celeste e fazer nesta Terra sua segunda morada.

Sim, há uma Jerusalém terrestre e uma celeste, ambas são cidades do Grande Rei, o Senhor dos Senhores.

O Salmo 87 nos fala profeticamente da glória da Cidade de Deus. Eis aí o significado espiritual que a Jerusalém terrestre carrega em seu âmago e à tiracolo.

Quem tem olhos voltados para Jerusalém Celeste, ama, respeita, tem-na no mais alto conceito, e considera a terrestre como semente, ou melhor, uma amostra grátis da glória, riqueza e beleza que traz em suas mãos, e um dia haverá de ser mostrada ao mundo todo.

Esta cidade foi marcada como testemunha das obras de Yaweh, o Senhor dos Exércitos.

Nos tempos de Jesus o Cristo novamente houve mais problemas de solução de continuidade na pureza da fé no Deus Excelso, e os desvios comportamentais levaram o povo a comprometer a obra que o Senhor vinha fazendo entre eles.

Com a vinda de Cristo houve um período de grandes manifestações de milagres, curas, expulsão de demônios, em que a Palavra de Deus foi exposta de maneira mais esclarecedora do que nunca, trazendo um evangelho de grandes perspectivas, que gerou muitas esperanças a quem deu ouvidos à voz do Filho de Deus.

Jerusalém de então estava sob domínio romano, que nomeou regentes locais, reis herodianos; o Templo que Herodes, o grande, construiu foi muito impressionante em beleza exterior, mas a casta sacerdotal estava corrompida e vendida aos opressores.

O evangelho, apesar das condições espirituais tão decadentes, prosseguiu alcançando muitas e muitas vidas, porém quanto mais tomava vulto, mais açulava a inveja da elite sacerdotal e dos mestres da Lei.

Os discípulos de Cristo estavam admirados com o tamanho das pedras que compuseram o Templo da época, mas Jesus os advertiu que um dia toda aquela ostentação não sustentaria aquele edifício, de tal forma que não restaria pedra sobre pedra.

Por outro lado, Jesus disse um dia a Pedro que aquele discípulo seria uma pedra sobre a qual seria edificada a Sua Igreja (Mateus 16:18).

Pedro mais tarde compreendeu que ele fora apenas uma das pedras que se assentaram sobre a Pedra Fundamental – o Cristo – sobre a qual cada crente fiel é edificado (I Pedro 2:4-9).

Isto requer discernimento. Deus quer, sim, ter um povo santo junto a Si, ao qual Ele dará vida eternamente, constituindo para tanto, antes de tudo, um alicerce espiritual, preparando-nos para a chegada da Nova Jerusalém, uma preciosidade de edificação que dará espantosamente um brilho inédito e excepcional aos olhos dos que puderem contemplar a sua beleza.

Quando se dará a chegada dessa Nova Jerusalém a este mundo? Isto acontecerá no tempo do fim, depois que o mundo passar por muitas tribulações e todos os homens e mulheres forem submetidos a um julgamento diante do Trono Branco (Apocalipse 21:1-4).

Nova Jerusalém… quão estranha, misteriosa, grandiosa e alvissareira cidade! Quando se manifestará neste mundo o ápice de sua glória?

Ela será de aparência muitíssimo brilhante, como pedra de jaspe luzente, de alta muralha quadrangular. Tremendo é o seu tamanho. Com doze portas feitas de grandes pérolas, e a praça da cidade é de ouro puro, como de vidro transparente.

Nela não haverá qualquer maldição. Nela estará o trono de Deus e do Cordeiro. Os seus servos O servirão, contemplarão a Sua face e não haverá noite ali. (Apocalipse 21:9-27)

A Revelação de Apocalipse a João traz as palavras de bênçãos aos que esperam fiel e ansiosamente pela vinda do Cordeiro, para que lhes assista o direito à árvore da vida e entrem na Cidade pelas portas. (Apocalipse 22:14)

Outrossim, há também uma palavra de advertência: –

Fora ficam os cães, os feiticeiros, os impuros, os assassinos, os idólatras e todo aquele que ama e pratica a mentira. “ (Ap. 22:15)

Se hoje podemos conhecer a Jerusalém terrestre, somente conhecerão a Celeste aqueles que seguem fielmente ao Cordeiro, Jesus, o Filho de Deus, Aquele que foi morto para nos salvar dos nossos pecados, e nos franquear a entrada nesta Nova Cidade Santa.

Hoje ainda não se manifestou esta glória que vem do Céu, mas poderemos partilhar progressivamente desta bênção à medida que nos tornarmos e formos transformados pelo poder do sangue de Jesus o Cristo.

Daí a necessidade de tomarmos a decisão firme de seguirmos o Filho de Deus e para sempre seremos bem-aventurados cidadãos do Reino dos Céus nesta Terra.

Segui-Lo é viver vida de arrependimento dos males que tivermos feito, passarmos a ter nova vida com muito amor a Deus em nossos corações, e em tudo sermos sinceros – orando com fé, vigiando, crendo e confessando a verdade que é Jesus, o nosso Salvador.

Confiemos nEle. Ele prometeu que virá logo para buscar aos que forem Seus.

Sejamos Seus discípulos. A glória dos Céus nos espera com avidez. Vamos a Jesus, o Filho de Deus! Tenhamos cravados em nossos corações o passaporte de cidadãos do Seu Reino dos Céus, e sejamos felizes eternamente!

Louvado seja Deus!


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