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SALMOS – XCVII – A QUEM PERTENCE ESTA TERRA

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octubre 14, 2022 by Bortolato

Salmo 96

Hoje vemos potências políticas e econômicas erguerem suas vozes e estratégias a fim de obterem o poder capaz de dominar todos os povos ou, pelo menos boa parte destes.

Este filme é antigo, mas continua ainda rodando pelo mundo, assumindo formas diferentes das já usadas até o momento.

Já temos conhecimento acerca do Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma, a França de Napoleão, a Alemanha de Hitler, e hoje ouvimos falar de outras potências que se julgam capazes de dominar o mundo…

Esquecem-se de que o único capaz de dominar este mundo, fazendo pevalecer a justiça e a equidade não é um homem, e sim, Deus, Aquele que criou os Céus e a Terra.

Homens pensam em democracia, ou ditadura, presidência ou parlamentarismo, capitalismo, socialismo ou comunismo… tudo isso já é velho, esse filme já passou e não teve um final que agradasse totalmente a Deus. Tanto é assim, que vivem mudando formas de governo, e leis que se alternam entre justas e injustas. É uma constante disputa, competição que pode chegar a guerras, e muito sangue derramado injustamente.

É preciso parar para pensar: a quem pertence esta Terra, afinal? Certamente é propriedade de Quem a criou. Acontece que o Criador deu livre escolha aos homens para estes decidirem quem e de que forma governem sobre o povo. Saiba-se, porém, que Ele jamais pretendeu que o mundo fosse governado desconsiderando que Ele é o Criador, Juiz Supremo, Provedor das nossas necessidades, e o único digno de deter toda a autoridade em Suas mãos – mas as coisas não tomaram de todo este rumo, conforme fora programado desde o início da Criação.

É uma longa história, e o que se pode saber, acima de tudo, é que os homens se afastaram de Deus, desejando ter vida independente dEle. Neste campo podemos dizer que existem dois reinos: o de Deus e o daqueles que dEle se afastaram, e não há terceira via, e nem neutros neste caso. Como bem disse Jesus: – “Quem comigo não ajunta, espalha”.(Mateus 12:30)

Foi assim, o Senhor não lançou e nem Se agradou das opções que homens assumiram no decorrer desta história. Inspirados pelo maior rebelde de todos os tempos, estes lançaram-se em governos opressores, déspotas, estruturas governamentais corruptas, cobiçosas de conquistas angariadas pela espada, pela força, pelos desmandos, enfim, pela iniquidade. Faltou muita justiça, e a ética é coisa que relativizaram à moda de cada governo.

Deus permitiu tudo isso, sim, imensamente a contragosto na maior parte dos casos, mas só continuará permintindo até chegar a um limite, e então haverá um ponto final nessa história do homem que fugiu da presença dEle. Cremos que a longanimidade do Senhor se tem estendido até demais; se algum de nós fosse capaz de decidir neste ponto o que fazer com esta humanidade, teríamos fulminado alguns, e faríamos justiça com as nossas próprias mãos, o que entraria em descordo com a plena vontade de Deus.

A ideia de Deus sempre foi instaurar uma Teocracia, o que é diferente de tudo o mais. Um governo dirigido sabiamente pelo Senhor e executado com plena justiça, através daqueles a quem Ele confiar poder e autoridade. Aliás, esse regime teocrático não é algo inédito. Duvida disso?

Pois vamos aos fatos…

Lá pelo ano 1491 A.C. os filhos de Abraão, Isaque e Jacó estavam vivendo dias difíceis sob a monarquia truculenta do Egito. O Egito dominava o Norte da África e a terra de Canaã, tendo feito nações da região como suas subservientes.

A Bíblia nos fala que então Deus resolveu abolir os hebreus de uma dura escravidão, da qual eles jamais teriam condições de ser libertos por suas próprias forças.

Como já temos afirmado, os governos deste mundo lançam mão de métodos e estratégias desumanas, inspirados pelo mais antigo rebelde que levantou-se contra o domínio do Senhor. Naquela altura dos acontecimentos, ainda não havia NENHUM reino dirigido pela mão de Deus. Todos estavam desenvolvendo suas regências lado a lado com ídolos pagãos, que os levavam a praticar obras as mais terríveis, coisas que só se explicam pela ingerência de Satanás…

O resultado disso foram dez pragas avassaladoras que caíram sobre um reino que não queria abolir os hebreus de uma dura escravidão. Houve uma guerra fria, uma queda de braço na qual o Faraó não cedia, e apelava para os seus deuses, a fim de continuar cumprindo aquele senhorio duro e perverso sobre aqueles filhos de Jacó.

Mesmo não aceitando o fato, Faraó viu-se obrigado a ceder, e houve aquela histórica saída do Egito, e os hebreus dirigiram-se para o deserto da Arábia, a fim de poderem conhecer melhor o Deus que os salvou, e saberem como deveriam passar a conviver sob a mão do Único Deus Verdadeiro.

