II REIS – XXV – OS MAUS TAMBÉM SE CONVERTEM
Comentarios desactivados en II REIS – XXV – OS MAUS TAMBÉM SE CONVERTEMagosto 24, 2018 by Bortolato
II REIS – XXV – OS MAUS TAMBÉM SE CONVERTEM
Ah, aquele sujeito é uma peste! Não leva mais jeito, não! É um traste! A ovelha negra da família! Seus pais sentiriam vergonha dele, se soubessem o que ele faz…
Quantas vezes Vc. Já ouviu tais comentários? E possivelmente até já participou dessa roda de conversas, e deu o seu parecer também… condenando alguém que vive errando pelos caminhos da vida…
Isto não lhe faz lembrar de alguém conhecido? Um amigo, um parente, uma figura pública… enfim, não importa quem, mas o fato é que, por mais que as coisas pareçam denegrir a imagem da pessoa de quem fizeram alvo dos mais depreciativos comentários, ainda há uma esperança, e tudo ainda pode mudar, até mesmo no último minuto de sua vida.
Isto me faz lembrar de um jogo final de um campeonato de basquete disputado entre times da NBA, no qual houve uma disputa muito acirrada entre os dois finalistas. Às vezes um dos times tomava a frente do placar, e às vezes o seu adversário. Já era a quinta partida da série, e nada definido. A perseguição pelo resultado positivo era tão igual entre ambos, que não se sabia como isso acabaria.
Parecia até que não haveria vencedor. As duas equipes teriam feito jus ao título, se pudesse haver dois campeões. Para os torcedores, era uma guerra de nervos. Os mais fanáticos pareciam estar à beira de um colapso cardíaco.
Chegou-se então finalmente ao último minuto da partida. Um dos times estava com dois pontos à frente do seu concorrente, e o técnico pede tempo para conversar com os seus pupilos. Uma vez conversados, ocorre uma novidade: um jogador de porte médio para a altura dos demais participantes do jogo, que não teria nenhuma chance de pegar uma bola disputada em uma rebatida debaixo do garrafão, entra na quadra.
O jogo recomeça em seu derradeiro minuto. A bola está de posse da equipe que ainda está perdendo por dois pontos. Trocam posse da mesma, para a frente, para os lados, aqui e ali. Parecem querer penetrar no garrafão dos adversários. Os adversários fecham-se ao redor do garrafão, a fim de impedir quaisquer avanços.
De repente, quando já estavam todos fazendo a contagem regressiva dos segundos restantes, que, diga-se de passagem, eram bem poucos e continuavam correndo, a tensão aumenta. Era a beira do final do crepúsculo daquela partida. A bola vai para as mãos daquele jogador de porte médio, que, estando longe, bem longe da cesta, só toma postura para um arremesso, e dali mesmo, onde está, lança-a para o alvo ambicionado, e… CESTA!
Com esse lance, o time que era perdedor, passou à frente, com os três pontos feitos por aquele, digamos, pequeno polegar. Não houve tempo para uma reação, e o match chegou ao fim derradeiro. A partida foi ganha, a série de jogos também, e mais o ambicionado título do campeonato!
Foi uma virada inesperada, e impressionante pelo seu desfecho sensacional. A torcida dos vencedores delirava. Foram muitas emoções borbulhando naquele dia, naquele ginásio de esportes.
Vc já viu algo semelhante? Bem, nos campeonatos esportivos existem muitas histórias do tipo no mundo dos esportes, e em outras áreas também. Mas não parecia que o impossível aconteceu?
Na História Sagrada, por exemplo, encontramos diversos personagens que começaram muito bem, e depois se degradaram moral e espiritualmente – e, de outro lado, pessoas que nunca foram una persona grata, e no final converteram-se de seus maus caminhos, e passaram a produzir bons frutos em suas vidas. Em Ezequiel, capitulo 18, o Senhor oferece uma boa saída para ambos os casos: tanto para os maus, como para os bons.
