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NEEMIAS – VI – GUARDE BEM

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abril 9, 2020 by Bortolato

O que temos para guardar? Pode parecer que não temos muitas coisas de valor, mas há algumas que nos são muito preciosas, mais do que quaisquer quantias avaliadas de bens materiais.

Em Neemias, no capítulo 7º, lemos que aconteceu um episódio que encheu os corações dos judeus moradores de Jerusalém, no ano 444 A.C.

Eles tinham com muito sacrifício voltado do cativeiro babilônico e, morando em uma cidade cujos muros estavam derribados e, apresentando um cenário de muitas lembranças tristes, mas de repente receberam um empurrão de fé e esperança, quando viram que o ex-copeiro do imperador da Pérsia fora nomeado seu novo governador para a terra de Judá. E Neemias chegou ali cheio de vontade, com um alvo constante em foco: convocar o povo à reedificação dos muros da cidade, como prioridade número um daquele momento histórico.

Houve muita oposição acirrada de povos vizinhos, os quais os ameaçaram, uniram-se para planejar, ora a invadi-los e matá-los, e ora a armar emboscadas para matar a Neemias, mas esse movimento contrário foi malogrado. Após cinquenta e dois dias, em apenas sete semanas e três dias aquela grande muralha foi totalmente restaurada, e seus portões de entrada recolocados nos devidos lugares. Apesar de toda essa onda de ódio, despeito e inveja, tudo foi terminado a contento. O muro, com suas portas, estava um primor, algo que enchia de satisfação os olhos dos que amavam aquela cidade como a cidade que Deus escolhera para ali habitar com o Seu povo.

É muito bom quando a gente sente que está no lugar certo, e na hora certa. Assim se sentiam aqueles judeus que, desde quando ainda habitavam na Babilônia, suspiravam por retornar à sua Terra Prometida.

Agora já não eram mais escravos dos babilônios, e já podiam morar nas suas próprias casas, na Terra que Deus lhes havia prometido possuir.

Jerusalém, contudo, ainda se mostrava desafiadora, com seu cenário interno um tanto vazio de casas e gente, ainda um tanto desabitada. A população de toda a área de Judá não ultrapassava cinquenta mil habitantes por ocasião da primeira leva de retorno (536 A.C.), de modo que nos narra o autor bíblico:

A cidade era espaçosa e grande, mas havia pouca gente nela, e as casas não estavam edificadas ainda.” (Ne.7:4)

Havia ainda muitas casas destruídas, as quais permaneceram nesse estado desde a invasão babilônica, em 586 A.C., isto é, já fazia cento e quarenta e dois anos atrás. Poucas eram as que estavam sendo reerguidas pelos poucos novos judeus que migraram para lá. Já eram passados cerca de noventa anos que Zorobabel havia trazido aqueles quase 50.000, dos quais a maioria era constituída dos sacerdotes e levitas, com alguns dos servos do Templo e dos filhos dos servos de Salomão, adicionados de pouca gente que se mudara, vindas de outras cidades de Judá.

Não temos certeza do número dos moradores de Jerusalém, mas entendemos que eram poucos para a extensão que toda a cidade cobria na época. Presumimos que o povo da cidade era tal e qual certas cidades pequenas, onde todos conhecem a todos.

Aí vem uma questão importante: quem iria servir para guardar os muros de Jerusalém recém-acabados? Neemias propôs a receita para esta situação:

… ponham-se guardas dos moradores de Jerusalém, cada um no seu posto, que fica diante da sua casa”. (7:3)

Logo, cada morador da cidade tinha recebido a responsabilidade de prestar o serviço de guarda sobre a fração dos muros que ficava próxima de suas casas.

Em suma, como cada um tinha que cuidar da segurança de sua casa, o pedaço dos muros que lhe ficava mais próximo passava a ser também uma incumbência de guardá-lo, pois não faltavam inimigos que odiavam aos judeus.

Cada casa era para ser um reduto seguro de uma família. Assim, guardar a cidade era guardar a sua própria casa, e a sua própria família.

