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UM VASO ESCOLHIDO POR DEUS

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agosto 18, 2012 by Bortolato

            Leiamos Atos 9:15 – “Disse-lhe, porém, o Senhor: – Vai, porque este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel”.

 

Primeiramente, diremos que um vaso é um recipiente feito para conter algo que seja do interesse de alguém.

O mais comum é ver-se vasos onde se colocam plantas.   Algumas vezes, usa-se vasos mais bonitos , vistosos e estilosos para se colocar dentro um ou mais ramalhetes de flores.

Às vezes, usa-se um vaso para simples adorno, sem nenhum conteúdo.

Há vasos muito bonitos, enfeitados, uns lisos, outros com alto relevo na sua confecção, estampados, pintados, e outros sem nenhuma tinta.

Há vasos de cerâmica, de madeira, de louça, de matéria plástica, de metal, de metais preciosos como ouro, prata, ou ainda de pedra.     Outros há que mostrem no seu corpo cravejadas algumas pedras preciosas.

Quanto mais perfeito, bonito e estiloso o vaso, mais honroso será o lugar onde o mesmo será colocado.  Numa sala, num hall ou salão de entrada, num quarto, ou até mesmo por fora da casa, e outros mesmo num banheiro.

Sabemos que, em algumas culturas indígenas brasileiras, os mortos eram enterrados dentro de vasos de barro, de modo que estes utensílios eram feitos para servir de urna funerária.

 

 

Para qualquer matéria prima usada na sua fabricação, poderíamos dizer que vasos são obras de arte.   Toda obra de arte é feita por um artista, autor da obra.

Às vezes, os artistas são felizes no trato com suas obras, e conseguem fazer suas obras mais perfeitas – e estas passam a ser suas obras reconhecidas.   Quando isto acontece, o artista faz questão de gravar nelas a sua assinatura.

Quando, porém, estes não são felizes na feitura de sua obra, é comum que estas não sejam usadas com destaque de honra, mas nem sejam assinadas, e sejam colocadas em uso para outros fins, ou sejam encostadas à parte, para outros usos menos importantes, ou ainda sejam quebradas, para que não se diga que foi o seu autor, o fulano de tal, famoso artista, quem o fez.

Queremos que, para Deus, o autor da obra que somos nós, sejamos aquela obra da qual Ele se sinta pelo menos satisfeito, e queira assiná-la para a Sua glória.

Há vasos para honra, e vasos para desonra – que o Senhor nos faça vasos para a Sua honra e glória!

 

 

NOSSOS CORPOS SÃO VASOS:

 

Há pessoas que guardam objetos em vasos:- jóias, dinheiro, objetos de uso pessoal, como chaves, por exemplo, ou mesmo terra, adubo, produtos químicos, etc. Podemos guardar uma infinidade de coisas, ali.

A maioria dos vasos que se conhece são feitos de barro, isto é, do pó da terra.

Os nossos corpos podem ser comparados a vasos de barro, pois também foram feitos do pó da terra.

“Tu és pó, e ao pó te hás de tornar” (Gn. 3: 19).

Ora, como vasos de barro, podemos também guardar uma infinidade de coisas dentro de nós.   Se guardarmos mágoas, rancor, inveja, sentimento faccioso, ódio, contendas, vícios, ou promiscuidade sexual, seja qual for o pecado, estamos preenchendo nossos vasos com conteúdo indignos de Quem nos criou.

Deus, o grande Oleiro da Terra faz “vasos de barro” todos os dias, e sopra neles o fôlego da vida, esperando que venhamos a apresentar-nos como vasos de honra, para a sua glória.

Ele espera que venhamos a refletir a Sua glória.

II Cor. 4:7:  Paulo fala que somos como vasos de barro guardando um tesouro.   Que venhamos a ter este tesouro bem guardado em nossas vidas.

Quem não conhece a Cristo, ainda não sofreu a purificação do seu interior, e precisa passar por este processo, pois o seu interior carece de ser purificado.

