SALMOS – XCI – PAZ E PROTEÇÃO SEM FIM
Comentarios desactivados en SALMOS – XCI – PAZ E PROTEÇÃO SEM FIMseptiembre 2, 2022 by Bortolato
Salmo 91
Quem não deseja ter uma casa onde possa morar com segurança, em um ambiente onde reina profuso amor? Isto significa viver em harmonia com seus pares, ter equilíbrio suficiente para anular com classe as investidas de inimigos, e receber constantes provisões que descartem a fome e os rastros efeitos de uma guerra.
Seria isto uma utopia?
Realmente, para conseguirmos alcançar tal status na vida, será preciso que tenhamos uma forte ligação com alguém muito poderoso, pois os perigos e as ameaças que perambulam neste mundo são muitos. Quem nos defenderá?
Esta é a razão porque as nações buscam manter um exército, e um time policial competente e eficaz. Infelizmente o mal existe, e está ativo neste mundo.
Individualmente, algumas pessoas tentam construir verdadeiras fortalezas em suas casas por este mesmo motivo. Anseiam por blindarem a si e aos seus.
A pergunta é: – Quem poderia dar garantias de oferecer um infalível serviço de segurança? Podem até reforçar a nossa guarda, mas não vemos nenhuma opção séria de absoluta, completa e impenetrável segurança neste mundo, principalmente quando vemos que as instituições estão falhando.
A propósito: haveria alguém que, sendo cercado por bombardeios, resistiu incólume e venceu a todos quantos lhe ofereceram oposição acirrada?
Poderíamos mencionar nomes tais como o general Charles De Gaulle, ou sir Winston Churchill, que na Europa resistiram bravamente ao nazismo na Segunda Grande Guerra.
No Brasil temos em boa memória o Duque de Caxias, Luís Alves de Lima e Silva, que enfrentou várias guerras defendendo a nação brasileira nos períodos colonial e imperial.
Contudo, tanto as Forças Aliadas da Segunda Guerra, como o exército de Caxias sofreram graves perdas militares, de modo que a sua proteção não pôde blindar a todos os cidadãos de sua época. Na verdade, TODOS os grandes impérios da antiguidade sucumbiram, apesar de haverem logrado o topo do poder terreno por uns tempos.
Lembramos ainda um nome famoso: o rei Davi. Este senhor foi muito bem sucedido em todas as batalhas que veio a enfrentar em Israel, entre os anos 1010 e 971 A.C.
Esses paladinos da justiça e da ordem foram, em linhas gerais, bem sucedidos, mas se nenhum deles teria o condão de evitar que acontecessem algumas perdas, apesar de seus esforços, onde poderemos encontrar o alicerce que nos trará o equilíbrio ou ao menos a sensação de segurança?
Em outras palavras, quem poderá garantir que a sua casa não será alvo do ataque inimigo?
Voltando-nos à Bíblia, quando folheamos suas páginas até o Segundo Livro dos Reis, encontramos a menção de um episódio vivido por um profeta de Yaweh, chamado Eliseu. Certa vez, calculamos que em 872 A.C., ele fora cercado por tropas inimigas que vieram dar de encontro com a sua casa. Através das armas bélicas ou da proteção dos exércitos de Israel ele não teria condição alguma para deter aquela manobra ameaçadora, mas…
Aconteceu que Eliseu foi protegido pelas forças do Céu, do Senhor dos Exércitos, que lhe enviou anjos e carros de fogo para intervir naquela situação. Como resultado disso, aquela tropa inimiga foi ferida de cegueira temporária, conduzida a Samaria, para se renderem incondicionalmente. Mais interessante foi o fato de que tais invasores foram perdoados, alimentados e enviados de volta para o país de origem. (II Reis 6:8-23)
Daí em diante, não houve mais investidas daquela nação inimiga contra Israel por bom tempo.
Então chegamos ao cerne da questão: existe uma ação protetora para todos quantos houverem desenvolvido uma íntima comunhão com o Deus Yaweh? Se isto é assim, isto é fantástico!
Isto realmente existe? Sim, existe. O autor do Salmo 91 é claro e decididamente a favor desta total proteção – pois que dada por Deus.
“Aquele que habita no esconderijo do Altíssimo, à sombra do Onipotente descansará.”
“Direi do Senhor: Ele é o meu Deus, o meu refúgio e meu baluarte; nEle confiarei” (versos 1 e 2).
Há no entanto uma condição sine qua non para sermos seguros pela mão de Deus: Ele ser o Senhor (Yaweh),o meu Deus.