Seria oportuno aqui mencionar o caso do rei Manassés, filho de Ezequias, cuja história se lê em II Reis capítulo 21 e em II Crônicas, capítulo 33, pelos extremos em que andou esse rei. Sua história desenha um clássico movimento pendular de uma dialética, que se moveu do extremo mau para outro extremamente bom. Poderíamos chamá-lo de “ o rei pródigo de Judá”.
Manassés (hebr: “que faz esquecer”) levou o nome do primeiro filho de José, que assim o chamou, porque sua vinda ao mundo o marcara fortemente, de modo que o patriarca quis deixar patente que o Senhor faz esquecer os tempos de tormentas da vida, trazendo Suas compensações.
O filho de Ezequias, porém, foi um herdeiro do trono que parece ter-se esquecido completamente da educação digna de um príncipe do reino cuja coroa pertencia, por direito, ao Único e verdadeiro Deus, Rei dos Reis e Senhor dos Senhores.
Podemos dizer que esse foi o pior rei da dinastia davídica do reino de Judá. O Senhor precisou exercitar longamente a Sua paciência para haver tolerado um descendente de Davi tão funesto à verdadeira fé em Yaweh.
Consta que subiu ao trono aos doze anos de idade, para contrariar tudo quanto está escrito na Lei Tudo que ele havia aprendido através de sua mãe e de seu pai, que consentiu que ele, Manassés, fosse seu co-regente nos último anos de seu reinado.
No ano 697 A.C. iniciou seu aprendizado como co-regente de Ezequias, quando tinha apenas doze anos de idade, e, somando-se todo seu tempo de reinado, ele teve ao todo 55 anos de acesso ao trono. Presenciou, portanto, a invasão de Senaqueribe em 701 A.C., e ficou ciente do grande livramento que Deus deu ao seu povo – o que significa dizer que ele conheceu de sobejo quanto o Senhor é bom e maravilhoso para com os que O temem, e que a recíproca também é verdadeira, mas não aproveitou a lição.
Apesar disso, quando teve todas as rédeas do governo em suas mãos, nem quis saber se Yaweh desejava reinar ou não na terra de Judá. Como um jovem impetuoso, inconsequente, e sem sabedoria divina, meteu os pés pelas mãos. Provavelmente influenciado por outros de sua idade, aventurou-se como nenhum outro antes dele, nos caminhos da idolatria e feitiçaria. Chegou a fazer seus filhos passarem pelo fogo no vale do filho de Hinom, prática que simplesmente causa nojo aos olhos de Deus.
Ele pôde saber que o reino de Israel Norte havia sido extinto, devido a toda sorte de vícios e impiedades cometidas a não mais poder, o que foi a causa do declínio e a queda daquele que outrora fora um poderoso império – e em que pesem estes fatos, Manassés decidiu tomar o mesmo caminho trilhado pela nação irmã que se desfez.
Manassés profanou o Templo de Jerusalém como nenhum outro, colocando ali muitas coisas abomináveis, que ofenderam o coração de Deus. Menosprezou os mandamentos da Lei, de forma que a Torah lhe valia menos do que um gibi de histórias pitorescas. Ordenou a matança de muitas pessoas, e até mesmo os profetas de Yaweh. A tradição hebraica diz que o profeta Isaías foi serrado ao meio, amarrado em um tronco, por ordem de Manassés. Flávio Josefo diz que não se passava nenhum dia sem que servos do Senhor não tivessem que pagar com a vida, por causa da pura fé e fidelidade a Deus que professavam.
O Senhor, como Pai zeloso que é, ao contemplar tantos crimes sendo cometidos desatinadamente, mandou seus profetas a ameaçar o rei e o povo, lembrando-os dos mais terríveis castigos que antepassados israelitas tiveram de sofrer, por até menos do que estava se passando em Judá. Infelizmente, Manassés não quis ouvi-los, e o povo seguia o exemplo de seu rei desventurado.
