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SALMOS – VI – VOLTEMOS À FONTE DE PAZ

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septiembre 28, 2020 by Bortolato

Salmos capítulo 4

Uma única oração a Deus poderá mudar tudo na vida? Realmente, isto pode acontecer, e é um fenômeno que já aconteceu muitas e muitas vezes na vida de alguns; os seus testemunhos são marcantes e constantes, aqui, ali, além, e em toda parte, alegando que tudo começou por meio de uma simples oração; mas ocorre que a vida continua, e as dificuldades não cessam de surgir à nossa frente. Outros desafios surgem, outras surpresas, que exigem muita atenção. O melhor que podemos fazer depois de sermos visitados pelo Senhor em uma específica oração, é voltarmos a orar, buscando a face de Deus – até que sejamos ouvidos.

A bondade do Senhor se manifesta na vida de todos os que O buscam, sem dúvida alguma.

Com Deus, entretanto, não devemos ser imediatistas e nem exigirmos ser respondidos quando bem desejarmos, aqui e agora, almejando apenas sermos ouvidos por Ele em uma única oração, porque há um crescimento da alma sempre, a cada vez que nos achegamos à Sua presença – e isto é que se chama de enriquecedor, termos o Senhor continuamente ao nosso lado. Este processo é contínuo, dinâmico, e incessante, verdadeiro tesouro celeste disponível para os que creem.

Se já temos orado, e recebemos uma resposta do Céu, que saibamos também que isto é apenas o começo de um longo relacionamento que Deus quer manter conosco, mas que só terá continuidade se nós atinarmos para este fato, e decidamos manter e cultivar essa relação de amor e cumplicidade com Ele.

O que Vc acha de investir nessa busca, procurando sempre gastar parte do seu tempo para estar perto de Deus? Não tem tempo para Ele em seu viver? O tempo é algo que a gente faz, organizando bem as nossas agendas… vale a pena procurarmos nos encontrar com Deus, uma, duas, três… infinitas vezes, sempre, até o fim de nossas vidas.

Buscar a Deus não é algo cansativo, mas muito pelo contrário! Como poderemos nos cansar de Quem nos faz sentir socorridos em horas difíceis, e extremamente amados nas horas em que nos sentimos bem, ao Seu lado?

Na verdade somos nós que precisamos que o Senhor esteja sempre conosco, sempre fazendo parte de cada detalhe e em cada momento de nossas vidas. Como assim? Como acrescentar Este Senhor dentro de nossos espíritos, a cada instante? Então vejamos.

Assim como temos olhos para vermos, ouvidos para ouvirmos, mãos para trabalharmos, e pernas para caminharmos, assim é que Deus se faz presente em nosso dia a dia. Alguma vez já se cansou de ter olhos, braços, mãos ou pernas, e quis desfazer-se destes? Os cegos, os manetas e aleijados que o digam o quanto suspiram pela falta que esses itens lhes fazem!

Sim, o nosso Deus faz muita diferença em nosso viver. Quem já O sentiu de perto, exalando o Seu amor como um perfume suave, certamente desejará sempre voltar a senti-Lo, assim como alguém que tem sede e sabe onde achar a fonte das águas para beber e saciar-se.

No Salmo 3 percebemos que este nos conta uma renovação da experiência que Davi teve com Deus ao seu lado, em uma circunstância desesperadora. Foi quando o salmista se sentia angustiado, como se estivesse dentro de uma câmara de torturas, onde o espaço vai ficando cada vez mais apertado, chegando a sufocá-lo pela falta do ar necessário à sua respiração.