Neste Salmo ficam estampados vários perigos e ameaças: laço de caçadores, peste perniciosa, terror noturno, seta que voa de dia, peste que se propaga na escuridão, mortandade que assola ao meio-dia.
O termo laço do passarinheiro denota figuradamente que há, neste mundo, uma plêiade de armadilhas que, quando atacam o viajor, surpreende com desastres inesperados: incêndios, enchentes, aluviões, terremotos, enfermidades, e coisas do gênero, que perturbam a ordem e o curso natural dos acontecimentos. Os noticiários da mídia sempre estão atentos e relatam esses fatos frequentemente, que se passam ao redor deste mundo.
Realmente precisamos de uma proteção muito vigilante e poderosa para ficarmos a salvo dessas desditas, das quais tomamos conhecimento através das informações recebidas.
As pestes perniciosas consistem em pragas que assolam neste mundo. Epidemias e pandemias têm sido um motivo de preocupação de nações, de tal modo que muitos chegam a pensar que não subsistirão à sua ação. A gripe espanhola foi um desses casos; a síndrome do vírus Covid19, outro.
Quanto ao terror noturno, é notório que as trevas da noite fazem uma espécie de cobertura para que ladrões, assassinos e malfeitores se sintam mais à vontade para exercerem suas atividades funestas.
Seta que voa de dia traz em seu significado as guerras. Muito embora os tempos atuais aparentem trazer ao homem uma proteção mais firme do que a dos tempos antigos de conflitos globais, ainda hoje temos ciência de que guerras e ameaças de guerras estão perambulando e estourando aqui e ali, neste planeta.
Peste que se propaga na escuridão traz as enfermidades contagiosas para o cenário das trevas da noite, associando essas doenças ao elemento surpresa, que as torna potencialmente mais perigosas.
Mortandade que assola ao meio-dia já envolve males que nem se dão ao luxo de buscar as trevas para encobrir suas ações.
Assim, vemos que perigos estão à solta, ao redor deste mundo, e o anseio dos seus habitantes é por acharem alguma maneira de ficarem isentos dessas calamidades.
Há, pois, uma certeza de segurança, a qual fica bem retratada quando é afirmado que: poderemos ser rodeados desses males, mas teremos paz, de tal forma que não seremos atingidos por seus golpes fatais. Veremos mil mortos à nossa esquerda, e dez mil à nossa direita, enquanto estaremos incólumes.
Isto é forte demais. Garantia de vida, frente a uma grave ameaça de vida! Quem pode nos oferecer tal coisa?
O segredo reside em uma atitude que enfoca o ponto essencial em que se localiza esta segurança:
“Pois disseste: – O Senhor é o meu refúgio – fizeste do Altíssimo a tua morada. Nenhum mal te sucederá, nem praga alguma chegará à tua tenda”. ( versos 9 e 10)
No lugar onde habita Deus há também espaço para morada dos anjos. Anjos guerreiros e mensageiros que recebem as ordens do Todo-Poderoso para nos guardar em todos os caminhos por onde formos. A Bíblia menciona que existem milhares de milhares de carros de guerra a Seu dispor (Salmo 68:17) e número dos anjos é de milhões de milhões e milhares de milhares. (Apocalipse 5:11)
A promessa é de que esses anjos nos susterão com suas mãos, a fim de não sofrermos queda alguma.
Vale, porém, frisar que não se trata de um contrato de ampla e irrestrita proteção sob quaisquer condições. As cláusulas das benesses deste contrato não contemplam abusos que põem em risco a segurança.
Vamos exemplificar, para melhor entendermos.
Ao ser tentado no deserto, Jesus foi levado ao pináculo do Templo de Jerusalém, no ponto mais alto do muro, onde Satanás O tentou para que dali se atirasse abaixo, mencionando as palavras deste Salmo, sugerindo que os anjos cuidariam para que Ele não se machucasse na queda (Sl. 91:11, 12). Sugestão maligna, que insinua que Deus daria ordens para que aquela descida fosse suave como o voo de uma pluma, o que teria sido uma insensatez, visto que apesar de que Jesus era Deus Filho, Ele veio em carne, era também o Filho do Homem, pois tinha assumido a forma humana, a qual tem muitas limitações, e exigir que o Pai O amparasse naquele mergulho sem nenhuma utilidade ou necessidade que o justificasse, teria sido uma ultrapassagem indevida da linha que havia entre a sanidade mental e a loucura.
É isso o que Satanás deseja fazer com todos: levar-nos à loucura que não tem nenhum respaldo nas promessas de Deus.