O Salmo 97 descreve então como foi que passaram a coabitar com Deus, Yaweh, saberem como Ele é e o que Ele espera de cada ser que criou; e quais as regras desse novo jogo que denominamos de Teocracia.

Não sabemos quem foi o autor desta peça literária, o Salmo 97, mas a mesma nos dá informações que nos permitem concluir que foi escrita para louvar ao único Deus digno de toda honra, glória e poder. Ele se deu a conhecer pelo nome Yaweh, o Senhor dos Exércitos.

Ao que tudo indica, provavelmente este Salmo foi escrito durante o período de reinado de Davi, ou de Salomão.

O primeiro versículo que foi escrito é um cartão de visitas, que diz:

-”Reina o Senhor. Regozije-se a Terra.”

Esta introdução já diz muito em uma síntese que engloba uma enormidade de temas e assuntos.

Quando os maus governam, o povo geme, se intimida, foge e se encolhe em seu sofrer.

Quando os bons governam, porém, o contrário se dá. O povo se alegra, exulta e louva ao seu governante.

No caso, o salmista faz esta tremenda alusão a Quem é a melhor pessoa que poderia existir em todo o Universo. E não é só isto. Ele é Deus, eterno, glorioso, poderoso, que tem nas Suas mãos, sob Seu controle, todo o Universo. Ele é o Legislador, o Supremo Juiz, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Criador de tudo quanto podemos ver e perceber, cujo domínio se estende até sobre coisas que ao homem não é dado saber.

Quando Ele quis revelar-Se ao povo hebreu, marcou um encontro com os mesmos, e no Monte Sinai eles puderam notar que não estavam tratando com um simples deus criado pelas mãos de homens inspirados por Satanás. Eles viram quão temível Ele é.

No verso 2 lemos que nuvens e escuridão estão ao redor dEle. Esta descrição se refere às nuvens densas que encobriram o monte onde Ele estava pousando os Seus pés.

No verso 3 lemos que um fogo abrasador vai adiante dEle. Os egípcios viram isso. Não é mero recurso de retórica, ou linguagem figurada. É fogo mesmo, que desceu e queimou o alto daquele monte, e os israelitas viram o brilho e a fumaça que se desprendia daquela queima.

Nos versos 4 e 5, relâmpagos e tremores de terra são apontados. Tudo de acordo com o relato de Moisés em Êxodo 19:16. Quando aconteceu aquele breve terremoto, os israelitas tiveram a impressão de que o monte Sinai estaria entrando em decomposição, e eles temeram pelas suas vidas. Foi quando o Senhor os chamou para subirem ao monte, depois de se santificarem para terem aquele encontro maravilhoso, terrível, revelador e santíssimo; mas o povo temeu, tremeu, amedrontou-se e pediu que só Moisés subisse e O encontrasse naquele cume, representando-os. Ah, mas que oportunidade eles desperdiçaram, por medo e por se sentirem pecadores sem méritos para alcançar graça diante dAquele que os amou e os livrou do cativeiro egípcio com dez pragas. Era o Senhor Yaweh mesmo que os estava convidando. Que convite! Que amor de Deus pelos homens que se desviaram dEle, atraindo-os para momentos inigualáveis, em Sua presença.

Moisés foi que então pôde usufruir daquela especialíssima e tremenda ocasião, diante dEle.

Foi ali que Moisés recebeu a revelação: Ele é Yaweh, o único Deus Verdadeiro. Ele foi quem criou os céus e a terra, conforme o profeta pôde escrever em Gênesis, capítulo 1º. Moisés olhou bem para o céu daquele lugar, e viu milhares e milhões de estrelas, que proclamavam a glória das mãos do seu Criador, enquanto ouvia a voz do Todo-Poderoso a falar-lhe com voz forte e com muito amor (Salmo 19). Moisés só queria ficar de joelhos e poder manter a cabeça erguida para ver aquilo que ficou oculto aos olhos de civilizações que não O conheceram. E os seus olhos viram a mão do Senhor esculpindo e escrevendo as tábuas dos dez mandamentos…

O Seu reino não se restringe a apenas este nosso planeta. Vai muito além. Além do alcance da capacidade de nossos olhos verem. Que glória! É de não se conter de alegria e exultação. Que honra! Que graça! Quanto amor deste Deus!

Aquela revelação precisava ser escrita para instruir os homens de todas as gerações, porque aquele acontecimento não podia ficar sem ser repassada aos futuros filhos, netos, bisnetos, tetranetos… gerações sem fim. Era o máximo dos máximos. O mundo tinha que sabê-lo.

