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II CRÔNICAS – XIV – TIRE O PÉ DA LAMA!

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noviembre 26, 2019 by Bortolato

II Crônicas capítulo 29

O que V. Faria se herdasse de seu progenitor um vasto império que, por ter sido mal liderado outrora, foi levado à beira da insolvência? Mais do que isso, sofrera graves perdas, pois os seus fornecedores de provisões haviam sido despojados por invasores, e muitos provedores tivessem sido, alguns mortos, outros raptados com suas famílias e arrastados para o exílio como cativos?

Esta é uma situação muito delicada. Requer uma séria avaliação para se calcular os prejuízos, e se estes fossem irreversíveis, de forma permanente, não se poderia ter esperanças – esperanças de uma retomada do crescimento econômico e de uma reabilitação.

O reino ficaria inviável, pois lhe faltaria a autossustentação. A pobreza e a miséria fatalmente alcançariam o povo e esse estado abriria uma porta para um outro problema maior ainda: provavelmente se levantariam homens revoltosos que tentariam açular a alguns para uma conspiração, e a uma revolução com a finalidade de tomada do poder para novas mãos. Não faltariam mãos ávidas para matar ao infeliz herdeiro do trono, pois isto abriria o caminho para o sucesso de uma “Tomada da Bastilha”!

Como meios para chegarem ao fim almejado, inventariam notícias mentirosas, com usando de meias verdades a respeito do príncipe herdeiro; exagerariam fatos irrelevantes, aumentando-os sobremaneira, procurando desviar o foco daquilo que é realmente importante, colocando a culpa sobre a família real com vistas a formarem a opinião pública, direcionando-a para o sentido de conspurcarem o nome dos que remanescessem no poder.

O passo seguinte seria reunirem o povo para marcharem contra o novel rei – você!

Isto seria uma situação muito complicada, não? De nada adiantaria ter o sangue real nas veias, e nem as tentativas de desfazer a imagem negativa que, com um incansável trabalho, conseguiram inculcar na população, aproveitando-se de falhas de administração para estigmatizar o antigo governo, no mínimo, como ineficiente ou desapropriado.

Sendo assim, com o clima de um barril de pólvora prestes a explodir, o que fazer?

Vemos duas opções: ou ficar para tentar arrumar a casa, enfrentando a toda a onda de opositores, ou desistir do reino, abrindo mão de procurar salvar o que ainda ficou em condições de se recuperar, talvez até tendo que fugir depressa para salvar a própria pele.

O que valeria a pena fazer? Tudo depende de uma palavra: há ou não há esperanças reais de haver um saneamento e um posterior soerguimento de sua nação? Se não existe isto, melhor é desistir de tudo, mas … se há, de que maneira se poderia chegar a tal proeza?

Esta situação não é tão fictícia quanto parece. Foi o caso que ocorreu na Rússia, quando da revolução bolchevista, após a derrota do exército branco para os vermelhos, e embora o Czar se tenha rendido aos seus opositores, estes não tiveram misericórdia com a sua família – executaram a todos, sem deixar um deles sequer para semente.

Um outro caso ocorreu na História, que teve um final mais feliz. Foi por ocasião do ano 715 A.C., quando o rei Ezequias subiu ao trono do reino de Judá, havendo-o herdado de seu pai, Acaz.

Ezequias contava apenas com vinte e cinco anos de idade, sendo ainda totalmente jovem.

Os desafios herdados eram enormes. Seu pai Acaz tentara fazer aliança com o rei da Assíria, a fim de bem haver-se diante de outros povos inimigos, mas essa aliança não funcionou como o esperado. Judá fora atacado por várias nações que odiavam o povo judeu, e quase sucumbiu completamente diante dos sírios, que se haviam unido a Israel Norte, apenas conseguindo salvar a capital, Jerusalém, enquanto os assírios só queriam o ouro, sem oferecer solidariedade alguma. Na tentativa de Acaz obter um forte aliado, o que fez foi criar um vínculo com uma nação que só queria receber vantagens, em via de uma só mão.

Ezequias então, era o novo rei de Judá, que tinha sido criado por sua mãe, uma filha de Zadoque, o que significa que provavelmente ela era portadora do sangue sacerdotal, pois o nome de seu pai foi uma marca conhecida de importantes representantes da linhagem dos sacerdotes (Ne. 3:29 e outras passagens).

Assim sendo, fosse como fosse, sua mãe Abia teve papel importante para formar o caráter de seu filho, e ela, como um verdadeiro sacerdote, procurou instruir a seu filho herdeiro dentro das sendas do Senhor, cumprindo os mandamentos da Torah. Isso também aproximou-o daqueles que tinham boas relações com Yaweh, o Deus de Israel.

Isto foi decisivo, pois mostrou a Ezequias que nem tudo estava perdido, pois ele poderia contar com o auxílio do Senhor Yaweh, que escolheu o Seu povo como Sua propriedade particular – e este vínculo é de privilegiar e dotar o povo de Deus de muitas bênçãos espirituais e materiais. Sabedor desta nuance desde sua remota infância, Ezequias foi munido da armadura de Deus, que não é perceptível aos olhos da carne, mas de suprema eficácia.