 

 

VASOS ESCOLHIDOS DE DEUS:

 

Se o Senhor nos limpa por dentro, o passo seguinte é ser preenchido conforme a Sua santa vontade, e a Sua vontade é muito melhor do que a nossa, supera expectativas, é de uma medida cheia, recalcada, sacudida, mais abundante do que se possa imaginar.

O apóstolo Paulo foi chamado “vaso escolhido”.

O simples fato de ter sido escolhido não quer dizer que a tal pessoa não vá ter que passar por lutas e dores, no seu processo de purificação e limpeza do vaso.

O apóstolo não somente sofreu no ato de sua chamada (Atos 9:1-ss. nos conta como foi), como ainda continuou sofrendo depois disso, então por amor a Cristo, e assim foi até o final de sua vida.   Nem porisso ele deixava de cantar, mesmo depois de encarcerado, presos seus pés junto a troncos, açoitado, humilhado, desprezado pelos homens, tanto que o Senhor, nessas ocasiões, carimbava sua alma com um grande “aprovado”, fazendo até tremer o cárcere, e levando o carcereiro e toda a sua casa para os pés de Jesus, o Senhor! (Atos 16:23-34)

Quando apedrejado, foi dado por morto, em Listra (Atos 14:19), mas levantou-se dali, pelo poder de Deus, e em vez de ficar desanimado, ou entristecido, continuou a fazer aquilo para o que o Senhor o chamou.   De fato, Deus o facultou com uma disposição muito especial, pois afinal ele tinha plena consciência de que era o “principal dos pecadores”, de quem o Senhor Jesus teve misericórdia e salvou (I Tim. 1:15).

Muitos desejam ser chamados e escolhidos para a obra de Deus, mas não entenderam que isso não significa somente receber  uma grande dádiva divina, mas também receber desafios ainda maiores do que os que já experimentamos na vida.

Muitos gostariam de ser bem sucedidos em tudo, levar vantagem em tudo, desfrutar de uma maravilha de vida nesta terra, e ganhar o céu também; dar-se bem espiritualmente, e muito bem materialmente, sem contar que “por muitas tribulações importa entrar no reino dos céus” (Atos 14:22b), e assim gostariam de ser abastados nesta vida passageira, mas convém saber que isto é algo que a Deus pertence conceder ou não.

Embora possamos estar muitas vezes atribulados, porém não estamos angustiados, perplexos, porém não desanimados, perseguidos, porém não desamparados, abatidos, porém não destruídos (I Cor. 4:8-9).

Paulo escreve aos Coríntios que “temos um tesouro em vasos de barro, para mostrar que este poder que a tudo excede provém de Deus, e não de nós”.(I Cor. 4:7)

Logo, não somos, diante de Deus, dos anjos e dos homens, vasos de ferro ou aço, os quais teriam sido muito mais fortes, se assim fosse – mas somos vasos de barro!  E do barro que veio da terra (“Tu és pó e ao pó tornarás” – Gn 3:19).   Assim, a nossa fragilidade revela de quem é o poder, e a glória – do grande Oleiro, que nos tem feito vasos de barro, e nos tem sustentado na nossa fragilidade.

O barro não é um elemento como o ferro, ou o aço, ou algum outro metal ou liga de consistência semelhante.  A consistência do barro é bem outra, e como tal, nós não somos inquebráveis, o nosso corpo é vulnerável a ferimentos, perecível, mas é dentro de fôrmas, cadinhos de barro que os metalúrgicos despejam o ferro e o aço fundidos e liquefeitos pelo fogo – e assim, ainda que limitados, ainda suportamos temperaturas e pressões terríveis, e conseguimos suportá-las porque o Grande Oleiro é quem nos faz até mesmo ser fortes no meio da fraqueza.

“Porque sinto prazer nas fraquezas, nas injúrias, nas necessidades, nas perseguições, nas angústias, por amor de Cristo.  Porque, quando sou fraco, então, é que sou forte.” (II Cor.12:10).