Em outras palavras, a ordem era esta: guarde a sua família dos ataques dos inimigos que ansiavam por invadir e matar a alguns e escravizar a outros, envergonhando novamente o povo de Deus. Coloquem vigias e sentinelas nos muros que lhe são próximos, para deter a qualquer ataque de inimigos

Esta ordem ainda é válida para os dias de hoje.

Guarde bem os seus daqueles que querem destruir o seu lar. Quem são esse tais pretensos invasores?

Primeiramente vamos nos ater aos quatro personagens que representaram bem as suas origens:

A – SAMBALATE:

Este foi o homem que veio originalmente da linhagem do reino de Israel Norte, que se desviaram da pureza da fé no Senhor, aceitando cultuar religiões falsas, fazendo a mistura de crenças, achando que tudo é válido: que todos os caminhos levam a Deus.

Afastaram-se da Palavra do Senhor para aderirem a coisas que pervertem, corrompem a verdadeira fé. Acreditam na Lei do Senhor mas desta cortaram fora as partes que não lhes eram interessantes. Assim forjaram a sua nova religião.

A corrupção da fé é o princípio da queda e da destruição, como foi a causa da própria destruição de Jerusalém pelos babilônios.

Não se permitam desvios ou enganos que abram brechas para o inimigo adentrar à nossa cidade, à nossa casa e nosso lar. Sejamos atentos e zelosos.

B – TOBIAS:

O amonita. Inimigo antigo, declarado antipatizante do povo de Yaweh. Amon encetou muitas guerras ambicionando invadir a terra de Judá. Foi preciso que Jefté um dos últimos juízes de Israel (cerca de 1.100 A.C.); Davi (c. 1010 a 971 A.C.) e Josafá (872 a 848 A.C.) fossem socorridos pelo Senhor para se verem livres deles. Queriam tomar as terras dos judeus para si, roubando-os, assaltando-os, saqueando as casas, matando suas famílias, separando casais, escravizando a alguns, satisfazendo suas ganas de torná-los desprezíveis e miseráveis, humilhando-os e destruindo-os.

Não é isso mesmo que acontece quando as drogas entram para dentro de um lar? Começam a desaparecer objetos de valor, levantam graves discussões com desentendimentos, porque alguém está escravizado. Começa uma sorrateira obra de subtração aos bens de seus pais, irmãos e parentes, apenas para satisfazerem ao seu senhor, o vício. Casais adulteram, corrompem-se, prostituem-se e se separam por causa de um vício que alguém abrigou dentro de si. Tinham tudo para serem felizes, mas a escravidão e a opressão invadiu os seus lares.

Deus não permita que tais coisas aconteçam, e que façamos a nossa parte: guardemos bem o nosso lar, o reduto de paz, harmonia e amor que o Senhor nos deu.

Tobias, mais tarde, veio a aparentar-se com judeus e conseguiu entrar na cidade de Jerusalém por meio desse laço de aliança familiar, e com isso veio a perverter preceitos da Lei do Senhor, chegando até a obter uma dependência do Templo para seu uso, o que não era permitido pela Lei.

Às vezes não se pode impedir que um casamento mal arranjado e feito aconteça na família, porque decisões se precipitaram, e daí em diante a paz foi trocada por tormentos entre os membros da casa. Daí não há outra saída senão orarmos a Deus, suplicando que Ele toque com a Sua mão para transformar as pessoas.

Por este motivo, não devemos arrefecer as nossas orações a Deus, bombardeando insistentemente o céu, para que seja salva a nossa família na Terra.

GESÉM, O ARÁBIO:

Árabes são também filhos descendentes de Abraão, isto é, fazem parte de promessas de Deus para as suas vidas e para seu povo.

Apesar de serem filhos de Ismael, desde um remoto passado já houve desavenças que separaram Sara de Hagar e Ismael de Isaque. Uma certa competitividade excessiva se levantou entre ambos os lados, de forma a tornar-se em uma rivalidade histórica, de onde nasceu e cresceu um ódio recíproco entre essas partes, lamentavelmente.