No Salmo 3 vimos que de repente o salmista fez uma oração com o seu coração aflito, e quase que imediatamente o Senhor lhe responde, e faz cair sobre o Seu servo uma paz milagrosa, como um manto que lhe envolveu, aquecendo o seu espírito. Isto fez com que os seus companheiros ao seu redor ficarem admirados. Em vez de um rosto estressado, nervoso e inquieto, de alguém que esperava pelo pior, aqueles que o acompanhavam notaram uma repentina e nítida transformação que fez Davi parecer-se com uma criança que parou de chorar porque então se aninhava no colo de seu pai, que o embalava ao ponto do sono da noite chegar-lhe com uma agradável e calma onda do mar chega até a praia. E foi uma noite tranquila para Davi. O mundo parecia querer desabar-se sobre a sua cabeça, mas paradoxalmente ele pôde gozar de admirável serenidade. Dormiu como uma pedra, porque o Senhor estivera ao seu lado, o tempo todo.

Davi conhecia o seu Deus, que tem todo o poder de desbaratar exércitos e abalar as estruturas de seus inimigos. Nos confrontos com inimigos em campos de batalha, o Senhor sempre o fez prosperar e ser vencedor, fossem quantos fossem aqueles que o odiavam, e isso não poderia ser esquecido, mesmo quando as provações aparecem querendo assustar-nos como fantasmas.

Não porque Davi fosse perfeito em tudo quanto tinha feito, e ele bem sabia disso, bem como também sabia que as misericórdias do Senhor já haviam aliviado a sua alma, perdoando todos os seus pecados. Isto é realmente confortante.

Então passou-se a noite e chegou o dia seguinte. Um outro dia veio, no qual o sossego e as esperanças recebem um choque de água fria, frente aos desafios que têm de ser enfrentados. Um corre-corre daqui para acolá, de gente que vai e vem sem parar, ouvem-se gritos apressando a soldadesca a se aprumarem com rapidez, porque era patente que eles teriam um longo e estressante dia à sua frente.

Davi tinha que organizar as suas tropas, que eram numericamente muito inferior ao número dos que vinham ao seu encalço. Ele teve que falar seriamente com um e com outro; contou os seus homens e os dividiu em três grupos. Joabe e Abisai, seus sobrinhos guerreiros, ficaram encarregados de chefiar dois desses pequenos batalhões, e o geteu Itaí, recém-chegado para somar-se às tropas do rei, ficou com o terceiro.

Como teria sido difícil preparar as suas tropas para combater contra os seus próprios irmãos, israelitas, que ainda, por cima de tudo, fizeram-se inimigos seus por causa do próprio filho de Davi à frente destes, movendo-os com fúria assassina a uma guerra que nunca deveria ter começado…

Mas o que mais a fazer? Muitas vezes temos de fazer o que temos de fazer, mesmo a contragosto, mas se podemos contar com o Deus dos Exércitos, como não confiarmos? Se confiamos nEle, e entregamos o nosso fardo em Suas mãos, Ele intervirá e fará tudo por nós.

Aquele combate iminente se daria durante o transcorrer daquele mesmo dia.

Passadas as recomendações aos seus companheiros, Davi deixou tudo nas mãos de Deus, e aos seus generais deixou o encargo de tomarem as decisões estratégicas julgadas corretas ou as mais adequadas para cada momento da peleja.

No versículo 1º deste Salmo 4, vemos que Davi tornou a fazer uma oração. Novamente, o Espírito de Deus o visitou, fazendo-o desfrutar de uma indescritível alegria. Até parecia que Davi teria ficado louco… mas ele estava como que nadando nas nuvens, pois ninguém que se encontra com o Deus de Abraão, Isaque e Jacó tão de perto, deixa de ficar extasiado.

O nosso Deus nos proporciona alegrias mesmo diante de tribulações, quer as dificuldades continuem a levantar-se, ou não. É uma alegria que transcende a todo o rebuliço que este mundo nos apresenta. Aquele que simplesmente crê no Senhor, já tem esta recompensa à sua fé, mesmo antes que a sua batalha se tenha iniciado.

Quer desfrutar dessa paz do Senhor? O primeiro passo a ser tomado é consentir em abrigar a fé no Deus Vivo em seu coração, e uma vez preenchido este requisito, passamos à oração. Orar, tornar a orar, e orar quantas vezes for necessário, até que seja alcançada essas paz maravilhosa.