Os desafios de Ezequias foram tremendos, mas ele partiu do único princípio que poderia salvá-lo e ao seu povo: o temor do Senhor! (cf. Jó 28:28) Os homens de Ezequias, por ele incentivados, coligiram a parte final (capítulos 25 a 29) do livro com os Provérbios de Salomão, as palavras de Agur e da mãe do rei Lemuel.

Este olhar enfocado na Palavra de Deus proporcionou a Ezequias uma visão tal que o fez saber perfeitamente o que deveria ser feito e pô-lo em prática.

Antes de tudo, ele bem sabia que seu pai Acaz havia menosprezado a Lei do Senhor e induzido o povo ao erro de trocar Yaweh por deuses estranhos. A moral foi destruída, e a criminalidade andava solta pelas ruas da cidade.

Os levitas e sacerdotes do Senhor naquele tempo do reinado de seu pai já não podiam exercer as suas funções das quais foram encarregados desde os tempos de Moisés. Além de marginalizados, eram mal vistos pela cultura idólatra que se havia impregnado na mente do povo, de forma que muitos deles foram tácita ou até mesmo expressamente empurrados para fora do Templo de Yaweh, e consequentemente para fora do ministério que o Senhor lhes outorgara.

O altar de bronze, onde eram para ser oferecidas as ofertas e os holocaustos ao Senhor Yaweh, foi retirado da frente do Templo, e até as portas deste foram fechadas para darem lugar a outro altar, de outro culto, este idólatra, cujo modelo fora copiado de um outro visto em Damasco por Acaz – isto, dentro de Jerusalém, no lugar que Deus havia determinado ali para ser exclusivamente para Seu louvor, que Seu povo Lhe devia por muitos e muitos motivos legítimos.

Ezequias, de longa data, já havia notado a falha grosseira que seu pai cometera, incitando a ira do Senhor, o único e legítimo Deus de Israel e Judá. Por isso, ele estava decidido a não cometer os mesmos erros, e quis partir para uma reforma espiritual na cidade, e em todo o reino de Judá.

Para iniciar esse movimento, ele partiu para seu alvo espiritual, começando de onde se começa uma reconstrução de algo que fora totalmente destruído: pelas bases. Ele reuniu-se com os sacerdotes e levitas do Senhor com vistas a animá-los a executarem uma verdadeira faxina no Templo, e promoverem um profundo retorno à Lei de Yaweh.

O Santuário estava cheio de objetos idólatras, verdadeiras afrontas ao único verdadeiro Deus. Que retirassem todo tipo de imundícia dali. Acaz agiu como um louco, ao chegar a esse ponto, mas essa loucura tinha que ser removida e apagada da memória da Casa do Senhor. Que o povo todo o soubesse, que se envergonhassem de tudo aquilo, desde o maior até o menor dos judeus, e passassem a trilhar o caminho do retorno, da volta para Yaweh.

Em outros termos, isto foi uma chamada ao arrependimento. Este foi o primeiro passo para que as maldições da Lei fosse também removidas (Deuteronômio capítulos 28 a 29) .

Arrependimento! Que palavra importante! Os duros de coração não entendem isto, mas este foi o primeiro passo para que a lama do pecado fosse totalmente removida e as maldições da Lei se tornassem inócuas.

Quando Deus nos permite fazermos uma resenha histórica acompanhada de uma análise crítica de nossos atos é porque Ele tem muito interesse em nos ver corrigindo erros – o que é sinal de que teremos uma chance de alcançarmos a Sua misericórdia quando formos julgados.

Aquela foi uma grande oportunidade que foi dada ao povo judeu, e até mesmo para os israelitas do norte. Foi uma chamada clara que, em outras palavras, dizia:

  • Tirem o pé da lama do pecado”. Olhem para a situação do país! Olhem para a situação humilhante em que fomos lançados. Limpem-se de toda sujeira. Lavem-se todas as vestes, e apresentem-se arrependidos diante de Quem nos pode salvar!”

Uma longa tarefa foi aquela. Ezequias, com isto, estava impulsionando outra vez o culto a Yaweh. Foram chamados muitos levitas e sacerdotes para aquela remoção do lixo espiritual. Levaram toda aquela sujeira para fora da cidade, até o vale de Cedron, onde seriam queimadas e transformadas em pó. Por ali passava um riacho temporário, modernamente chamado de Wadi en-Nar, que ia pelo monte das Oliveiras e mais adiante se desaguava no Mar Morto, onde as cinzas desapareceriam. Muitas vezes esse movimento de retorno aos caminhos do Senhor é longo e trabalhoso, mas extremamente necessário, imprescindível e oportuno.

Começaram, então, a trabalhar diligente e ininterruptamente neste sentido, até concluírem essa tarefa.