Hoje tudo indica que judeus e árabes não conseguem sentar-se em uma mesa para conversar um pouco em tentativa honesta de obterem a paz. O conflito lhes é uma constante, com algumas tréguas. Isto trouxe muito rancor, mágoas sem cura que infelicitam a ambas as partes, sem haver sequer uma pequena luz que sinalize um desfecho coroado com uma solução plausível para ambos.

E pensar que tudo isso começou com algumas atitudes de desprezo de Hagar para com Sara, e zombaria de Ismael dirigida a Isaque. Tudo poderia ter sido diferente, mas a fraqueza humana traçou rumos de separação entre estes. Não se permita que irmãos venham a menosprezar uns aos outros, e nem molestar ou serem maldosos entre si, pois isto provoca o revanchismo, que mais cedo que se pensa se torna em ódio.

Criemos e cultivemos o amor fraternal. Não haja exclusões e nem preferências que diminuam ou prejudiquem uns para beneficiar a outros. As famílias precisam ser unidas. Um dia os filhos crescem e vão formar suas próprias famílias, mas estas todas deverão lutar para manter o vínculo da paz e do amor entre seus ascendentes, descendentes e colaterais.

Guardemos isto sempre!

ASDODITAS:

Estes eram filhos dos filisteus, que por muito tempo desafiaram e maltrataram o povo que servia ao Senhor. Ocuparam a costa do Mediterrâneo a oeste das terras de Israel por perto de 1200 A.C.

Eram bem organizados como nação, governados por uma quíntupla monarquia, isto é, dividida entre cinco reis, mas traziam seus ídolos como inspiração de uma campanha que visava a dominar a área da terra de Israel. Quando obtinham qualquer vitória em suas investidas, celebravam-nas em seus templos de Dagom e Astarote, julgando-se superiores tanto quanto seus deuses, em pretenso detrimento da supremacia do Senhor Yaweh, que aos seus olhos teria ficado refém dos seus deuses. Assim, eram por conseguinte inimigos de Yaweh.

Aliás, por dedução lógica, os inimigos de Yaweh eram também inimigos de Israel, pois não?

Rememoremos algumas ocasiões em que o Senhor permitiu que os filisteus vencessem a Israel. Em uma dessas feitas, em Ebenezer lograram levarem a Arca do Senhor dali para suas terras , e colocaram-na dentro do Templo do seu deus Dagom, menosprezando-a como se esta fosse um troféu conquistado pelo seu deus. Isto aconteceu lá pelos idos anos 1.100 A.C.

Colocaram a Arca da Aliança com Yaweh bem defronte à estátua do deus Dagom, como que diminuindo-O, supondo e querendo significar que Yaweh fora conquistado pelos poderes do deus filisteu.

Assim também fazem os feiticeiros e satanistas, debochando da Bíblia e dos cristãos fieis ao Senhor, gabando-se de serem eles os detentores do maior poder. Assim como Dagom amanheceu caído de rosto no chão em um dia, e no dia seguinte sem a cabeça e braço, os quais haviam sido quebrados e restavam junto ao limiar da porta daquele templo, é assim que o Senhor faz com os que zombam de Seu povo e de Sua palavra.

Um pouco antes dissos, por esse mesmo tempo, houve um outro episódio que revelou a trama dos filisteus de exaltarem seus deuses em detrimento da glória do Senhor Yaweh.

Pois também foram os filisteus que usaram de engenhosa manobra de traição com vistas a enfraquecer Sansão, prenderem-no, cegarem-no, obrigaram-no a trabalhar empurrando uma moenda no cárcere, e ao fim levaram-no ao templo de Dagom para dele escarnecerem, dando glórias ao seu deus. Mais uma vez desafiaram ao Deus que ungira o Seu servo com força e destreza maravilhosas, mas Sansão, apesar de cego e passar a viver sem aquele poder de que fora dotado milagrosamente, conseguiu apoiar-se e moveu estupendamente as duas colunas que serviam de sustentação para aquela casa, e matou consigo, de uma só vez, milhares de inimigos do Senhor Yaweh.