“Jesus lhe respondeu: – Também está escrito: – Não tentarás ao Senhor, teu Deus”. (Mateus 4:5-7, mencionando Deuteronômio 6:16)
Prosseguindo, vem então uma palavra neste Salmo faz o inferno tremer atônito:
“Pisarás o leão e o áspide; calcarás aos pés o leãozinho e a serpente” (versos 13).
A Bíblia mesma decodifica a mensagem que está subliminarmente embutida nestas palavras. Na carta escrita pelo apóstolo S. Pedro, capítulo 5, verso 8, fica exposta a figura do diabo, que, como um leão rugindo, busca a quem possa tragar. E quanto à serpente, esta figura é muito antiga, que remonta desde ao dia da tentação no Éden. Apocalipse 12:9 e 20:2 já identifica a serpente com o diabo, que será lançado no lago de fogo e enxofre, onde arderá para sempre (Apocalipse 20:10).
Quando um crente fiel e convicto o repete com atenção e aplica seu coração a crer nestas palavras deste Salmo, as forças do mal ficam muito incomodadas. Seria como se nós estivéssemos na arena do Coliseu para sermos mortos, e antes que houvesse o massacre esperado, de repente entrasse ali uma milícia celestial de armas em punho para lutar em nosso favor.
Demônios não terão outra alternativa: tentarão blefar, e procurar desacreditar das forças do Céu, mas logo depois de alguns momentos do combate, terão que se por em fuga. A bandeira de Yaweh jamais conheceu uma derrota.
Satanás irá, como um promotor público, tentar acusar-nos de todas as maneiras, procurando uma forma de romper com essa fortíssima proteção que temos com os anjos de Deus, e perguntará: – “Qual o motivo desse tamanho de bloqueio que me impede de agir contra esse reles pecador?”
A razão está nas palavras do verso 14:
“Por que tão encarecidamente Me amou, também Eu o livrarei; pô-lo-ei num alto retiro, porque conheceu o Meu Nome.”
Isto é uma enormidade de promessa, mas não significa que tudo sempre assim se dará automaticamente, pois neste mundo é certo que teremos aflições. Até o Filho de Deus as teve, mas Ele nos incentiva a não desanimarmos, porque Ele venceu o mundo, e nos mostrou como nós também deveremos nos haver para sermos vencedores.
Jesus orava muito. Fez quarenta dias em jejum e orações; por vezes passava a noite em claro, orando. Nós também podemos ter esta chave bendita que abre portas e ninguém fecha; e quando fechamos, ninguém as abre – através da oração (Apocalipse 3:7).
“Ele me invocará, e Eu lhe responderei; estarei com ele na angústia, livrá-lo-ei e o glorificarei.”
Mais uma promessa é dada aos crente fiéis. Teremos lutas, sim, mas teremos também vitórias; e com lutas e tudo o mais, ainda que estas venham com alguma frequência, há uma bênção de vida longa para termos tempo de podermos viver para honrar e magnificar o Santo Nome.
“Dar-lhe-ei abundância de dias, e lhe mostrarei a minha salvação.”
Depois de tudo isso, o Céu também.
Como será doce ouvirmos as palavras de Jesus, que será dirigida a nós, que O recebemos tal como Ele é, e O servimos com alegria, e a Ele nos apegamos.
“Vinde, benditos de Meu Pai; possuí por herança o Reino que vos está preparado desde antes da fundação do mundo…” (Mateus 25:34)
Se o estimado leitor não se sente inserido dentro deste rol dos que serão maravilhosamente contemplados desta maneira por Deus, não se deixe acomodar com esta situação. Está aberta, neste momento, a oportunidade que poderá ser sua também.
Receba com alegria o Filho de Deus em sua vida. Ele veio para Vc também, e seria uma perda enorme se Vc ficasse de fora desta bem-aventurança.
Creia. Jesus é fiel, Ele não mente. Achegue-se a Ele. Comece com uma oração. Peça-Lhe que perdoe os seus pecados, lave-o e purifique-o. O sangue que Ele derramou quando de Sua condenação à morte nos garante o indulto divino.
“E eles o venceram (ao acusador de nossas almas) pelo sangue do Cordeiro e pela palavra do Seu testemunho, e não amaram as suas vidas até a morte” (Apocalipse 12:11).
Vamos a Jesus. Ele tem o poder de nos defender de todo o mal, principalmente do mal eterno.
Um abraço. Deus o abençoe.
Category BÍBLIA, LIVROS POÉTICOS, SALMOS | Tags: Churchill, Eliseu, forças, garantias, Gaulle, infalível Grande Guerra, Jesus, pertdas, Samaria
Comentarios desactivados en SALMOS – XCI – PAZ E PROTEÇÃO SEM FIM
Sorry, comments are closed.