A fé inicial pode até ser pequena demais para superar o tamanho dos obstáculos que se interpõem à nossa frente, mas quando alguém toma a atitude de colocá-la em ação, esta fé já começa a crescer, e crescer a cada oração… é como tomar um remédio do tipo de antibióticos: temos que ingerir várias doses, seguidamente, em horas próprias, até que este surta o efeito esperado. Não devemos desrespeitar os horários indicados, e nem interromper ao tratamento, a fim de não comprometermos a cura desejada. Orando sempre, sem desanimarmos, sem solução de continuidade, a cada oração feita, a fé vai-se fortalecendo até agigantar-se.

Vc nunca ouvi falar que… muita oração, muito poder; pouca oração, pouco poder; nenhuma oração, nenhum poder?

Nas horas difíceis nada poderemos fazer antes de orarmos, mas como tudo é dado ao que crê no Deus dos Exércitos, tudo passa a ser possível depois que oramos.

Depois que Davi fez esta oração que consta no verso primeiro do Salmo 4, novamente o poder do Alto enche o seu coração, e ele então passou a professar a sua fé, fazendo uma declaração que teria sido dirigida aos seus inimigos, repreendendo-os com firmeza, mesmo que estes não estavam ali, junto à sua presença. Isto parece até ser uma loucura do homem de Deus, mas trata-se de uma determinação ousada, que brinda o espírito de quem a recebe pela fé, e o que vale é que de fato funciona.

Davi sabia que o seu Deus já o havia abençoado, mesmo que ainda não tinha recebido uma constatação material, da realidade dos fatos à sua mão. Isso viria depois, com toda certeza.

O Senhor me ouve quando eu clamo por Ele…” (Sl. 4:3)

Irai-vos mas não pequeis…”(4:4)

Esta certeza de haver logrado o favor do Senhor estava, pois, bem firme em seu espírito, mas Davi percebeu que os seus comandados também necessitavam receber a mesma injeção de fé, antes de partirem para a luta.

Muitas lutas exigem forças, preparo, e bastante energias, a fim de não esmorecermos em meio ao combate que muitíssimas vezes é cruel. Tendo em vista esse fato, Davi então exortou os seus, dizendo-lhes para serem diligentes, fortes e corajosos, pois o Senhor ia com eles.

Há muitos que dizem: quem nos fará conhecer o bem? Senhor, levanta sobre nós a luz do Teu rosto”…

Esta bênção é do tipo sacerdotal, modelo da que foi recebido por Aarão, conforme Números 6:24-26.

Davi então repassa aos seus a experiência espiritual em que fora fortalecido.

Mais alegria me puseste no coração do que a alegria deles, quando lhes há fartura de cereal e de vinho”. (4:7)

Para finalizar sua proclamação de fé, Davi ainda faz lembrar que ele dormiu bem naquela noite, o que viria a repetir-se novamente, na noite seguinte, e noite após noite…

Em paz me deito e logo pego no sono….”!

Agora vamos descrever como tudo se deu depois disso.

Como, pois, seus soldados lograriam vencer o numeroso exército que lhes viria ao encontro? Creio que nem Joabe, nem Abisai e nem Itaí sabiam o que estava para acontecer, porque eles foram com a cara e a coragem, para o que desse e viesse. Criam em Deus, criam que estava fazendo a coisa certa, e isso lhes bastava.

O confronto se deu no bosque de Efraim, dentro do território de Canaã, e o detalhe que destacamos foi que os homens de Absalão sentiram, nos primeiros encontros do combatentes, que havia um poder estranho que os estava ferindo um após outro, e deveriam fugir da luta em uma corrida desenfreada – foi o bastante para que o próprio bosque viesse a matar mais do que os que foram mortos pela espada dos homens de Davi. Vinte mil israelitas caíram naquele dia, e o próprio Absalão, ao tentar fugir no calor da peleja, foi apanhado de surpresa por um galho de carvalho, onde os seus longos cabelos com tranças se enroscaram, de forma que o seu jumento foi-se embora, e o filho do rei ficou preso ao mesmo, suspenso no ar, sem condições de poder dali sair. Joabe foi avisado e o alcançou, e ordenou que fosse imediatamente executado, o que, uma vez feito, lançaram o seu corpo em uma grande cova naquele mesmo bosque.