O mundo tinha que reconhecer que os ídolos, que então chamavam de deuses, nada eram. Diante dEle, todas aquelas imagens se tornaram inúteis, vazios de conteúdo, uma mentira que durou anos para ser desmentida. Os povos que O desafiaram sentiram o peso de Sua mão, a fim de que pudessem também saber quem é Ele.

Aquela foi a revelação da Lei do Senhor. Lei que incluía preceitos de saúde, higiene, relacionamentos, posses, propriedades, tradições, estruturas sociais, e sobretudo cultos e regras a serem obedecidas para um saudável e amigável relacionamento com o grande Eu Sou. Seu nome, Yaweh, traz uma desinência do verbo “ser”, que diz implicitamente que Ele era, é e sempre será, pois o verbo ‘ehyeh, ou ‘ahyah, no tempo que é aplicado, pode ser pretérito, bem como presente, como também futuro. Ele é aquele que vive eternamente, como nenhum outro, e este é apenas um dos atributos que o faz diferente de todos os demais. Ele é muito mais elevado do que todos os deuses (Sl 97:9).

A revelação de Deus, porém, prosseguiu no tempo, e alcançou um patamar de plenitude quando da revelação de Jesus, o Cristo, que viveu nesta Terra por cerca de 6 a 29 A.C., o qual, como o Unigênito Filho de Deus, viveu lutando contra as trevas, porque este mundo que havia rejeitado o Verdadeiro Deus, estava à mercê do príncipe mau que o dominava amplamente.

Sim, Satanás tomou posse indevidamente deste planeta, e como um príncipe usurpador não abria e não abre mão tão facilmente de seus domínios. Como usurpador que é, faz questão de arvorar sua bandeira e ufanar-se como se fosse o único detentor do direito de governar este mundo. Sua prédica envolve mentiras, meias verdades, e tudo quanto possa fazer para enganar os pobres homens que caem nas suas garras e seus domínios.

Jesus então veio para desfazer as obras do diabo, libertando vidas opressas, curando enfermos, ressuscitando mortos, expulsando demônios, plantando alegria onde havia tristeza, paz onde havia perturbações, riqueza espiritual onde havia miséria, esperança onde havia desesperança, amor onde havia ódio, e vida eterna onde havia morte.

Jesus morreu por causa dos nossos pecados, a fim de que não fôssemos condenados com o restante do mundo, lançados na vala comum da perdição, e através de Sua morte nos resgatou do mal, do mundo e da morte que nos estava destinada.

Jesus esteve morto na tumba por três dias, mas ressuscitou, vencendo a morte, e abrindo o caminho para todos quantos nEle crerem, para que no dia do Seu regresso, possamos também nós ser ressurretos à semelhança da Sua ressurreição.

A Terra sempre foi por direito pertencente ao único Deus, mas foi tomada por astúcia e ousadia das mãos de Satanás. Desfazendo essa posse ilegal do nosso inimigo, Jesus é o nosso Salvador, nosso Redetor, e o Rei dos Reis que um dia reinará para toda a eternidade.

Jesus voltará um dia para tomar posse deste mundo, e instaurar um reino de paz, justiça, retidão, amor e piedade. Quem se dispuser a ser Seu discípulo fiel neste tempo, com Ele também reinará, enaltecendo ao Deus Verdadeiro, e trazendo a maior das venturas que um ser humano possa ter, a de ser honrado como filho adotivo do Deus Excelso.

Uma vez conhecendo este tão glorioso e abençoado destino, nossas almas têm que se regozijar, vibrar de alegria, louvar a Deus que nos proporciona tamanha bênção.

Talvez você que lê este artigo pense, avalie e conclua que não tem certeza de que teria esse futuro maravilhoso, porque não merece tanto, ou por algum outro motivo.

Vc pode ser incluído no rol dos benditos do Pai. Como? Há um único caminho: Jesus! Ele é o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai a não ser por Ele. (João 14:6)

Se hoje decidimos ser Seus discípulos, sabemos que somos como vasos de barro, que não reúnem méritos para tanto, mas por dentro contemos um grande e precioso tesouro: Jesus em nós.

Não importa mais aquilo que deixamos para trás, porque Ele é a nossa vida, e Aquele que nos marcou para termos um grande e maravilhoso futuro. Nossa visão passou a ser de fé nEle, de tal forma que temos certeza de que caminhamos para a frente e para o alto, onde Ele está. Aquele fardo que antes era o peso que carregávamos da nossa condenação já não existe mais. Ele é nosso Libertador e Senhor.

Que bênção!

Convido o leitor a procurar a Cristo, seja qual seja o seu estado interior, e suas esperanças para o futuro. Ele tem o melhor para os que nEle creem e seguem-nO.

Venha a Jesus. Encontre-O. Busque até encontrá-lO, sinta a fragrância do perfume da Sua presença, Seu amor tão cativante, o maior atrativo que nossas almas possam encontrar.

Seja você também de Jesus.


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