Isto serve para lembrar-nos de que este nosso corpo perecível não tem, em si mesmo, nada a que possamos atribuir o bem e a glória. (Romanos 7:18)

É bom lembrar também, por outro lado, que, se somos feitos de matéria corruptível, quando o Senhor, através do Seu Espírito Santo, nos toma e nos lava por dentro e por fora, Ele mesmo passa a habitar nesses nossos corpos fracos e perecíveis – daí sermos portadores de um tremendo Tesouro dentro de nossos vasos de barro.

Daí vê aquilo que Paulo nos fala:

“Pois nós, que estamos vivos, somos sempre entregues à morte por amor a Jesus, para que a sua vida também se manifeste em nosso corpo mortal” (II Cor. 4:11-12).

“Porisso não desanimamos.  Embora exteriormente estejamos a desgastar-nos, interiormente estamos sendo renovados dia após dia, pois os nossos leves e momentâneos sofrimentos estão produzindo para nós uma glória eterna que pesa mais do que todos eles”. (II Cor. 4:16-17)

 

 

ESCOLHIDOS:

 

 

Um outro detalhe que temos que considerar é que esse tesouro, que é o Senhor Jesus, que vale muito mais do que o ouro ou a prata perecíveis (I Pedro 1:18-20), não somente está dentro de nós, como passou a habitar dentro de nossos corpos.

 

Todos nós temos recebido o chamado de Deus.   Esse chamado foi antes precedido por Sua escolha.   Ele nos escolheu antes mesmo que eu e você fôssemos alguém, isto é, antes da fundação do mundo (Mt. 24:34)

 

Essa escolha não dependeu de nós.   Ele nos escolheu antes mesmo de termos a capacidade para aceitarmos ou rejeitarmos o que quer que seja, ou de julgarmos entre o bom e o mau.

Essa escolha foi um ato do amor, da bondade do Senhor.   Ele pensava, ainda, em nos criar, e já nos havia escolhido.

Ele escolheu a João, a Pedro, a Tiago, a André, Filipe, enfim, aos seus apóstolos, e os enviou.

Ele os abençoou e amou desde o princípio de todas as coisas, e os amará e abençoará até o fim.

Ele nos tem escolhido como vasos de bênçãos para abençoar o mundo!

Ele tem chamado uns para serem apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas e outros para pastores e mestres. (Ef.4:11)

V. pode não ter sido escolhido para pertencer a quaisquer desses ministérios, mas pode ter sido escolhido para ser um abençoador, um intercessor, um homem ou mulher que usa de seu corpo, isto é, seu vaso de barro, para fazer o bem, para glorificar a Deus, para ser um exemplo dos fiéis na palavra, no trato, na fé, e no amor.   Sejamos diáconos, que têm prazer em servir, um presbítero, ou um oficial da igreja.   Isto não é o que importa – o que importa é que devemos fazer tudo conforme as nossas forças, e conforme a medida da nossa fé.

O Senhor é que tudo vê, e Ele é quem pesará na balança o que temos feito.

Que a nossa oração seja:

–          Senhor, quero ser um vaso nas tuas mãos.  Toma-me e seja eu útil para o teu bem Amado.  Que, ao amoldar-me no formato que Tu queiras, eu não te ofereça pedras, vidros, ou cacos que venham a ferir as mãos do Oleiro, isto é, que o meu “eu” , minhas fraquezas, meu , minhas intransigências, meu gênio, minhas manias, minhas maneiras venham a aborrecer-Te.

–          Se Tu me quiseres quebrar, não é este o meu querer, mas faça-se a Tua Santa e bendita vontade, mas faz-me um vaso novo,  um vaso que seja útil e bom aos teus olhos..

–          Perdoa os meus pecados, e transforma-me mais à Tua imagem e semelhança.  Devido à Tua grandiosa bondade, estamos confiantes que farás o melhor para nós, segundo o Teu querer, e por isso nos entregamos completamente à Tua vontade.   Faz-me de novo, Senhor! Quero ser um  vaso escolhido para a glória do Teu nome.

–          Em nome do Senhor Jesus,

–          Amém!


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