Os filisteus são também aquela nação que colocou gigantes em sua primeira linha de guerreiros, a fim de afrontar os exércitos de Israel, em cerca de 1.018 A.C. Golias foi um desses que desafiou os exércitos do Senhor dos Exércitos, subestimando o poder de Deus, e vangloriando-se como se fora o campeão vencedor sobre quaisquer que fossem dos filhos de Israel. Ousou lançar essa afronta por quarenta dias seguidos. Realmente, ninguém dos soldados de Saul teve coragem de apresentar-se como voluntário para fazer frente ao gigante, mas Deus levantou Davi, o jovem pastor de Belém, para arremessar-lhe uma, somente uma, a primeira e única pedra que derrubou a Golias, desprestigiou-o juntamente com o seu deus, e colocou as coisas no devido lugar.

Mais tarde…

Entre mais erros do que acertos de Saul , depois que o Senhor os tolerou por quarenta anos, Ele deixou que esse rei de Israel fosse derrotado por fiisteus, após todos aqueles anos em que Saul vinha sendo sempre vitorioso sobre seus inimigos. Isto aconteceu pelo ano 1.010 A.C., porque havia mister que Davi fosse elevado ao trono de Seu povo.

Ao lograrem matar a três filhos de Saul em uma batalha, este rei se viu derrotado, e para não ser capturado, suicidou-se. Vieram então os filisteus e cortaram-lhe a cabeça, despojaram-lhe de suas armas e as puseram no templo de Astarote (I Samuel 31:10) e afixaram os corpo de Saul e seus filhos em Bete-Seã. Passo seguinte, enviaram mensageiros pela terra dos filisteus em redor, a fim de levar as “boas novas” à casa dos seus ídolos e entre o seu povo.

Os israelitas ficaram consternados, ao ponto de homens de Jabes-Gileade empreenderem uma caminhada noturna até Bete-Seã, e em feito arrojado memorável trouxeram aqueles quatro corpos para os queimar e enterrá-los dignamente.

Saibam todos que, quer queiramos ou não, estamos em constante guerra espiritual, e neste campo não existem neutros. Quem supõe que não pertence nem a Deus e nem ao inimigo de Deus na verdade está se colocando entre ambos, em posição extremamente vulnerável, desprotegidos, os quais logo são atingidos quando aquece o calor das batalhas. Ficam no meio do fogo cruzado, ignorando o perigo, que quando menos esperam, é fatal.

Guarde bem o que é seu. Guarde bem os seus, os dons que Deus lhe deu, e use-os sempre para proteger a sua casa.

Guarda o que tens, para que ninguém tome a tua coroa.” (Apocalipse 3:11)

Para proteger-se a si e aos seus, use da armadura de Deus (Efésios 6), mas a arma de maior poder que há para a defesa de um lar é aquela que os hebreus usaram no dia em que o anjo exterminador passou pela terra do Egito: o sangue do Cordeiro. Não o daqueles animais que apenas prefiguravam o sangue que realmente nos lava, limpa e purifica de todo pecado. Referimo-nos ao sangue do Senhor Jesus. Aqueles que forem purificados através do sangue de Jesus serão salvos, assim como as suas casas. Isto está prometido em Atos 16:31.

Clamemos para que o sangue do Senhor seja eficaz sobre as vidas daqueles que nos são caros. Guardemos assim a nós e aos nossos da ira vindoura que há de se manifestar sobre toda a face da Terra.

Eis aí o repto da Palavra de Deus: quem crer e for batizado, será salvo, e quem não crer já está sob condenação.

Precisamos crer no Senhor Jesus para sermos salvos. Jesus garante. É crer e vir ao Seu encontro. Ele nos espera de braços abertos.


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