A partir de 686 A.C. Passou a reinar absoluto, e sua política externa propendia para uma aliança com o Egito, o que veio a malograr, pois que ambos os reis, tanto Manassés como o Faraó, rei egípcio, foram capturados e levados presos para a Babilônia pelo rei da Assíria, amarrados em cadeias.
Nota Arqueológica: o nome “Manassés, rei de Judá” aparece no prisma de Esar-Hadom e no prisma de Assurbanipal como um dos vinte e dois reinos tributários da Assíria.
No exílio, ele pôde compreender que errou grosseiramente, cometendo muitas injustiças e ofendendo a Yaweh, pisando ostensivamente sobre a Lei do Senhor, perseguindo e maltratando os Seus profetas. Então foi que começou a orar somente ao Senhor, e humilhou-se muito diante do Deus de seus pais. Existe um escrito apócrifo cujo título é “A Oração de Manassés”, onde o mesmo implora para ser novamente conduzido ao trono do reino de Judá, o que de fato aconteceu, porque alcançara misericórdia, e a ira do Senhor se aplacou para com sua vida.
Ao voltar a Jerusalém, resolveu desfazer toda aquela sujeira espiritual que ele mesmo havia instituído, e tirou da Casa do Senhor os deuses estranhos; lançou fora os altares que havia levantado pela cidade, reparou o altar dedicado a Yaweh, mostrando haver-se realmente convertido ao Único Deus Verdadeiro.
Muito embora ele tivesse feito tudo diferentemente do que antes fazia, e tentou veementemente converter também o seu povo, a reforma que esboçou fazer já não surtiu tanto os efeitos esperados, pois que o mal já havia lançado suas raízes na terra, e estava muito difícil arrancá-lo.
O que resta da história de Manassés é que ninguém é totalmente perdido, enquanto há vida dada pelo Senhor nesta Terra. Dos piores elementos da sociedade já temos tomado ciência de que houve salvação e completa conversão dos maus caminhos. Veja o caso de Saulo de Tarso. E o ladrão da cruz? Muitos dos ex-presidiários, verdadeiros salafrários, bandidos, criminosos, homens temíveis para o povo, chegaram ao conhecimento de que o Deus dos impossíveis tem o poder de transformá-los e puderam mostrar suas novas vidas pelos restantes dos seus dias, através de suas condutas.
“Porque para Deus nada é impossível” (Anjo Gabriel, cf. Lucas 1:37)
Isto é prova do amor incondicional de Deus, que, para salvar pecadores, preferiu que o Seu próprio Filho morresse em uma cruz, assumindo o lugar dos que mereciam a morte. Seja qual for a condição moral ou espiritual da criatura, saiba que todos os seus pecados podem ser perdoados, se houver arrependimento genuíno, e uma decisão inquebrantável de passar-se a agradar a Deus em todas as áreas da vida.
O passo seguinte é… orar, assim como orou Manassés. Humilhado, reconhecendo os seus erros, sem contestar o castigo proveniente da ira de Deus sobre sua vida, assim como ele resolveu voltar atrás de seus maus atos.
Voltemos atrás, deixemos de lado tudo o quanto desagrada a Deus, e busquemos a Sua presença em nossas vidas para valer, e Ele com toda certeza nos irá responder…
Esta é uma experiência que vale a pena fazer. Faça agora, e a luz de Deus iluminará o seu rosto.
Jesus é o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vai ao Pai senão por Ele.
Eis aí a chance de alcançarmos um futuro glorioso como jamais pudemos imaginar.
Ore agora a Ele, de coração aberto, sincero e desejoso de ir ao Seu encontro, e goze da paz de Deus, que ninguém neste mundo pode lhe dar…
Faça isto, e não se arrependerá.
Category 2º LIVRO DOS REIS, BÍBLIA, LIVROS HISTÓRICOS DO AT | Tags: Assíria, Assurbanipal, Babilônia, Esar-Hadom, exílio, Manassés, misericórdias de Deus, Prisão, Rei, Reis
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