Como vemos, nem tudo foi como Davi queria que fosse, se considerarmos o coração de um pai que amava aquele filho, mas não houve jeito. Pensando bem, aquele filho rebelde não teria mais condições morais de conviver pacificamente com seu pai, e continuaria a causar-lhe problemas, e o Senhor tratou de retirar essa pedra de tropeço do caminho do rei ungido. Davi teve que suportar a dor da perda de Absalão, um jovem príncipe, tão bonito, forte, fisicamente, sem um só defeito, cuja aparência se destacava diante de todos os que o viam. Mas as aparências não são tudo na vida…

Houve, então, uma tristeza mui aguda no coração de Davi, devido à perda de seu filho, a qual ele só pôde superar com o tempo, mas ele teve de atinar para o fato de que Deus o havia livrado de uma morte terrível, que haveria de trazer graves problemas para o povo de Israel e Judá. Continuando vivo, Davi ainda pôde combater outro inimigo, que foi liderado pela sedição de Seba, e sair-se vencedor mais uma vez.

Depois disso, Davi ainda pôde comprar a eira e o monte Moriá, das mãos do jebuseu Araúna, e ali destinar o lugar onde o Templo do Senhor haveria de ser edificado, deixando muito material de construção de alto valor para que Salomão, seu outro filho que o haveria de suceder poder levar a cabo este projeto: uma casa para glorificar ao Deus Yaweh dos Exércitos!

Quantas orações fez Davi ao Senhor, e como foi atendido! Em uma dessas orações, quando Davi tencionava construir o Templo de adoração a Yaweh, o Senhor lhe responde que, embora não pudesse ser feito assim nos seus dias, nos dias de seu filho Salomão, a Casa de Deus seria enfim erguida. E mais do que isto, um dia um descendente davídico haverá de assentar-se no trono de Jerusalém, e seu trono será firme para sempre. (II Samuel 7:16).

Hoje sabemos que esse descendente de Davi, que haverá de reinar sobre a Terra com firme e inabalável cetro real, é Jesus, o Cristo.

Jesus já veio, nascido de Maria virgem, conforme a profecia de Isaías 7:14; nasceria em Belém, conforme a profecia de Miqueias 5:2; foi morar em Nazaré e em Cafarnaum para cumprir o que disse Isaías em Is. 9:1-2; operou tantos milagres, ao ponto de livros não poderem conter a narração de todos, conforme João 21:25; foi morto para pagar pelos nossos pecados, conforme Isaías 53:5-6; ressuscitou ao terceiro dia, conforme Ele mesmo o havia predito, e Isaías 53:10 também o predisse, e segundo a narrativa dos quatro evangelistas que escreveram sobre sua vinda; mas ainda profetizou que voltará, a fim de trazer juízo e justiça sobre a Terra; está para se manifestar dentro em breve. Que Ele nos encontre fiéis e sempre firmes nas orações.

Jesus orava muito ao Pai, e nos ensinou também como orarmos, dirigindo-nos a Deus de uma fórmula muito linda e de um cunho íntimo como de uma família:

Pai nosso, que estás nos Céus, santificado seja o Teu nome, venha o Teu reino; seja feita a Tua vontade assim na Terra como no Céu. O pão nosso de cada dia nos dá hoje; perdoa as nossas dívidas assim como nós perdoamos aos nossos devedores; e não nos conduzas às tentações, mas livra-nos do mal, porque Teu é o reino, o poder e a glória para sempre. Amém!” (Mateus 6:9-13)

Oremos a Ele, reverentemente, com fé, e Lhe sejamos Seus seguidores, Seus discípulos, e amigos, pois teremos uma grande recompensa a cada oração que Lhe dirigirmos assim.

Deus os abençoe.


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