Quando os sacerdotes terminaram esse trabalho que pode ser visto como um “serviço sujo”, foram comunicar ao rei. Foi um alívio. Foi como lavarem suas almas depois de se haverem sujado com grossa camada de lama. Então o caminho estava aberto para uma nova etapa se iniciar na História de Israel.

Ezequias então, no dia seguinte, levantando bem cedo, mandou chamar os grandes líderes de Jerusalém, para todos se dirigirem ao Templo. Ele mandou trazer touros, carneiros,ovelhas e bodes para oferecerem como sacrifício em atenção aos pecados cometidos pela família real e pelo povo, e também para que Deus fosse buscado e obedecido quanto ao previsto na Lei, a fim de que o Templo, a Casa do Senhor fosse novamente aceita diante dAquele que nela habitou e Se manifestou por muitas vezes.

Nota: Hoje estamos vivendo dias da Nova Aliança, que também é feita com base sobre o sangue, mas não o sangue de animais ou aves, pois o único sangue que de fato e de direito é aceito diante da presença de Deus é o sangue de Seu próprio Filho, Jesus, o Cristo. O sangue vertido por animais na época do Velho Testamento, na verdade, era apenas uma preliminar, um ensaio aceito por Deus, mas que apontava subliminarmente para o incomparável valor do sangue do Senhor Jesus.

Como acontece em um culto a Deus, músicos foram devidamente acionados. Os levitas ficaram ali, o tempo todo em que foram executados os sacrifícios, cantando ao som de trombetas, harpas, liras e pratos musicais, durante todo o tempo em que seus irmãos se dedicaram trabalhando no altar dos holocaustos.

Ajoelharam-se, então, e adoraram ao Senhor, Deus Criador e nosso Redentor. Ezequias levantou-se e incitou ao povo para continuarem firmes naquele propósito, sem parar de prestarem honras, sacrifícios e louvores ao Deus de Israel, que um dia os adotara como povo Seu. Este feliz episódio ocorreu de forma tal que fez com que os seus participantes pudessem experimentar novamente a alegria do Senhor. Foi um glorioso e memorável dia, que marcou a retomada do caminho de Deus.

Isso aconteceu muito rapidamente, porque o rei e os sacerdotes e levitas não vacilaram. Eles sabiam que aquela era a hora de reverter o curso da história de seu povo, e não poderiam deixar passar e perderem aquela oportunidade, que se lhes apresentava como uma porta aberta.

Assim são as coisas em relação a situações semelhantes. Quem está longe de Deus precisa voltar-se para Ele sem demora, mas tem que saber que há um preço a ser pago. Deus não habita no meio da sujeira, e os ídolos são o que Ele mais abomina, nesta Terra.

É muito fácil uma pessoa desviar-se dos caminhos do Senhor, partindo para práticas que O enojam. O mundo está erigindo altares a deuses estranhos em muitos lugares, lastimavelmente, o que, por óbvia incompatibilidade, afastam o verdadeiro Deus das vidas dos que assim apostatam da pura fé. É preciso haver arrependimento, uma purificação de toda sujeira espiritual, uma retirada estratégica de todo o mal, e só assim estará aberto o caminho da plena comunhão com o Altíssimo.

Não se deixe enganar, pois isso é assunto que não é para ser tratado superficialmente. Enganos provocam frustrações. Existe, sim, a felicidade eterna, porém neste mundo esta busca acaba muitas vezes por encontrar mais comumente aquilo que não é eterno, e felicidade passageira é a oferta mais comum que se vê nesta Terra.

Felicidade passageira é como cobertor curto, o qual parece prometer ser bom para a finalidade por que é vendido, mas que não nos agasalha totalmente, e no final das contas, quem o comprar inevitavelmente irá passar a noite em claro, devido ao desconforto.

Assim são as falsas religiões: prometem muito, mas no final, as suas ofertas não passam desta vida, nada podendo prometer em termos de felicidade eterna. Existem aquelas que até prometem tudo de bom para o futuro além-túmulo, mas não nos dão segurança alguma de que o cumprirão quando chegar a hora.

Quem pode prometer a felicidade eterna? Somente quem já passou desta vida para a outra, e voltou para dizer como são as coisas. Pois Jesus não somente já voltou da morte, como também promete:

Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, senão por mim.” (João 14:6)

Somente o Deus Eterno é quem pode nos dar a vida eterna – uma vida cheia de propósitos e abundante, rica, plena de alegrias.

Esta vida nos é prometida através de Seu Filho, Jesus, o Cristo, o único caminho que nos dá segurança de podermos desfrutar de uma eternidade bem-aventurada.

Jesus nos chama. Ele diz: – “Vem!”

Ele é a luz no final do túnel desta vida. Quem quiser ter o dom da vida eterna terá que ouvir a Sua voz, e apegar-se a Ele por todo o caminho a seguir.

Vamos a Ele, e não permitamos nos desviarmos deste objetivo. Agora Ele nos espera, mas em breve esta oportunidade vai cessar. Vamos já, e sem jamais desistir do Seu caminho. Isto é que é a felicidade!


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